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quinta-feira, 30 de março de 2017

Correios terão que fazer corte de gastos radical para evitar privatização




Brasil. O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou ontem que todo esforço deve ser empreendido para evitar que os Correios sejam privatizados, mas que essa opção não pode ser descartada. Segundo disse, a solução para a companhia é seguir cortando ainda mais despesas, além daquelas que já foram reduzidas recentemente.
“Não há saída; é preciso fazer corte de gasto radical”, disse Kassab, depois de participar, no Palácio do Planalto, da cerimônia de Sanção da Lei de Revisão do Marco Regulatório da Radiodifusão, ao lado do presidente Michel Temer. “O governo não tem recursos e não haverá injeção de recursos nos Correios.”
Embora se dizendo contra a privatização, integral ou parcial da estatal, o ministro não descartou a adoção da medida, caso a companhia não consiga equacionar o rombo, que no ano passado em 2015 ficou em torno de R$ 2 bilhões.
“Todo o esforço deve ser feito para evitar a privatização dos Correios ou de partes dele”, afirmou. “Eu reconheço os cortes de despesas que já foram feitos, mas é preciso cortar mais. Caso contrário, a empresa vai rumar para a privatização”, completou. Questionado sobre quando essa privatização poderia ocorrer, ele disse que a empresa “corre contra o relógio”.
Gestão. Kassab reconheceu que os reiterados prejuízos dos Correios são reflexo de má gestão. Ele elogiou o comando do atual presidente da empresa, Guilherme Campos, e atribuiu os problemas a erros cometidos pelo governo anterior.
“A empresa vive de tarifas e deveria ter seu ponto de equilíbrio”, afirmou o ministro. Ele disse que, no passado, a estatal foi obrigada a pagar mais dividendos do que poderia ao Tesouro.
“É reflexo, sim, de má gestão, corrupção, loteamento, não ter capacidade de encontrar receitas originais, não fazer os cortes necessários”, acusou Kassab.
Corte de gastos. No início do mês, os Correios anunciaram que vão fechar cerca de 250 agências em cidades acima de 50 mil habitantes em todo o País. A estratégia de fundir agências, antecipada pelo Estado, faz parte de um plano de economia que está sendo implementado pela direção da estatal para reverter a crise enfrentada pela estatal, que acumula quatro anos seguidos de prejuízo.
Com o fechamento de agências próprias, os Correios economizam nos custos de manutenção ou aluguel dos imóveis e no enxugamento do quadro de funcionários.
As outras duas ações de economia tocadas pelo presidente da estatal são o plano de demissão voluntária (PDV) e a revisão da política de universalização dos serviços postais, que obriga os Correios a estarem presentes em todos os municípios. O PDV teve a adesão de 5 mil funcionários, o que deve gerar uma economia de R$ 500 milhões ao ano. O fechamento das agências está em consonância, segundo Campos, com o enxugamento do número de funcionários. (Estadão)

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