No dia 2 de abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data serve para ajudar a alertar a população sobre o Transtorno do Espectro ao Autismo (TEA), um transtorno no desenvolvimento do cérebro que afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo. A Associação dos Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas do Cariri (AMA) promoverá várias ações educativas em Juazeiro do Norte e Missão Velha, para chamar a atenção da população e do Poder Público no tocante à inclusão de pessoas com o transtorno.
Ana Moésia Machado, uma das fundadoras da AMA Cariri, fala sobre a programação especial. “Nos dias 1º e 2 de abril, nós teremos uma qualificação sobre inclusão escolar e mediação das pessoas com TEA, com o Doutor Francisco Roberto de Sousa. O encontro acontecerá na Urca, em Missão Velha. No dia 3 pela manhã, faremos uma blitz na Praça Francisco Arrais Maia, também em Missão Velha. No dia 8, teremos uma blitz em Juazeiro do Norte, pró- ximo ao Hospital Regional do Cariri. Distribuiremos panfletos educativos e conversaremos com a popula- ção sobre o autismo”, relata Ana Moésia.
O TEA afeta uma a cada 100 crianças e se caracterizam pelas dificuldades na interação social, na comunicação e na linguagem. Esses sintomas são fundamentais para diagnosticar a doença e o acompanhamento de uma equipe multiprofissional é indispensável para melhorar a qualidade de vida do paciente. “É por meio do acompanhamento profissional que será trabalhada a integração sensorial do paciente, oferecendo uma vida mais independente a essas crianças. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais eficaz é o tratamento”, explica o neuropediatra Sávio Caldas. No Cariri, os pacientes diagnosticados com o transtorno podem buscar tratamento através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e por meio dos Nú- cleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Apesar de contar com a ajuda da iniciativa pública, as famílias dos pacientes lutam pela disseminação de informa- ções sobre o autismo. “Nem todo mundo sabe o que é o autismo. Nas escolas, encontramos muitos profissionais despreparados. A nossa associação tem trabalhado para mudar essa realidade através de palestras, rodas de conversas e ações em espaços públicos”, salienta Ana Moésia. (Jornal do Cariri)
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