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sábado, 27 de abril de 2024

Opinião |Por que o jovem brasileiro quer se mudar do País?


Levantamento exclusivo feito pela RealTime Big Data ao blog De Dados em Dados, do Estadão, mostra que 67% dos brasileiros entre 16 e 35 anos sairiam do Brasil, caso pudessem


Por Bruno Soller


Se há um consenso que congrega bolsonaristas e lulistas das camadas mais jovens da população é a vontade de abandonar o País. A completa falta de crença na melhoria da situação brasileira, faz com que muitos jovens, independentemente da classe social, sonhem em buscar oportunidades em outras nações. Salários baixos, medo da violência e pouca qualidade de vida são os elementos que mais motivam o brasileiro a querer emigrar. Nem mesmo o medo da xenofobia, crescente em várias partes do mundo, parece ser um empecilho para o planejamento de muitos, que garantem estar economizando recursos para conseguir partir rumo a uma nova vida.


Um levantamento exclusivo feito pela RealTime Big Data ao blog De Dados em Dados, do Estadão, mostra que 67% dos brasileiros entre 16 e 35 anos sairiam do Brasil, caso pudessem. Segundo a pesquisa, que ouviu 1.000 pessoas entre 16 e 35 anos, em 117 cidades de todo o Brasil, 18% admitem estar decididos a buscar alternativas no exterior ainda este ano. São números assustadores e crescentes. Em uma pesquisa nomeada “Branding Brasil”, de 2022, o número era de 55%, 12% menor que no atual estudo. A mudança governamental impulsionou eleitores identificados com o bolsonarismo a quererem buscar guarida em outros países. Mesmo com toda a propaganda nacionalista do governo Bolsonaro, que utilizou de elementos nacionais, como as cores da bandeira, o próprio pavilhão e a camisa da seleção nacional de futebol, a realidade se impõe de maneira mais forte na hora da decisão.




Setor de embarque do terminal 2 do Aeroporto Internacional de Cumbica em Guarulhos Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Antes, apenas desejo das classes mais endinheiradas, que viam no exterior a possibilidade de conseguir melhor educação e formação para os filhos, a emigração brasileira mudou completamente de perfil. A maioria dos jovens que querem se aventurar no estrangeiro são de classe C1 e C2, e vislumbram trabalhos que não exijam qualificação universitária para exercerem. Estados Unidos e Portugal são as terras prometidas para esse público. Experiências de amigos e familiares que já estão vivendo o sonho americano ou bandeados para a metrópole dão segurança para que se arrisquem nesses países.

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Apesar dos números divulgados pelo governo Lula, de controle inflacionário, de aumento no número de empregos, o concreto é que tudo parece uma grande quimera. A população não sente essa melhora e 71% dos entrevistados não viram mudanças positivas em suas vidas financeiras neste ano. Os custos dos alimentos e de serviços básicos como a luz, o gás de cozinha e o combustível são os vilões dessa história. Essa percepção não atinge só a população, mas escancara o descontentamento do mercado financeiro com a gestão atual, que, segundo pesquisa Quaest, mostra que 90% dos economistas, analistas e tomadores de decisão do segmento acreditam que o país caminha para o rumo errado.


O acúmulo de maus resultados econômicos desde o governo Dilma Rousseff tem gerado desesperança nas pessoas. O retorno de Lula acendeu uma chama em uma porção de brasileiros que tinham uma lembrança positiva de seu período, mas que até agora não conseguiram enxergar mudanças substanciais em suas vidas, e viram o desejo de voltar a comer picanha e tomar sua cervejinha, promessa eleitoral de Lula, ainda não concretizado. Uma quebra de expectativas, que tem feito a defesa do governo diminuir.


Com a falta de empregos formais que seduzam os jovens, muitos tem partido para uma alternativa que são os aplicativos de entrega e de transporte. Com uma certa autonomia de horários, os jovens conseguem mesclar atividades e buscar uma renda para sobreviverem nesse cenário ruim econômico. A tentativa do governo de regulamentar essas atividades, no entanto, tem causado profunda irritação na maioria dos trabalhadores de aplicativos. Apesar da defesa de direitos trabalhistas, a possibilidade de ganhos menores tem feito muito desse público serem os primeiros a toparem buscar oportunidades fora.

Há que se entender que os péssimos serviços de saúde, educação, transporte e segurança não seduzem o brasileiro a pagar mais impostos. Há uma ideia de perda. Quando se demora 6 meses para conseguir uma consulta ou a marcação de um exame, anos para uma cirurgia, muitos cidadãos têm recorrido às clinicas populares e pagando novamente um serviço para conseguirem certa agilidade. Creches clandestinas em bairros, com cuidadoras têm sido alternativa para as mães que precisam trabalhar e não conseguem vagas nas estruturas municipais, gerando mais um custo para o seu cotidiano.

Os ônibus, lotados e perigosos, têm sido substituídos por aplicativos de transporte, caronas pagas e até mesmo mototáxis irregulares, que custam mais, mas geram mais conforto. Com a rotatividade de empregos na área dos serviços, cada vez menos o brasileiro quer garantias trabalhistas e mais querem dinheiro limpo sobrando no bolso.

Para 65% dos entrevistados no estudo “Branding brasil”, o brasileiro consegue se reerguer após qualquer dificuldade. Essa resiliência mostra um povo capaz de se adaptar a qualquer realidade para sobreviver. Os fluxos migratórios internos, em um país continental, é uma explicação para isso. Um cearense de Quixadá, que vive num clima semiárido consegue se estabelecer em Curitiba, no Paraná, com clima subtropical e com estações de outono e inverno secas e frias.


De certa forma, isso ajuda ao emigrante brasileiro a se convencionar às mais diferentes culturas e ambientes. O motivador financeiro tem feito a alguns dos que buscam essa vida fora do território nacional a irem a países vizinhos que estão em franca expansão econômica. O Paraguai tem sido um destino muito procurado por jovens que conseguem emprego, bons locais de formação e a custo acessível, vida barata e energia abundante e em conta. É o terceiro destino mais procurado por brasileiros.



Estados Unidos, Portugal, Paraguai, Reino Unido e Japão são, em ordem, os cinco destinos prioritários dos brasileiros. Se os emigrantes fossem um estado, seriam o décimo terceiro mais populoso do Brasil. O fluxo de expatriados só tende a aumentar e, isso, mostra muito sobre como o país se encontra e a baixa perspectiva de futuro que se tem.

Na briga política pelo poder, esqueceu-se do mais fundamental: as pessoas. Não há governo ruim, na democracia, que consiga manobrar o desejo popular. Se o país não reagir após uma década de maus resultados, a incidência dos que pretendem o abandonar só tende a crescer. O orgulho de ser brasileiro, bradado outrora em cânticos de estádio de futebol, pode até não esmorecer, mas estar no Brasil nem sempre será bom. Cada jovem brasileiro que sai, é um possível talento que o país desperdiça. Para construir o futuro, urge olhar para o presente e reverter um quadro de desesperança que assola os construtores desse amanhã.

Por que fico irritada durante a TPM?





Foto: Reprodução/Canal Doutor Ajuda

Neste episódio a ginecologista, Denise Yanasse Ortega, fala sobre o que é a TPM, sintomas, diagnóstico e tratamento

A Tensão Pré-Menstrual (TPM) é uma condição comum que afeta entre 75% e 85% das mulheres, causando alterações físicas e de humor que acontecem alguns dias antes da menstruação e se repetem por vários meses.

Sintomas


Os sintomas são divididos entre os de humor, como ansiedade, depressão e irritabilidade, sensação de choro fácil, oscilações de humor, dificuldade de concentração, insônia ou aumento do sono. Já os físicos incluem dor de cabeça, sensação de inchaço e dor de cabeça, dor e aumento nas mamas, alterações de apetite, fadiga, falta de energia, aumento da sede, sintomas gastrointestinais como diarreia, piora da acne e dores musculares ou nas articulações.

Causas


A medicina ainda não sabe a causa exata da TPM, mas alguns fatores parecem estar envolvidos:

Alterações hormonais cíclicas: os sintomas da TPM alteram com as oscilações hormonais e tendem a desaparecer com a gravidez e menopausa;
Alterações químicas no cérebro: as flutuações da serotonina parecem estar relacionadas a mudanças de humor e podem desencadear alguns sintomas da TPM;
Depressão: algumas pessoas com sintomas de TPM mais graves, podem ter uma depressão que ainda não foi diagnosticada e que está intensificando esses sintomas. Importante esclarecer que a depressão sozinha não causa todos os sintomas da TPM.

Diagnóstico


O diagnóstico é feito com base nos sintomas descritos pela mulher, existem exames que confirmam a síndrome pré menstrual. É importante que esses sintomas ocorram uma semana antes da menstruação e se repita por pelo menos três ciclos menstruais consecutivos.

Tratamento


Quanto ao tratamento, podem ser indicadas mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos, reduzir o estresse e adotar uma dieta saudável. Em casos leves e moderados, a mudança comportamental já melhora muito os sintomas, mas em casos mais graves pode ser necessário o uso de medicações. Dentre os medicamentos, os mais comuns são: anticoncepcionais hormonais, que param a ovulação diminuindo as oscilações hormonais; anti-inflamatórios como ibuprofeno podem ajudar na dor, mas cuidado com o uso abusivo dessas medicações; Diuréticos também podem ajudar na sensação de inchaço.


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Glaucoma: avanços da tecnologia garantem melhores resultados e mais qualidade de vida aos pacientes


Os dispositivos ajudam a melhorar o fluxo de fluido dentro do olho, reduzindo a pressão intraocular de forma eficaz e segura
Escrito por Hissa Tavares
Legenda: Doutora em Oftalmologia e membro da Sociedade Brasileira de Glaucoma


O glaucoma é uma condição ocular progressiva que afeta o nervo óptico, responsável por transmitir informações visuais ao cérebro. Geralmente, é associado ao aumento da pressão intraocular, mas também pode ocorrer com pressões normais. O dano ao nervo óptico resulta em perda gradual e irreversível da visão periférica, podendo levar à cegueira se não for diagnosticado e tratado precocemente.

Os avanços na tecnologia têm revolucionado a abordagem da cirurgia de glaucoma, oferecendo novas opções de tratamento e melhorando os resultados para os pacientes. A enfermidade, uma das principais causas de cegueira no mundo, é uma doença ocular crônica caracterizada pelo aumento da pressão intraocular, que pode levar a danos no nervo óptico e perda progressiva da visão.

Nesse sentido, uma das inovações mais significativas na cirurgia de glaucoma é a introdução de dispositivos minimamente invasivos, como os stents trabeculares e os sistemas de drenagem subconjuntival.

Os dispositivos ajudam a melhorar o fluxo de fluido dentro do olho, reduzindo a pressão intraocular de forma eficaz e segura. Além disso, eles são menos invasivos do que as técnicas cirúrgicas tradicionais, resultando em tempos de recuperação mais curtos e menos complicações pós-operatórias. Os lasers podem ser usados para fazer pequenas aberturas na malha trabecular, permitindo que o fluxo ocular flua mais livremente e reduzindo a pressão no olho.
A telemedicina também está se tornando uma ferramenta valiosa, facilitando o acesso a cuidados especializados, mesmo em áreas remotas.

Há também ganhos consideráveis na tecnologia de imagens, como a tomografia de coerência óptica (OCT), permitindo uma melhor avaliação e monitoramento da progressão do glaucoma ao longo do tempo. O exame ajuda os oftalmologistas a identificar sinais precoces de danos no nervo óptico e a ajustar o tratamento de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

Os avanços na tecnologia estão transformando a abordagem da cirurgia de glaucoma, oferecendo novas opções de tratamento, melhorando os resultados e proporcionando uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

Jogos de hoje na TV: veja onde assistir e horário das partidas deste sábado (27)


Escrito por Redação, jogada@svm.com.br 
Confira os jogos deste sábado, dia 27 de abril de 2024
Legenda: O Atlético-MG entra em campo neste sábado (27).
Foto: Pedro Souza / Atlético



Com duelos pelo Campeonato Brasileiro das séries A,B e C, além de confrontos pelo futebol europeu, saiba onde assistir aos jogos deste sábado (27).

JOGOS DE HOJE, SÁBADO (27)
CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE A

16h00 | Vasco x Criciúma | Premiere

18h30 | Cuiabá x Atlético-MG | Premiere



21h00 | Bahia x Grêmio | SporTv; Premiere
CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE B

17h00 | Paysandu x Botafogo-SP | Premiere 5; Band; Canal Goat

17h00 | CRB x Amazonas | Premiere 4; Band; Canal Goat

18h00 | América-MG x Novorizontino | SporTv; Premiere 3
CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE C

17h00 | Sampaio Corrêa x Figueirense | Nosso Futebol+; Dazn; Zapping Tv


17h00 | ABC x Náutico | Nosso Futebol+; Dazn

19h00 | São Bernardo x Tombense | Nosso Futebol+; Dazn


19h30 | Athletic Club x Remo | Nosso Futebol+; Dazn
CAMPEONATO INGLÊS

08h30 | West Ham x Liverpool | Star+

11h00 | Newcastle x Sheffield United | Star+

11h00 | Wolves x Luton | Star+

11h00 | Manchester United x Burnley | Star+

11h00 | Fulham x Crystal Palace | Star+

13h30 | Everton x Brentford | Star+

16h00 | Aston Villa x Chelsea | Star+

CAMPEONATO ALEMÃO

10h30 | RB Leipzig x Borussia Dortmund | OneFootball

10h30 | Bayern de Munique x Eintracht Frankfurt | OneFootball; Canal Goat

10h30 | FC Augsburg x Werder Bremen | OneFootball


10h30 | SC Freiburg x VfL Wolfsburg | OneFootball

13h30 | Bayer Leverkusen x VfB Stuttgart | SporTv; CazéTv; OneFootball
LA LIGA

09h00 | Las Palmas x Girona | Star+

11h15 | Almería x Getafe | Star+

13h30 | Alavés x Celta de Vigo | Star+


16h00 | Atlético de Madrid x Athletic Club | Star+
CAMPEONATO ITALIANO

10h00 | Lecce x Monza | Star+

13h00 | Juventus x AC Milan | Star+

15h45 | Lazio x Verona | Star+
CAMPEONATO FRANCÊS

16h00 | PSG x LE Havre | Star+

Eleição 2024: Saúde, emprego e segurança são os temas prioritários para os cearenses, diz pesquisa


Educação pública também aparece na lista de prioridades dos eleitores
Escrito por Igor Cavalcante , igor.cavalcante@svm.com.br
Legenda: Saúde pública é o assunto mais apontado como prioridade eleitoral para os cearenses
Foto: Fabiane de Paula/SVM




A saúde pública é o tema que o eleitor cearense mais espera ser discutido nas eleições deste ano pelas candidaturas ao Executivo Municipal. Na lista de prioridades, aparecem ainda geração de emprego e renda, segurança pública, educação e infraestrutura. A constatação é de uma pesquisa realizada pelo Instituto Opnus e divulgada com exclusividade pelo Diário do Nordeste neste sábado (27).

Os pesquisadores perguntaram o que os cearenses apontam como “principal tema a ser discutido pelos candidatos”. Do total de entrevistados, 36% escolheram a saúde como prioridade. O tema é amplamente o mais lembrado pelos eleitores.

Em um segundo bloco de prioridades aparece a geração de emprego e renda, com 19%. A segurança pública surge em seguida, com 18%, junto com educação, apontada por 16% dos entrevistados. Os três temas estão tecnicamente empatados no grau de prioridade para a população dos municípios cearenses.


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O levantamento foi realizado por meio de entrevistas pessoais e domiciliares com 1,7 mil pessoas com 16 anos ou mais em todo o Ceará. O questionário foi aplicado entre os dias 11 e 18 de abril de 2024. A margem de erro da pesquisa é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos.

Mais atrás na lista de prioridades aparece infraestrutura e pavimentação, lembrada por 7% dos eleitores. Outros 4% dos entrevistados disseram não saber ou preferiram não responder à pesquisa.



SEGURANÇA NA CAPITAL

A pesquisa do Instituto Opnus mostrou os temas prioritários para os cearenses tomando como base os recortes regionais. Nestes cenários, a saúde segue liderando como o mais importante para os eleitores do Ceará. Por outro lado, há grandes diferenças regionais para as áreas de segurança, emprego e renda.

No caso do eleitorado de Fortaleza, saúde e segurança estão empatadas tecnicamente como prioridades. A primeira foi apontada por 35% do eleitorado, enquanto a segunda é prioridade para 33%. Educação, com 17%, e infraestrutura, com 3%, aparecem em seguida.


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Conforme o Diário do Nordeste mostrou na última quarta-feira (24), o assassinato e a decapitação de um funcionário do Instituto Dr. José Frota (IJF) no dia anterior sinalizou que a segurança pública deve ser um dos principais assuntos debatidos entre os candidatos na campanha eleitoral em Fortaleza.

O episódio deflagrou uma troca de acusações entre o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), e o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). O assunto também provocou a reação de outros pré-candidatos à Prefeitura da Capital, como Capitão Wagner (União), Evandro Leitão (PT), André Fernandes (PL) e Eduardo Girão (Novo).

Para analistas políticos ouvidos pela reportagem, as trocas de acusações sobre segurança pública entre pré-candidatos e os ataques entre os grupos governistas e as oposições na Capital tendem a crescer nos próximos meses.

SEGURANÇA NO INTERIOR

Já no Interior, a segurança pública não tem o mesmo apelo com a população. Entre os entrevistados que residem em municípios dessa região, a saúde aparece como prioridade, com 36%, repetindo a média estadual, seguida de emprego e renda, com 25%. A educação foi apontada por 16% dos eleitores e a segurança por apenas 10%. Infraestrutura e pavimentação são prioridades para 9% dos eleitores do Interior.
REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA

Nos municípios que compõem a região metropolitana da Capital, a saúde foi o tema mais importante para 39% do eleitorado, superando a média estadual.

Segurança foi o tema apontado por 22%, seguido de emprego e renda e educação, com 16%, e infraestrutura e pavimentação, com 6%.
ELEITORADO QUER MUDANÇA

Na primeira reportagem com dados eleitorais coletados na pesquisa Opnus, divulgada na quinta-feira (26), o Diário do Nordeste mostrou que mais da metade dos cearenses tem um desejo de mudança quando analisa a gestão dos atuais prefeitos do Estado.


Os pesquisadores perguntaram o que os cearenses “querem do próximo prefeito ou da próxima prefeita eleita” nos respectivos municípios. Do total de entrevistados, 53% demonstraram desejo de mudança.



Essa fatia dos cearenses tem 38% de pessoas que querem que o novo gestor “mude totalmente a maneira de administrar do atual prefeito” e 15% daquelas que querem uma mudança de “quase tudo”, mantendo poucas coisas.

Já para a outra fatia da população, equivalente a 41% do eleitorado, a expectativa é de continuidade do que já está sendo feito nas gestões municipais.

Neste grupo estão os 28% que querem que haja uma continuidade de "quase tudo", com mudanças pontuais, e 13% dos que defendem que o gestor eleito em outubro deste ano “continue totalmente com a maneira de administrar do atual prefeito”.

Mega-Sena pode pagar R$ 3 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 177 milhões



Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet.


Por g1




Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h — Foto: Marcelo Brandt/G1



A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (27), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.718 da Mega-Sena e 142 da +Milionária.


A +Milionária está estimada em R$ 177 milhões. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo)


O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis.


Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00.



A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui.


+Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa




Mega-Sena




Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (25), uma aposta de campinas levou sozinha o prêmio de R$ 5,5 milhões.


A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer.


A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados.


Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio





Para apostar na Mega-Sena




As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos.


É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito.




Probabilidades




A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.


Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Wegovy, remédio injetável para obesidade, chega às farmácias brasileiras no segundo semestre de 2024


Em comunicado, farmacêutica Novo Nordisk anunciou chegada do medicamento ao mercado brasileiro; droga tem mesmo princípio ativo do Ozempic: a semaglutida


Por Fabiana Cambricoli

O medicamento Wegovy, que tem como princípio ativo a semaglutida e é indicado para tratar a obesidade e o sobrepeso, começará a ser vendido nas farmácias brasileiras no segundo semestre deste ano, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira, 25, pela farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do produto.

O Wegovy tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, aprovado para o tratamento do diabetes mas que, por seu efeito emagrecedor, vem sendo prescrito por médicos também para obesidade de forma off label (quando é indicado para uma indicação diferente daquela para a qual o remédio foi aprovado).

O Wegovy foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2023, passou pelo processo de precificação na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) no meio do ano passado e era aguardado para chegar ao mercado ainda em 2023. Em julho, porém, a farmacêutica afirmou que o remédio estaria disponível somente neste ano, sem detalhar em qual mês.

A Novo Nordisk não explicou o porquê da demora na disponibilização da droga, mas, em 2023, um representante da empresa afirmou que o produto seria lançado somente quando a farmacêutica pudesse garantir que os pacientes teriam acesso ao tratamento sem interrupções. Nos Estados Unidos, onde o Wegovy já é vendido, há desabastecimento do produto.

Wegovy tem mesmo princípio ativo do Ozempic, a semaglutida Foto: Victoria Klesty/Reuters

A farmacêutica não divulgou o preço que o Wegovy deverá chegar às farmácias, mas a CMED já definiu o seu preço máximo: nas doses mais altas, poderá chegar a R$ 2.484, a depender do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada Estado. Em São Paulo, por exemplo, essa versão pode custar até R$ 2.383,43.

Mas os pacientes poderão encontrar preços menores nos pontos de vendas, além de contar com eventuais descontos oferecidos por programas de suporte ao paciente. Vale lembrar que o preço também varia de acordo com a apresentação do remédio, que será vendido em versões de 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg. O medicamento, administrado por meio de aplicação injetável subcutânea, é geralmente prescrito para ser usado uma vez por semana.


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O remédio é indicado a pacientes com índice de massa corporal (IMC) inicial maior ou igual a 30 kg/m2 (obesidade) ou maior ou igual a 27 kg/m2 (sobrepeso) quando acompanhado de ao menos uma comorbidade relacionada ao peso, como diabetes ou hipertensão.

A semaglutida age como se fosse o GLP-1, um hormônio que sinaliza ao cérebro a sensação de saciedade. Ela também reduz a velocidade do esvaziamento gástrico. Em estudos clínicos, a dosagem semanal de 2,4 mg de semaglutida levou a uma perda média de peso de 15,2%, ante 2,6% no grupo de pacientes que não tomaram a medicação./COLABOROU GIOVANNA CASTRO

Plano Safra: CNA defende a suplementação de R$ 2,1 bilhões ao Seguro Rural em 2024





Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, entregou, na quarta (24), ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o documento com as propostas da entidade para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2024/2025. Foto: CNA/Divulgação

O plano também inclui a regulamentação do Fundo de Catástrofe e o estímulo ao mercado de capitais e títulos privados

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) considera como fundamental garantir a suplementação de R$ 2,1 bilhões ao Seguro Rural em 2024 (totalizando R$ 3 bilhões) e R$ 4 bilhões para 2025. A proposta compõe a lista de outras novas que a entidade considera como prioritárias para o Plano Safra 2024/2025.

O plano foca em aumentar os recursos disponíveis para financiamento — especialmente para o seguro rural — e dá prioridade às linhas de investimento. Além disso, inclui a regulamentação da lei que instituiu o Fundo de Catástrofe e o incentivo ao desenvolvimento do mercado de capitais e títulos privados, entre outras medidas.

João Crisóstomo, consultor de agronegócios da BMJ Consultores Associados, destaca que hoje o agro é um dos setores mais importantes para a economia brasileira. Ele aponta que nos últimos dois anos, principalmente, o setor tem contribuído significativamente para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

“Ano passado, tivemos uma grata surpresa no crescimento, muito devido à produção tivemos de 2022 para 2023, o aumento da produção. Tivemos, inclusive, um aumento recorde de 15,1% no PIB da agropecuária, quando a gente compara 2023 em relação a 2022”, informa.

Crédito Rural: prazo para produtores renegociarem dívidas acaba no dia 31 de maio
Investimentos

Crisóstomo ressalta que, atualmente, o agronegócio brasileiro é um dos mais avançados tecnologicamente — não só na agricultura de precisão, mas também no que diz respeito à biotecnologia e engenharia genética.

“Nós temos uma fronteira enorme com bioinsumos que já são bastante utilizados no país, mas ainda tem uma fronteira a ser desbravada pelo país, e o investimento no agronegócio é relevante não só pela produção em si, mas também pela sua capacidade de transbordar a outros setores”, explica.

Ele também afirma que o investimento no agronegócio é um dos que mais proporciona a interiorização dos recursos. Segundo ele, os polos agrícolas do país não estão nos grandes centros mas sim no interior do país. Assim, isso permite que regiões mais remotas tenham um acesso à renda com mais facilidade e intensidade.

Para o coordenador de pecuária da consultoria Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o investimento para o agronegócio é o fio condutor das inovações tecnológicas, da melhoria da infraestrutura e do aumento de produtividade.

“Para que tudo isso aconteça, você precisa de recursos. Precisa colocar dinheiro dentro da atividade, para tornar isso em aumento da produtividade média, redução dos gargalos que estão presentes em diversos setores da economia. O investimento é basicamente um contexto essencial para que haja desenvolvimento de uma determinada atividade”, destaca.
Impactos negativos

No início do documento do Plano Safra 2024/2025, a CNA observa que — nos últimos meses — o setor agropecuário tem enfrentado um cenário marcado por incertezas devido às adversidades climáticas associadas ao El Niño.

Segundo a CNA, embora o fenômeno esteja perdendo intensidade, os efeitos adversos sobre a produtividade e a produção já são perceptíveis em várias cadeias produtivas, especialmente na soja e no milho —, que são os principais produtos agrícolas.

Nesse contexto, a CNA enfatiza a necessidade de reavaliar os instrumentos políticos agrícolas disponíveis, como o crédito rural, o seguro rural e a política de garantia de preços mínimos, para estruturar ações estratégicas capazes de mitigar os impactos negativos do clima e das condições de mercado sobre o setor agropecuário.
Confira a lista das 10 propostas destacadas pela CNA:

1. Garantir suplementação de R$ 2,1 bilhões ao Seguro Rural em 2024 (totalizando R$ 3 bilhões) e R$ 4 bilhões para 2025.

2. Disponibilizar R$ 570 bilhões em recursos financiáveis do PAP 2024/2025, sendo R$ 359 bilhões para custeio e comercialização; R$ 111 bilhões para investimentos e R$ 100 bilhões para agricultura familiar. Garantindo que os recursos anunciados estejam disponíveis ao longo de toda a safra.

3. Priorizar recursos para as finalidades de investimento, principalmente aos pequenos e médios produtores (Pronaf e Pronamp) e aos programas pra construção de armazéns (PCA), irrigação (Proirriga), inovações tecnológicas (Inovagro) e para Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (Renovagro).

4. Reforçar o orçamento das Operações Oficiais de Crédito (OOC), sobretudo das subvenções de sustentação de preços e comercialização e custeio.

5. Promover medidas regulatórias para ampliar as fontes de recursos do crédito rural, através de medidas que flexibilizem a aplicação das exigibilidades de crédito rural.

6. Regulamentar a Lei Complementar nº 137/2020, que criou o Fundo de Catástrofe.

7. Possibilitar o rebate de taxas ou aumento do limite financiável para produtores que promoverem práticas socioambientais.

8. Promover adequações para evitar excessos e distorções na interpretação de resoluções, como a Resolução CMN nº 5.081/2023 e Resolução BCB nº 140/2021, que tratam de temas socioambientais, sem prejuízo do cumprimento da preservação ambiental.

9. Fomentar o avanço do mercado de capitais e títulos privados do agronegócio, possibilitando aumentar o funding do setor.

10. Coibir as práticas de venda casada e possibilitar a redução dos custos acessórios do crédito rural, sobretudo através de regulamentação e modernização do mercado registrador.
#Agronegócio#Agronegócios#Economia

Dengue: Ministério da Saúde vai distribuir vacinas para mais 625 municípios





Ministério da Saúde amplia o número de cidades que vão receber a vacina Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Anúncio foi feito em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (25). Cenário epidemiológico teve ligeira melhora na última semana, de acordo com a pasta

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (25), que mais 625 municípios vão receber doses da vacina contra a dengue. A expectativa da pasta é que a distribuição dos imunizantes para essas cidades comece na sexta-feira (26).

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, destacou o esforço da pasta para ampliar o acesso dos municípios às vacinas contra a doença.

"A boa notícia é que a gente amplia para mais seis estados. Agora, temos 25 estados da federação contemplados com a vacina. Vamos atingir mais 625 municípios. Esses 625 vão somar com os 705 já contemplados, o que vai dar 1.330 municípios em todo o Brasil", detalhou em entrevista coletiva.

O Ministério da Saúde já recebeu as remessas da fabricante da vacina e agora vai iniciar distribuí-las aos municípios. Até o momento, a pasta enviou 1.682.139 doses aos estados e Distrito Federal.
Tendência de queda em 11 estados

Em todo o país foram 3.852.901 casos da doença em 2024, dos quais 1.792 moreram.. Há ainda 2 mil mortes sob investigação pelas secretarias de saúde estaduais e municipais. A letalidade subiu de 0,04% para 0,05%.

Na 16ª Semana Epidemiológica — entre 13 e 20 de abril — mais um estado passou a integrar a lista dos entes que têm tendência de queda para a dengue. São 11 os estados com situação melhor, na comparação com a semana anterior: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

A lista de estados em que há tendência de alta nos contágios subiu de cinco para seis. Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Sergipe e Tocantins compõem o grupo. Já aquela que reúne os estados que apresentam estabilidade no cenário epidemiológico caiu de 12 para 10. Alagoas, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Ethel Maciel diz que, embora o cenário geral seja ligeiramente melhor do que na última semana, não há motivos para as autoridades de saúde e a população baixarem a guarda.

"Apesar de estarmos numa tendência de queda e estabilização dessa epidemia, nós precisamos saber que muitas pessoas ainda ficarão doentes, muitas pessoas poderão ficar graves, mas nós podemos evitar muitos óbitos. Então, é importante que as famílias, a própria pessoa, nós mesmos e os profissionais de saúde estejam muito atentos tanto para os sinais e sintomas, para um diagnóstico correto, quanto para os sinais de alerta", destacou.

Dengue: tendência é de redução de casos no país, apontam dados do Ministério da Saúde
Nova fábrica para o Método Wolbachia

A secretária do Ministério da Saúde também anunciou que a Fiocruz vai inaugurar na segunda-feira (29) a segunda fábrica para a produção de mosquitos Aedes aegypti por meio do Método Wolbachia.

De acordo com a Fiocruz, a Wolbachia é uma bactéria que impede que os vírus da dengue se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para a redução da doença. O novo projeto será desenvolvido em uma unidade situada em Minas Gerais.

#Dengue#Ministério da Saúde#Saúde#Brasil Gestor

Após duas quedas consecutivas, FPM volta a crescer; prefeituras partilham R$ 4,8 bilhões na terça-feira(30)





Imagem: Brasil 61

Montante é 7,4% superior em relação ao apurado no mesmo período do ano passado

Após duas quedas consecutivas, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) volta a crescer. Na próxima terça-feira (30), as prefeituras partilham cerca de R$ 4,88 bilhões, valor referente à terceira parcela de abril. O montante representa um aumento real — acima da inflação — de 7,4%, em relação à terceira parcela de abril de 2023.

Nos dois repasses deste mês, o valor recebido pelos municípios foi inferior ao apurado nas mesmas transferências do ano passado. No primeiro decênio, o FPM registrou queda de 0,5%, enquanto, no segundo, o tombo chegou a quase 6%.

Cesar Lima, especialista em orçamento público, comenta o resultado. "É uma boa notícia a quebra dessa tendência de queda. Isso é muito bom para os municípios — um aumento real significativo de mais de 7%. Nós vamos ter que observar um pouco mais adiante, para ver se [as quedas] realmente foram uma coisa de momento", projeta.
Justiça fiscal

Para Roberto Justus, prefeito de Guaratuba — cidade que fica no litoral paranaense —, o FPM é fundamental não só para o equilíbrio das contas das prefeituras, em especial as de pequeno porte, como para trazer justiça fiscal entre os entes da federação.

"Acho que ele tinha que ser muito maior, porque a União e os estados têm, nos últimos anos, terceirizado aqueles serviços públicos que são de competência deles na mão dos municípios. Isso é muito injusto, porque a gente fica com a bronca, tem que resolver. E o repasse não acompanha, especialmente quando a gente fala em saúde e educação", critica.

Na terça-feira, o município de cerca de 42 mil habitantes recebe cerca de R$ 1,3 milhão do FPM. Justus diz que os repasses do fundo representam a principal fonte de receita de Guaratuba. Ele destaca a importância disso para os cofres dos municípios paranaenses.

"A importância é grande e eu posso dizer que, conhecendo a realidade dos demais municípios do Paraná, para eles também. A imensa maioria dos municípios do Paraná depende do repasse para pagar as suas folhas, por exemplo. E não estou dizendo em investimento, porque a minha capacidade de investimento é muito pequena. Se eu quiser gastar R$ 10 milhões, vou precisar fazer um financiamento. Para a manutenção dos serviços públicos, para que as prefeituras continuem de pé, de portas abertas, é fundamental que esse repasse se mantenha", afirma.

FPM tem leve recuo após três altas consecutivas, mas saldo de 2024 ainda é positivo

Com segunda queda consecutiva, FPM repassa cerca de R$ 1,36 bilhão aos municípios nesta sexta-feira (19)
Fundeb

O FPM repassa 20% dos recursos para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o que nesta sexta-feira corresponde a pouco mais de R$ 1,2 milhão.
Prefeituras bloqueadas

De acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), até a última quarta-feira (24) 13 municípios estavam impedidos de receber o FPM.
Verifique se a sua cidade está na lista. Brejões (BA)
Laje (BA)
Mansidão (BA)
Jordânia (MG)
Antônio João (MS)
Miranda (MS)
Barra do Bugres (MT)
Campos de Júlio (MT)
Dom Aquino (MT)
Rio Branco (MT)
Rondonópolis (MT)
São José do Povo (MT)
Braganey (PR)

Entre os principais motivos que impedem um município de receber o FPM estão a ausência de pagamento da contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep); dívidas com o INSS; débitos com inscrição ativa pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN); e falta de prestação de contas no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (Siops).

Para desbloquear o repasse, o gestor público deve identificar o órgão que determinou o congelamento. Em seguida, deve conhecer o motivo e regularizar a situação. Vale lembrar que a prefeitura não perde os recursos bloqueados de forma definitiva. Eles ficam apenas bloqueados enquanto as pendências não são regularizadas.
#Economia#FPM#Municípios#Prefeituras

Desenrola para empresas e novo programa de crédito: ministro Márcio França fala ao g1



Em entrevista exclusiva ao podcast Educação Financeira, ministro das Micro e Pequenas Empresas explica como funcionará o programa de renegociação de dívidas para CNPJs e os planos para destravar empréstimos para o setor.


Por Bruna Miato, Raphael Martins, g1

Ministro Márcio França, fala ao g1 sobre o programa Acredita



Anunciado na segunda-feira (22), o Desenrola Pequenos Negócios tem chance de estar operando já na semana que vem. É o que revela Márcio França, ministro do Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas, em entrevista ao g1 e ao podcast Educação Financeira.


A nova versão do programa de renegociação de dívidas do governo federal foca agora em MEIs, micro e pequenas empresas, com faturamento anual bruto de até R$ 4,8 milhões. O ministro diz que a meta do governo é oferecer suporte para que os empreendedores possam se livrar de entraves financeiros para investir no crescimento do negócio.



"Quem tiver com qualquer problema financeiro e tiver com vontade de continuar (a empreender), vai encontrar um bom incentivo. Porque se seguir o parâmetro do que aconteceu na faixa 2 do Desenrola da pessoa física, nós vamos ter descontos de 40 a 90% (do valor total da dívida)", disse o ministro.





A expectativa é que o Ministério da Fazenda publique ainda nesta sexta-feira (26) uma portaria com orientações para que bancos e instituições financeiras se habilitem para negociar as dívidas de empreendedores no novo Desenrola.


Por enquanto, o que se sabe sobre o programa é que os empreendedores poderão renegociar dívidas bancárias feitas em seu CNPJ ou dívidas com o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Será possível quitar à vista ou optar pelo parcelado.


Márcio França, ministro das Micro e Pequenas Empresas, fala ao g1 sobre o programa Acredita — Foto: Fábio Tito/g1


O Desenrola Pequenos Negócios faz parte do Programa Acredita do governo federal, que pretende ampliar o acesso ao crédito no Brasil.



Além da medida para renegociação de dívidas, o programa também prevê uma linha de crédito específica para as microempresas: o ProCred 360, uma versão atualizada do Pronampe.


A regra para acessar crédito por meio desta linha é que a empresa tenha um faturamento anual bruto de, no máximo, R$ 360 mil. Para o programa, o governo vai disponibilizar uma fatia de R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO), que servirá como garantia para que os bancos emprestem dinheiro para os empreendedores.


Os juros serão fixadas em Selic (taxa básica da economia brasileira, hoje em 10,75% ao ano), mais uma taxa de 5% ao ano. A empresa poderá pegar um empréstimo equivalente a até 30% do seu faturamento bruto anual. Para negócios liderados por mulheres, o limite sobe para 50% do faturamento.


A expectativa é que o ProCred 360 comece em até dois meses e que os empreendedores tenham um período de carência de seis meses para começar a pagar.


O ministro foi recebido no estúdio do g1 para esclarecer detalhes sobre o programa e também sobre os demais pilares do Acredita.


Abaixo, os cortes de cinco destaques da entrevista:


Empreendedor precisa de ajuda, 'especialmente para crescer', diz França
A 'grande conquista' seria fazer o informal virar formal
'Não posso obrigar o banco a emprestar se o CNPJ estiver todo complicado'
'Se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é empreender'
'O crédito nas periferias é um crédito extremamente ingrato'





Márcio França, ministro das Micro e Pequenas Empresas, fala ao g1 sobre o programa Acredita — Foto: Fábio Tito/g1


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Empreendedor precisa de ajuda, 'especialmente para crescer', diz França



Márcio França, ao g1: 'Quem fatura R$ 40 mil, vai ficar com uma faixa de R$ 3 mil por mês'



Na apresentação do programa Acredita, o governo federal citou dado da Serasa que mostra que mais de 6 milhões de micro e pequenas empresas estão inadimplentes no país. Perguntado pelo g1 se a meta do Desenrola Pequenos Negócios era atingir a todos eles, França afirmou que é isso que gostaria.


"Seria ideal. Claro, a gente imagina que muitas dessas pessoas podem ter também encerrado seus negócios. Às vezes a pessoa montou, desiludiu ou então arrumou um emprego no meio do caminho. E você sabe que muita gente vai empreender às vezes não é um empreendedor por vocação, ele foi por necessidade das circunstâncias, como aconteceu muito, né? (...) Mas, depois, se a pessoa também pega jeito e aquilo começa a dar lucro, ela gosta da história."


"Só que muita gente sempre vê a empresa pelo faturamento, né? A gente mesmo usa essa expressão: faturou quanto? (...) Dá a impressão que ficou tudo no bolso da pessoa. A rigor, uma empresa bem administrada, se estiver bem enxuta — por exemplo, um restaurante, um bar, uma lanchonete — se ela deixar 8%, 7% é um bom retorno."



"Então, eu falei isso para o presidente Lula: 'Presidente, quem fatura R$ 500 mil por ano, por exemplo, — que vai dar R$ 40 mil por mês, por exemplo — ele vai ficar com uma faixa de R$ 3 mil líquido por mês, ele não faz muita coisa com esse negócio'. Ele sobrevive, né?"





"Então, ele é uma pessoa que precisa realmente de uma ajuda. E especialmente para ele crescer. Com esses cortes lineares, de MEI e de Simples, é uma barreira mesmo, né? Então, a pessoa fica sendo empurrada a uma síndrome de Peter Pan de ficar sempre pequeno. Quando, na verdade, nosso objetivo é que a empresa cresça. Ninguém quer ser 'micro' nada, né?"




A 'grande conquista' seria fazer o informal virar formal

Márcio França, ao g1: A 'grande conquista' será fazer com que informais se formalizem


O ministro Márcio França foi perguntado sobre o novo programa ProCred, de crédito a micro e pequenos empreendedores. As bases são parecidas com as do Pronampe, mas o ministro explica que a principal diferença entre eles é um corte no teto do faturamento anual: os empréstimos estarão disponíveis para empresas que faturem até R$ 360 mil.



O governo espera que, com esse corte no teto do faturamento, as empresas de menor porte consigam um acesso mais fácil às linhas de crédito do que foi com o antigo programa. Os juros mais baixos, de Selic + 5%, seriam um incentivo para que micro e pequenos empresários se formalizem para que façam investimentos produtivos.



"E isso também vem numa mesma toada, de a gente tentar fazer com que as pessoas que são informais se formalizem. Porque a nossa grande conquista vai ser pegar os 20 milhões de pessoas informais, (...) e fazer esse informal virar formal."




"Como é que ele vai virar formal? Ele tem que ser incentivado, senão ele fala: 'Ah, eu vou virar formal para quê, né?' Então, agora tem aí uma coisa. Olha, se você quiser virar formal, se você quiser virar MEI, por exemplo, você tem a chance de trocar a sua moto numa prestação que vai ficar com R$ 100 de prestação agora. Se você não quiser, você vai pegar no banco, vai pagar R$ 400. Então, esse é o incentivo da pessoa, né?"




'Não posso obrigar o banco a emprestar se o CNPJ estiver todo complicado'

Márcio França ao g1: 'Não posso obrigar banco a emprestar se CNPJ estiver todo complicado'



O ministro Márcio França explica que o Desenrola Pequenos Negócios será lançado na frente dos demais pilares do programa Acredita para limpar caminho para a tomada de crédito pelo ProCred 360.


A expectativa é que a renegociação de dívidas esteja disponível para as empresas já nas próximas semanas, enquanto o início dos empréstimos pela nova linha de crédito deve ser em dois meses.


França destaca que a resolução dos problemas financeiros é uma etapa importante para que os próprios bancos estejam mais abertos a negociar empréstimos para o empreendedor.


O ministro pontua que não é uma regra que o pequeno empresário passe primeiro pelo Desenrola para, então, tentar crédito pelo ProCred 360, mas garante que as instituições financeiras devem priorizar as empresas que estão com as dívidas, pelo menos, renegociadas para liberar qualquer valor de empréstimo.



"Não dá para a gente fazer o empréstimo, porque o banco segue um critério. A gente vai garantir, com o FGO, a inadimplência de uma parte dessas pessoas. É por isso que o juro cai, mas eu não posso obrigar o banco a emprestar se a pessoa tiver toda complicada na vida dela, se o CNPJ dela é todo complicado. Então, por isso a pessoa desenrolando o CNPJ, evidentemente que vai abrir a chance de ela poder pegar o valor emprestado."





"Não há uma regra que obrigue [a passar primeiro pelo Desenrola]. Porque se o banco quiser, ele pode fazer um empréstimo. Às vezes a dívida da pessoa é uma dívida prescrita, ou é uma coisa que está em discussão judicial, mas é evidente que os bancos têm preferência e fazem primeiro para quem tem o nome desenrolado, né? Então, por isso, Desenrola sai na frente."




'Se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é empreender'

Márcio França, ao g1: 'Se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é empreender'


Uma das críticas de especialistas aos programas de crédito para micro e pequenas empresas, inclusive ao novo ProCred, é o fato de que os bancos veem a pequena empresa como um dos maiores riscos de crédito, o que retrai o fornecimento de empréstimos.



França diz que faz parte do desafio convencer as instituições financeiras a confiar nos empreendedores e cabe ao governo dar as melhores condições de garantia. Diz ainda que não se deve deixar de lado a pequena empresa, que é o principal motor de empregos do país.


O ministro segue dizendo que o empreendedorismo — queira ou não — ganhou protagonismo no formato de trabalho do brasileiro.



"O brasileiro, de maneira geral, 60% gostaria... Acho que o sonho do brasileiro, tirando ter a casa própria, uma família, se ele pudesse, era ter uma empresa e poder não ficar dependente de um emprego mais formal."




"Então, de alguma forma, eu penso que em determinados lugares do Brasil, em especial lugares mais longe, remotos, com tanta área que nós temos de preservação no Brasil, você não pode esperar que vai surgir uma indústria lá, surgir um emprego formal. Se tem alguma chance de a pessoa sobreviver, é empreendendo, né?"


"A gente fez uma pesquisa (...). De quem hoje está no topo do Bolsa Família, que recebe acima de R$ 800, (...) 44% empreendem. Você pode olhar dos dois jeitos. Pode falar: 'Poxa, mas então ele não devia estar na Bolsa Família'. Eu acho que essa pessoa também tem que ser ajudada."




"Porque a gente quer que essas pessoas, cada vez mais, se organizem. Porque, se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é a pessoa poder empreender. Quem sabe ela consegue se deslanchar, né? É que, nesse caso, o crédito fica mais difícil ainda."






'O crédito nas periferias é um crédito extremamente ingrato'

Márcio França, ao g1: 'O crédito nas periferias é um crédito extremamente ingrato'


Ainda falando sobre o acesso ao crédito para os empreendedores de baixa renda, Márcio França destaca que, nas periferias, as condições para conseguir um empréstimo são ainda piores, com altas taxas de juros — justamente pelo pouco alcance que essas pessoas têm do crédito de bancos.



Nesse sentido, o ministro reforça que o papel do governo, é servir como um estimulador, fazendo com que as instituições financeiras se aproximem desse público. Por isso, uma das vertentes do programa Acredita é liberar os R$ 4 bilhões do FGO como garantia para que os bancos emprestem dinheiro.


"A realidade brasileira é feita de muita gente com valentia. Mas, sem o crédito, a verdade é que sem o crédito, a pessoa fica acuada, né?"



"O crédito nas periferias, nas comunidades, ele é um crédito extremamente ingrato. A pessoa trabalha com cartão de crédito. Se você for numa comunidade, você vai ver que tem lá uma pessoa que, se você quer R$ 300, a pessoa te dá os R$ 300 pelo PIX e põe esse valor no cartão de crédito dela e vai te cobrar, evidentemente, o preço (dos juros) do valor do cartão de crédito. Aí, você vai pagar 10% ao mês."




"Então é isso que inibe muito essa vontade das pessoas. As pessoas se perdem muito facilmente com juros, né? Então, o grande desafio é fazer o juro cair. Mas, e para convencer o banco, né? Porque a gente tem essa questão de risco. O empreendedor ele, ele vai querer, mas a gente tem que convencer o banco de que é verdade. Esse também é nosso eterno desafio".



"Se nós entendemos que o Banco Central tem que derrubar as taxas cada vez mais, nós temos que confiar nas pessoas também para que a gente derrube as taxas para elas também. (...) Se eu posso colocar um benefício fiscal para, por exemplo, grandes produtores de evento que, com R$ 4 bilhões no Perse, por que eu não posso fazer isso pra uma pessoa que produz bolo na na comunidade, para comprar uma batedeira e produzir mais bolo?"

Governo derruba no STF desoneração da folha salarial para municípios e empresas de 17 setores da economia






O Governo do presidente Lula conseguiu, nesta quinta-feira (25), suspender no Supremo Tribunal Federal (STF) a desoneração da folha salarial para os municípios com até 156 mil habitantes e para as empresas de 17 setores da economia que geram 9 milhões de empregos.


A decisão, por meio de liminar, concedida pelo Ministro Cristiano Zanin, acaba com o benefício voltado ao estímulo para manutenção e geração de empregos na iniciativa privada. Para Zanin, o Congresso Nacional, ao aprovar a desoneração, não indicou o impacto financeiro da medida para as contas públicas.

O Pleno do STF pode manter ou suspender a liminar. O julgamento da liminar, a partir da madrugada desta sexta-feira (26), se estenderá até o dia 6 de maio. Houve reação entre lideranças empresariais e políticas que vêem a liminar como um desestímulo para a economia.


MENOS IMPOSTOS, MAIS EMPREGOS

Com a desoneração, as empresas tiveram substituída a contribuição previdenciária patronal de 20% por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. A medida diminui custos com contratações de trabalhadores para 17 setores, como têxtil, calçados, construção civil, call center, comunicação, fabricação de veículos, tecnologia e transportes.

A desoneração reduziu, no caso dos municípios com até 156 mil habitantes, a alíquota previdenciária para 8% sobre a folha salarial. O impacto é de R$ 11 bilhões nos cofres do INSS. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) considera que a desoneração garante mais equilíbrio financeiro e mais recursos para os municípios investirem em ações que beneficiam a população.


FRUSTRAÇÃO PARA EMPRESÁRIOS E PREFEITOS

A desoneração da folha salarial, que significa menos contribuição tributária, foi prorrogada, no mês de novembro de 2023, até o dezembro de 2027, como estratégia para as empresas manterem e ampliaram o quadro de trabalhadores.

O Congresso Nacional, ao aprovar o projeto de lei, considerou essencial a medida para a geração de empregos.


O presidente Lula vetou a desoneração salarial, os deputados federais e senadores foram na contramão, derrubaram o veto, mas foram surpreendidos com a decisão do Palácio do Planalto em editar uma Medida Provisória acabando com o benefício. Mais uma vez, sob pressão, o Governo recuou e manteve a medida para as empresas, mas excluiu os municípios.

O presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), criticou a decisão do ministro Cristiano Zanin e afirmou que o argumento da inconstitucionalidade não procede porque a desoneração já existia antes da Reforma da Previdência, em vigor desde 2019.

Sexo: Terapeutas dão 4 dicas sobre o que fazer quando o parceiro quer mais que você






De acordo com terapeutas sexuais, discrepâncias no desejo sexual entre casais são comuns, chegando ao ponto de serem inevitáveis em relacionamentos de longo prazo. Pesquisas também sugerem que as diferenças de excitação estão entre os principais motivos pelos quais os casais procuram terapia.


— Eu diria que isso acontece em quase todos os relacionamentos, seja ocasionalmente ou de forma mais duradoura — disse Lauren Fogel Mersy, psicóloga, terapeuta sexual e co-autora do livro “Desire: An inclusive guide to navigating libido differences in relationships” (no português, “Desejo: Um guia inclusivo para navegar nas diferenças de libido em relacionamentos”).

Frances e sua esposa estão juntas há mais de 40 anos e, no início do relacionamento, não conseguiam manter as mãos longe uma da outra. Depois vieram três filhos e uma série de problemas de saúde (juntamente com medicamentos associados) que, de forma gradativa, minaram a libido da companheira.


— A vontade dela simplesmente desapareceu — disse Frances, de 61 anos, que pediu para não ser identificada pelo sobrenome em respeito à privacidade da esposa. — O que costumava acontecer talvez uma vez por semana diminuiu para talvez uma vez por mês, depois uma vez por ano. Então, em algum ponto, simplesmente parou.

Há 10 anos, o casal enfrenta um período de seca sexual. Frances ama a esposa e diz que o casamento delas é “forte”. No entanto, também anseia pela “mutualidade” do sexo.

— Às vezes, me pego fantasiando sobre praticamente todos que conheço, e me sinto culpada por esses pensamentos — afirmou. — Sinto que estou me contorcendo.


Muitos fatores podem influenciar a libido: dinâmicas interpessoais, saúde física e mental, as mensagens sociais sobre sexualidade absorvidas pelas pessoas durante a infância e adolescência. A lista continua e raramente existem soluções fáceis. No entanto, Fogel Mersy e outros especialistas disseram que a comunicação poderia ajudar os casais a superarem as lacunas no desejo sexual.

1. Focar na melhoria da comunicação em vez de tentar igualar as libidos

Quando atende clientes com diferenças de libido, a psiquiatra e terapeuta sexual Elisabeth Gordon não se preocupa em diminuir o desejo sexual de um parceiro ou aumentar o do outro. Em vez disso, ela ajuda os parceiros a entender o que está causando essas diferenças, que podem ser desde preocupações no relacionamento até estresse no trabalho, e, crucialmente, como falar sobre essas questões.


— Repito isso diversas vezes, mas a coisa mais importante que podemos fazer é melhorar a comunicação — disse Gordon. — A comunicação é o alicerce da saúde sexual.

Casados há 12 anos, Joel, de 40 anos, e a esposa enfrentaram problemas com o sexo na maior parte do casamento. O casal vem de origens rígidas: a família dele era religiosa e a dela tendia a evitar assuntos emocionais. Ele é o parceiro com maior desejo e frequentemente não consegue encontrar palavras para expressar sua frustração.

— Não quero me sentir carente — afirmou Joel, que também pediu para não ser identificado pelo sobrenome para proteger a privacidade da família. — E, ao mesmo tempo, quero expressar o quanto isso é importante para mim.


Joel disse que pode ser “solitário” e “confuso” sentir, às vezes, que a parceira simplesmente não sente mais atração por ele. Em casos assim, Gordon lembra aos clientes sobre os princípios básicos da boa comunicação. A especialista recomenda reservar um tempo para conversar que não seja no final de um longo dia ou quando se estiver tentando fazer várias coisas ao mesmo tempo, além de considerar qual ambiente seria mais confortável para a conversa, como um jantar tranquilo ou durante uma caminhada.

Professora no Instituto de Saúde Sexual e de Gênero, da Faculdade de Medicina da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, Kristen Mark indicou o uso de declarações com o pronome “eu”, que podem parecer mais gentis e ajudar a evitar a defensividade. (Por exemplo, “Eu não tenho sentido muito desejo sexual ultimamente, porque estou cansado” ou “Eu quero me sentir mais próximo de você, quer tenhamos relações sexuais ou não”). Ou a experimentação do método “sanduíche” —compartilhando um pedido ou uma declaração mais difícil entre dois elogios.

2. Dedique um tempo para identificar a intimidade dentro e fora do quarto


Terapeutas sexuais que trabalham com casais que enfrentam discrepâncias de desejo podem encorajar seus clientes a expandir seus chamados “roteiros sexuais”. Essas são ideias as quais as pessoas às vezes se apegam sobre como a intimidade sexual “deveria” ser e como ela deveria se desenrolar.

O que importa, segundo Gordon, é reservar tempo para a intimidade, seja lá o que isso significa para o casal: a especialista já viu clientes que se aproximaram, tendo um parceiro junto ao outro enquanto se masturba.

De acordo com Mark, a maioria das pessoas nunca pensou especificamente sobre o que obtém do sexo. É tudo sobre o prazer físico? Diversão? Liberação emocional ou conexão? A especialista recomendou perguntar a si mesmo sobre maneiras, além do sexo, para que o casal possam satisfazer pelo menos algumas dessas necessidades.


O sexo aproxima Jack (que pediu para não ser identificado pelo sobrenome em respeito à privacidade do parceiro), de 23 anos, e seu namorado emocionalmente, mas eles não o praticam com tanta frequência quanto o parceiro gostaria. Jack lidou com problemas de saúde mental que afetaram seu desejo sexual. Portanto, ele e seu namorado buscaram outras maneiras de promover o tipo de intimidade que obtêm do sexo.

— Coisas tão inocentes quanto abraçar ou dar as mãos ou ficar ao lado um do outro e se apoiar enquanto cozinhamos são importantes — disse Jack, “apesar de nem sempre ser sexual”.

Apesar desses momentos de conexão, o parceiro ainda luta com sentimentos de mágoa, e Jack muitas vezes sente que algo está errado com ele. Mas encontrar maneiras de ser íntimo sem ser sexual ajudou a “combater algumas das frustrações”, segundo ele.


3. Esteja aberto aos diferentes tipos de desejo

Geralmente, pensa-se em dois tipos de desejo sexual, de acordo com Fogel Mersy: espontâneo e responsivo. O desejo espontâneo surge de repente, muito parecido com o que vemos em filmes ou na TV. O desejo responsivo acontece em reação à excitação física por meio de qualquer um dos cinco sentidos, como um toque agradável ou um sinal visual. Isso pode acontecer rapidamente ou pode levar algum tempo para se desenvolver. A terapeuta sexual afirmou que as pessoas tendem a ignorar os benefícios do desejo responsivo.

— Sem ensinar às pessoas que existem diferentes tipos de desejo sexual, muitas se sentem quebradas — disse Jennifer Vencill, psicóloga e terapeuta sexual, coautora do livro “Desejo” com a Fogel Mersy.


No livro, elas sugerem que os parceiros considerem o “modelo de disposição”, uma escala de 0 a 10, para responder à pergunta: Estou disposto a ver se meu desejo sexual surgirá ou responderá? Um 0 significa que você não está disposto a tentar criar um desejo responsivo —e está tudo bem. (O consentimento é crucial.) Mas se você estiver em um nível 5, você estaria disposto a abraçar ou ficar deitado com seu parceiro e ver se se sente aberto a mais contato físico a partir daí?

4. Busque ajuda externa

Terapeutas, especialmente sexuais, podem ser um recurso valioso e muitas vezes subutilizado para casais com libidos diferentes. Se o desequilíbrio no desejo estiver causando brigas ou distanciamento no relacionamento, você pode considerar a terapia de casais. Pergunte aos terapeutas em potencial se eles já lidaram com seu problema antes e não tenham medo de oferecer feedback após algumas sessões. Pesquisas mostram que isso pode tornar a terapia mais eficaz.


Lembre-se de que terapeutas sexuais não podem tratar condições de saúde subjacentes que possam estar afetando a libido, como dor associada ao sexo, baixo desejo devido a certos medicamentos ou disfunção erétil. Quem tiver essas preocupações deve procurar um médico.

Gordon afirmou que grande parte do trabalho dos terapeutas sexuais está focada em ajustar as expectativas de seus clientes e normalizar as experiências.

— Queremos que eles entendam que a discrepância no desejo é extremamente comum, realmente normal, e que é possível trabalhar com isso.



(*)Com informação do Jornal Extra

Expocrato 2024 inicia montagem de megaestrutura





foto Divulgação


Foi dada a largada! A Expocrato 2024 iniciou a montagem da megaestrutura que vai receber artistas de todo o Brasil de 13 a 21 de julho. Quem passa pelo Parque de Exposições Pedro Felício já consegue ver o início dos preparativos para o evento. Os trabalhos começaram nesta terça-feira (23), e seguem adiantados para garantir toda organização e conforto no mês do evento.
Neste ano, o palco conta com 63 metros de frente e 20 metros de altura. A estrutura grandiosa se estende também para os camarotes, Área Premium e Área Gratuita, que contarão com bares, restaurantes e banheiros por toda a extensão do evento.

A Expocrato 2024 já é um sucesso de vendas e esgotou totalmente os lotes nos setores privados para a sexta-feira (19) e para o Camarote do Rei no primeiro sábado (13). Vários outros dias seguem no segundo e terceiro lotes, como a quinta-feira (18), o segundo sábado (20) e o domingo (21).

Garanta já o seu ingresso pelo site www.expocratooficial.com ou nos pontos de venda físicos, no Cariri Shopping e no La Plaza, em Juazeiro do Norte, e no Blue Tower, em Crato. Siga nossa rede social oficial para ficar por dentro de todas as novidades @expocrato.oficial .

quinta-feira, 25 de abril de 2024

PISO DA ENFERMAGEM: gestores insistem em não transferir valores complementares em alguns estados





Muitos técnicos e enfermeiros ainda não recebem o piso salarial integral Foto: José Cruz/Agência Brasil

Bahia e Pernambuco são alguns desses estados com dificuldades para receber o repasse referente a complementação do salário dos profissionais da saúde

“Muitos enfermeiros, técnicos, auxiliares, não estão recebendo os salários e isso está gerando um cenário de injustiça e de insatisfação”. O desabafo é da presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Bahia, (SEEB), Alessandra Gadelha. Ela reclama dos inúmeros problemas no estado, principalmente no que diz respeito ao repasse do Ministério da Saúde através do Fundo Nacional de Saúde.

“O repasse, quando chega na conta do governo do estado da Bahia, ainda existe uma demora de repassar esses valores para as empresas. Segundo problema, essas empresas quando recebem esses valores, elas estão realizando descontos, sobretudo nos descontos que são de responsabilidade patronal, como por exemplo, o FGTS, uma previsão de férias. É algo que a gente julga como irregular”, desabafa.

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA), Davi Apóstolo concorda:

“O dinheiro está chegando nas prefeituras e algumas prefeituras não estão repassando para os trabalhadores. Estão retendo esses valores. A mesma coisa está acontecendo com algumas instituições filantrópicas que estão recebendo também esses valores por parte do estado ou de algumas prefeituras — e são poucas que estão repassando”, destaca.

Ele ainda acrescenta uma outra situação:

“O Conselho Regional de Enfermagem ingressou com dez ações contra as prefeituras que estão praticando nos editais os valores muito abaixo daqueles estabelecidos na lei ou conforme aquele estabelecido pelo STF. Então, a gente está fazendo uma frente muito ampla com relação a isso também”, informa.

Em Pernambuco, por exemplo, o presidente do Sindicato Profissional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satempe), Francis Herbert, reclama da falta de atenção e comprometimento dos órgãos que fazem o repasse dos salários.

“Aqui em Pernambuco nós temos pontos que prejudicam muito o recebimento por parte dos nossos servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada não lucrativa”, aponta.
Repasses

Recentemente, o Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins (Coren-TO) entrou na justiça com um pedido de suspensão parcial do concurso público da Prefeitura de Rio dos Bois para cobrar a retificação do edital para que os salários da enfermagem sejam adequados ao piso nacional da categoria. O conselho também solicita que a Justiça estabeleça multa diária, caso a determinação não seja acatada.

Mas na outra ponta, alguns trabalhadores já conseguiram regularizar a situação. Nesta quarta-feira (24), por exemplo, o governo do Tocantins efetua o pagamento do piso da enfermagem aos profissionais do quadro da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO).

O governador Wanderlei Barbosa fez o anúncio por meio de suas redes sociais. “Nós iremos depositar mais uma etapa, mais uma parcela do piso da enfermagem. Os nossos servidores podem fazer o seu planejamento para pagar os seus compromissos dentro do mês”, ressalta.

#Bahia#Piso da enfermagem#Tocantins#Brasil Gestor

Emenda propõe alíquota previdenciária de 14% para todos os municípios





Foto: José Cruz/Agência Brasil

Sugestão do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) à PEC 66/2023 é contraproposta de municípios para o governo federal. Executivo quer alíquota reduzida apenas este ano, e somente para municípios de até 50 mil habitantes, com cobrança de 20% para todas as prefeituras a partir de 2027

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) protocolou uma emenda à PEC 66/2023 que propõe uma alíquota de 14% de contribuição previdenciária patronal para todas as prefeituras do país. O texto tem o apoio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que agora busca a assinatura de outros 26 parlamentares para que a sugestão passe a tramitar no Senado.

A PEC 66/2023 trata inicialmente da reabertura de prazo para que as prefeituras parcelem dívidas com a Previdência Social e define limites para o pagamento de precatórios. O texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e vai ao plenário, mas a discussão de emendas nesta fase exige o apoio de, ao menos, 27 senadores.

A PEC permite que os municípios parcelem em até 240 meses dívidas previdenciárias que vencerem até a data de promulgação da futura emenda constitucional. O prazo para adesão à renegociação desses entes seria 31 de julho de 2025. Segundo a CNM, mais da metade dos municípios estão em situação de insolvência fiscal. A entidade alega que o peso da Previdência nas contas locais é um dos principais responsáveis por isso.

Segundo o consultor tributário Enio de Biasi, a proposta não será suficiente para resolver a situação fiscal das prefeituras.

"As parcelas sofrerão incidência da taxa Selic e, com esses juros altos, o custo da dívida vai aumentar significativamente ao longo dos anos. O mais grave para a situação financeira dos municípios é que eles deverão manter as contribuições em dia e, adicionalmente, pagar as parcelas em dia, sob pena de serem excluídos do parcelamento. Dado que boa parte dos municípios já tem uma séria dificuldade de gerir seus orçamentos, acredito que a pressão no Congresso vai continuar, buscando melhores condições para o pagamento das dívidas — que chegam a R$ 190 bilhões", avalia.
Entenda

A emenda é mais um capítulo de uma guerra que tem o governo de um lado, e o Congresso Nacional e as prefeituras de outro. Até o ano passado, os municípios tinham que recolher 20% para o INSS. Mas os parlamentares aprovaram um projeto de lei que reduziu a alíquota a 8% para os municípios de pequeno porte (até 156,2 mil habitantes).

O governo vetou o projeto de lei. O Congresso derrubou o veto e o texto foi promulgado. Em seguida, o Executivo editou uma medida provisória (MP) que cancelou a desoneração para os pequenos municípios. A decisão foi mal recebida entre os parlamentares — e o tema sequer foi discutido via MP.

Recentemente, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), apresentou um projeto de lei para alterar a desoneração dos municípios. O texto prevê uma alíquota de 14% para os municípios com população de até 50 mil habitantes, a partir deste ano. Esse percentual subiria dois pontos percentuais ano a ano, até voltar aos 20% em 2027, para todas as prefeituras.

Por meio da emenda protocolada pelo senador Alessandro Vieira, a CNM faz uma contraproposta ao governo. A sugestão é de uma alíquota de 14% para todos os municípios, independentemente do porte. No entanto, a alíquota atual de 8% seria mantida em 2024; subindo para 10% em 2025; para 12% em 2026; até chegar aos 14% em 2027.

Segundo a entidade municipalista, a partir de 2027 — apesar de contemplar mais cidades—, a contraproposta trará um custo tributário 35% menor para a União do que no regime atual.

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Em Brasília, lideranças municipalistas discutem com parlamentares a pauta econômica das cidades
#Congresso Nacional#INSS#Municípios#Brasil Gestor

Invasões de terra cresceram 213% no ano passado





Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Dados obtidos junto à CNA apontam 72 invasões a propriedades rurais no ano passado, número maior do que nos soma dos quatro anos anteriores

O Brasil registrou 72 invasões de terra em 2023. Os dados obtidos pela reportagem junto à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que isso representa um aumento de 213% em relação ao número do ano anterior. Neste ano, a CNA já contabilizou 23 invasões a propriedades rurais, mesma quantidade de todo o ano de 2022.

Desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023, ocorreram 95 invasões a propriedades rurais, apontam os dados da CNA. A partir da série histórica do Incra — que vai de 2005 a 2022 — nota-se que o número de invasões de um ano e três meses para cá é maior do que o observado entre 2018 e 2022, período de cinco anos que compreende o último do ex-presidente Michel Temer e todo o mandato do também ex-presidente Jair Bolsonaro.

José Henrique Pereira, assessor técnico da Comissão de Assuntos Fundiários da CNA, diz que movimentos como o MST ganharam espaço no atual governo — o que contribuiu para o aumento das invasões.

Ele afirma que não é correto argumentar que as invasões são meios legítimos de pressionar as autoridades pela reforma agrária. "Não existe invasão legítima. Invasão é crime", diz.

Pereira pontua também que o país deveria dar um passo adiante nessa discussão, pois o problema não é a disponibilidade de terras. "De acordo com dados do próprio Incra, temos mais de 88 milhões de hectares destinados à reforma agrária; mais de 200 mil lotes vagos. A reforma agrária é uma política que tem começo, meio e fim. Temos que investir agora no desenvolvimento de assentamentos e em titulação das terras, que é a fase final da reforma agrária", avalia.

Advogado especialista em direito do agronegócio, Lucas Lousa diz que a partir dos dados é possível estabelecer uma relação entre o atual governo e o aumento de ocupações irregulares de propriedades rurais.

"Os números mostram tudo. Com a transição do governo começou essa intensificação dessas invasão de propriedade, coisa que a gente não via no governo anterior. Tudo indica que há, sim, uma relação, até por parte da ideologia do governo, da proximidade com esse Movimento dos Sem Terra."
Investimentos

Dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA, mostram que o agronegócio foi responsável por 23,8% de toda a riqueza gerada no país, no ano passado. O setor emprega mais de 28,3 milhões de pessoas — o que corresponde a cerca de 26,8% da população ocupada no país.

Para Lousa, a insegurança no campo atrapalha a atração de novos investidores para a agropecuária, setor que vem ganhando cada vez mais importância para a balança de comércio exterior e para o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O principal parâmetro para se atrair ou para se afastar investimentos do setor é a presença ou não de segurança jurídica. E esse tipo de invasão, de ocupação irregular de terras produtivas, como vem acontecendo, sem obedecer os parâmetros legais, gera essa insegurança e, com a insegurança, é óbvio que os investimentos também tendem a cair", avalia.
Reação no Congresso Nacional

Em meio ao chamado Abril Vermelho — mês em que o MST intensificou as invasões por todo o país —, parlamentares da bancada do agro e da oposição no Congresso Nacional buscam aprovar projetos de lei que diminuam as ocorrências.

Uma das propostas, o PL 895/2023, suspende o pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família, a pessoas condenadas por invasão a propriedades rurais ou urbanas. O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados — e, agora, será analisado pelo plenário.

São 17 os projetos de lei do pacote batizado de anti-invasão. José Henrique Pereira diz que a CNA apoia propostas que visem frear as invasões pelo país, como o que suspende os condenados de programas sociais.

"Esse projeto de lei é uma forma de tentar coibir essas invasões, criando vários empecilhos, retirando benefícios sociais daquelas pessoas que invadiram e impossibilitando o acesso a alguns cargos públicos. A gente considera isso positivo", pontua.

Projeto de lei proíbe que invasores de terra recebam benefícios do governo, como o Bolsa Família
#Congresso Nacional#Agronegócio#Invasão de Terras#Produtor Rural

Fusão da Cobasi e Petz criaria gigante do varejo com 13 lojas no Ceará


Empresas estão em negociação para formarem o maior conglomerado do mercado pet do País; especialistas rechaçam monopólio inicialmente e miram competitividade de pequenos e médios negócios
Escrito por Luciano Rodrigues , luciano.rodrigues@svm.com.br
Legenda: Fusão entre Petz e Cobasi deve criar gigante do mercado pet com 13 lojas no Ceará
Foto: Divulgação




Em franco crescimento no varejo nacional, o mercado pet foi destaque na semana passada com a abertura do processo de fusão das gigantes Petz e Cobasi. A primeira, com capital aberto na Bolsa de Valores, emitiu um fato relevante para os acionistas em que confirma a união com a atual concorrente.

A análise da fusão ainda precisa passar por uma série de processos, o que pode levar meses. O principal órgão que analisa essas mudanças é o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e a tendência é que Petz e Cobasi constituam uma única empresa futuramente.


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De acordo com especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste, é pouco provável que a fusão entre os dois conglomerados possa ser vetada pelo Conselho pelas características do mercado pet, marcada pela pulverização do setor varejista (o que exclui clínicas veterinárias e atendimentos médicos para animais), dominado por pequenos e médios negócios.

No Ceará, as duas empresas têm, juntas, 13 lojas. A Petz tem cinco estabelecimentos, todos em Fortaleza, enquanto a Cobasi tem oito — três deles que ostentam a marca Mundo Pet, marca cearense vendida para a rede paulista. As unidades ficam tanto na Capital quanto em Eusébio e Maracanaú.

Procuradas pela reportagem, a Petz informou que mantém cinco lojas no Ceará, todas em Fortaleza e emprega 7.300 colaboradores em todo o Brasil. Questionada sobre a fusão, a empresa pontuou "que haverá sim a permanência e coexistência das marcas". Até o fechamento deste texto, a Cobasi não retornou o contato com as informações solicitadas.
TAMANHO DO NEGÓCIO

Somente em 2023, o faturamento do mercado pet no Brasil foi de R$ 68,7 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) em parceria com o Instituto Pet Brasil.

Especialmente no que diz respeito ao varejo alimentício para animais (chamado de pet food), o faturamento foi de R$ 38,1 bilhões, 55,5% do total, à frente de pet vet (atendimento veterinário) e pet care (serviços como banho e tosa).


Legenda: Cobasi mantém oito lojas no Ceará, sendo a pet store nacional com mais lojas no Estado
Foto: Cobasi/Divulgação



Diferente de outros segmentos do varejo, como o setor de supermercados, o domínio do mercado pet fica nas mãos dos pequenos e médios negócios, como pet shops e casas de ração. O faturamento dessas lojas foi de aproximadamente 50%. Estabelecimentos megastore, como a Petz e a Cobasi, aparecem somente na terceira posição, com 9% do montante do mercado pet no ano passado.

A fusão entre Petz e Cobasi deve criar, possivelmente, o maior conglomerado de produtos pets do Brasil. Somados, os faturamentos brutos das duas empresas em 2023 chegaram próximos dos R$ 7 bilhões.
FUSÃO NÃO DEVE CRIAR MONOPÓLIO

Apesar da eventual criação desse gigante do mercado pet, uma possível concentração de público nas mãos do novo conglomerado está, pelo menos inicialmente, descartada.

É o que indica Antonio Gomes Vidal, professor de Trade Marketing Omnichannel da Universidade de Fortaleza (Unifor). Como a maior parte do faturamento do mercado pet está nos pequenos e médios negócios, isso infere que a fusão das duas empresas não mexe com a pulverização do segmento.

"Esse é um mercado muito grande e pulverizado, portanto há ainda muito espaço para fusões e aquisições na parte de cima da pirâmide, e também espaço para as pequenas, médias redes e lojas de bairros que representam o maior volume consumidores. A indústria do pet é bem democrática quando analisamos as classes que compram produtos e serviços para esse segmento de mercado. Essas fusões acontecem à margem das pequenas e médias lojas que ocupam maior volume de venda e consumidores", analisa.

O consultor de empresas e professor da Faculdade CDL, Christian Avesque, recorda a compra da Mundo Pet pela Cobasi, negócio que se concretizou em 2023, e pondera que a fusão é resultado de uma tendência de mercado no setor de varejo para animais que não são focados em atendimento veterinário ou serviços de banho e tosa.


Legenda: Mundo Pet foi vendida à Cobasi, mas ainda mantém lojas no Ceará
Foto: Reinaldo Jorge/Diário do Nordeste



"O primeiro movimento é uma sinergia de lojas para poder potencializar o faturamento por metro quadrado, ter sinergia de ponto de venda, centros de distribuição integrados, trabalhar layout de loja e o ponto de venda. Segundo movimento é pressionar muito fortemente as indústrias para ter maior margem de lucro na prateleira, e acredito que essas duas empresas vão criar marcas próprias para poder competir com as principais marcas de mercado, principalmente as multinacionais", classifica.

Das duas empresas, a única que tem marca própria de produtos é a Petz, cujas vendas são responsáveis por 8,5% do faturamento anual da bandeira. O conglomerado também é o único a ter capital aberto na Bolsa de Valores brasileira, a B3, em ações abertas desde 2020. Com o anúncio do processo de fusão, os papéis da empresa subiram quase 50% em uma semana.
DESAFIO NA PULVERIZAÇÃO

Antonio Gomes Vidal reforça que "será uma jornada difícil e longa competir com pequenas e médias lojas de vizinhança", e que a fusão entre Petz e Cobasi abre caminho para explorar um setor com potencial de crescimento pouco explorado.



Existe muito espaço para o crescimento do setor, seja no incremento de novos produtos e serviços proporcionados pelas grandes indústrias multinacionais que operam nesse setor ou no crescimento orgânico de vendas, além do comércio online que é ainda pouco desenvolvido. Essa possível fusão mira sinergias necessárias, como otimização do plano de abertura de novas lojas, maior preparação para atuar no e-commerce e redução de custos gerais e administrativos.Antonio Gomes Vidal
Professor de Trade Marketing Omnichannel da Unifor



Ainda de acordo com os dados da Abinpet e do Instituto Pet Brasil, o Brasil é o terceiro maior mercado do mundo no segmento, com 5% de participação mundial. Estados Unidos (43,7%) e China (8,7%) aparecem na primeira e segunda posições, respectivamente.

Para Christian Avesque, o grande desafio na consolidação do mercado pet no País é a pulverização em pequenas e médias lojas, que vendem produtos de baixo valor agregado e, por vezes, fracionado.

"O que a gente tem no nosso mercado é muita informalidade ainda, principalmente nos bairros que têm um nível de renda mais baixo. Muita gente vendendo rações, produtos sem nota, ou então fracionado e o ticket muito baixo", diz.


Legenda: Pequenas lojas de produtos animais desafiam crescimento do mercado, afirmam especialistas
Foto: Shutterstock



O consultor de empresas arremata a questão projetando que a união entre Petz e Cobasi deve incrementar a participação no mercado pet nos mais variados canais de venda, seja com a abertura de mais lojas físicas ou com maior posicionamento dentro do e-commerce.

"Acredito que elas vão fazer um investimento muito forte no e-commerce, trabalhando o marketplace desses itens que não são médicos. Acredito também que vão criar espaços nas grandes cidades de entretenimento para os pets e os tutores. Acho que essa parte de serviço, de qualidade de vida para os animais, seja um caminho que deve ser seguido", finaliza Avesque.

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