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quarta-feira, 8 de março de 2017

DESIGUALDADE EM QUEDA 45% da força de trabalho da RMF são mulheres



No ano passado, 23% do total de domicílios da Região eram chefiados por mulheres, segundo estudo do Sine/IDT












Cerca de 835 mil mulheres integravam a força de trabalho na Região Metropolitana de Fortaleza em 2016Clique para ampliar

Em 2016, as mulheres foram responsáveis por 45% da força de trabalho na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o que corresponde a 835 mil mulheres. No ano passado, 23% do total de domicílios da RMF eram chefiados por mulheres. E cerca de 23% da população economicamente ativa feminina eram chefes de domicílio (190 mil). Entretanto, apesar de 52% da população total da RMF ser constituída por mulheres (2 milhões), elas representavam cerca de 45% das pessoas ocupadas (717 mil) e detinham 38% da massa salarial. Já do total de desempregados, 49% eram mulheres (118 mil).

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Os dados foram divulgados ontem na Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Fortaleza (PED/RMF). De acordo com o estudo, nos últimos três anos, a desigualdade do desemprego entre homens e mulheres diminuiu. No período, a taxa masculina (83,6%) cresceu mais que a feminina (62,1%). "Em 2016, a PED revela essa melhora (na desigualdade do desemprego), mas isso ocorreu porque a crise foi forte e fez com que o desemprego entre homens crescesse mais rapidamente", disse Mardônio Costa, analista de Mercado de Trabalho do Sistema Nacional de Empregos/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT).

Apesar da diminuição da desigualdade, de 2015 para 2016 houve uma redução do rendimento médio real das mulheres da ordem de 3,0%, passando de R$ 1.150 para R$ 1.115, ficando no mesmo patamar de 2011. No mesmo período, o rendimento médio dos homens caiu 2,9%, passando de R$ 1.517 para R$ 1.473. Levando-se em conta toda a população, o rendimento médio do trabalhador da RMF caiu 3,0% em 2016, ficando em R$ 1.313.

Diferença salarial

Segundo Mardônio Costa, a diferença salarial entre homens e mulheres é uma característica do mercado de trabalho nacional. "Os homens têm uma remuneração um pouco acima da média feminina. E a PED revela que em 2016 as mulheres ganhavam cerca de 24% a menos do que a média masculina", ele diz. "Mas se nós avaliarmos de 2009 para cá, naquele ano a diferença era de 30%, e essa relação vem melhorando em função do crescimento econômico, dos ganhos reais de salário, até 2015".

De acordo com a PED/RMF de 2016, as maiores diferenças salariais foram detectadas no trabalho autônomo, no qual as mulheres ganhavam o correspondente a 65,1% da remuneração média real dos homens; no setor público (70,8%); e na indústria de transformação (79,0%). Já a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres foi observada no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, setor no qual as mulheres recebiam o equivalente a 96,0% da remuneração dos homens.

Desemprego

Após forte retração da atividade econômica brasileira, em 2015 e 2016, o contingente de desempregados na RMF foi estimado em 241 mil pessoas no ano passado, sendo 52,5% superior ao registrado no ano anterior (158 mil). A taxa de desemprego total cresceu tanto em 2015, chegando a 8,6%, como em 2016, atingindo 13,1%, sendo a mais elevada taxa desde 2009.

Ao todo, foram eliminadas 82 mil oportunidades de trabalho na RMF, e o número de homens (-5,0%) e de mulheres (-4,7%) ocupados decresceu quase na mesma proporção. Com isso, o nível ocupacional das mulheres retrocedeu ao patamar de 2011. O movimento de formalização das relações de trabalho das mulheres perdeu força, com a redução de 10,4% dos empregos com carteira assinada. Entre os homens, a redução de vagas com carteira assinada caiu 8,3%.

Ao mesmo tempo, a quantidade de mulheres autônomas cresceu 3,7% em 2016, enquanto entre os homens o aumento foi de 3,4%. Este foi o único tipo de ocupação em que as mulheres não perderam vagas. "Isso ocorre em momento de retração do mercado de trabalho", diz Mardônio Costa.

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