Números de homicídios caem, mas sensação de insegurança permanece.
Mesmo com a sucessiva diminuição no número de homicídios no Ceará, a sensação de insegurança continua a prevalecer. Para o governador Camilo Santana (PT), que esteve no O POVO na última quarta-feira, 5, em entrevista à rádio O POVO/CBN, ainda está longe o momento em que a população vai começar a se sentir mais segura, mas esse dia chegará logo que houver uma consolidação de ações integradas entre Segurança, Educação, Cultura e Esporte, por exemplo.
“Segurança não se resolve a curto prazo, é permanente”, declarou o governador, ao reforçar a importância da parceria com os municípios para viabilizar as ações integradas, principalmente nas áreas consideradas mais críticas. “Temos que focar com inteligência, de forma estratégica”, enfatizou.
Insegurança
Em Fortaleza, uma das Áreas Integradas de Segurança (AISs) que mais têm tido redução no número de homicídios ao longo dos meses é a AIS 4, que contempla bairros como Cambeba, Luciano Cavalcante, Barroso, Curió, Jardim das Oliveiras, Aerolândia, Guajeru e Messejana. A área foi a que mais conseguiu reduzir o número de mortes no último balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS), saindo de 31 casos em maio para 21 em junho.
Na manhã da última quarta-feira, O POVO foi a Messejana e conversou com a população do bairro sobre a sensação de insegurança. Dos dez entrevistados, com idades entre 17 e 64 anos, todos afirmaram viver inseguros. Nove deles, porém, não revelaram medo de assassinatos, mas de assaltos e pequenos furtos.
“Hoje, você não vê mais ninguém sentado nas calçadas. É todo mundo dentro de casa”, lamentou a comerciante Neuza da Silva, 58. “A gente anda (nas ruas) porque tem a rotina, mas sem a certeza de que vai voltar tranquilo para casa”, complementou o também comerciante Rafael Olanda, 23. Sobre a divulgação da redução do número de homicídios, outro comerciante que não quis se identificar chegou a dizer que “é tudo mentira, não caiu nada”.
Publicado no Jornal O Povo
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