Sobre as tentativas da presidente petista de buscar apoio para superar a crise política e econômica, Ciro Gomes disse que restaria a Dilma "reconciliar-se com quem a elegeu", adotando uma política para impedir que houvesse a desindustrialização do País, por exemplo.
O ex-ministro afirmou ainda que "a população está se sentindo traída, enganada. A Dilma mentiu para a população. O PT e Lula também".
O ex-governador também criticou a qualidade da equipe da presidente, em especial o atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, responsável por definir prioridade para o ajuste fiscal.
"Joaquim Levy é uma boa pessoa para ser tesoureiro. Ele está construindo uma erosão fiscal sem precedentes. Nesse ritmo, as reservas do País duram só um ano e meio", disse.
CandidaturaEm sua volta à política, Ciro Gomes declarou que não tem "obsessão de ser candidato", mas teria intenção de disputar a presidência da República pelo PDT, que já faz incursões para garantir a filiação do ex-ministro da Fazenda (1994-1995) do governo Itamar Franco e ex-ministro da Integração Nacional (2003-2006) do governo Lula.
A presidente Dilma Rousseff já teria sido avisada, pelo próprio Ciro, da intenção de concorrer ao Planalto, contrapondo-se ao projeto político em curso.
Ele e o irmão, o ex-ministro da Educação Cid Gomes, farão reunião com o grupo que lideram no dia 17 de agosto para decidir os possíveis rumos.
Nas duas oportunidades em que tentou ser presidente da República, Ciro Gomes representava outro partido, o PPS. Em ambas as eleições (em 1998 e 2002), foi o terceiro candidato mais votado, chegando a obter mais de 10 milhões de votos na segunda tentativa.
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