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domingo, 16 de abril de 2017

ELIO GASPARI Articulação de Temer com Lula e FHC beira formação de quadrilha



colunistas



16/04/2017 02h00

A repórter Marina Dias revelou que se articula uma ação conjunta do presidente Michel Temer com seus antecessores Lula e Fernando Henrique Cardoso em busca de um pacto político. Desde fevereiro, quando Temer visitou Lula no hospital Sírio-Libanês depois da internação de sua mulher, Marisa, o presidente faz circular a notícia de um encontro com todos os seus antecessores.

O ex-ministro Nelson Jobim tem costurado conversas com Temer e Fernando Henrique e deverá falar com Lula nos próximos dias. Essa e outras articulações foram cruamente classificadas pelo professor Joaquim Falcão: "Não se busca mais uma sentença absolvitória. Busca-se um acordão político transpartidário. Em nome não mais da inocência dos réus, mas da estabilidade econômica e da governabilidade."

Jobim foi ministro da Justiça e da Defesa, presidiu o Supremo Tribunal Federal e tornou-se conselheiro do banco BTG Pactual, cujo presidente viveu alguns meses em regime carcerário comum e domiciliar.


Já está em andamento a negociação de um acordo do andar de cima para refrescar a vida da turma do caixa dois. Falta combinar com o andar de baixo, que paga os salários dos parlamentares e as faturas das empreiteiras.

Essa movimentação é de inédita infelicidade. Ela é uma vacina contra alguns dos efeitos da Lava Jato. Em tese, une três pais da pátria. Na prática, juntam-se Temer (acusado de ter negociado capilés da Odebrecht), Lula (réu em cinco ações penais) e Fernando Henrique Cardoso (cujas campanhas presidenciais foram irrigadas pela empreiteira, segundo a narrativa do patriarca Emilio Odebrecht). Acusação não significa culpa, mas salta aos olhos que até hoje foram poucos os políticos que confessaram seus crimes. Essa turma espera um pacto, mas na trinca falta alguém que não tenha nada, mas nada mesmo, a ver com a Lava Jato.

A literatura do crime organizado é cruel com iniciativas desse tipo. Quando os negócios caem ou quando a polícia aperta o cerco, os notáveis se reúnem e buscam uma linha comum de atuação. Michel não é Michael, Luiz Inácio não é Luigi e Fernando Henrique não é Enrico. Uma reunião desse tipo pode acabar em formação de quadrilha.

Cada um deles ou os três juntos poderiam se reunir para discutir uma maneira mais rápida para mandar larápios para a cadeia. Ajudariam a Lava Jato, o futuro do país e suas próprias biografias.

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