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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Câncer de medula óssea preocupa especialistas da região do Cariri

Cresce o número de pessoas adultas que necessitam de transplante de medula óssea. O médico hematologista Ricardo Parente relata a escassez, na região, de registros oficiais sobre o crescimento de pacientes adultos que precisam de transplante. Segundo o médico, é normal que pacientes acima de 18 anos de idade contraiam leucemias agudas, levando-se em consideração o fato do problema ocorrer em qualquer fase da vida do ser humano, em todas as faixas etárias, classes sociais e ambos os sexos. 

Ainda conforme o hematologista, o Cariri apresenta uma condição bastante propícia para o desenvolvimento desse tipo de enfermidade e citou o uso indiscriminado de agrotóxicos por trabalhadores rurais nos diversos municípios caririenses. Pesquisas apontam chances favoráveis desses profissionais contraírem os tipos de leucemias. De acordo com exames laboratoriais, alguns apresentaram alterações cromossômicas, o que representa o primeiro passo para se chegar a doença. “Na nossa prática do dia-a-dia, temos atendido muitos pacientes adultos com sintomas que correspondem à necessidade de um transplante de medula, principalmente pessoas em idade entre 20 e 40 anos”, revelou o médico. 

Segundo Ricardo, muitos produtores rurais, ao usar inadequadamente os equipamentos na hora de aplicar esse tipo de produto na lavoura, ficam vulneráveis a contrair leucemia. No Cariri, o mais preocupante é a considerável quantidade de pessoas que precisam do transplante, em comparação ao número de quem se disponibiliza a doar medula. A constatação está nas ações de coletas de sangue feitas pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemoce) nos municípios caririenses. De cada dez doadores, somente um se oferece para se cadastrar como doador do tecido líquido - gelatinoso. 

No Brasil, a fila de pacientes à espera de transplante de medula chega a 1.600 pessoas, aguardando um doador compatível e o surgimento de leito disponível no Sistema Único de Saúde. A enfermeira responsável pelo setor de captação de doador do Hemoce de Crato, Saméia Justino, informa que a unidade regional não dispõe de estatísticas sobre quem precisa de transplante no Cariri e que isso é de responsabilidade do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). 

O Redome informa que, até fevereiro de 2017, totalizou 168.186 cadastros de potenciais doadores e 27 coletas de medula alogênica não aparentada, 16 coletas nacionais e 11 internacionais. Todas elas foram de doadores de Sobral, Região Metropolitana do Cariri e Região Metropolitana de Fortaleza. 

“O transplante de medula óssea é um procedimento que exige bastante preparo do ponto de vista estrutural e pessoal. Com o crescimento da região, sonhamos trazer para cá serviços relacionados. Mas, para isso acontecer, é preciso melhorar a nossa estrutura médico-hospitalar e contratar mais profissionais, haja vista que o Cariri dispõe somente de dois hematologistas para atender os 32 municípios da região”, concluiu o médico Ricardo Vieira. O tratamento tem cobertura cem por cento pelo SUS. Os pacientes do Cariri que precisam de transplantes são enviados à Fortaleza e demais centros médicos desenvolvidos.           (Jornal do Cariri)

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