Deputado cearense, anunciado durante ato realizado na sede da sigla no DF, intensifica busca de apoios
Slogan da campanha do postulante pedetista é "Câmara com Brasil - Para construir a nação que sonhamos" ( Foto: Bruno Gomes )
00:00 · 18.01.2017
Brasília/Fortaleza. O PDT lançou oficialmente ontem o deputado federal André Figueiredo (CE) como candidato à presidência da Câmara. Sem apoio declarado dos outros partidos da oposição, o parlamentar cearense ainda tenta, porém, atrair essas legendas, principalmente do PT e do PCdoB.
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.Objetivo é unificar esquerda na Casa
A candidatura de Figueiredo foi anunciada durante ato na sede da legenda, na capital federal, e faz parte da articulação do partido para pavimentar a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) à presidência da República em 2018. Ciro, porém, não esteve presente no lançamento, pois está dando palestra em Boston (EUA).
Presente no lançamento, o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), lembrou que o partido ainda está em processo de discussão, mas disse ver com "muito bons olhos" a candidatura de Figueiredo. "Temos extrema simpatia pela candidatura do André", disse. "Queremos o fortalecimento da oposição e, ao mesmo tempo, um fortalecimento da Casa", emendou.
Zarattini ouviu apelos do presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi, para que ajudasse a convencer o PT a apoiar Figueiredo. "Estou apelando a ele que leve esse projeto da candidatura do André a nossos primos-irmãos do PT, para que marchemos juntos nesse momento crucial da vida brasileira", disse.
Negociação
Segundo maior partido da Câmara, o PT, porém, vem priorizando as negociações com os dois principais candidatos da base aliada: o líder do PTB, Jovair Arantes (GO) e o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tentará a reeleição. Em reservado, deputados do PT e PCdoB afirmam que a candidatura do pedetista não é viável e que preferem negociar com candidatos com condições de ganhar a disputa e, assim, garantir cargos na Mesa Diretora e em outros espaços da Câmara, como comissões temáticas e relatorias de matérias importantes.
Deputados citam ainda dois focos de resistência. O primeiro é o fato do PDT ter Ciro como candidato em 2018, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também deve disputar. O outro é que o pedetista não seria confiável, pois liderou movimento de independência do partido do governo Dilma, quando era líder na Câmara.
Com o slogan "Câmara com Brasil - Para construir a nação que sonhamos", o deputado do PDT já começou a distribuir material de campanha. Uma das propostas, segundo folder de campanha, é fazer alterações nas regras de Medidas Provisórias, para forçar a substituição delas por projetos de Lei do Executivo com urgência.
André Figueiredo afirmou que, se eleito, pautará a discussão da reforma da Previdência, mas não aceitará a retirada de direitos adquiridos dos trabalhadores. Ele afirmou que, apesar de ser da oposição, pretende ter uma relação "respeitosa" com o presidente Michel Temer.
Expulso
Informado da decisão da Executiva do PDT de expulsá-lo do partido, o senador Telmário Mota (RR) acusou o presidente da legenda, Carlos Lupi, de "cara de pau" ao comandar sua expulsão da sigla por ele ter votado a favor da PEC do teto dos gastos.
O parlamentar criticou duramente Lupi, lembrando que ele deixou o Ministério do Trabalho em 2011, no governo Dilma Rousseff, sob acusações de corrupção. Ele disse que, com a decisão, o PDT indica que roubar é "plausível", mas ninguém pode ter opinião própria.
00:00 · 18.01.2017
Brasília/Fortaleza. O PDT lançou oficialmente ontem o deputado federal André Figueiredo (CE) como candidato à presidência da Câmara. Sem apoio declarado dos outros partidos da oposição, o parlamentar cearense ainda tenta, porém, atrair essas legendas, principalmente do PT e do PCdoB.
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A candidatura de Figueiredo foi anunciada durante ato na sede da legenda, na capital federal, e faz parte da articulação do partido para pavimentar a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) à presidência da República em 2018. Ciro, porém, não esteve presente no lançamento, pois está dando palestra em Boston (EUA).
Presente no lançamento, o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), lembrou que o partido ainda está em processo de discussão, mas disse ver com "muito bons olhos" a candidatura de Figueiredo. "Temos extrema simpatia pela candidatura do André", disse. "Queremos o fortalecimento da oposição e, ao mesmo tempo, um fortalecimento da Casa", emendou.
Zarattini ouviu apelos do presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi, para que ajudasse a convencer o PT a apoiar Figueiredo. "Estou apelando a ele que leve esse projeto da candidatura do André a nossos primos-irmãos do PT, para que marchemos juntos nesse momento crucial da vida brasileira", disse.
Negociação
Segundo maior partido da Câmara, o PT, porém, vem priorizando as negociações com os dois principais candidatos da base aliada: o líder do PTB, Jovair Arantes (GO) e o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tentará a reeleição. Em reservado, deputados do PT e PCdoB afirmam que a candidatura do pedetista não é viável e que preferem negociar com candidatos com condições de ganhar a disputa e, assim, garantir cargos na Mesa Diretora e em outros espaços da Câmara, como comissões temáticas e relatorias de matérias importantes.
Deputados citam ainda dois focos de resistência. O primeiro é o fato do PDT ter Ciro como candidato em 2018, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também deve disputar. O outro é que o pedetista não seria confiável, pois liderou movimento de independência do partido do governo Dilma, quando era líder na Câmara.
Com o slogan "Câmara com Brasil - Para construir a nação que sonhamos", o deputado do PDT já começou a distribuir material de campanha. Uma das propostas, segundo folder de campanha, é fazer alterações nas regras de Medidas Provisórias, para forçar a substituição delas por projetos de Lei do Executivo com urgência.
André Figueiredo afirmou que, se eleito, pautará a discussão da reforma da Previdência, mas não aceitará a retirada de direitos adquiridos dos trabalhadores. Ele afirmou que, apesar de ser da oposição, pretende ter uma relação "respeitosa" com o presidente Michel Temer.
Expulso
Informado da decisão da Executiva do PDT de expulsá-lo do partido, o senador Telmário Mota (RR) acusou o presidente da legenda, Carlos Lupi, de "cara de pau" ao comandar sua expulsão da sigla por ele ter votado a favor da PEC do teto dos gastos.
O parlamentar criticou duramente Lupi, lembrando que ele deixou o Ministério do Trabalho em 2011, no governo Dilma Rousseff, sob acusações de corrupção. Ele disse que, com a decisão, o PDT indica que roubar é "plausível", mas ninguém pode ter opinião própria.
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