O QUE PENSO...
É comum eu ser abordado, nas conversas com amigos, talvez pelo fato de eu estar no rádio e trabalhar noticias no Jornal do Meio Dia, da Rádio Cidade AM, e dar opinião sobre diversos assuntos sempre, eles me perguntarem, como se eu fosse conhecedor profundo, coisa que não sou, sobre política.
Pois bem, mais uma vez neste final de semana, fui abordado por alguns amigos sobre este tema, me perguntando eles, sobre como eu vejo o futuro político de Campos Sales, em relação já à sucessão do atual prefeito, Moésio Loiola.
Respondi o que acho, diante do quadro atual e disse que dificilmente, o atual alcaide deixará de fazer seu sucessor, até porque, a oposição no município, se desfez, com a saída do campo político de lideranças reconhecidas, como o médico, Paulo Ney, Lourenço Arrais, José Iris, Dr. Fortaleza e outros, que já tiveram seu período de contribuição, enquanto lideranças populares que governaram Campos Sales, cada um a seu tempo, e que naturalmente, este momento iria ocorrer.
Como, a renovação política local, com o surgimento de novos políticos, não se consolidou, vez que muitos dos que surgiram, como vereadores, preferiram servir a determinadas lideranças e não procuraram marcar seus nomes como possíveis novas possibilidades, como candidatos a prefeito e com a vinda de Moésio Loiola, eleito e depois reeleito, sem que a oposição se consolidasse, fica difícil imaginar outro quadro em 2020, mesmo estando nós, a cerca de 3 anos da próxima eleição (incrível como o povo de Campos Sales respira política 24 horas por dia...kkk).
Sempre que provocado sobre este tema, tenho tido sempre a mesma opinião de que, as novas lideranças locais não estão coesas, e dificilmente ficarão, em razão da vaidade pessoal que permanece forte e que impede que possam sentar-se à mesa e traçarem um futuro político no sentido de fortalecer este sentimento, que no meu singelo modo de ver, é crucial para fortalecimento da alternância de poder em Campos Sales.
Campos Sales ainda vive a política do "agasalhamento" de determinadas possíveis novas lideranças, que facilmente são cooptadas pelo governo atual, que sem esforço algum, consegue manter uma maioria quase que total no poder legislativo e que, consequentemente, diminui significantemente, o poder de antagonismo político, necessário em qualquer democracia, vez que ela carece que haja, para o seu bem, os dois lados: SITUAÇÃO e OPOSIÇÃO.
Quando falo assim não estou dizendo que a OPOSIÇÃO deva existir para ficar apenas acusando a SITUAÇÃO, disso ou daquilo, mas sim, propondo à sociedade, opções de mudança, natural em qualquer democracia, evitando assim a perpetuação política de apenas um lado político, em detrimento da vontade popular, que naturalmente muda, de tempos em tempos.
Campos Sales hoje, e a realidade mostra isso, só não enxerga quem não quer ver, tem o domínio político nas mãos do atual prefeito, que detentor do cargo maior, como chefe do executivo, está sabendo manter um grupo sólido e que conta com a inexistência política de um grupo de oposição, e de braçada, conduz a política local no sentido de indicar e eleger seu próximo sucessor.
Nomes como, Solando Feitosa, Cesar Costa e Dorgival Lins, são os únicos que ainda são lembrados vez ou outra como possíveis opositores numa próxima corrida eleitoral, mas, na minha opinião, falta diálogo, para que tal fato se concretize, ou que novos nomes surjam, além de não haver, na minha visão, nenhum movimento de busca, por exemplo do apoio, neste sentido, das lideranças passadas e mais recentes, como, Paulo Ney, Lourenço Arrais, José Iris e outros que, se houvesse a construção de um projeto de governo para Campos Sales, poderiam ser convencidos a apoiar ideia neste sentido.
Falei da minha opinião, numa possível composição de forças de oposição, mas por outro lado, enxergo o poder atual, capitaneado pelo prefeito, Moésio Loiola, seguindo seu curso, e buscando fortalecer nomes aliados, para mais na frente definir seu sucessor, como por exemplo, a atual secretária de Educação, Lourdejan, que tem, ao meu ver, recebido irrestrito apoio do atual gestor e vem agradando a muitos, num setor tão importante como a educação, com visibilidade e recursos que podem fazer a diferença.
Por fim, e aqui é a minha coluna que claramente diz: O QUE PENSO, e não que seja a verdade, verdadeira, mas resultado do que acompanho e tiro como visão própria da realidade, sem nenhum tipo de viés político, acredito que, se nada for feito ao longo de esses três anos que antecedem as eleições municipais de 2020, o "caminho das águas" será este: um município onde a democracia doente, tem um só lado e que indica a continuidade desse grupo político que ai está, feito pela liderança de um homem só, contando com a acomodação dos demais, aqueles que na sua grande maioria, optam por serem amantes do poder pela acomodação fácil de suas pretensões pessoais, com cargos e posições políticas que os mantêm confortáveis e felizes, como num conto de fadas.
Pra finalizar é bom que fique claro que aqui, não estou promovendo ou querendo dizer que o que se deve fazer, como infelizmente alguns ainda insistem, e ai está o grande erro, de ficar tentando acusar o atual grupo político disso ou daquilo. Defendo a unidade de uma oposição que auto se destruiu e que deixou nossa sociedade sem o direito do contraditório, via programas e projetos políticos que possam ser enxergados e que apontem para uma renovação que é necessária para a "saúde" da nossa liberdade de escolha já tão combalida, diante dos fatos políticos nacionais que nada contribuem para tudo isso que defendo aqui...Tenho dito!!!!
Por Carlos Alberto Albuquerque - Radialista
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