Nesta quarta-feira, 1º de novembro, ocorre em Campos Sales, no plenário da Câmara de Vereadores, a partir das 9 da manhã, audiência para discutir ações que coíbam a violência no trânsito local.
Esse momento servirá pra "medir" o grau de envolvimento das autoridades constituídas locais, com temas tão importantes como o que será pautado no evento. Como se comportará a sociedade civil organizada?
Em Campos Sales, como em qualquer outro município, existem associações, conselhos, dos mais variados segmentos sociais, que só aparecem para a sociedade, normalmente em festas, demonstrando que existem e não passa disso. Clubes de serviço como Lions Clube e Maçonaria, também seguem o mesmo roteiro, existem mas, suas ações, se existem, dificilmente são vistas pela sociedade.
Em relação às autoridades como: Poder Executivo, Judiciário e Ministério Público, que pouco participam de debates desta natureza, são esperados com suas expressões maiores, como Prefeito, Juiz, Promotor, enfim.
A Câmara de Vereadores, embora tenha demorado, está cumprindo a sua obrigação de representar o povo, provocando uma discussão ampla, envolvendo todos os segmentos sociais e públicos, para debater, e espera-se que ao final, ações sejam evidenciadas no sentido de dotar o município de instrumentos que possam ser utilizados no combate à violência no trânsito local, principalmente em relação à municipalização do trânsito.
Polícias Militar e Civil, devem se fazer representar para participar do debate, mas esses organismos de segurança já cumprem seu papel, mesmo diante das dificuldades presentes, no dia a dia, como efetivo reduzido, péssima infraestrutura, no caso da Policia Civil, que ainda funciona em prédio alugado, sem agentes, sem viaturas, enfim.
Este dia 1º de novembro poderá ficar marcado como um divisor de águas na luta contra a violência no trânsito local, ou, por outro lado, poderá ser apenas mais uma, das inúmeras audiências improdutivas já realizadas no município, para discutir assuntos outros e que nunca produziram resultado algum, como no caso da questão hídrica, que, ao final foi preciso o Governo do Estado designar uma Força Tarefa para resolver o caso, que alias, ainda anda a passos de tartaruga, sem dar o resultado que a sociedade espera.
Se nesta oportunidade, poder público e sociedade representada, não derem um caminho determinado para esta questão, poderemos afirmar o diz o adágio popular: "quem cala consente", e ai continuaremos a chorar e lamentar vidas perdidas, principalmente de jovens e pessoas inabilitadas, no uso irresponsável de veículos e motocicletas, e teremos tido, apenas mais um momento de encontro de autoridades e sociedade, que, como é de praxe, em Campos Sales, terminará com um belo Buffet, tapinhas nas costas, risadinhas sem graça e palavras jogadas ao vento.
Para terminar esta reflexão de hoje, o que mais desejaria ver, ao final desta audiência, seria eu, literalmente "queimar" a língua, enxergando finalmente, algo de objetivo e produtivo, em prol da sociedade local.
Tenho Dito!
Por Carlos Alberto Albuquerque - Radialista
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