CARLOS ALBERTO ALBUQUERQUERESPONSÁVEL PELO BLOG CONEXÃO REGIONAL

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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Reforma do Ensino Médio quer fim da evasão escolar


01:00 · 19.10.2017
Principais mudanças da reforma do EM
Melhorar a educação, tornar a escola mais atrativa para o jovem e, assim, contribuir para o fim do abandono e da evasão escolar. Essas são as perspectivas base do Governo Federal com a reforma do Ensino Médio no País, através de uma reformulação que visa deixar mais atual e flexível o currículo escolar. No Ceará, segundo informou a Secretaria da Educação do Estado (Seduc), estudos técnicos e internos seguem em andamento para compreender a nova legislação.
As competências e conhecimentos considerados essenciais ao novo currículo serão definidos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o que na avaliação do doutor em educação Marco Aurélio de Patrício Ribeiro, é um fator positivo. "Atualmente, o currículo se baseia no que as universidades cobram. A criação da BNCC do Ensino Médio se propõe a manter as coisas boas da BNCC do Ensino Fundamental, que já existe, como a interdisciplinaridade, a utilização de temas transversais e a abertura de espaços para modalidades diferentes de avaliação", destaca o professor.
Outro ponto importante, segundo afirma o especialista, trata-se da transformação gradativa do ensino brasileiro num ensino de tempo integral, passando pelo aumento da carga horária atual de 800 horas anuais para 1,4 mil horas, assim como a possibilidade de 40% da carga horária total do aluno ser preenchida por disciplinas optativas, tendo a oportunidade de aprofundar seus estudos de acordo com a área de formação desejada em uma das cinco áreas de interesse: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. "Assim ele pode priorizar o que é mais interessante para ele, isso é algo bom", comenta Marco Aurélio.
A formação técnica e profissional também passará por mudanças com base na nova proposta, já que o estudante poderá optar por essa formação dentro da carga horária do ensino regular, desde que ele mantenha em curso as disciplinas de matemática e português, obrigatórias durante todo o período do Ensino Médio. Ao final dos três anos, ele será certificado tanto no Ensino Médio como no Curso Técnico. Para isso, cada Estado deve organizar seus currículos. Para ter uma formação técnica no momento o jovem precisa, além de cursar 2.400 horas do ensino médio regular, 1.200 horas do técnico.
Prazo
Atualmente, a BNCC se encontra em processo de elaboração e deve ser enviada ao Conselho Nacional de Educação (CNJ) para aprovação, retornando ao Ministério da Educação (MEC) para homologação. Os sistemas de ensino terão o ano seguinte ao da publicação da BNCC para estabelecer o cronograma de implantação das principais alterações na Lei, e iniciar o processo de implementação a partir do segundo ano letivo.
Dessa forma, tendo a aprovação do conjunto de orientações ainda este ano, é possível que a reforma passe a vigorar em 2020. Ainda sobre a possibilidade de alteração curricular no Ceará, a Seduc afirma analisar algumas iniciativas já em andamento mesmo antes da alteração da legislação, com o objetivo de verificar o impacto dessas ações na rede estadual. Para o Ministério da Educação, a reforma do Ensino Médio é a oportunidade de aproximar ainda mais a realidade dos estudantes diante das novas demandas profissionais do mercado de trabalho.

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