CRÔNICA DE LEO RODRIGUES PARA PROGRAMA DE ESPORTES DA RÁDIO CIDADE AM.

Salvem o futebol!
Até quando vamos presenciar cenas de vandalismo antes, durante e depois de uma partida de futebol? Ou melhor, de um clássico do futebol brasileiro? Afinal de contas o futebol é uma diversão (lazer) ou uma inspiração para agressão? Qual é a justificativa para tanta violência?
São perguntas se perdem na mente dos que ainda veem o futebol como arte, como lazer. Mas até quando isso vai durar? Estamos nos aproximando de uma Copa do Mundo de Futebol que será realizada aqui no Brasil. A maioria esmagadora (eita esse nome lembra violência) a maioria absoluta da população brasileira não terá outra oportunidade na vida, de assistir a uma Copa realizada aqui novamente. Isso é coisa que só acontece a cada seis décadas. A única vez no Brasil foi em 1950! Lembra o cometa halley!
Após sessenta e quatro anos, olha a copa aqui novamente. Mas brigas como a que marcou o clássico paulista, entre Corinthians e Palmeiras, são episódios que mancham o esporte mais querido do país. Pode até parecer um fato isolado do fim de semana, mas a verdade mesmo é que ofuscou a vitória brilhante do timão sobre os eternos rivais palmeirenses. Todos os holofotes, manchetes e atenções ficaram voltados para a guerra entre as torcidas. É lamentável.
Infelizmente essa guerra não é uma particularidade do futebol bandeirante, muito pelo contrário, acontece constantemente no carioca, no pernambucano, baiano, paranaense... Resultado prático disso: estádios vazios na maior parte dos jogos!!! Se formos comparar com outras modalidades esportivas, percebemos sem muito esforço, que há um crescimento natural na preferência do torcedor.
O curioso é que esportes como MMA (que é a mistura de todos os estilos de lutas), que muitos taxam de esporte violento, vem crescendo assustadoramente nos Estados Unidos e no mundo. Todos os seus eventos tem casa cheia. É altamente (como diria um amigo nosso) altamente lucrativo, e até onde eu sei, não se registram atos de violência praticados pelo seus torcedores.
Precisamos dar um basta nisso, ou “isso” dará um basta no futebol. O mundo dos esportes tem outras opções de divertimento: voleibol... basquete... tênis... MMA... natação... atletismo... judô... automobilismo...
Por falar em automobilismo, tivemos nesse fim de semana a segunda prova do ano, o Grande Prêmio da Malásia. Esse sim, em grande estilo. Uma corrida cheia de emoção do início ao fim. Chuva pra mais de litro. E o público fiel ali, lavando a alma de emoção. E bote emoção nisso. Mais uma vez (o que está se tornando perigosamente uma rotina) vimos um Felipe Massa assistir o seu companheiro de Ferrari dar um show lá frente! Enquanto Massa ninguém viu... o mundo viu um corredor espetacular dar uma aula de pilotagem, com uma estratégica perfeita da sua equipe, e contar com uma sorte parece só acompanhar os melhores mesmo.
Estou falando do Príncipe das Astúrias, o espanhol Fernando Alonso e de como ele resuscitou a finada Ferrari (com todo respeito que tenho pela equipe italiana). Envolto a uma das maiores crises da sua história, a toda poderosa Ferrari renasceu das cinzas (igual a uma Fênix) e pode comemorar esse grande feito do Alonso. Já o nosso Massa, continuou sendo massante torcer por ele. Quem salvou a pátria brasileira sobre rodas, foi o promissor Bruno Senna.
O garoto, agora com um carro um pouco melhor do que o do ano passado, começa a mostrar que corre o sangue do tio Ayrton Senna nas suas veias. Não estou fazendo comparações ainda. É muito cedo para isso, mas, é bom ficarmos atentos ao Bruninho, pois o menino tem talento. Conseguiu em apenas uma corrida esse ano, pontuar acima do que a equipe interia fez na temporada do ano passado. Parabéns Bruno Senna, você está no caminho certo.

Postado por Leo Rodrigues.