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quarta-feira, 1 de novembro de 2017
Ceará quer ser livre de aftosa sem vacinação em 2020
Deverão ser imunizados apenas os animais de até 24 meses, mas os criadores precisam declarar a quantidade total do rebanho ( Foto: Natinho Rodrigues )
00:00 · 01.11.2017 por Honório Barbosa - Colaborador
Iguatu. No próximo dia 3 começa a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, no Ceará. A novidade é que deverão ser imunizados apenas os animais de até 24 meses, mas os criadores precisam declarar a quantidade total do rebanho para atualização cadastral. A coordenação estadual anunciou a expectativa de que em 2020 o Estado seja considerado livre da doença sem vacinação.
O esforço do governo do Ceará é antecipar em dois anos a obtenção de status de retirada total da vacinação contra a febre aftosa, ou seja a imunização do rebanho de bovinos e bubalinos seria realizada até novembro de 2020. Recentemente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) iniciou os trabalhos do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que prevê a retirada total da vacinação no país até 2023.
"Estamos confiantes e acreditamos que o Ceará poderá alcançar esse posicionamento dois anos antes", observou o coordenador estadual da campanha de erradicação da febre aftosa e gerente de sanidade animal da Agência de Defesa Agropecuária (Adagri), Joaquim Sampaio. "Vai depender da adesão dos criadores para que o Estado continue alcançando a meta ".
A partir do próximo dia 3, a Adagri e a Ematerce por meio de seus escritórios regionais e municipais começam a divulgar a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. "Com certeza vamos alcançar novamente a meta de imunizar 90% do rebanho e com a novidade de que serão apenas os animais com até 24 meses", pontuou Sampaio.
A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Ceará será encerrada n dia 2 de dezembro e, nos moldes das etapas de anos anteriores, não haverá prorrogação do prazo. "Mesmo vacinando somente os animais de até 24 meses, os criadores deverão comparecer aos escritórios da Adagri e declarar a quantidade de animais para atualização de cadastro do rebanho", frisou o coordenador estadual da campanha. O prazo de informação vai até 15 dias após o término da campanha.
O Ceará precisa, portanto, cumprir pelo menos seis fases até alcançar a condição de área livre de aftosa sem vacinação. Já está definido que, a partir desde ano, a primeira etapa que ocorre em maio inclui todos os animais, independentemente de idade e a de novembro alcança apenas o rebanho de até 24 meses. Para cada edição, a meta de vacinação é 90% para os animais e de 80% de unidades criadoras. Na campanha anterior, o Ceará alcançou 92% de vacinação do rebanho de bovinos estimado em 2,5 milhões de cabeça em 143 mil propriedades rurais.
Em 2013, o Ceará foi reconhecido pelo Mapa e em 2014 pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) como zona livre de aftosa com vacinação. Esse status permite ao produtores negociar com outras unidades da federação e até com outros países a venda de animais bovinos, bubalinos e de produtos derivados.
O Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa iniciou, no último, no dia 25, em Porto Velho, os trabalhos do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que prevê a retirada total da vacinação no país até 2023.
Agentes de defesa agropecuária dos estados e alguns produtores participaram da mobilização. Segundo o diretor do DSA, Guilherme Marques, "foram superadas as expectativas de adesão dos governos e da iniciativa privada, pois todos se conscientizaram que os prazos para a execução das etapas do PNEFA são curtos". Guilherme Marques frisou que a decisão de retirada gradual da vacinação contra a aftosa já foi tomada e que "é preciso atender aos requisitos sanitários para obter o reconhecimento da OIE de país livre da doença sem vacinação.
As diretrizes básicas preveem gestão compartilhada entre governos e iniciativa privada; aperfeiçoamento das capacidades do Serviço Veterinário Oficial (SVO); regionalização das ações; sustentação financeira; adequação e fortalecimento do sistema de vigilância; agilidade e precisão no diagnóstico; previsão de imunógeno (partícula, molécula estranha ou organismo capaz de induzir uma resposta imunológica) para emergências veterinárias; cooperação internacional e educação em saúde animal.
O País foi dividido em cinco blocos, para a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação. São Eles: Bloco I, Acre e Rondônia; o Bloco II: Amazonas, Amapá, Pará e Roraima; o Bloco III: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; Bloco IV: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e; Bloco V: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
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