SISTEMA FECOMÉRCIO CEARÁ

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SISTEMA FECOMÉRCIO CEARÁ 75 ANOS

terça-feira, 7 de novembro de 2017

“mortos”

terça-feira, 07 de novembro 2017
Boletim da Cogerh mostra que apenas um dos reservatórios está acima de 90% de sua capacidade. Os aportes, no entanto, estão melhores do que o registrado nos últimos anos.
Um total de 20 dos 155 açudes acompanhados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), equivalente a 12,9% do total, estão secos. A última inclusão ao grupo foi a do açude Jenipapeiro II, no município de Baixio, no Centro-Sul Cearense, que passou a ser considerado seco nos últimos sete dias. As informações foram divulgadas ontem, 6, através de boletim divulgado pela Companhia.
Além disso, 46 (29,7% do total) dos açudes se encontram atualmente no volume morto, com os açudes de Pesqueiro e Realejo tendo entrado nesse grupo durante a última semana. Os dois grupos juntos representam 42,6% do total. Já o total de reservatórios que não estão em situação crítica (nem no volume morto nem secos), por consequência, equivale a 57,4%.
Atualmente 120 açudes no Ceará se encontram com volume abaixo de 30%, com 81 desses estando abaixo de 10%. O único açude com volume acima de 90% no momento é o de Germinal, no município de Palmácia. Ele se encontra com 96,68% de sua capacidade, tendo volume de 2,04 hectômetros cúbicos (ou 204 milhões de litros). No momento nenhum açude está sangrando no estado.
O volume de água das bacias está distribuído hoje do seguinte modo: Litoral (42,97%), Alto Jaguaribe (7,48%), Coreaú (59,04%), Metropolitanas (21,58%), Serra da Ibiapaba (22,24%), Médio Jaguaribe (3,22%), Salgado (10,41%), Acaraú (19,51%), Banabuiú (2,65%), Sertões de Crateús (0,38%), Curu (10,38%) e Baixo Jaguaribe (0,94%).
Os aportes, no entanto, ainda estão maiores do que os observados desde 2012: este ano o volume equivale a 1,29 bilhões de metros cúbicos, enquanto essa quantidade em 2016 era de 770 milhões e no ano anterior de 750 milhões. Em 2012 o número observado era de 920 milhões de metros cúbicos.
Perspectiva
A situação deve mostrar melhora a partir do mês de dezembro, quando começa a chamada pré-estação das chuvas, que vai até o mês de janeiro. As mudanças devem ser percebidas em primeiro lugar nas regiões mais ao sul do estado, como na região do Cariri.
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) ainda não tem condições de dar uma perspectiva sobre as chuvas para 2018, mas já é possível observar especificidades que dizem respeito ao movimento dos mares. O Oceano Pacífico está em processo de esfriamento, indicando uma tendência de começar uma estação chuvosa acompanhada do fenômeno natural La Niña, o que pode ser sinal de mais chuvas.
O apanhado de 2017, conforme a Fundação, enquadrou o ano dentro da média de chuvas para o Estado do Ceará. A precipitação, no entanto, foi maior no Centro-Norte do estado, com o Centro-Sul tendo ficado mais seco. Por um lado os reservatórios das regiões litorâneas acumularam boa quantidade de água durante o ano; por outro, os grandes reservatórios do estado, a exemplo do Castanhão, Orós e Banabuiú, acabaram atingindo situação crítica em 2017.

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