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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Ferramenta pode ajudar a reduzir evasão escolar



A divulgação da plataforma acontecerá durante o 16º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação



Entre 2014 e 2015, o percentual de evasão no Ceará foi de 2% entre o 1º e o 5º ano do Ensino Fundamental, segundo a Secretaria de Educação ( Foto: Fabiane de Paula )
01:00 · 09.08.2017 por Vanessa Madeira - Repórter

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apresenta hoje (9) aos gestores municipais cearenses a plataforma Busca Ativa Escolar, que pretende ajudar as secretarias de educação do Estado a identificarem crianças e adolescentes que abandonaram os estudos e criarem ações que incentivem o retorno à escola. Recém-lançada pela entidade, a ferramenta é uma das estratégias para garantir o direito à educação no País. De acordo com dados mais recentes da Secretaria de Educação do Estado (Seduc), entre 2014 e 2015, o percentual de evasão foi de 2% entre o 1º e o 5º ano do Ensino Fundamental; 6% entre o 6º e 9º; e 11% no Ensino Médio.

A divulgação da plataforma acontecerá durante o 16º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, que acontece em Fortaleza até o sexta-feira (11). Júlia Ribeiro, oficial de Educação do Unicef no Brasil, afirma que a plataforma poderá ser utilizada por todos os municípios cearenses. A ideia é que, em cada cidade, profissionais que trabalhem diariamente com visitas domiciliares (a exemplo dos agentes de saúde) possam, a partir das entrevistas com as famílias, identificar e registrar casos de evasão escolar, além dos motivos que levaram ao abandono.

Os dados serão utilizados para mapear de crianças e adolescentes fora da escola. Com base nas principais causas da evasão, as secretarias deverão acionar uma rede intersetorial de enfrentamento. Hoje, de acordo com o Unicef, questões relacionadas ao transporte escolar, à gravidez na adolescência, ao trabalho infantil e à violência dentro e no entorno das escolas são as maiores responsáveis pelo abandono dos estudos.

"O município precisa identificar quais são as áreas importantes que precisam atuar de forma articulada no enfrentamento. Se é a área de educação, saúde, assistência social, planejamento, orçamento ou direitos humanos, por exemplo", afirma Júlia. "Essa rede deve garantir que essas crianças sejam matriculadas e acompanhadas pelo período de um ano, ao menos", acrescenta a representante do Unicef. Segundo Júlia, em casos de extrema vulnerabilidade, apenas o acompanhamento prolongado poderá verificar se as causas da evasão estão sendo superadas e se as crianças e adolescentes, após a rematrícula, estão de fato permanecendo na escola.

A plataforma será disponibilizada a todos os gestores municipais. Conforme a oficial de Educação, o engajamento de prefeitos e secretários é essencial para o funcionamento da estratégia. "Precisamos que a gestão municipal esteja engajada em identificar onde vivem esses meninos e meninas fora da escola", diz.

Segundo Luciano Nery, titular da Coordenadoria de Acompanhamento e Avaliação da Seduc, os índices de evasão escolar no Ceará são considerados baixos se comparados aos do restante do País. No entanto, garantir a permanência dos alunos na escola, em especial os adolescentes, ainda é desafio.

Nery destaca que a Seduc adota ações de monitoramento e que a plataforma do Unicef poderá complementar o trabalho. "Fazemos a identificação dos alunos matriculados no ano anterior e que não apresentaram matrícula no ano em curso, monitoramos frequência escolar, para que, a partir disso, possamos ofertar a volta à escola com a possibilidade de reintegração e recuperação", afirma.

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