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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Deputado quer mobilizar bancada contra violência




O deputado Audic Mota (PMDB) quer mobilizar, além dos deputados estaduais, a bancada federal no sentido de discutir soluções para a crise na segurança pública que, segundo ele, passa por ações desenvolvidas também pelo governo federal. Segundo o parlamentar, é necessário se contextualizar melhor as questões regionais, tendo como perspectiva a situação nacional e a premência por ações sistemáticas e integradas de controle da violência e defesa social.
“O assunto segurança pública precisa ser amplamente debatido na Assembleia Legislativa e, também, com as nossas representações no Senado e Câmara Federal. Na educação, o Brasil já foi capaz de mobilizar e se obrigar a grandes investimentos. Com isso, obteve grandes avanços. Precisamos do mesmo na área da segurança. Quem sabe criando conjunto de ações em parceria com a União para assistir seus 27 estados”, frisou Audic, ontem, ao utilizar a tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará.

Audic Mota afirmou que levará a demanda à Mesa Diretora, para que os deputados possam traçar estratégias. “O Ceará não pode assistir como se fosse a gestão de uma pessoa só. A responsabilidade deve ser partilhada e a Assembleia fará o seu papel”, disse ele.

O parlamentar fez questão de mencionar o trabalho do secretário de Segurança Pública e Defesa Social, André Costa, e suas iniciativas por mudanças estruturais e pontuais que melhorem os índices sobre a criminalidade no Ceará. “O secretário está dando uma nova roupagem na Pasta. Quadrilhas estão sendo desbaratadas e diversas ações de infraestrutura estão em curso. Porém, é necessário debater segurança de maneira nacional”, reiterou ele, acrescentando que, apesar dos avanços, “O Ceará não é um País. É um Estado federado e tem suas fronteiras abertas aos outros”.

O deputado, entretanto, afirmou ser favorável que o Governo do Estado assuma a responsabilidade na instalação de bloqueadores de celular nos presídios. “Os bloqueadores de celular nos presídios, por exemplo, em minha opinião, devem ser uma luta. Não podemos esperar pelas operadoras”, avaliou.

Preocupação
Por outro lado, o deputado Ely Aguiar (PSDC) demonstrou preocupação com o avanço da violência. Para o parlamentar, “apesar dos esforços do governador Camilo Santana em ações de combate ao crime, os resultados obtidos ainda deixam muito a desejar”. Isto porque, segundo ele, os dados registrados ainda são assustadores.
“Já temos o maior número de homicídios da história do Ceará, com mais de 3.150 somente neste ano, inclusive com muitos agentes policiais sendo assassinados, além de inúmeras agências bancárias explodidas no interior do Estado, e o cidadão comum refém de toda esta violência”, frisou o deputado.

Ainda de acordo com ele, o crime organizado tem se fortalecido cada vez mais no Ceará, desafiando o poder do Estado. “Há o impasse sobre a instalação de bloqueadores de celulares em presídios, e enquanto isto o crime organizado toca o terror dentro das prisões e metralha prédios governamentais”, apontou.
Já o deputado Danniel Oliveira (PMDB) comentou que os números de violência no Ceará são aterrorizantes e que tem se matado aqui mais do que em muitas guerras. “Vivenciamos uma violência descontrolada e precisamos de uma ação urgente de segurança pública, pois comprar carro para a polícia não é investimento. Precisamos ir além disso”, assinalou ele.

Defesa
O deputado Tomaz Holanda (PPS), por sua vez, reconheceu que os números da violência no Estado são alarmantes, mas procurou sair em defesa do Governo. Segundo ele, investimentos têm sido feitos para melhorar os índices. “Não podemos dizer que o Governo não tem tomado atitudes para conter a onda de violência, com investimentos em profissionais, como a chamada de novos delegados e policiais civis, com a compra de novas viaturas, além de acolher projetos desta Casa que tratam da questão da segurança pública”, salientou Tomaz Holanda.

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