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quinta-feira, 10 de agosto de 2017
Força-tarefa deflagra 2ª fase de operação contra roubo de cargas em Goiás, mais 4 estados e no DF
Segundo PF, são investigados empresários e agentes políticos. Prejuízo estimado até o momento é de R$ 30 milhões.
Por Sílvio Túlio, G1 GO
10/08/2017 07h42 Atualizado há menos de 1 minuto
Força-tarefa deflagra 2ª fase de operação contra roubo de cargas em Goiás, mais 4 estados e no DF (Foto: Divulgação/PF)
Uma força-tarefa das polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar realiza na manhã desta quinta-feira (10) a segunda fase de uma operação contra roubo de cargas em Goiás, no Distrito Federal e em mais quatro estados. Segundo as investigações, o prejuízo causado gira em torno de R$ 30 milhões.
São cumpridos 91 mandados judicias, sendo 40 de prisão. Ao todo, 450 policiais atuam em cidades de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e no DF.
Denominada Hicsos II, ela é um desdobramento da operação Hicsos, realizada em fevereiro deste ano e que prendeu, na época, 30 pessoas.
Segundo a PF, o foco desta fase é um grupo de empresários e agentes políticos que davam suporte financeiro ao roubo de cargas em vários municípios brasileiros.
A polícia acredita que um dos envolvidos está foragido na Inglaterra. Por isso, será solicitado auxílio das autoridades britânicas e da Interpol para encontrá-lo.
Os envolvidos responderão pelos crimes de roubo qualificado, cárcere privado, lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas e receptação.
Uma coletiva deve ser realizada nesta quinta-feira para dar mais detalhes sobre a operação.
Primeira fase
A primeira fase da operação foi realizada no último dia 22 de fevereiro. Na ocasião, foram expedidos 82 mandados judiciais, sendo 37 de prisão preventiva, 14 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento e 31 de busca e apreensão. Os alvos são as cidades de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade, Bela Vista, Leopoldo de Bulhões, Alexânia, Morrinhos, Campos Belos, além do Distrito Federal.
Segundo a força-tarefa, donos de supermercado, distribuidoras de alimentos e bebidas e até postos de combustíveis pagavam 50% do valor da carga para os criminosos. Após receberem a mercadoria, revendiam os produtos de origem ilegal.
"O dinheiro que era conseguido pelas quadrilhas era usado para cometer outros crimes. A quadrilha também atuava no tráfico de drogas e roubos de carros. Então, desmanchando essa quadrilha agora, também atingimos outros tipos de crimes", disse na época o superintendente da Polícia Federal, Humberto Ramos.
Ainda segundo a Polícia Federal, esses criminosos agiam de duas a três vezes por semana. "Eles não tinham outra profissão, era só essa de crimes mesmo. Então, eles roubavam para eles, roubavam para as quadrilhas, agiam com uma grande frequência", disse o superintendente.
Os criminosos chegavam a fazer falsas barreiras policiais, usando coletes de fiscalização e veículos equipados com sirene e giroflex. Eles paravam os caminhões e, caso se interessassem pela carga, anunciavam o assalto. Segundo o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Álvaro Resende, os crimes aconteciam principalmente na região de Anápolis.
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