Saque do FGTS precisa passar pelo Senado até 1º de junho
00:00 · 24.05.2017
Brasília. A Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem, em votação simbólica, a medida provisória (MP) que autorizou o saque do dinheiro de contas inativas do FGTS. A medida ainda precisa passar pelo Senado até 1º de junho, quando perde a validade. Caso não seja votada a tempo, trabalhadores nascidos entre setembro e dezembro perderão o direito de sacar os R$ 14,6 bi disponíveis.
A MP foi enviada pelo governo em 23 de dezembro de 2016. Ela autoriza o saque de contas inativas do FGTS, desde que o afastamento do emprego tenha ocorrido antes de 31 de dezembro de 2015. O dinheiro está sendo liberado de acordo com a data de aniversário dos trabalhadores. Até agora, já foi liberado o benefício para trabalhadores nascidos entre janeiro e agosto. A MP também aumenta a remuneração das contas do FGTS. Pelo texto, os trabalhadores terão direito a 50% do lucro do Fundo a partir deste ano. Hoje, apenas o governo embolsa o saldo.
Oposição
Em protesto por eleições diretas para presidente da República, deputados de partidos da oposição (PT, PCdoB, PDT, Rede e PSOL) obstruíram a votação. Eles ergueram uma faixa na qual estava escrito "Fora Temer" e gritaram palavras de ordem nesse sentido. Apesar da obstrução, todos os deputados da oposição votaram favoravelmente à MP.
Até o fechamento desta edição, os destaques à Medida Provisória seguiam sendo votados.
O governo espera que os saques do FGTS injetem pelo menos R$ 29 bi na economia brasileira. A Caixa Econômica informou que, até 16 de maio, já liberou R$ 24,4 bi, 84,3% do total inicialmente previsto. Os recursos liberados podem chegar a R$ 36 bi, impacto de 0,5% no PIB.
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