CARLOS ALBERTO ALBUQUERQUERESPONSÁVEL PELO BLOG CONEXÃO REGIONAL

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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

EM DEZ ANOS Morte de jovens por violência cresce 180%


Os números, coletados por meio de pesquisa do IBGE, colocam o Estado do Ceará em 3ª lugar no ranking do País
Em números absolutos, o Estado do Ceará está em quinto lugar, com 1.065 mortes de jovens com idade entre 20 e 24 anos, aponta o estudo apresentado
Em 2014, das 1.432 mortes de jovens, do sexo masculino, entre 20 e 24 anos de idade, 1.065 ocorreram devido à violência, seja ela no trânsito ou assassinato. Isso representa uma incidência de 264,8 óbitos a cada grupo de 100 mil habitantes. Em relação a 2004, um total de 708 jovens morreu e 380 deles por causas ligadas à violência. A incidência era de 96,1 para cada 100 mil habitantes. Os dados anunciados representam aumento de 180% no intervalo de dez anos. Os números fazem parte do Relatório Civil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números colocam o Estado em terceiro lugar no ranking do País.
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Alagoas foi o Estado mais cruel com seus jovens. A proporção de mortes violentas foi de 332 por 100 mil pessoas de 20 a 24 anos, a maior do país. Há uma década, era de 130 por 100 mil pessoas nessa faixa etária. O Rio Grande do Norte foi o 2º mais violento, com 268 mortes por 100 mil, segundo a pesquisa. Em 2004, a taxa era menos da metade da atual, de 113,5 mortes. Além do Ceará, a Bahia, cresceu de 98,4 para 242,2 por 100 mil.
Em números absolutos, o Estado está em quinto, com 1.065 mortes. São Paulo está em primeiro, seguido por Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. "Além dos citados acima, essas causas externas incluem casos de afogamento, suicídios e quedas acidentais, por exemplo", informa o pesquisador do IBGE/CE, Helder Rocha.
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RegistrosNo intervalo da faixa etária dos 15 aos 19 anos, a situação ainda é mais preocupante. Segundo o Instituto, no ano passado, foram registradas 914 óbitos nessa faixa etária no Estado. Desse total, 459 ocorreram em Fortaleza. Em 2004, 10 anos antes, os números respectivos: 233 (Ceará) e 79, na Capital. Um pulo de 296% no período. Fortaleza registra um salto de 481%.
Em relação ao Brasil, aponta o IBGE, em 2014, as causas violentas - sobretudo acidentes de trânsito e assassinatos - tiraram a vida de 179 de cada 100 mil pessoas de 20 a 24 anos no País. Em 2004, essa taxa estava em 170, segundo os dados da pesquisa. Foram 15.454 mortes violentas de jovens registradas no ano passado.
O pesquisador e membro do Laboratório Estudos da Violência (LEV), da Universidade Federal do Ceará, Luís Fábio Paiva, diz reconhecer os esforços do Estado para reduzir os altos e alarmantes índices. No entanto, destaca, prefere esperar mais tempo para analisar, principalmente neste ano, com a falta de recursos para investir em políticas públicas. "Essas ações demandam dinheiro e o cenário nacional não está fácil".
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), diz que, por meio do Programa em Defesa da Vida, implantado em janeiro de 2014, quebrou a curva de crescimento dos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) se comparado ao ano passado com 2013. "A consolidação do Programa no início de 2015 possibilitou que, no acumulado dos dez primeiros meses deste ano, Fortaleza registrasse queda de 17,8%, passando de 1.679 casos, em 2014, para 1.380 em 2015. São 299 óbitos a menos no período", diz a nota. A Pasta acrescenta que, no Ceará, a diminuição é de 10,3% nas mortes violentas, considerando o mesmo período do ano passado, passando de 3.678 para um total de 3.307.
"A queda dos índices criminais é resultado da integração entre as forças de segurança; do trabalho focado nas áreas, horários e dias que apresentam maiores taxas de crimes, com base em análises estatísticas e criminais; entre outras iniciativas", complementa a secretaria.

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