sábado, 30 de junho de 2018
Os Feitosa dos inhamuns
AUDIC MOTA DEPUTADO ESTADUAL
No mês de junho passado estivemos reunidos na Assembleia Legislativa para celebrar a presença da Família Feitosa na colonização do Ceará, com enfoque para a ocupação da região dos Inhamuns.
Na sessão solene, requerida por mim, se fizeram presentes vários membros desse importante clã, representando os municípios de Parambu, Tauá, Arneiroz, Aiuaba, Mombaça e Catarina, além de vários fortalezenses descendentes dos troncos patriarcais daquela região e de outras paragens do Ceará.
Vindos de Portugal, nos primórdios da colonização, os feitosas chegaram ao Ceará no século XVII, tangendo suas manadas e semeando fazendas e igrejas ao longo dos rios e riachos do Oeste e Sudoeste da futura província.
Com efeito, o boi e a cruz antecederam a formação das primeiras vilas no remoto Siará Grande que, diferentemente de outros recantos do Brasil, iniciaram a ocupação do interior para o litoral, do sertão para o mar.
O enfrentamento dos brancos ibéricos com os índios foi, como em toda a América, violento e perverso. Mas, nos Inhamuns, verificou-se uma miscigenação mais acentuada dos que chegavam com os habitantes naturais, o que atenuou a luta de raças e gerou o caboclo típico daquela região, apto para o traquejo com o gado e disposto para todo tipo de luta.
Os feitosas, um dos mais importantes clãs pastoris do nordeste, fizeram história por seu temperamento forte e pelas lutas de afirmação dos valores ancestrais como a defesa da honra familiar e da propriedade, o cumprimento da palavra dada e a obediência à tradição religiosa de filiação católica.
Ásperas foram as disputas pela posse de terra e afirmação política entre as famílias pioneiras dos Inhamuns, chegando à ocorrência de verdadeiras guerras, com muito sangue derramado e muitas mortes choradas de lado a lado. Entretanto, o tempo sarou todos os golpes e, hoje, as famílias dos Inhamuns estão geneticamente entrelaçadas, não havendo, praticamente, quem não seja parente naquela região.
Os Feitosa ilustraram a História do Ceará por sua participação destacada na política, no clero, no Direito e no Exército. Em muitos casos o político era o padre, como o famoso Padre Feitosa, vigário de Cococi, que foi deputado em várias legislaturas e presidente desta Assembleia mais de uma vez.
As lendas e a verdade se confundem quando tratam da saga dos feitosas, objeto de pesquisas, ensaios e romances de ilustrados escritores, sob cujas façanhas, cantadas em prosa e verso, falam de sua bravura e heroico desempenho nos acontecimentos da terra cearense.
Relembrar os 300 anos da presença da família Feitosa no Ceará constitui uma obrigação histórica.
E a Assembleia Legislativa do Ceará, por ter consciência desse compromisso, cumpre seu dever de representante do povo, registrando o papel proeminente que esse importante clã exerceu e exerce em nossa história.
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