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segunda-feira, 21 de maio de 2018

APÓS A ELEIÇÃO Governo busca garantir espaços a deputados aliados



Segundo o secretário da Casa Civil, caso Camilo seja reeleito, deputados derrotados não devem ficar desassistidos



Nelson Martins diz que, se Camilo continuar no Governo, aliados que não forem reeleitos poderão compor a gestão ou voltar à AL por 'rodízio' ( Foto: Bruno Gomes )
01:00 · 21.05.2018

Diante da preocupação de membros da base governista na Assembleia Legislativa com a possibilidade de não serem reeleitos no pleito deste ano - o que faz alguns, inclusive, proporem a constituição de várias coligações proporcionais entre legendas de mesmo potencial eleitoral -, o Governo Camilo Santana (PT) deu garantias de que aliados não ficarão desassistidos ao fim do período eleitoral. De acordo com o secretário chefe da Casa Civil, Nelson Martins, aqueles que não se consagrarem vitoriosos na disputa de outubro terão espaço na gestão, caso o governador seja reeleito, e até poderão assumir cadeiras no Legislativo Estadual por meio do que ele chamou de "rodízio".

O secretário citou como exemplo a situação do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa. Segundo ele, ainda que tenha conseguido eleger apenas dois membros no pleito de 2014, durante toda a atual legislatura o partido nunca teve menos do que quatro membros na Casa. "O PT já chegou a ter até cinco membros na Assembleia", lembrou Martins.

Segundo ele, partindo do princípio de que há condições de ser realizada uma aliança geral na base governista, mesmo nos casos de deputados que não venham a ser eleitos, "poderemos realizar um rodízio com os eleitos para que possam participar e assumir como deputados".

A prática já é comum entre Legislativo e Executivo em todas as esferas da vida pública do Brasil, mas, ainda assim, tais negociações são criticadas, principalmente, por parlamentares da oposição. Na primeira gestão de Camilo Santana, pelo menos sete deputados estaduais foram designados para assumirem funções no Governo: Dedé Teixeira (PT), Osmar Baquit (PDT), Ivo Gomes (PDT), David Durand (PRB) e Mirian Sobreira (PDT), já no início das atividades. Em seguida, também foram designados Odilon Aguiar (PSD) e Jeová Mota (PDT).

Suplentes

A ida deles para assumirem funções administrativas na gestão estadual permitiu que arranjos fossem feitos na Assembleia Legislativa e que suplentes se beneficiassem da vacância deixada por esses titulares. Atualmente, no entanto, uma vez que todos se colocam como pré-candidatos à reeleição, não há nenhum parlamentar eleito atuando no Governo de forma oficial.

Segundo Nelson Martins, a posição do Governo é de constituição de um "blocão" para a disputa de cargos de deputado estadual e deputado federal. "Quem participar da estadual terá que estar junto na disputa federal também. Não pode ser uma atuação de comodismo para uma disputa, indo sozinho em uma disputa e, na outra, estar unido", disse. No entanto, ele destacou que as indefinições devem se estender até o fim do próximo mês de julho, visto que o prazo para que as convenções partidárias ocorram é do dia 20 de julho até 5 de agosto.

Já PT e PCdoB chegaram a defender que iriam para a disputa proporcional isolados neste ano, por temerem prejuízos caso estejam coligados com outras legendas. A decisão em definitivo da sigla petista só será confirmada após reunião sobre tática eleitoral que deve acontecer neste mês. O PCdoB também não fechou questão sobre o tema.

Na semana passada, o deputado Osmar Baquit (PDT) disse ao Diário do Nordeste que, na conjuntura atual, o melhor para a agremiação seria formar coligação apenas com o PP. Dessa forma, segundo projeções de aliados, o bloco poderia eleger até 23 parlamentares.

No mês de março, lideranças políticas consideravam a possibilidade de até três coligações proporcionais na base: uma com partidos com maior potencial eleitoral, como PDT e PP, por exemplo; outra com legendas de médio porte e uma com os chamados "partidos nanicos". Esta tese cresce entre os postulantes na Assembleia Legislativa.

Indefinição

Nelson Martins, porém, afirmou que, da parte do Governo, não houve muita modificação de estratégia, até porque o quadro segue indefinido, principalmente, em relação às coligações. "Ainda está havendo uma reviravolta do pessoal querendo fazer mais de uma coligação, mas a posição do Governo continua a mesma, de montar uma aliança proporcional para estadual e federal com o maior número possível de candidatos".

Sobre aliança eleitoral com o MDB do senador Eunício Oliveira, o secretário chefe da Casa Civil destacou que não há nada fechado para além da aliança institucional. No entanto, ele sinalizou que, devido à boa relação entre o governador e o presidente do Congresso Nacional, "a aliança institucional pode se transformar em aliança política, mas nada fechado".

Ainda que a nova direção do Partido Verde (PV) tenha sinalizado a possibilidade de se aliar à oposição, Nelson Martins afirmou, também, que a quantidade de partidos na base continua mais ou menos a mesma de fevereiro passado, quando afirmou ao Diário do Nordeste que o arco de alianças em torno de Camilo Santana teria até 21 partidos.

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