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terça-feira, 29 de maio de 2018

Edital de R$ 15,55 mi apoia setores de arte e cultura






Um edital com o valor de R$ 15,55 milhões para o desenvolvimento de projetos voltados para a produção artística e a cultural brasileira, selecionados em 26 estados e mais o Distrito Federal.
Este é o Rumos 2017-2018, programa do Itaú Cultura, que não se trata de um projeto de patrocínio, mas sim de parceria cultural.
“Tanto que nossos departamentos jurídico e administrativo atuam fortemente no sentido de viabilizar aqueles projetos que precisam adquirir instrumentos ou equipamentos, mas em locais onde é muito difícil obter uma nota fiscal, por exemplo.
Nossa ideia é que estas parcerias e interações culturais que sejam relatadas nesse Observatório que teremos. E os mapeamentos serão ampliados”, explicou Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.
Ele ressaltou que na primeira edição do projeto foi colocado um teto e muitos dos que foram apresentados artificializavam o valor, que na época era de R$ 400 mil.
“Já na edição passada retiramos esse teto e ficou muito evidenciado, este ano, com valores bem variados.
Como um oriundo de Fortaleza, cujo valor ficou em R$ 10 mil, e visa resgatar a memória de uma comunidade da capital cearense, que está sendo invadida pela especulação imobiliária.
O Rumos tem dois impactos relevantes, como a ingestão de R$ 15,55 milhões na área da cultura, que é significativo, que tem o desdobramento de também oferecer ao selecionado esta legitimidade de estar ao lado do Itaú Cultural, e vice-versa.
E ele acaba sendo reconhecido pelo seu entorno e ganha um outro valor, não só econômico, mas de legitimidade, o que pode facilitar a aquisição de outros parceiros, apoios, formando um círculo virtuoso.
O tema da memória e sua constituição é sempre muito importante e, ter um projeto que coloca luz sobre um bairro, uma comunidade, como o de Fortaleza, ganha outros desdobramentos”, disse Saron.
O projeto da jovem Priscilla Alves de Sousa, residente no Serviluz, em Fortaleza, demonstra sua preocupação com a questão de que o bairro vem sendo “engolido” pela especulação imobiliária e ela tem medo que se apague a memória daquela comunidade.
Foi um dos projetos que mais mexeram comigo. Até hoje, não consegui esquecer a frase com que ela começa a apresentação: ‘O lugar onde eu moro não existe no mapa’.
É uma frase tão simples, mas que diz tanta coisa sobre quem somos, pois dá conta de muitos lugares que desapareceram, porque a memória não estava ali ou não foi preservada. É um projeto simples, mas com um potencial de transformar e ser referência para outros.
Muitas comunidades são impactadas pela construção de hidrelétricas, outras por empreendimentos imobiliários, mas se a cultura está ali e a memória preservada se consegue enfrentar esse contexto adverso e seguir existindo”, concluiu Paula Gomes, da comissão de seleção do Rumos.
O editor viajou a São Paulo a convite do Itaú Cultural.
MARCELO CABRAL
Editor de Economia

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