Professor de Araripe recebe premiação do Ministério da Educação.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, entregou troféu aos 39 professores da educação básica pública que tiveram seus projetos pedagógicos escolhidos como os melhores em 2011 pelo Prêmio Professores do Brasil. A solenidade foi realizada no auditório do edifício sede do Ministério da Educação (MEC) na manhã desta quarta-feira, 14.

Cada educador recebeu ainda um cheque de R$ 5 mil e a escola na qual leciona equipamentos audiovisuais no valor de R$ 2 mil. A quinta edição do prêmio recebeu 1.616 inscrições de professores de 18 estados. Os trabalhos premiados estarão disponíveis no Portal do Professor.

“Sabemos o quanto é difícil reinventar os cursos que damos para que os estudantes se motivem mais e mais com o conhecimento. É uma tarefa que dura para sempre, de reinventar a educação. E é isso que instiga o professor, que o faz querer continuar”, disse o ministro.
Entre os professores estava o professor cearense, Luciano Guedes Siebra(foto), que foi premiado por desenvolver projetos pedagógicos inovadores. Luciano, que dá aulas para estudantes das três séries do ensino médio da Escola Dona Cartola Távora, em Araripe. a 526,8 km de Fortaleza, recebeu o prêmio pela segunda vez hoje. No total, 39 professores de 18 estados receberam o prêmio do Ministério da Educação.

Com o Projeto: SUSTENTABILIDADE NO MONITORAMENTO E CONTROLE DO Aedes aegypti: UMA ALTERNATIVA ECOSSISTÊMICA PARA UMA PROBLEMÁTICA NACIONAL, o professor Luciano Guedes Siebra, especialista em Educação Ambiental, recebeu o prêmio Professores do Brasil 2011 – MEC – 5ª Edição, o mesmo já tinha sido premiado na 3ª Edição. O referido projeto também foi campeão da IV Feira de Ciências e Cultura 2010, na Categoria Ambientais e representou o nosso estado na FEBRACE e em eventos de caráter cientifico.

Veja o resumo do Projeto:

Dentro do cronograma de trabalho além da pesquisa contemplamos diversas ações educativo-pedagógicas. Então concomitantemente ao trabalho investigativo, diversas ações educativas foram desenvolvidas e isso foi fundamental para o sucesso do trabalho. Dentre elas podemos destacar as oficinas de educação ambiental e de literatura de cordel, os mutirões nas áreas monitoradas, a participação dos alunos em programas da rádio municipal além de gincanas educativas de prevenção à dengue. O uso desse método e dessas ações alternativas despertou nos alunos o interesse pela vigilância ambiental em saúde, sensibilizou também a população para o problema com o uso de informações sobre a doença (modo de transmissão, quadro clínico e tratamento), sobre o vetor (hábitos, criadouros domiciliares e naturais) e medidas de prevenção e controle. A gincana, as oficinas, as visitas á rádio e os mutirões reduziram o IPO (Índice de Positividade das Ovitrampas) na cidade, contribuindo para a diminuição e controle dos casos de dengue. Isso demonstrou que a parceria entre ciência investigativa e educação fortaleceu a prevenção da doença.

Durante a execução do projeto estiveram envolvidos diretamente 40 estudantes multiplicadores, sendo 15 do terceiro ano, 14 do segundo ano e 11 do primeiro ano, no entanto, a maioria dos alunos da escola esteve participando dos eventos educativo-pedagógicos promovidos ao longo do ano. Portanto os trabalhos de pesquisa associados às ações pedagógicas alicerçaram o trabalho e renderam muitos frutos, dentre estes poderíamos destacar: desenvolvimento de hábitos de leitura, maior integração e socialização entre os participantes, melhoria do rendimento escolar.

Os índices elevados de dengue no município de Araripe despertaram a necessidade de enfrentarmos o problema através da utilização de métodos alternativos de controle e de uma forma ecologicamente correta.