Multas por dirigir sem habilitação crescem 74%
De acordo com Detran, também houve avanço entre os que foram flagrados sem o licenciamento do veículo
00:00 · 20.06.2017 por Lêda Gonçalves - Repórter
Entre as infrações consideradas gravíssimas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), duas avançaram e muito no Ceará em um ano. Segundo informações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE), em média, 38 motoristas são flagrados por dia dirigindo sem habilitação (CNH) e outras 83 conduzindo veículo sem licenciamento. Entre janeiro e maio desse ano, o órgão surpreendeu, durante as blitze realizadas em parceria com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), 5.756 pessoas sem carteira. Número 74% maior quando comparado a igual período do ano passado, quando 3.308 condutores foram multados pela irregularidade.
Além disso, nos cinco primeiros meses deste ano, 12.510 estavam guiando algum veículo sem Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). Em 2016, também no mesmo intervalo de tempo, 5.421 ou 36, em média diariamente, encontravam-se sem o documento obrigatório. Um aumento de 131% em relação a 2016.
Quando alguém é flagrado em uma dessas situações o veículo é apreendido. Se a pessoa for dona do automóvel, ela tem que pagar uma multa que pode chegar a R$ 780,41 (R$ 293,47 x 3). Caso a pessoa esteja dirigindo um veículo emprestado, o proprietário do carro é punido com autuação do mesmo valor e ainda tem a CNH suspensa.
Para o perito em trânsito, José Almeida Júnior, dirigir sem CNH é um risco para todos envolvidos no trânsito. "A pessoa acha que não vai acontecer nada se sair por aí dirigindo ou pilotando moto sem estar habilitado ou sem o licenciamento do veículo. É preciso entender de uma vez por todos é isso é muito perigoso e coloca vidas em risco", aponta, explicando que mesmo não sendo crime tipificado no CTB, em casos de pessoas com menos de 18 anos, os pais devem responder pelos atos de quem não é habilitado quando há um acidente ou infração, ou seja, uma prisão em flagrante.
O psicólogo especializado em trânsito, José Wagner Morais, disse que muitas pessoas apreendem a dirigir com os pais, mas não foram habituadas a respeitar as regras do trânsito, não têm conhecimento da sinalização, de direção defensiva, o que pode provocar vários acidentes durante o percurso e até mortes.
Um outro ponto colocado pelo especialista é o aumento da frota. "Isso requer da parte dos órgãos, como da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) e Detran mais investimentos no controle e fiscalização", frisa. A frota de veículos da Capital é primeira do Norte e Nordeste e a sétima maior do Brasil, com pouco mais de um milhão de veículos.
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