FGTS: 4ª fase de saques pagará R$ 129 mi a 129,9 mil cearenses
Data de retirada dos valores para pessoas nascidas entre setembro e novembro foi antecipada
00:00 · 07.06.2017
Fortaleza/Brasília. A quarta fase de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) deve movimentar R$ 129 milhões ao contemplar 129,9 mil trabalhadores somente no Ceará, segundo estima a Caixa Econômica. O início da liberação do saque da quarta fase das contas inativas do FGTS (trabalhadores nascidos entre setembro e novembro) foi antecipado do dia 16 de junho para este sábado (10).
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De acordo com o banco, a antecipação será feita para não coincidir com o feriado de Corpus Christi, que será no dia 15 de junho. A Caixa projeta que a quarta fase irá atingir 7,5 milhões de brasileiros, que receberão cerca de R$ 10,9 bilhões, ou 25% do total do programa, e informa que cerca de 2,4 milhões de pessoas que possuem conta poupança individual receberão o valor automaticamente.
No Ceará, até o dia 2 de junho, "331.468 trabalhadores sacaram o FGTS inativo, num valor total de R$ 370,6 milhões".
Onde retirar
De acordo com a Caixa, no próximo sábado (10), 2.015 agências serão abertas em todo o País entre 9h e 15h. Nos dias 12, 13 e 15 de junho as agências da Caixa abrirão duas horas mais cedo para atender aos trabalhadores. Nas cidades em que os bancos abrem às 9h, as agências abrirão às 8h e terão o horário de atendimento prorrogado em uma hora. Em 14 de julho, começa o saque dos trabalhadores que nasceram em dezembro.
Somente em Fortaleza serão 20 agências do banco dentro dessa lista que terá horário diferenciado e atendimento exclusivo para o saque. No Interior do Estado serão 13 agências.
Previsão revisada
O saque total das contas inativas do FGTS deve se aproximar dos R$ 40 bilhões, em vez dos entre R$ 30 bilhões e R$ 32 bilhões estimados a princípio pela Caixa Econômica Federal, divulgou o banco. De acordo com o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, a estimativa inicial foi feita com base no saque feito historicamente em contas inativas - cerca de 80% do total.
Como no caso da liberação pelo governo houve grande divulgação, um percentual maior de trabalhadores aderiu. "Além disso, muita gente não havia registrado sua saída de empregos no sistema da Caixa, o que fazia com que as contas aparecessem como ativa para o banco. Com a divulgação da liberação do saque, essas pessoas provaram suas demissões, e isso também elevou o total pago", disse Occhi. Entre 10 de março e 2 de junho, a Caixa registrou o saque de R$ 27,6 bilhões relativos a contas inativas do Fundo, ou 95,2% do total previsto.
Dos trabalhadores nascidos entre janeiro e agosto, 16,3 milhões de pessoas sacaram até agora, ou 81% do previsto.
Impacto sobre o PIB
"O Ministério do Planejamento no final de julho poderá rever sua estimativa de impacto do saque no PIB", afirmou Occhi.
Segundo o banco, algumas contas que eram consideradas ativas passaram a ter status de inativa depois que os beneficiários comprovaram a rescisão dos contratos. Antes, o sistema não detectava a situação muitas vezes porque as empresas não haviam comunicado o desligamento do funcionário, por isso a colisão nos dados. Isso contribuiu para o aumento da estimativa do valor total de saques.
"É bem provável que o Planejamento, no próximo calendário (de saques) ou final, possa rever estimativa de impacto no PIB. Essa estimativa pode ser feita em agosto", disse Occhi.
O presidente da Caixa também não descartou uma possível antecipação da última fase, para beneficiários nascidos em dezembro, prevista para 14 de julho. Porém, Occhi ressaltou que é preciso estabelecer a estrutura necessária. A maior parte dos saques tem ocorrido nos quatro primeiros dias de agências abertas (incluindo os sábados) após a liberação dos recursos. Segundo o presidente da Caixa, não há possibilidade de estender o prazo final dos pagamentos, que é de 31 de julho.
Eleição
Occhi evitou fazer comentários sobre a eleição do jornalista Luiz Fernando Emediato, ligado à Força Sindical, para a presidência do FI-FGTS (fundo que usa parte dos recursos do FGTS para aplicar em projetos de infraestrutura). Delatores da Odebrecht e também da JBS acusaram Emediato de ter recebido propina para liberar recursos do FI-FGTS para a Odebrecht Transport (braço de transportes da empreiteira) e para beneficiar o grupo J&F, controlador do frigorífico, no período em que trabalhou no Ministério do Trabalho.
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