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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Estado será 3º maior produtor de energia eólica em 2021

Apesar de ter sido pioneiro no setor, o Ceará ocupa hoje a quarta posição no ranking nacional

00:00 · 28.06.2017 por Bruno Cabral - Repórter
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Atualmente, são 59 parques eólicos em operação no Ceará. Até 2021, serão 105 empreendimentos, atrás apenas da Bahia e Rio Grande do Norte
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Quarto maior produtor de energia eólica do País, o Ceará deve chegar atingir a marca de 2,6 gigawatts (GW) de capacidade instalada nos próximos quatro anos, passando para terceira posição entre os maiores estados produtores. O incremento de 0,9 GW da matriz eólica cearense até 2021 representa um crescimento de 62% do potencial do Estado. A projeção é do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne).
Considerando a conclusão dos atuais parques em construção e os projetos contratados nos últimos leilões de energia previstos para entrarem em operação até 2021, o Ceará, hoje com 59 parques em operação, somará até lá 105 empreendimentos, com capacidade instalada de 2.602,86 MW ficando atrás apenas da Bahia e do Rio Grande do Norte no ranking nacional.
"O setor eólico vem acompanhando com grande interesse as iniciativas que o Ceará tem empreendido para resgatar a atratividade do Estado e para criar um ambiente de investimentos favorável, principalmente através da sua federação das indústrias (Fiec) e das secretarias de governo estaduais", destaca Jean-Paul Prates, diretor-presidente do Cerne.
"O Ceará foi o pioneiro em eólicas no Brasil e tem uma situação privilegiada quanto à atração de novos investimentos no futuro", completa ele.
Além dos atuais 59 parques eólicos em operação, para os próximos anos, está prevista a adição de 0,9 GW na capacidade de geração do Estado, proveniente de 24 empreendimentos atualmente em construção, com 0,5 GW, e mais 22 parques eólicos já aprovados com construção não iniciada, com 0,6 GW, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Geração
De janeiro a abril, a geração eólica no Ceará foi de 465 MW médios, o que representou um crescimento de 12% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados consolidados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O Rio Grande do Norte, maior produtor do País, com 1.0 GW médios em 2017, registrou um aumento de 39% na produção. Em seguida aparecem os estados da Bahia com 678 MW médios (+30%) produzidos e do Rio Grande do Sul, com 533 MW médios (+9%).
No Nordeste, considerando apenas janeiro e fevereiro, a matriz eólica foi a principal fonte de energia da Região, com participação de 36,5%, segundo relatório do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão de pesquisas do Banco do Nordeste. No mesmo período, as térmicas foram responsáveis por 34,1% da matriz elétrica regional e a fonte hidráulica por 29,5%. O histórico levantado no relatório revela rápido crescimento a partir de 2014, quando a fonte eólica passou de 7,8% na geração de energia elétrica para 19,2% no ano seguinte. No final de 2016, a fonte eólica já representava 37,2% da geração regional.
Ainda segundo a CCEE, no Brasil, a produção de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional (SIN), de janeiro a abril, foi 30% superior à geração no mesmo período do ano passado. As usinas eólicas brasileiras produziram um total de 3.286 MW médios frente aos 2.532 MW médios gerados em 2016.
No País, a fonte eólica alcançou 5,1% de toda energia gerada no período pelas usinas do SIN. A fonte hidráulica foi responsável por 79,4% do total e as usinas térmicas responderam por 15,4% da geração no País.
Ao final de abril deste ano, havia 414 usinas eólicas em operação comercial no País, que somavam 10,5 GW de capacidade instalada, aumento de 17,6% frente às 352 unidades geradoras existentes no mesmo mês do ano passado.
Fórum
Nessa terça-feira (27) e quarta-feira (28), é realizada a nona edição do Fórum Nacional Eólico - Carta dos Ventos, organizado pelo Cerne. O evento, realizado em Natal, irá discutir as perspectivas do mercado eólico no Brasil nos próximos 10 anos, como interiorização de projetos e expectativa para o mercado offshore, além de licenciamentos e gestão ambiental de empreendimentos eólicos, penalidades previstas na operação de parques, dentre outros temas.

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