O Piauí registrou o segundo caso de raiva humana neste ano de 2013. O primeiro aconteceu em Parnaiba e o segundo aconteceu em Pio IX, 430 a Sudeste de Teresina.
De acordo com a edição desta terça-feira (29/10) do jornal O Dia, o caso aconteceu em um agricultor, de 50 anos de idade que foi mordido na mão por um sagui durante uma caçada, na zona rural. O quadro dele é estável, mas a doença é considerada 100% letal. O agricultor está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), do Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela. Em Parnaiba, o caso também aconteceu após a mordida de um sagui.
Segundo a diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Telma Evangelista, o paciente foi mordido há cerca de dois meses, mas só agora, com os sintomas manifestos, procurou ajuda. “O quadro dele é estável, ele está entubado e em coma induzido. Já fizemos alguns exames clínicos, epidemiológicos e laboratoriais. Iremos refazer alguns. Infelizmente a raiva humana é uma doença 100% letal, que leva a morte em menos de 30 dias depois dos sintomas manifestarem”, explicou, lembrando que, no caso em questão, o paciente foi mordido, mas não foi se vacinar.
A vacina é considerada fundamental para evitar a doença. “Mas a vacina deve acontecer imediatamente após a mordida”, alerta Telma Evangelista. São vários os transmissores da doença. Entre eles os animais domésticos como gatos e cachorros, mas também animais como bovinos, equinos, caprinos e os animais silvestres como morcegos, macacos, saguis, gambás, gato do mato. “Todos os mamíferos são transmissores da raiva”, frisa.
Ela salienta que a doença pode ser transmitida por meio da mordida, arranhaduras mais profundas e ainda por meio de lambidas em pele com feridas. Entre os sintomas da doença está a febre alta, dor no local da lesão, esparros, convulsões, hidrofobia, fotofobia e irritabilidade reflexa.
O primeiro caso de raiva humana deste ano foi detectado em maio. Um homem de 41 anos natural de Parnaíba foi mordido no dedo por um sagui e posteriormente também apresentou os sintomas. Segundo relatos do Ibama, à época, o homem costumava capturar esses animais para depois comercializá-los.
Telma Evangelista alerta que é importante que as pessoas tenham consciência e não tentem domesticar esse tipo de animal para cria-los. “Qualquer animal silvestre é transmissor da raiva. Então, é importante que as pessoas não tentem domesticá-los para criar em suas casas”, finaliza a diretora.
Por: Alex Gomes
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