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sexta-feira, 31 de maio de 2024





Como repórter que cobre sexo e intimidade, passo muito tempo ouvindo especialistas exaltarem as virtudes da comunicação aberta e honesta. Para ter um bom sexo (e continuar a fazê-lo ao longo do tempo), os casais devem estar dispostos a falar sobre isso, dizem eles.


“Mas algumas pessoas preferem abandonar seus relacionamentos a ter essas conversas”, diz Jeffrey Chernin, terapeuta matrimonial e familiar e autor de “Alcançando a intimidade: como ter um relacionamento amoroso que dure”, especialmente se as coisas no quarto não estiverem indo muito bem.

— Uma das coisas que costumo dizer aos casais que estão tendo problemas é: gostaria que houvesse outra maneira de superar isso. Mas a única maneira que conheço de ter uma vida sexual melhor, ou de retomar a vida sexual, é conversando sobre isso — diz.


Chernin reconhece o quão estressantes essas conversas podem ser, às vezes resultando em acusações, menosprezo ou evasão. Dito isto, estas sugestões podem ajudar:
Aceite o desconforto

É comum que os casais tenham dificuldade para falar sobre intimidade e desejo. Mesmo em relacionamentos de longo prazo, as pessoas sabem apenas cerca de 60% do que seu parceiro gosta sexualmente e apenas cerca de 25% do que não gostam.

Cyndi Darnell, terapeuta sexual e de relacionamento na cidade de Nova York, diz que seus pacientes costumam lhe dizer que falar sobre sexo é “desconfortável”, o que é especialmente verdadeiro “se você passou meses ou anos evitando isso”, ela reconhece.


— Fomos enganados ao acreditar que o sexo é natural. Mas, se fosse fácil e natural, as pessoas não teriam esse problema — acrescenta.

Ela menciona um casal com quem trabalhou, ambos na casa dos 50 anos, que não faziam sexo há anos. Cada vez que falavam sobre isso, eles brigavam. Então eles procuraram ajuda externa para superar a vergonha e a raiva.

Na terapia ela percebeu que eles estavam focados apenas na penetração, mas que o marido realmente ansiava por proximidade e ternura. E quando a esposa percebeu que o marido não iria “atacá-la” toda vez que ela o abraçasse, eles conseguiram ser mais sensuais um com o outro e conversar sobre o que gostam de fazer e por que, diz Darnell. Mas foi necessário um espírito de boa vontade, curiosidade e aceitação.

Morte ao ‘Precisamos conversar’

Pode ser possível aliviar o medo que muitas vezes acompanha estas conversas se forem abordadas com sensibilidade. A especialista sugere tentar:

1. Concentre-se em resolver problemas juntos

Isso significa dizer algo como: “Por um lado, sei como é difícil para nós falarmos sobre isso. Por outro lado, acho importante para o nosso casamento ou para o nosso relacionamento podermos ter algumas conversas sobre a nossa vida sexual”, aconselha. Em seguida, pergunte: “O que podemos fazer a respeito?”


2. Prepare as perguntas com antecedência

Um script fornece suporte, relata Darnell. Sugira mensagens como: “Nosso relacionamento é muito importante para mim e gostaria que o sexo fizesse parte dele (de novo). Eu estava curioso para saber se você também estaria interessado nisso?

3. Traga alguns pontos positivos


Maggie Bennett-Brown, pesquisadora do Instituto Kinsey e professora assistente da Texas Tech University, diz que “não precisa ser explícito”. Talvez seja útil dizer ao parceiro que você gosta quando ele o abraça ou planeja uma noite romântica na cidade.

Se já faz algum tempo que você não tem intimidade, pode ser benéfico relembrar e isso pode levar a uma questão mais profunda. “Se as pessoas nunca conversaram sobre ‘Do que você gosta?’ Esse é um bom primeiro passo”, diz o Bennett-Brown.

4. Esteja atento ao seu tempo


“Tenha cuidado ao iniciar uma conversa sobre sexo enquanto estiver na cama, especialmente se estiver sendo crítico. Você tem que pensar na conversa como uma série de discussões. Dessa forma, você não colocará muita pressão sobre você ou seu parceiro”, sugere Chernin.

5. Saiba quando falar com um profissional

Se o casal não estiver disposto a conversar ou se a conversa for dolorosa e não apenas desconfortável, um terapeuta sexual ou conselheiro de casais pode ajudar a mediar, revela Darnell.


Isso não diminui o quão importantes essas conversas podem ser. Mas ele acrescenta que o sexo nem sempre é um componente necessário de um relacionamento romântico satisfatório.

“Uma das perguntas que costumo fazer aos meus parceiros para quem o sexo é um tema delicado e difícil é: esta relação tem que ser sexual?” Ele trabalhou com um casal na faixa dos 30 e 40 anos que percebeu que gostava de se envolver em brincadeiras de flerte, mas não queria ir além disso. “A permissão para não terem relações sexuais nesta fase do relacionamento foi enorme e um alívio”, destaca.

“Sexo é muito mais do que aquilo que fazemos quando tiramos as calças”, conclui.




(*)com informação do Jornal Extra

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