Doctors performing a cesarean section in the operating room - Buenos Aires - Argentina© iStock/ruizluquepaz
Pesquisadores da Universidade de Fukui podem ter descoberto a causa do autismo ao identificarem uma possível relação entre ácidos graxos no sangue do cordão umbilical e o risco de desenvolvimento do transtorno. O estudo, realizado com 200 crianças, aponta para um composto específico que pode impactar diretamente a gravidade dos sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Ligação entre o sangue do cordão umbilical e o autismo
Os cientistas investigaram amostras de sangue do cordão umbilical e os níveis de ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) presentes nessas amostras, correlacionando esses dados com as pontuações de autismo observadas em crianças de 6 anos. O foco do estudo foi um composto chamado diHETrE, cujos níveis elevados podem estar associados a dificuldades em interações sociais, enquanto níveis baixos podem estar ligados a comportamentos repetitivos e restritivos.
A correlação foi mais pronunciada em meninas do que em meninos, indicando que o impacto de esse composto pode variar conforme o gênero. Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores alertam que mais estudos são necessários para confirmar as descobertas.
Cientistas investigam ácido graxo como possível causa do autismo
Conheça 5 doenças que provocam sede excessiva, segundo especialistas
Baixa de vitamina B12: impacto nos pés e outros sintomas neurológicos
13 sinais que indicam a falta de vitamina B12; saiba como repor
Detalhes do estudo e implicações futuras
As amostras de sangue do cordão umbilical foram coletadas logo após o nascimento das crianças e preservadas adequadamente. Analisando essas amostras, os cientistas conseguiram mapear a relação entre os níveis de diHETrE e os sintomas do TEA aos 6 anos. Caso esses resultados sejam confirmados, medir os níveis desse composto poderia se tornar uma ferramenta útil para prever o risco de autismo.
Os pesquisadores também sugerem que uma possível prevenção do TEA poderia ocorrer através da modulação do metabolismo de diHETrE durante a gestação, embora mais pesquisas sejam necessárias para entender os potenciais efeitos dessa abordagem.
O autismo, também denominado Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição que afeta o desenvolvimento cerebral e abrange uma série de desafios relacionados a habilidades sociais, de comunicação e comportamentais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 100 crianças é diagnosticada com autismo. Embora as manifestações e necessidades de cada indivíduo possam ser muito distintas, o estudo contínuo das causas do autismo, como este realizado pela Universidade de Fukui, pode proporcionar avanços significativos no diagnóstico precoce e nas estratégias de intervenção.
Autismo na fase adulta: desafios e conquistas
O autismo na fase adulta é frequentemente negligenciado, com desafios específicos em áreas como emprego, relacionamentos e saúde mental. A falta de apoio contínuo após a adolescência pode dificultar a adaptação. Contudo, adultos autistas demonstram resiliência, contribuindo de maneira significativa para a sociedade, quando recebem suporte adequado. Clique aqui para saber mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário