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Victor Ximenesproducaodiario@svm.com.br
05 de Março de 2025 - 07:00
Victor Ximenes

Foto: Shutterstock
O trabalho presencial segue como a escolha predominante entre as pequenas e médias empresas (PMEs) do Ceará. Em 2024, 94,4% das vagas abertas no estado foram para esse modelo, mantendo a mesma proporção de 2023. Os dados são de um levantamento da Sólides, empresa de tecnologia especializada em gestão de pessoas para PMEs no Brasil.
Enquanto isso, o trabalho remoto apresentou um pequeno crescimento de 2,9%, chegando a 1,5% das oportunidades no estado. O modelo híbrido recuou 0,7%, representando 4% do total de vagas. Dessa forma, a soma dos dois formatos caiu 0,22% em relação ao ano anterior, indicando que a presença física no ambiente corporativo segue como prioridade entre as empresas de pequeno e médio porte.
Contato direto
“A análise reforça a forte cultura do trabalho presencial nas pequenas e médias empresas do Ceará, que veem no contato direto um fator essencial para a gestão e produtividade. No entanto, o crescimento do trabalho remoto, ainda que tímido, indica que há espaço para maior flexibilização, principalmente em setores que podem se beneficiar dessa dinâmica”, afirma Ale Garcia, co-CEO e cofundador da Sólides.
As PMEs desempenham um papel fundamental no mercado de trabalho brasileiro. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam que mais de 70% dos novos empregos criados no país vêm dessas empresas. Apesar dos benefícios do trabalho remoto e híbrido em alguns segmentos, esses modelos enfrentam desafios estruturais e culturais, como investimentos tecnológicos e necessidade de adaptação das equipes.
O cenário observado no Ceará reflete uma tendência nacional. Em 2024, 89,7% das vagas abertas pelas mais de 35 mil PMEs parceiras da Sólides no Brasil foram para trabalho presencial, acima dos 87,8% registrados no ano anterior. O modelo híbrido representou 6% das oportunidades, enquanto o remoto ficou com 4,2%, ambos em queda em relação a 2023.
Apesar da retração das modalidades flexíveis, Garcia acredita que o cenário pode mudar gradualmente: “Com a contínua transformação digital e a modernização das PMEs, modelos híbrido e remoto podem voltar a ganhar força no futuro. É um movimento que tende a acontecer de forma mais gradual e consistente.”
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