quinta-feira, 9 de novembro de 2023
Onda de calor e outros efeitos do El Niño devem durar até abril de 2024, diz agência da ONU
Foto: Kid Júnior
Diretamente ligado ao aumento de temperaturas no Brasil, o fenômeno climático El Niño deve continuar impactando a vida da população até, pelo menos, abril de 2024. A informação foi divulgada, nesta terça-feira (8), pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência das Nações Unidas (ONU), que ainda antecipou que o próximo ano deverá ser mais quente do que 2023.
De acordo com relatório da entidade, o fenômeno se desenvolveu rapidamente nos últimos meses e, provavelmente, atingirá seu pico entre novembro e janeiro. A partir de fevereiro, deve enfraquecer, mas continuará impactando o cotidiano da população até abril.
“Os impactos do El Niño na temperatura global ocorrem normalmente no ano seguinte ao seu desenvolvimento, neste caso, em 2024. Mas, como resultado dos recordes de temperatura da terra e da superfície do mar desde junho, o ano de 2023 está agora no caminho para se tornar o ano mais quente já registrado”, explicou Petteri Taalas, secretário-geral da organização.
Com o aumento das temperaturas, a OMM prevê que os primeiros meses do próximo ano poderão ser marcados por ondas de calor, secas, incêndios florestais, chuvas fortes e inundações em algumas regiões do globo.
Taalas reforçou, no entanto, que o El Niño não será o único responsável pelo difícil período climático. “O próximo ano pode ser ainda mais quente. Isto deve-se claramente à contribuição das crescentes concentrações de gases com efeito de estufa, que retêm o calor provenientes das atividades humanas”, ressaltou ele.
Até o momento, o ano mais quente já registrado foi 2016, quando, além das alterações climáticas ligadas ao aquecimento global, as temperaturas também foram afetadas por uma manifestação mais agressiva do El Niño.
O QUE É O 'EL NIÑO'?
Geralmente associado ao aquecimento da superfície do Oceano Pacífico, o El Niño é um fenômeno climático natural, que costuma ocorrer a cada dois a sete anos. Normalmente, o evento dura de nove a 12 meses e impacta, principalmente, regiões da Ásia, América e Oceania.
Fonte: Diário do Nordeste
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