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sábado, 21 de março de 2020

Ritmo de contágio do coronavírus no Brasil está igual ao registrado na Itália e acelerando, apontam universidades

Estimativa de crescimento da Covid-19 no Brasil — Foto: Eduardo Pierre/G1Estimativa de crescimento da Covid-19 no Brasil — Foto: Eduardo Pierre/G1
Estimativa de crescimento da Covid-19 no Brasil — Foto: Eduardo Pierre/G1


O gráfico acima mostra as projeções da Unesp para os próximos dias – a projeção tem um intervalo de mínimas e máximas. Veja as estimativas:



sábado (21) – 1.091 casos;
domingo (22) – 1.478 casos;
segunda-feira (23) – 2.003 casos;
terça (24) – 2.714 casos; a previsão máxima é de até 3,4 mil casos na terça.
Avenida Presidente Vargas, Centro do Rio, mais vazia no fim da tarde desta quarta-feira (18)  — Foto: Marcos Serra Lima/ G1Avenida Presidente Vargas, Centro do Rio, mais vazia no fim da tarde desta quarta-feira (18)  — Foto: Marcos Serra Lima/ G1
Avenida Presidente Vargas, Centro do Rio, mais vazia no fim da tarde desta quarta-feira (18) — Foto: Marcos Serra Lima/ G1

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Projeção de casos




Um dos cálculos feitos na pesquisa do Observatório Covid-19 BR trata do tempo de duplicação de infectados.



"Uma forma de acompanhar a epidemia é seguir o tempo de duplicação dia a dia. Se as ações de contenção surtirem efeito, vamos observar o tempo de duplicação aumentar. Esta é uma forma de saber se estamos conseguindo 'domar' o coronavírus", detalhou Kraenkel.




De acordo com dados do Ministério da Saúde desta quinta, esse tempo está em 2,28 dias — mas ele caindo. Isso quer dizer que, no Brasil, a cada 54 horas e 43 minutos, o número de contaminados dobra.



Quanto mais baixo for esse intervalo, mais rápida corre a pandemia no país. "Se tenho, digamos, dez casos, quanto tempo leva para ter 20, depois 40 e 80?”, explicou o professor da Unesp, ao falar sobre como é feito o cálculo.





O primeiro caso de coronavírus no Brasil foi confirmado em 26 de fevereiro.
Tempo de duplicação do Covid-19 no Brasil — Foto: Eduardo Pierre/G1Tempo de duplicação do Covid-19 no Brasil — Foto: Eduardo Pierre/G1
Tempo de duplicação do Covid-19 no Brasil — Foto: Eduardo Pierre/G1


Um fator que interfere nesse cálculo é o número de testes feitos. Na Itália, por exemplo, até o dia 9 de março, havia sido testados 60 mil pacientes -- isso dá uma média de mil kits para cada milhão de habitantes. Na Coreia do Sul, o número de testes foi quatro vezes maior.


Ao G1, o Ministério da Saúde informou que, na rede pública, foram feitos 13 mil testes até a última atualização desta reportagem -- ou 62 para cada milhão de brasileiros. Não há estatísticas para a rede particular.




Outros países




O gráfico abaixo mostra a evolução do tempo de duplicação de casos do novo coronavírus em outros países. Quanto mais baixa a linha, mais rápido o coronavírus está agindo.
Tempo de duplicação em outros países — Foto: Eduardo Pierre/G1Tempo de duplicação em outros países — Foto: Eduardo Pierre/G1
Tempo de duplicação em outros países — Foto: Eduardo Pierre/G1

"Bem no início da epidemia na Itália, o tempo estava perto de 1,8 dia. Hoje, está ao redor de quatro dias", disse Kraenkel.




No comparativo acima, o Brasil aparece somente no dia 14 de março, quando havia no país 121 casos, número a partir do qual é possível fazer os cálculos.




De olho no crescimento




O tempo de duplicação se reflete na "curva" de casos, que as autoridades tanto querem "achatar", evitando assim sobrecarga nos sistemas de saúde.
Gráfico elaborado pelo cientista Drew Harris e adaptado pelo biólogo Carl Bergstrom mostra como medidas de prevenção podem retardar o contágio da Covid-19 e evitar o colapso do sistema de saúde  — Foto: Carl Bergstrom e Esther Kim/CC BY 2.0Gráfico elaborado pelo cientista Drew Harris e adaptado pelo biólogo Carl Bergstrom mostra como medidas de prevenção podem retardar o contágio da Covid-19 e evitar o colapso do sistema de saúde  — Foto: Carl Bergstrom e Esther Kim/CC BY 2.0
Gráfico elaborado pelo cientista Drew Harris e adaptado pelo biólogo Carl Bergstrom mostra como medidas de prevenção podem retardar o contágio da Covid-19 e evitar o colapso do sistema de saúde — Foto: Carl Bergstrom e Esther Kim/CC BY 2.0


O gráfico acima mostra duas possibilidades de avanço de uma doença — uma tem um crescimento abrupto, acima da capacidade de absorção do sistema de saúde, e outra mais suave, distribuída ao longo de um número maior de dias.



Autoridades de Saúde de todo o Brasil intensificaram nas últimas semanas os pedidos para que a população fique em casa. O isolamento social é defendido como o meio mais eficaz para achatar a curva da epidemia do coronavírus.






Previsões para Rio e SP




O Fantástico do domingo (15) mostrou um estudo preliminar da UnB que prevê, apenas na Grande São Paulo, 1,3 mil casos nos próximos 30 dias – e 30 mil em 60 dias.


Já a Secretaria Estadual de Saúde do RJ traçou duas possibilidades de curva ao longo do período de um mês para o estado: 4 mil casos, se as medidas de isolamento forem eficazes – ou 24 mil, se a população não evitar aglomerações.

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