Por Davi Holanda
- Foto: Paulo Rocha
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades e abusos por parte da Enel Distribuidora de Energia recebeu nesta terça-feira (10/10) o presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Francisco de Castro Menezes Junior. Prefeito de Chorozinho, ele informou que dados de uma enquete que a Aprece realizou com municípios cearenses, apontou que mais de 60% das cidades reclamam que o atendimento prestado pela Enel Ceará é ruim ou péssimo.
A próxima oitiva da CPI está marcada o dia 25 de outubro e deverá ter a participação do presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Rodrigo Suaia, e do vereador Luciano Bruno, da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização dos Serviços prestados pela Enel, Cagece e Operadoras de Internet da Câmara Municipal de Fortaleza. Outra oitiva está marcada para o dia 26 de outubro, desta vez com a participação do promotor Hugo Xerez, diretor do Decon.
Na oitiva de hoje, o presidente da Aprece destacou ainda que uma das problemáticas que os municípios cearenses enfrentam com a Enel se refere a demora na ligação de novos pontos de energia em equipamentos importantes ligados à saúde e à educação.
“A maioria das reclamações que recebemos dos municípios cearenses diz respeito a novas ligações de energia de equipamentos da saúde e educação, e que, muitas vezes, enfrentam uma longa demora para sua ligação, prejudicando as suas inaugurações. Tem unidades que quando vão ser inauguradas já estão depreciadas e precisando de reforma, porque infelizmente existe essa demora. E a Aprece tem feito essa interlocução diretamente com a direção da Enel, e muitas vezes a gente consegue avançar nessas tratativas”, relatou.
Junior relatou ainda a demora da Enel para dar devolutivas relacionadas à resolução de problemas com os municípios, e que o número de reclamações trazido pelos prefeitos cearenses é bastante expressivo.
“A grande questão é que existe uma demanda muito grande de problemas, são muitos municípios que trazem problemas pra nós (...). Acho que falta uma atenção maior, esse é o principal pedido que os municípios fazem. Mesmo a Enel tendo ampliado sua equipe técnica de atendimento responsável pela resolução de problemas dos municípios, ainda assim existe muita reclamação e por isso acho que falta uma devolutiva maior por parte da Enel”, salientou.
Aniziario Costa, prefeito do município de Jardim e componente da Aprece, destacou os problemas que o município enfrenta com a Enel, e citou que chegaram a instalar gerador para suprir a falta de energia constante na cidade.
“Para vocês terem uma ideia, em janeiro deste ano tivemos que alugar um gerador elétrico para ficar perto dos poços e fazer interligação entre o gerador e os poços para não faltar água na cidade. Então tivemos que adquirir esse gerador para quando cair energia, o que é frequente lá, a população de Jardim não ficar sem energia e sem água”, enfatizou o prefeito.
O deputado Guilherme Landim (PDT), relator da CPI, reiterou que a Enel tem prejudicado o Estado do Ceará e o seu desenvolvimento. "Os pequenos comerciantes são prejudicados, muitas indústrias grandes, pequenas e médias no estado do Ceará têm padecido e deixado de gerar emprego e renda por conta da falta de ligações da Enel. Lá em Brejo Santo tem caso de empresa que funcionou durante 11 meses com gerador de energia e isso é inadmissível”, pontuou.
Fernando Santana (PT), presidente da CPI, destacou que durante a oitiva realizada com representantes do Sindeletro na última segunda-feira (09/10) foi informado que a Enel utiliza equipamentos da Equatorial Energia, empresa que atua no Estado do Piauí. Ainda de acordo com o parlamentar, a Comissão está apurando a denúncia de desmonte da Enel e a possibilidade da empresa já ter sido vendida.
Participaram também da reunião os deputados Bruno Pedrosa (PDT), Larissa Gaspar (PT), Lia Gomes (PDT), Gabriella Aguiar (PSD) e Felipe Mota (União).
Edição: Clara Guimarães
- Foto: Paulo RochaA Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades e abusos por parte da Enel Distribuidora de Energia recebeu nesta terça-feira (10/10) o presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Francisco de Castro Menezes Junior. Prefeito de Chorozinho, ele informou que dados de uma enquete que a Aprece realizou com municípios cearenses, apontou que mais de 60% das cidades reclamam que o atendimento prestado pela Enel Ceará é ruim ou péssimo.
A próxima oitiva da CPI está marcada o dia 25 de outubro e deverá ter a participação do presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Rodrigo Suaia, e do vereador Luciano Bruno, da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização dos Serviços prestados pela Enel, Cagece e Operadoras de Internet da Câmara Municipal de Fortaleza. Outra oitiva está marcada para o dia 26 de outubro, desta vez com a participação do promotor Hugo Xerez, diretor do Decon.
Na oitiva de hoje, o presidente da Aprece destacou ainda que uma das problemáticas que os municípios cearenses enfrentam com a Enel se refere a demora na ligação de novos pontos de energia em equipamentos importantes ligados à saúde e à educação.
“A maioria das reclamações que recebemos dos municípios cearenses diz respeito a novas ligações de energia de equipamentos da saúde e educação, e que, muitas vezes, enfrentam uma longa demora para sua ligação, prejudicando as suas inaugurações. Tem unidades que quando vão ser inauguradas já estão depreciadas e precisando de reforma, porque infelizmente existe essa demora. E a Aprece tem feito essa interlocução diretamente com a direção da Enel, e muitas vezes a gente consegue avançar nessas tratativas”, relatou.
Junior relatou ainda a demora da Enel para dar devolutivas relacionadas à resolução de problemas com os municípios, e que o número de reclamações trazido pelos prefeitos cearenses é bastante expressivo.
“A grande questão é que existe uma demanda muito grande de problemas, são muitos municípios que trazem problemas pra nós (...). Acho que falta uma atenção maior, esse é o principal pedido que os municípios fazem. Mesmo a Enel tendo ampliado sua equipe técnica de atendimento responsável pela resolução de problemas dos municípios, ainda assim existe muita reclamação e por isso acho que falta uma devolutiva maior por parte da Enel”, salientou.
Aniziario Costa, prefeito do município de Jardim e componente da Aprece, destacou os problemas que o município enfrenta com a Enel, e citou que chegaram a instalar gerador para suprir a falta de energia constante na cidade.
“Para vocês terem uma ideia, em janeiro deste ano tivemos que alugar um gerador elétrico para ficar perto dos poços e fazer interligação entre o gerador e os poços para não faltar água na cidade. Então tivemos que adquirir esse gerador para quando cair energia, o que é frequente lá, a população de Jardim não ficar sem energia e sem água”, enfatizou o prefeito.
O deputado Guilherme Landim (PDT), relator da CPI, reiterou que a Enel tem prejudicado o Estado do Ceará e o seu desenvolvimento. "Os pequenos comerciantes são prejudicados, muitas indústrias grandes, pequenas e médias no estado do Ceará têm padecido e deixado de gerar emprego e renda por conta da falta de ligações da Enel. Lá em Brejo Santo tem caso de empresa que funcionou durante 11 meses com gerador de energia e isso é inadmissível”, pontuou.
Fernando Santana (PT), presidente da CPI, destacou que durante a oitiva realizada com representantes do Sindeletro na última segunda-feira (09/10) foi informado que a Enel utiliza equipamentos da Equatorial Energia, empresa que atua no Estado do Piauí. Ainda de acordo com o parlamentar, a Comissão está apurando a denúncia de desmonte da Enel e a possibilidade da empresa já ter sido vendida.
Participaram também da reunião os deputados Bruno Pedrosa (PDT), Larissa Gaspar (PT), Lia Gomes (PDT), Gabriella Aguiar (PSD) e Felipe Mota (União).
Edição: Clara Guimarães
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