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quinta-feira, 29 de junho de 2023

O Céu é o limite: meninas ‘douradas’ da Escola Educar Sesc II na Jornada de Foguetes










A prática e a vivência como “combustíveis” para o conhecimento. Este sentimento levou estudantes da Escola Educar Sesc II à conquista de nada menos que 36 medalhas, três delas de ouro, na 4ª Jornada Cearense de Foguestes (JCF). O evento de divulgação científica e tecnológica ocorreu no último dia 20 de maio, na Base Aérea de Fortaleza com alunos do Ensino Fundamental 2 e do Ensino Médio de escolas públicas e privadas de Fortaleza. Com a vitória, adolescentes da instituição, além da sensação única de realização, puderam exercer uma nova e estimulante perspectiva de aprendizado.

O evento é organizado pela Seara da Ciência da Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com o 14º Grupo de Escoteiros do Ar Brigadeiro Eduardo Gomes (14° GEABEG), tendo como objetivo estimular o estudo de Astronáutica entre alunos. Nele, jovens aprendem a projetar “foguetes” a partir de materiais recicláveis, como garrafa PET, buscando obter o maior alcance possível numa disputa entre equipes.

No campo de lançamento, a Educar Sesc II foi destaque entre as mais de 60 equipes de diferentes instituições de ensino de Fortaleza e do interior do Estado. Ao todo, 12 times da escola participaram nos níveis 3 e 4 de avaliação. “A competição foi muito boa. A Escola Educar Sesc conseguiu conquistar, dentre todas as participantes, o maior número de medalhas e o maior número de equipes medalhistas do evento”, informa Luan Ângelo, professor de Física e coordenador das Olimpíadas na Escola Educar Sesc II.

Mão na massa
Para o professor Luan Ângelo, chama a atenção o engajamento desses meninos e meninas em disciplinas que, ao saírem do âmbito da mera teoria – e suas explicações não raro entediantes -, experimentam uma verdadeira revolução. “Eles acham interessante porque é uma atividade ‘maker’, mão na massa mesmo, não tem prova. Usam os conhecimentos adquiridos em sala de aula, como em Física e Química, para construir. Serram cano e madeira, utilizam furadeira e várias outras ferramentas para otimizar os lançamentos. E isso transforma o aprendizado: fica divertido, dinâmico, lúdico, prático, experimental. Tudo em campo, onde eles podem fazer testes e suposições de como melhorar. E isso faz com que pesquisem bastante e se engajem nas atividades”, aponta.

Já segundo Wládia Medeiros, consultora de Programação Social na Gerência de Educação do Sesc Ceará, os resultados alcançados na 4ª Jornada Cearense de Foguetes representam uma consolidação de um trabalho pautado no compromisso com uma educação de qualidade e no desenvolvimento do protagonismo juvenil. “Investir em olimpíadas científicas é oportunizar uma cultura de melhoria contínua na escola. Aqui o ganho não é somente para o estudante, mas também para o professor, que aprimora seus conhecimentos e torna suas aulas mais atrativas. Na Educar Sesc, acreditamos e investimos no potencial das alunas e dos alunos, fazendo com que busquem vencer as barreiras e adquiram novos conhecimentos”, analisa ela.



SAIBA MAIS

Enquanto alunos do Nível 3 (6º ao 9º ano do Ensino Fundamental) utilizam apenas água e ar comprimido, o de Nível 4 (Ensino Médio) ocorre com uma reação química (acetato acídico com bicarbonato de sódio) para pressurizar os foguetes e lançá-los, utilizando conhecimentos de Física e de Química.

Confira, a seguir, relatos das três estudantes – e seus respectivos pais – da Educar Sesc II medalhistas de ouro, todas alunas do 1º ano B manhã da Escola:

Ana Isabelle Alves, 15 anos
“O interesse pela Jornada Cearense de Foguetes partiu do professor Luan. Eu gosto de participar das coisas, gosto de coisas dinâmicas, não só do papel, mas de coisas em que possa botar a mão na massa mesmo, como os foguetes e as bases que a gente fez. É uma experiência incrível, única. Foi a primeira vez, e espero ganhar muitas outras desta (apontando para a medalha no peito).”

Ana Meire Alves, designer – mãe da Isabelle
“(Com a participação do evento) Realmente, houve uma mudança. A Isabelle mudou radicalmente. Ela estudava, mas não tinha esse amor. Era muito participativa, mas não tinha tanto envolvimento e interesse. Depois que ela chegou aqui, as notas melhoraram, passou a estudar mais. Sempre cobrei as notas, mas agora ela toma a frente, quer ser líder de turma, sempre opinando e buscando as coisas corretas, de uma maneira coerente, civilizada.”

Igor Pinto, autônomo – pai da Isabelle
“Até brinco com ela (Isabelle), dizendo que sou o pai mais democrático do mundo, que pode ser qualquer coisa, desde que seja Engenharia ou Direito. Mas, falando sério, no Sesc, o lado estudantil dela aflorou muito, ela sempre conta coisas da escola. Aqui realmente os professores são incríveis. Integram bastante e são bem participativos, cultivam essa empolgação dos alunos.”

Gabriele da Silva Mesquita, 15 anos
“Desde o 6º ano eu gosto de Ciências, e já tinha ouvido falar dessa olimpíada. Passei a me interessar por Astronáutica, essa parte de foguetes. Me inscrevi na Mobfog (Mostra Brasileira de Foguetes) em 2022, participei de uma equipe e foi uma experiência incrível. No ano passado, o foguete atingiu 153 metros, e também ganhei o ouro. Me senti realizada e foi um dos melhores dias da minha vida. Neste ano me inscrevi novamente. Foi uma experiência nova com o nível 4.”

Rosineide Mesquita, dona de casa – mãe da Gabriele
“A equipe pedagógica sempre participativa, dando aquele apoio, todo o suporte para as meninas. Fico feliz por minha filha estar estudando nesta unidade. Sinto que ela tem base e se sente livre para ingressar na carreira que optar. Esse acompanhamento do Sesc é não só nessa Olimpíada, mas nas outras, como na de Matemática, entre outras.”

Cláudio Mesquita, supervisor de almoxarifado – pai da Gabriele
“A gente fica feliz com o desempenho dela, pois quando um filho quer muito alguma coisa, nós, pais, temos realmente que ajudar. E ela estava muito empolgada com esse foguete. A gente vê a emoção no olhar dela, a felicidade, e fica feliz também.”

Morgana Gomes de Freitas, 15 anos
“Foi uma experiência muito gostosa de se sentir, tanto pelo social como pela força nos estudos, pois me ajudou muito com algumas matérias, como Física. Porque são muitas misturas e experiências. Eu vinha esperando fazia um tempo, e já é a minha segunda participação na Olimpíada”.

Naim Freitas, farmacêutico bioquímico – pai da Morgana
“Ela (Morgana) prefere a área de Humanas. Sempre brinco, como bioquímico, que esse concurso, quem sabe, não desperta um pouco esse interesse dela na parte de Química também. Tem sido realmente uma forma dela colocar em prática esse lado. É sempre uma soma, e a gente fica muito feliz por ela estar se descobrindo em outra parte também.”

Patrícia Gomes, esteticista e cabeleireira – mãe da Morgana
“Acho muito importante contar com essas atividades que estimulam o aluno a ter mais produtividade, mais engajamento. A Morgana sempre foi muito dinâmica, muito participativa, e isso tem feito com que ela aguce mais esse lado. Acho que a metodologia do Sesc é realmente diferenciada. Na minha época, tínhamos uma educação que era como uma receita de bolo. Hoje vejo o Sesc preparando os alunos para a vida real, não só ensinando matérias, mas dando vivência, uma metodologia de integração com a realidade, e fico muito feliz em a Morgana estar numa instituição tão preocupada até com a formação do caráter do aluno.”

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