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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

98% dos municípios no Ceará têm falta de medicamentos, aponta pesquisa


Blog do Amaury Alenca


98% dos municípios no Ceará convivem com a falta de medicamentos dos componentes básicos da assistência farmacêutica. A pesquisa ouviu 112 dos 184 municípios, contando com a participação de 61% do total(foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)





Uma pesquisa realizada pela Associação dos Municípios do Ceará (Aprece) mostrou que 98% dos municípios no Estado convivem com a falta de medicamentos dos componentes básicos da assistência farmacêutica. O levantamento considerou 112 dos 184 municípios cearenses, o que representa 61% do total. A Aprece compartilhou alguns dados iniciais do estudo com O POVO, enquanto aguarda o processo de finalização para a publicação da pesquisa.



Simultaneamente à pesquisa informada pela Aprece, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou na última terça-feira, 27, que 65,2% dos municípios em todo o País enfrentam falta de medicamentos básicos nas unidades de saúde.



No Ceará, a lista de medicamentos básicos em falta no sistema de saúde são: amoxicilina + clavulanato de potássio, gliclazida, dipirona, loratadina, azitromicina, ácido fólico, salbutamol, cefalexina, ibuprofeno, captopril e diazepam.



A Aprece relatou que a pesquisa começou a ser desenvolvida para compreender a falta de medicamentos e insumos no Ceará, além de apontar a defasagem financeira do financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) por parte da União.

Além disso, 83% dos municípios ouvidos relatam a falta de insumos básicos referentes à Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). Dentre os insumos citados estão preservativos masculino e feminino, hipoclorito de sódio, seringas, álcool etílico, lancetas para punção e agulhas para caneta aplicadora de glicose.

Em relação aos Componentes Especializados da Assistência Farmacêutica (Ceaf) mais requisitados, 98% alegaram falta. O Ceaf é uma estratégia de acesso a medicamentos, no âmbito do SUS, para doenças crônico-degenerativas, inclusive doenças raras, como olanzapina, hemifumarato de quetiapina, levetiracetam, clozapina e risperidona.

Em Fortaleza, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirma que alguns medicamentos estão com estoque indisponível ou insuficiente. A pasta diz ainda que adota medidas que garantam a saúde da população e que, de acordo com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), há uma dificuldade nacional de aquisição de alguns insumos para atenção primária à saúde.

O POVO questionou quais medicamentos estão em falta e quais são as medidas adotadas e aguarda retorno. O POVO solicitou informações à Secretaria Estadual da Saúde e também aguarda retorno, assim como da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e do Conselho Regional de Farmácia do Ceará para obter mais detalhes sobre o cenário no Ceará e no Brasil.

o Povo

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