Após 8 anos de Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana, ISLU, criado em 2016 para medir o grau de adesão das cidades ao sistema, mostra que, entre as cidades participantes, 53% continuam destinando o lixo incorretamente; a coleta domiciliar ainda não atende cerca de 24% dos lares brasileiros; 61,6% dos municípios ainda não estabeleceram fonte de arrecadação específica para custear a atividade; e o índice médio de reciclagem no Brasil não passa dos 3,7%.
Para o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana, Selurb, Marcio Matheus, a legislação é moderna e extremamente positiva, mas oito anos depois o Brasil ainda está patinando na sua implementação. Segundo ele, a falta de recursos financeiros desponta como o problema número um da lista, mas há outros pontos, como o desafio de elevar a capacitação técnica dos gestores públicos e a inexistência de ferramentas para identificar pontos de melhoria e mensurar avanços, ajustes e soluções para a consecução da política.
Assim como o Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, da ONU, o ISLU varia entre 0, que significa baixo desenvolvimento, e 1, que quer dizer alto desenvolvimento, e analisa os dados oficiais mais recentes disponibilizados pelos próprios municípios. Nesta terceira edição, o estudo mostra que das 3.374 cidades que participam do sistema, 333 aparecem no nível “muito baixo”; 868, no nível baixo; 1.731, no nível médio; 436 em nível alto; e apenas seis (0,02%) atingiram o nível “muito alto”.
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