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domingo, 24 de abril de 2022

COISAS DA MINHA TERRA – A outra função das abelhas

 COISAS DA MINHA TERRA – A outra função das abelhas

É bem verdade que não sei e não reúno informações para afirmar se é ou não nossa Campos Sales a campeã em fatos e situações pitorescas, protagonizadas por conterrâneos  irreverentes, espirituosos e engraçados! Não exagero, porém,  ao afirmar que a população de atores com essas características é considerável na formação do nosso povo, enriquecendo e avolumando o anedotário da terra, com a produção de fatos e situações verdadeiramente engraçados! E dentre tantos, ocorre, agora, a lembrar-me, de um deles, envolvendo  Dalmir Soares.

A seca é um fenômeno extremamente perverso, mas tem seu lado positivo. Induz-nos a pensar em alternativas, criar opções de renda; vencer  obstáculos e sobretudo,  sobreviver na adversidade com alegria.  

Nada obstante as poucas chuvas, dificultando a formação de floradas, a apicultura, em razão da boa qualidade do mel, sopesado a ausência de defensivos tóxicos nas lavouras, tem se revelado uma opção economicamente rentável.

Durante os meses de completa ausência de chuvas, há a necessidade de alimentar os cortiços, inclusive com o fornecimento de água.

Em determinada ocasião, meu amigo Antonio Lavor, cidadão probo, de tradicional família que aqui se implantou em meado do século XX, bebericando umas doses de “onofrina”, após exaustivo dia de trabalho com as abelhas, comentava sobre a dificuldade de levar água ao apiário e enaltecia a quantidade consumida pelos bichinos, que apesar de tão pequenos,   se revelavam  grandes consumidores do líquido.  E certamente houve algum exagero ao mensurar o volume diário transportado, talvez por  força de expressão ou mero desejo de  enfatizar a voracidade de tão minúsculos animais, e quantificou alguns tambores de 200 litros de água por dia...

Dalmir Soares,  recostado ao balcão para um melhor equilíbrio (tinha uma perna mais curta, em virtude de um acidente), já com” muitas na cabeça”,  ouvia silente a conclusão da quantidade de água consumida, quando, então,  disparou:  POIS ANTONIO, ME DESCULPA, MAS  ESSAS ABELHAS ESTÃO LHE ENGANANDO! – enganando,  enganando como?  - Pergunta curioso....POR QUE É AGUA DEMAIS..... LOGO, LOGO,  VOCE  VAI TER QUE LEVAR UMA CARRADA DE LENHA! –  lenha? Lenha pra quê? -   E Dalmir, entre o  riso e a gozação – PRA QUEIMAR A CAIEIRA.  ELAS NÃO ESTÃO BEBENDO  ÁGUA,  ELAS TÃO É  “ BATENDO TIJOLO”!!! Dito isso, emendou com a seu característico modo de rir, acompanhando generalizadas gargalhadas de todos os presentes.

Brazcortez


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