Barbalha e Campos Sales estão entre as mais quentes do Brasil

  

Barbalha e Campos Sales estão entre as seis cidades de menor umidade relativa do ar em 2019. Quixeramobim, Tauá, Iguatu e Jaguaribe completam a lista. Ao atingir 40,5º no último dia 02 de novembro, Jaguaribe registrou o maior índice em todo o Brasil. Junto com outros fatores, a umidade relativa do ar é responsável pelo aumento da temperatura e se torna responsável pelo aumento dos riscos de doenças respiratórias, renais e até infarto e derrame.

De acordo com o Meteorologista Raul Fritz, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as altas temperaturas são normais para o período de final de ano, especialmente em regiões como o Cariri. Ele diz que é típico observar temperaturas muito altas devido à região estar distante da faixa litorânea. A falta de chuvas também é responsável pela sensação de calor acima da média, especialmente pelo período seco, de poucas nuvens, umidade relativa do ar baixa e massa de ar seco.

“Estamos aguardando a chegada do período de pré-estação chuvosa, que começa a partir de dezembro, principalmente em que são observadas algumas chuvas no Sul do Ceará. Esse período responde pelas temperaturas mais elevadas, porque, nessa época, os ventos começam a diminuir de intensidade, e essa sensação de calor aumenta”, explica Raul Fritz.

Na reta final do ano, crescem os riscos de doenças respiratórias e desidratação. Crianças e idosos são as maiores afetadas, segundo a médica Natália Parente, e precisam de cuidados específicos. Por outro lado, medidas relativamente simples podem reduzir os sintomas. “Ações como lavar as mucosas das crianças com soro fisiológico e umidificar os ambientes podem diminuir os efeitos do tempo seco”, ensina.

Clima no mundo

Na primeira semana de novembro, mais de 11 mil cientistas de 153 países assinaram um artigo científico mediante o qual declaram: “Clara e inequivocamente, o planeta terra está enfrentando uma emergência climática”. Outubro passado foi o mês mais quente registrado no Planeta. A tendência é de que, no Ceará, as altas temperaturas persistam até a chegada da quadra invernosa que, segundo Raul Fritz, são difíceis de prever em longo prazo.

 Jornal do Cariri