SISTEMA FECOMÉRCIO CEARÁ

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sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Novas tecnologias no agro cearense permitem melhores resultados mesmo durante seca


Área rural do Estado vislumbra desenvolvimento de produtos com maior destaque nos últimos anos
Escrito por Luciano Rodrigues , luciano.rodrigues@svm.com.br

Legenda: Drone no meio rural cearense deixou de ser tecnologia para poucos e se tornou realidade
Foto: Embrapa/Divulgação




Com novas práticas que incluem o uso de drones para mapear produções agrícolas e criações pecuárias, o desenvolvimento de produtos ligados à inovação permitem um maior crescimento do agronegócio no Estado.


O assunto foi tratado nesta quinta-feira (24) por Germano Bluhm, gestor do agronegócio do Sebrae Ceará, em entrevista para o Diário do Nordeste. O tema foi destaque no segundo dia de Siará Tech Summit 2024, maior evento de inovação do Estado e organizado pela instituição.

"O agronegócio vem passando por transformações. Usamos novas tecnologias, vemos o mundo digital chegando, vemos uma boa preparação dos produtores na parte de gestão e de acesso ao mercado de forma mais organizada", aponta.


Essas mudanças englobam ainda adaptações aos momentos de seca, comuns no clima semiárido rural cearense. Conforme Germano Bluhm, o produtor cearense já é "calejado em enfrentar a estiagem" e vem se preparando melhor para os períodos de menos chuvas do que o esperado.




Já vemos produtores que se utilizam de tecnologias se prepararem para ter uma convivência melhor com a seca. O leite, por exemplo, mesmo em seca, cresceu a produção no Ceará. O produtor já começou a entender melhor a atividade, segura a alimentação para a criação animal ter comida mesmo durante os períodos de extremos climáticos.Germano Bluhm
Gestor de agronegócio do Sebrae Ceará


Produtos em destaque devem continuar crescendo

O agronegócio cearense tem sido colocado em evidência em diversas culturas, auxiliando o Estado a se destacar no cenário nacional e até mesmo internacional. Ano após ano, o Ceará vem batendo recordes na produção de leite, mel de abelha e camarão.

"Leite continua em uma crescente, apesar de ser tradicional no nosso Estado. É a única atividade que todos os municípios produzem. O leite tem trabalhado a melhoria genética dos animais. Por outro lado, tem também o camarão, que hoje o Ceará é o maior produtor do Brasil. Está crescendo, se desenvolvendo, e foi interiorizado, não é só mais de litoral. Isso faz com que gere renda no interior", reforça Germano Bluhm.


"A apicultura muitas vezes não é atividade principal, mas muitos produtores de outras atividades também produzem mel. Isso faz com que você tenha um ganho de renda a mais e envolve um volume significativo de produtores no campo", completa.


Legenda: Estado produz cerca de 1 bilhão de litros de leite, conforme Anuário do Leite 2024
Foto: Fabiane de Paula



Nas projeções do gestor de agronegócio do Sebrae Ceará, essas criações, ao lado da fruticultura e da ovinocapricultura (como é chamada a pecuária dedicada a criar ovelhas, carneiros, bodes e cabras) serão as principais do Estado em um futuro rural cearense cada vez mais mecanizado.


Além disso, o agro cearense deve ser encarado em uma cadeia completa, como observa Germano Bluhm. Para ele, observar isoladamente agricultura e pecuária não evidenciam a verdadeira dimensão da produção no campo.

"A gente tem que entender que o agronegócio, pelo conceito, envolve desde quem produz a semente até chegar no consumidor final. Passa por diversas cadeias produtivas e dá um volume bastante significativo, porque envolve processamento, fornecedores de insumos, outros serviços que o campo também precisa, abre-se o leque do PIB e é bem mais representativo", declara.

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