SISTEMA FECOMÉRCIO CEARÁ

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quinta-feira, 2 de maio de 2024

Cidade do interior do CE quer implantar nova forma de ensinar matemática para ampliar nota de alunos


Abordagem foca em tornar a disciplina “mais visual e concreta” para atrair o interesse dos estudantes
Escrito por Theyse Viana
Legenda: Abordagem busca tornar matemática mais "visual" e prática
Foto: André Seiti/Itaú Social




Entender de onde vêm as fórmulas matemáticas para, então, aprender a matéria. Sem “decoreba”. O desafio é tomado como objetivo por um método de ensino que o município de Cruz, no Ceará, pretende implementar para ampliar o desempenho dos estudantes nos números.


Chamada de “Mentalidades Matemáticas”, a abordagem foi elaborada pelo Instituto Sidarta, de São Paulo, e utiliza neurociência, psicologia e educação para desenvolver os potenciais de aprendizado dos alunos.

A cidade de Cruz será a primeira do Ceará e segunda do Nordeste a receber as capacitações e aplicar a nova forma de ensino, cuja ideia é “tornar a matemática mais atrativa”, como pontua Raí Mota, secretário municipal de Educação. O primeiro encontro presencial ocorreu nessa terça-feira (30), e o próximo será em agosto.


“Fizemos um diagnóstico e percebemos que havia necessidade de os estudantes aprenderem matemática melhor. A nossa ideia é que o instituto possa nutrir os professores com saberes e ferramentas para que os alunos gostem de aprender”, cita.



O gestor descreve que, na última avaliação diagnóstica, os estudantes da rede municipal de Cruz obtiveram média 7 em língua portuguesa – e 4,5 em matemática. “É uma discrepância muito grande. Com a metodologia, queremos que os meninos consigam alcançar proficiência de 7,5 a 8 pontos em matemática”, projeta Raí.


A iniciativa deve abranger a formação de 60 professores e técnicos que compõem a rede municipal de Cruz, impactando mais de 4 mil estudantes matriculados na educação básica da cidade, conforme o Instituto Sidarta. Além das formações presenciais, haverá ainda encontros online mensais até novembro.


R$ 60 MIL
foi o valor investido pelo município de Cruz para trazer as capacitações do Instituto Sidarta à cidade.



“Depois da formação, vamos acompanhar os professores na implementação da abordagem, com visitas às salas de aula e encontros para avaliar os resultados, complementa Raí.

O secretário acrescenta que uma das principais diferenças entre o “Mentalidades Matemáticas” e o ensino tradicional “é a possibilidade de o professor trazer uma matemática mais prática, utilizando elementos visuais e concretos dentro das salas de aula”.

O QUE MUDA


Legenda: Uma das 65 atividades lúdicas de matemática disponibilizadas pelo Instituto Sidarta
Foto: Reprodução/Mentalidades Matemáticas



Se de um lado o ensino tradicional aposta nas teorias e fórmulas, do outro o "Mentalidades Matemáticas" busca estimular o potencial de aprendizagem dos estudantes mostrando que a disciplina está “nas coisas práticas do dia a dia”, como explica Ya Jen Chang, mestre em educação pela Universidade de Harvard e presidenta do Instituto Sidarta.


“Hoje, nas salas de aula, existe uma percepção de que tem gente que nasceu com o dom da matemática e os que nasceram sem o dom. Isso é um mito. Não existem pessoas de humanas ou de exatas: todos nós somos os dois”, introduz Ya Jen.

A educadora cita que “bebês com 8 meses de vida já têm noção de probabilidade e estatística”, e questiona: “quantos de nós nos sentimos aptos a falar sobre esses conceitos?”


“O fato é que o conceito de probabilidade, por exemplo, está em coisas simples que fazemos no dia a dia sem perceber. No supermercado, que fila você pega? Em qual vai passar menos tempo? Isso já é pensamento de probabilidade. São padrões do dia a dia que fazem parte da linguagem matemática”, ilustra.



Um dos focos da abordagem de ensino é explorar elementos visuais para “traduzir” a matemática aos alunos, torná-la “palpável”, fazendo com que entendam os conceitos, e não apenas “decorem”.

“Quando a gente traz o processo de fórmula antes de entender o conceito, a gente passa só por um processo de memorização. E isso é raso: soprou, desaparece. Mas quando você entende o conceito, você reconstrói a fórmula a qualquer momento”, frisa Ya Jen.

CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES

Além de esbarrar em sistemas de avaliações tradicionais, outro desafio de aplicar uma nova abordagem de ensino é justamente capacitar os profissionais que vão transmitir isso aos estudantes, como avalia a presidenta do Instituto Sidarta.

“Muitos de nós aprendemos uma matemática fechada. Então, não adianta eu falar de um campo teórico pro professor: ele precisa vivenciar na pele essa matemática diferente, senão as chances de ele absorver são menores”, pontua.

Ya Jen explica que o campo teórico – incluindo neurociência, psicologia e educação – é repassado aos docentes, mas sempre incluindo atividades práticas que os façam refletir sobre a própria atividade laboral.


“Não é uma formação pra passar receitas: a gente estimula o processo de reflexão individual de cada professor, pra reconstruir a relação deles com a matemática”, define.



Questionada sobre que tipo de material didático é utilizado para tornar esse ensino mais palpável na prática, Ya Jen destacou que o site do Mentalidades Matemáticas oferta atividades lúdicas da disciplina que os professores podem aplicar aos alunos, além de materiais de formação e cursos online para os docentes se aprimorarem.

“A experiência do Ceará vai ser uma aprendizagem em conjunto. O Mentalidades Matemáticas é uma abordagem: não queremos doutrinar ninguém, mas aprender juntos. Cruz já é um exemplo de município com excelente Ideb, vamos aprender com eles”, finaliza Ya Jen.

Jogos de hoje na TV: veja onde assistir e horário das partidas desta quinta-feira (2)


Escrito por Redação
Confira os jogos desta quinta-feira, dia 2 de maio de 2024
Legenda: O Bayer Leverkusen entra em campo nesta quinta-feira (2)
Foto: INA FASSBENDER / AFP



Com duelos pelos campeonatos europeus, além de confrontos pela Copa do Brasil e ligar europeias, saiba onde assistir aos jogos desta quinta-feira (2).

JOGOS DE HOJE, QUINTA-FEIRA (2)
COPA DO BRASIL

19h00 | Botafogo x Vitória | SporTV; Premiere FC
19h30 | Águia de Marabá x São Paulo | Prime Video
20h30 | CRB x Ceará | SporTV 2; Premiere 2
21h30 | Goiás x Cuiabá | Prime Video
21h30 | Palmeiras x Botafogo-SP | SporTV; Premiere FC

CAMPEONATO INGLÊS

15h30 | Chelsea x Tottenham | Star+


UEFA EUROPA LEAGUE

16h00 | Olympique de Marseille x Atalanta | ESPN 4; Star+
16h00 | Roma x Bayer Leverkusen | TV Cultura; Star+; SBT

UEFA EUROPA CONFERENCE LEAGUE

16h00 | Aston Villa x Olympiakos Piraeus | ESPN; Star+
16h00 | Fiorentina x Club Brugge KV | ESPN 3; Star+

O que é conjuntivite? Veja sintomas da doença


A inflamação provoca sintomas como coceira, vermelhidão e inchaço nos olhos
Escrito por Redação , 
Legenda: Para tratar a conjuntivite, de forma geral, os pacientes precisam usar colírios específicos e realizar compressas geladas com água mineral para melhorar dos sintomas
Foto: Freepik




A conjuntivite é uma doença oftalmológica que resulta da inflamação ou infecção da conjuntiva, uma membrana róseo-avermelhada que reveste a porção interna das pálpebras e a porção anterior branca do olho, a esclera.


A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, sendo normalmente causada por infecções por bactérias, fungos ou vírus; por alergias a poeira e ácaros, ou por contato dos olhos com produtos químicos, como xampu, por exemplo.

O tratamento varia de acordo com a causa. Por isso a importância de procurar um profissional de saúde especializado desde o início dos sintomas para diagnóstico e procedimento adequados, ressalta a médica oftalmologista Karenina Ribeiro*.


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O QUE É CONJUNTIVITE?

Trata-se de uma inflamação na conjuntiva, uma película transparente que recobre a parte branca do olho (a esclera), explica a médica oftalmologista. Existem vários tipos, como viral, bacteriana, alérgica, química, dentre outras.

COMO DEVE SER TRATADA?

Em geral, os pacientes precisam usar colírios específicos para cada quadro e realizar compressas geladas com água mineral para obter melhora dos sintomas.
O QUE CAUSA?

O tipo mais comum de conjuntivite é a infecciosa, causada comumente por vírus e bactérias. Tais microorganismos podem ser transmitidos através do contato com secreções contaminadas (ex: pessoas com conjuntivite ou com viroses) ou contato com objetos contaminados (ex: maçanetas, torneiras, maquiagens, toalha, lençol, travesseiro e óculos).
COMO SABER SE ESTOU COM CONJUNTIVITE?

Na maioria das vezes, uma pessoa com conjuntivite apresenta um quadro de olho vermelho, ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, coceira e secreção ocular, detalha a oftalmologista. “Lembre-se: nem sempre um olho vermelho significa conjuntivite”, alerta.

QUAIS OS TIPOS DE CONJUNTIVITE?

Existem vários tipos de conjuntivite como viral, bacteriana, alérgica, química, dentre outras. Para diferenciá-las, é necessária a avaliação de um médico oftalmologista.Conjuntivite alérgica: prevalecem os sintomas de coceira, vermelhidão e inchaço dos olhos. Muito comum em pacientes que apresentam outros quadros alérgicos, como rinite e dermatite.
Conjuntivite infecciosa viral ou bacteriana: são contagiosas, logo acompanhadas por secreção amarelada associada a olho vermelho e à sensação de areia.
Conjuntivite química: surge quando substâncias irritantes entram em contato com os olhos ocasionando inflamação aguda (ex: cola da extensão de cílios, produtos de limpeza, álcool). Indica-se lavar abundantemente com água além de procurar urgentemente um médico oftalmologista, destaca Karenina Ribeiro.
QUANTOS DIAS DURA?

A conjuntivite dura, em média, de 3 a 7 dias. Dependendo do quadro, pode se estender e durar de 15 a 30 dias. “Saiba que, enquanto houver sintomas, há grandes chances de transmissão”, orienta a oftalmologista.

QUANDO ELA É CONTAGIOSA?

Muitos pacientes acham que apenas a conjuntivite bacteriana é contagiosa, mas saiba que as conjuntivites virais (que são muito mais comuns) também são facilmente transmissíveis, destaca Karenina Ribeiro.
QUAIS AS CONTRAINDICAÇÕES?Evite se automedicar;
Não coce os olhos;
Prefira água mineral em vez de soro fisiológico para lavar os olhos e fazer compressa gelada;
Não coloque leite materno nos olhos;
Evite banho de mar e de piscina;
Evite ambientes públicos;
Não compartilhe itens pessoais, roupas de cama e banho
QUANDO OCORRE EM BEBÊS E CRIANÇAS?

Existe uma denominação específica para as conjuntivites que acontecem no primeiro mês de vida: conjuntivite neonatal, diz a oftalmologista. Pode ser causada por agentes bacterianos, virais ou químicos.


Os quadros mais graves são aqueles causados por Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, transmitidos pelo canal de parto. “No próprio hospital, antes mesmo da alta, a prevenção de tais infecções é feita através da instilação de um colírio específico nos olhos do bebê. Se mesmo assim houver suspeita de inflamação nos olhos, é recomendado avaliação oftalmológica”, destaca Karenina Ribeiro.

Já as crianças podem ser acometidas pelas mesmas causas de conjuntivite que os adultos, sendo necessário, então:Lavar as mãos com frequência;
Evitar coçar os olhos;
Evitar levar as mãos aos olhos;
Em caso de sintomas, não compartilhar roupas de banho e de cama;
Evitar ambientes públicos, piscina e praia enquanto apresentar sintomas

* Karenina Ribeiro é médica oftalmologista, membro titular da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa, formada pelo Centro Universitário UniChristus e pelo Hospital de Olhos Leiria de Andrade, em Fortaleza. Atua como oftalmologista com foco em cirurgia refrativa e glaucoma no Hospital Leiria de Andrade e no Instituto da Visão do Ceará, ambos no bairro Aldeota, e em consultório no Centro de Fortaleza. (Instagram: @drakareninaribeiro).

WhatsApp deixa de funcionar em 35 modelos de celular; veja lista


Escrito por Redação
A lista inclui diversos aparelhos com o sistema operacional Android
Legenda: O WhatsApp foi criado em novembro de 2009. Mensalmente, o app passa por atualizações
Foto: Shutterstock



Usuários de diferentes modelos de celulares devem ficar atentos a uma grande atualização do aplicativo de mensagens WhatsApp. Nesta quarta-feira (1º), diversos smartphones deixaram de suportar a plataforma.


A lista inclui marcas com o sistema operacional Android, como Motorola, Lenovo, Huawei, Xiaomi, LG, Sony e Samsung, além de alguns iPhones. As informações são do jornal O Globo.




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Quando o app deixa de ser compatível com uma versão de um sistema operacional, os usuários perdem benefícios como atualizações, correções do sistema e suporte técnico em geral, o que compromete o funcionamento do app no aparelho.


No total, 35 modelos deixaram de receber atualização do aplicativo.

Veja modelos:

Celulares da Motorola em que o WhatsApp parou de funcionar
Moto X 2013;
Moto G.

Celulares da Samsung em que o WhatsApp parou de funcionar
Galaxy Grand;
Galaxy S3 mini VE;
Galaxy S4 mini I9190;
Galaxy Express 2;
Galaxy S4 Zoom;
Galaxy S4 Active;
Galaxy S4 mini I9192 Duos;
Galaxy S 19500;
Galaxy S4 mini I9195 LTE;
Galaxy Ace Plus;
Galaxy Core;
Galaxy Note 3 Neo LTE+;
Galaxy Note 3 N9005 LTE.

Celulares da Apple em que o WhatsApp parou de funcionar:
iPhone SE;
iPhone 6S;
iPhone 6S Plus;
iPhone 5;
iPhone 6

Celulares da Lenovo em que o WhatsApp parou de funcionar:
Lenovo A858T;
Lenovo S890;
Lenovo 46600;
Lenovo P70.

Celulares da LG em que o WhatsApp parou de funcionar:
Optimus 4X HD P880;
Optimus G Pro;
Optimus L7;
Optimus G.

Celulares da Sony em que o WhatsApp parou de funcionar:
Xperia Z1;
Xperia E3.

Celulares da Huawei em que o WhatsApp parou de funcionar:
Ascend G525;
Ascend P6 S;
Huawei C199;
Huawei GX1s;
Huawei Y625.

Ceará está livre da aftosa sem vacinação, diz Ministério da Agricultura


Escrito por Victor Ximenes
Notícia é positiva para a pecuária cearense, pois facilita as negociações e transferências de rebanho
Legenda: De acordo com a Adagri, o Ceará tem cerca de 2,6 milhões de bovinos e 1,4 mil de bubalinos
Foto: Hélio Filho

O Ministério da Agricultura e Pecuária publicou, no dia 30 de abril, portaria (nº 678) no Diário Oficial da União incluindo o Ceará na lista de estados livre da febre aftosa sem vacinação.


Trata-se de uma atualização da portaria 665, que havia sido divulgada em 21 de março e não trazia o Estado nesse rol.

Lista

A lista completa tem as seguintes unidades da Federação: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.



Segundo o Ministério, nesses estados é proibido o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a aftosa.

A notícia é positiva para a pecuária cearense, pois estar na lista facilita a negociação e transferência dos rebanhos do Ceará para os demais estados.

Com recorde histórico, 27º CicloSesc reúne 20 mil participantes em Iguatu e mais 10 municípios cearenses






Dia de descanso, manhã de sol e de seguir o pelotão do 27º CicloSesc, maior passeio ciclístico do Estado, que tomou as ruas de onze cidades do Ceará neste feriado do Dia do Trabalhador, 1º de maio. Fortaleza, Crato, Juazeiro do Norte, Iguatu, Sobral, São Gonçalo do Amarante, Tabuleiro do Norte, Aracati, Crateús, Ibiapina e Quixeramobim, cumpriram a primeira etapa do evento, que este ano mobilizou cerca de 20 mil participantes nesses municípios, um recorde histórico.

O evento, que foi idealizado pelo Sesc Ceará, braço social do Sistema Fecomércio, há 26 anos e em seguida multiplicado para vários estados, além de proporcionar aos trabalhadores e suas famílias uma rica vivência pelas ruas de suas cidades, trouxe novamente consigo uma importante mensagem.

Após a primeira etapa, realizada neste feriado, o evento chegará a todos os 184 municípios do Ceará, em um segundo momento, contemplando as 173 cidades restantes e ocorrendo nos dias 26/05 e 02/06.

Em Iguatu, milhares de ciclistas participantes chegaram bem cedo ao local de concentração, o Sesc Iguatu, na Rua 13 de maio Levando suas “bikes”, “magrelas” e afins, todos receberam camisetas. Depois de um breve aquecimento, a multidão partiu pelas ruas da cidade.


Lazer e solidariedade

A 27ª edição do CicloSesc não apenas ofereceu um momento de lazer para os trabalhadores e suas famílias, como também promoveu a solidariedade. Cada participante se inscreveu doando 2kg de alimentos. Todas as doações serão destinadas ao Mesa Brasil Sesc, maior banco de alimentos do país.


FONTE/CRÉDITOS: Diário do Nordeste

Opinião |Pacheco e os quinquênios para juízes e promotores


O altíssimo salário inicial de juízes e promotores também está entre os supersalários que o presidente do Senado critica

Por Roberto Macedo


Recorro a vários trechos de artigo meu com o mesmo título aqui publicado em 21/4/2022 e adiciono outras considerações. O assunto não foi resolvido e voltou à tona recentemente com a insistência do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, de levar a ideia à aprovação.

O artigo anterior se referiu à matéria publicada pela Folha de S.Paulo em 25/3/2022, intitulada Pacheco defende penduricalho para juízes e promotores, mas critica supersalários. A matéria tem razão ao chamar de penduricalho a ideia de recriar os quinquênios a que tinham direito os membros da magistratura e do Ministério Público. Significaria um adicional salarial de 5% a cada cinco anos, mais um privilégio descabido, por razões que apresentarei mais adiante.

Integra proposta de emenda à Constituição, conhecida como PEC do Quinquênio, apresentada em 2013, e que, segundo a mesma matéria da Folha, “passou os últimos dez anos praticamente esquecida no Senado”. Se isso ocorreu, já é um bom sinal de sua inconveniência, na avaliação de senadores.

Pacheco criticou a falta de progressão nas remunerações de juízes e promotores ao longo da carreira. Textualmente: “Temos que entender que também não é lógico, é uma distorção, um profissional, promotor de justiça, no início de carreira receber a mesma remuneração de alguém em final de carreira”.

Nisso ele tem razão, mas seu diagnóstico é incompleto e incorreto e a solução para o problema não está em recriar os quinquênios, pois trata-se de um bônus automático que não estimula a busca do aprimoramento profissional e até incentiva a não opção pela aposentadoria para ampliar a coleção individual de quinquênios.

Mas cabe perguntar: que salários são esses iguais no início e no fim da carreira? Em 2022, num site para candidatos a concursos, soube da existência de um, para juízes federais da Terceira Região, com salário inicial mensal de R$ 32.004,65 (!). E ouvi numa conversa que num cursinho para concursos os estudantes que buscavam o de juiz discutiam entre si o carro que comprariam se passassem, um Audi, um BMW ou outro na mesma linha. Não sei se isso de fato ocorreu, mas faz sentido.

Insisto: é nesse altíssimo salário inicial que está a distorção. Se fosse a metade, já estaria ótimo. Com o que conheço do mercado de trabalho, não sei de outra carreira que tenha um salário inicial tão elevado. Se começasse com a metade desse valor para os novos ingressantes, poderiam ser criadas funções ao longo da carreira para quem demonstrasse qualificações para a ascensão funcional.

Em 2022, perguntei a alunos do curso de Economia da Universidade de São Paulo (USP), já próximos da formatura, o salário que poderiam ter para início de carreira. A resposta foi que algo em torno de R$ 10 mil mensais seria considerado adequado.

Vou dar, também, o exemplo da carreira de professor na USP. O cargo inicial é de professor assistente, para o qual já se exige o título de doutor. Depois de alguns anos, é preciso mostrar serviço, como publicações e carga docente, para obter o título de livre-docente, que credencia seus diplomados ao concurso de professor adjunto. Finalmente, há o de professor titular, com número limitado de cargos, e só uns poucos chegam a eles.

Dei uma olhada no edital do concurso de juízes e vi que é aberto a bacharéis em Direito formados há mais de três anos e que comprovem exercício profissional na área num período de mesma duração. Quanta experiência...

Entre os degraus da carreira proposta, poderia haver uma combinação via mestrado e doutorado com a experiência profissional ao longo dela, como o número e alcance de decisões processuais e o exercício de cargos administrativos. Mais alternativas poderiam ser discutidas.

O altíssimo salário inicial também pode ser enquadrado na discussão dos supersalários no setor público. Disse Rodrigo Pacheco: “Ninguém defende o supersalário, por isso que existe um projeto no Senado, para poder disciplinar o que é subsídio e o que é verba indenizatória”. Mas há que discutir valores, e o salário inicial citado é, também, um supersalário e Pacheco não o critica. E as carreiras da magistratura que a PEC contempla são beneficiadas por férias de 60 dias, o que aumenta o salário médio por mês de trabalho efetivo.

Ainda sobre a verba indenizatória, soube que os quinquênios estão sendo solicitados como indenizações para escapar ao teto de remuneração e evitar a incidência do Imposto de Renda. É a primeira vez que ouço dizer que quinquênio não é salário, mas indenização. Do quê?

Também pode haver conflito de interesses quando congressistas votassem nessa PEC. Vários têm processos na Justiça e outros correm risco de tê-los em função de seus pronunciamentos e ações na política. Votando a favor procurariam se credenciar perante os juízes. E a aprovação da PEC também poderá prejudicar a imagem política de Pacheco entre eleitores.

*

ECONOMISTA (UFMG, USP E HARVARD), É CONSULTOR ECONÔMICO E DE ENSINO SUPERIOR

Opinião |Ministros do STF se comportam mal e se escondem por trás da imagem da Corte para não aceitar crítica


Episódio da viagem de três ministros a Londres é exemplo de confusão entre cobrança e supostos ataques à Corte



Por J.R. Guzzo



O Supremo Tribunal Federal (STF) sustenta, há anos, que é vítima de perseguição da direita brasileira e, nesses últimos tempos, da direita mundial. Construíram e colocaram em circulação a doutrina segundo a qual o STF é maior produtor líquido de democracia no Brasil. Simetricamente, todos os que fazem críticas à sua conduta são conspiradores dedicados a impor uma ditadura no país, liquidar as instituições e deter o chamado “processo civilizatório”. Podem até não ser conscientes do que fazem, mas são todos “golpistas”, “fascistas”, “bolsonaristas” – enfim, inimigos da democracia que se disfarçam por trás de sua hostilidade ao Supremo para destruir o estado democrático de direito no Brasil.

STF questiona críticas, mas não cogita que suas ações podem ser o problema Foto: Antonio Augusto/STF


Não ocorre ao STF, nunca, que pelo menos uma parte da indignação causada pelo mais alto tribunal de justiça do Brasil junto à opinião pública não se deve às suas decisões - mas sim aos atos objetivos que os ministros praticam. Classificam absolutamente tudo, seja lá qual for a crítica, como “ataques ao Supremo”. É falso. O que acontece é que os ministros se comportam mal, e se escondem por trás da imagem do STF como “defensor perpétuo” da democracia para não ter de responder pelo que fazem. É o que está acontecendo, mais uma vez. Três ministros, ao mesmo tempo, fazem uma viagem a Londres e não explicam quem pagou suas despesas. O que isso tem a ver com democracia? Nada, mas eles se acham vítimas de mais um “ataque”.

Por este critério, o STF promove a si próprio à condição de infalível, e seus ministros a um estágio superior ao de todos os demais seres humanos vivos no momento no planeta Terra – nem um nem outro podem ser julgados, jamais, pelo seu comportamento. No caso de Londres, a deformação fica especialmente agressiva. É impossível entender, em primeiro lugar, porque três ministros, fora de seu período de férias, precisam ir a Londres para fazer uma palestra para brasileiros e sobre questões do Brasil. Fica ainda mais incompreensível que tenham sido acompanhados por um cardume inteiro de peixes graúdos do alto judiciário: cinco ministros do STJ, um do TSE, o procurador-geral, o advogado-geral. Levaram até o diretor da Polícia Federal. Para que isso tudo?

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Mas o pior é quando se vai ver quem pagou as contas – e essas contas incluem hotel com diárias de R$ 6.000 para os ministros. A tentativa de esconder foi inútil. A imprensa ficou sabendo a identidade de pelo menos dois dos financiadores: o Banco Meta e a antiga companhia de cigarros Souza Cruz, hoje de volta ao nome da matriz, a British-American Tobacco. As duas empresas têm uma penca de causas em julgamento no STF e no STJ – só o Banco Master, e só no STJ, tem 27 processos pendentes. Existe alguma possibilidade de acontecer uma coisa dessas em qualquer supremo tribunal do mundo civilizado? Não, não existe nenhuma. Fica então a pergunta final: porque dar essas informações e falar deste assunto seria colaborar com o “golpe de Estado da direita”, que, segundo os ministros, estaria em andamento?

Procad/Suas: municípios receberão valor mínimo de R$ 12 mil para manutenção de programas de assistência social





Municípios vão receber mais recursos para administrar programas de assistência social Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Além disso, os municípios elegíveis podem receber um adicional para realizar visitas domiciliares, com valores variando de acordo com o local

Mais recursos para a receita das cidades brasileiras. Foi estabelecido um piso mínimo de R$ 12 mil para a gestão do Programa de Fortalecimento do Cadastro Único da Assistência Social (Procad-Suas) aos municípios em 2024. Os valores e critérios para a transferência dos recursos foram ajustados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), por meio da Resolução 13/2024.

Cesar Lima, especialista em orçamento, explica que o Procad-Suas é o sistema que mantém, atualiza e fiscaliza o Cadastro Único, do governo federal.

“O sistema dá acesso aos benefícios que o governo paga tanto na área de assistente social e agora na entre eles o bolsa família, que é o maior benefício pago hoje pelo governo no âmbito das assistência social. E agora ficou definido que cada município vai receber um mínimo de 12 mil reais para manutenção desse sistema”, ressalta.

Para Lima, o sistema evita fraudes nos benefícios do governo federal.

O especialista informa que, além desse valor, os municípios elegíveis podem receber um adicional para a realização de visitas nas residências das pessoas, a fim de verificar as informações prestadas.
Veja os valores de acordo com os locais:

R$ 86 - para entrevista em domicílio localizado em áreas urbanas;
R$ 154 - para entrevista em domicílio localizado em áreas rurais; e
R$ 195 - para entrevista em domicílio realizada em territórios rurais da Amazônia Legal (exceto metrópoles).

De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), este ano o programa dará prioridade aos municípios que utilizaram os recursos transferidos em 2023 — e que possuem um saldo em conta igual ou inferior a 20% do valor utilizado.

A CNM informa que para aqueles municípios que conseguiram reduzir em 15% o número de famílias unipessoais no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal — com renda familiar per capita de até metade do salário-mínimo — entre março e dezembro de 2023, a referência será o saldo em conta em dezembro de 2023.

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FPM: saiba o que são municípios de interior e o critério de distribuição para essas cidades
#Economia#Municípios#Brasil Gestor

Recurso extra do Fundeb: R$ 579,7 milhões distribuídos a estados e municípios





Foto: Reprodução MEC

Valores são usados para apoiar a educação básica e garantir que os recursos sejam distribuídos de maneira justa, de acordo com as necessidades de cada local

O ajuste anual do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) foi creditado em parcela única esta semana nas contas dos municípios e estados participantes — foram R$ 579,7 milhões a mais, distribuídos de acordo com a arrecadação local.

Segundo a portaria divulgada pelo Ministério da Educação, onde estão descritos os valores do Fundeb — o aumento com relação a 2023 foi de 1,5%. A receita realizada do Fundo chegou a R$ 271,9 bilhões este ano. Essa portaria regula a distribuição do dinheiro aos estados e municípios. Segundo o especialista em orçamento Dalmo Palmeira, são valores usados para apoiar a educação básica e garantir que os recursos sejam distribuídos de maneira justa e de acordo com as necessidades de cada local.

“A grande vantagem do Fundeb é garantir que uma criança que está estudando lá no Acre, por exemplo, que já lida com uma série de dificuldades específicas da região, pelo menos na escola, tenha acesso a uma série de recursos didáticos que não teria se não fosse por esse tipo de equalização.”

Para Palmeira, esse equilíbrio de recursos minimiza as diferenças socioeconômicas e garante mais oportunidades para a vida na idade adulta.

Estados e municípios, para terem direito à complementação do Fundeb — que é o VAAT complementação — têm que inserir no sistema de contabilidade, de informações contábeis e fiscais (Sinconfi) os seus dados de arrecadação. De acordo com a Constituição Federal a União, estados e municípios têm valores mínimos para o seu investimento em educação, de acordo com a sua arrecadação, com seus recursos.

Fundeb: Quase ¼ dos municípios ainda precisam se habilitar para receber a complementação do VAAT


Por conta da diferença entre os valores da receita estimada do Fundo e da receita consolidada no ano anterior, o ajuste é feito nas três modalidades de complementação da União ao Fundeb. São elas:

1. Vaaf (Valor Anual por Aluno Fundeb): valor destinado por aluno, proveniente exclusivamente do Fundeb, para manter um nível básico de qualidade educacional.

Desde o Fundeb anterior, corresponde a 10% do valor da contribuição dos estados, Distrito Federal e Municípios ao Fundo


2. Vaat (Valor Anual Total por Aluno): inclui o total de recursos por aluno, combinando todas as fontes de financiamento da educação básica.

Em 2023, correspondeu a 6,25% da contribuição de estados, DF e municípios ao Fundeb. O VAAT-MIN aumentou de R$ 8.196,52 para R$ 8.214,34.


3. Vaar (Valor Anual por Aluno por Resultado): incentiva melhorias na qualidade da educação ao premiar escolas com bons resultados educacionais.

Distribuída pela primeira vez em 2023, a complementação-VAAR correspondeu a 0,75% do total que os entes federados contribuem para o Fundeb.
Ajustes variam com a arrecadação dos estados

Como está previsto na Lei nº 14.113/2020 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l14113.htm o ajuste anual é uma verificação feita pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) entre a receita estimada e a receita efetivamente arrecadada no ano anterior, por isso alguns estados, que arrecadaram mais, terão ajuste negativo, como explica a secretária de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) Guelda Andrade.

Em relação a essa oscilação — que a gente faz uma estimativa do valor para aquele ano — e aí esse valor pode fechar para mais ou para menos. Isso tem relação com o sistema tributário de cada município de cada estado. Tem município tem um sistema tributário mais eficiente outros não, então tudo isso impacta nessa referência.”
Confira o ajuste do seu estado:




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Reforma Tributária: veja os 15 itens da cesta básica que o governo escolheu para ter impostos zerados no novo sistema





Governo restringiu o número de produtos da cesta básica, para isenção Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Para especialistas, lista que traz arroz, feijão e outros itens de primeira necessidade é enxuta. Outro projeto de lei — este proposto por parlamentares — inclui número maior de alimentos

Quinze. Esse é o número de itens que o governo listou para compor a Cesta Básica Nacional de Alimentos, em projeto de lei complementar da reforma tributária enviado ao Congresso Nacional. A cesta será isenta da CBS e do IBS — tributos que entram no lugar de PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS.

Fazem parte da lista o arroz, o feijão, o leite e o pão, por exemplo, alimentos frequentes na mesa dos brasileiros. No entanto, ficaram de fora as carnes, o sal e os queijos, que em vez da tributação zerada vão ter uma redução de 60% nas alíquotas da CBS e do IBS, de acordo com a proposta.

Para especialistas ouvidos pelo Brasil 61, o governo foi econômico na hora de montar a lista dos alimentos que terão os impostos zerados. Segundo Alan Medina, advogado especialista em direito tributário, sócio do escritório Böing Gleich Advogados, a escolha por uma lista enxuta reflete a busca por um sistema tributário que tenha alcance maior do que o atual.

"Um dos objetivos centrais da reforma tributária é a expansão da base tributária, ou seja, que mais itens da vida civil, mais atos da vida comercial, sejam atingidos por uma tributação. Então, a inclusão de menos itens no projeto de lei da cesta básica reflete essa tendência", avalia.

Paulo Henrique Pêgas, professor do Ibmec e membro do Comitê de Reforma Tributária do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), avalia que o Ministério da Economia acertou ao limitar a extensão da cesta básica zerada de impostos.

"O instrumento do cash back, a devolução para famílias de baixa renda, vai funcionar melhor do que uma extensão dessa alíquota zero. Você vai devolver metade do imposto na conta de energia, metade do imposto na conta de água, de Telecom, o imposto todo pago no botijão de gás e, no mínimo, 20% dos impostos incluídos nos demais bens e serviços, no caso de famílias com renda per capita mensal até R$ 706, que é meio salário mínimo. Por exemplo, uma família de quatro pessoas, com renda de R$ 2.600, terá devolução do imposto, que me parece ser uma política fiscal bem mais interessante do que simplesmente estender a alíquota zero", analisa.

Reforma tributária: projeto de lei complementar é positivo, mas regras para cesta básica e direito ao crédito podem melhorar
Contraste

A Cesta Básica Nacional de Alimentos enviada pelo governo contrasta com uma proposta feita por um grupo de 30 deputados — que previa carnes, mel, chá, biscoito, molhos preparados, sal e outros itens, além daqueles que estão na lista feita pelo Executivo.

Para Bianca Xavier, professora da FGV Direito Rio, a lista de 15 itens é "extremamente reduzida". "Isso vai impactar no almoço e jantar de todo o brasileiro. É uma medida que vai causar inflação e problemas de aceitação desse novo modelo", acredita.

Os especialistas avaliam que a escolha do governo por uma lista mais enxuta pode fazer parte de uma estratégia para deixar uma margem de negociação junto aos parlamentares que, provavelmente, pedirão a inclusão de mais alimentos na cesta.

"Quando você inclui menos itens de início, você abre menos espaço para adições. Então, de fato, a estratégia do governo é que o texto aprovado ao final pelo Congresso tenha menos itens. Dessa maneira, o projeto atende perfeitamente a esse objetivo", entende Medina.

Bianca Xavier diz que o ideal é que se encontre um meio-termo. "O governo foi muito econômico. A proposta que a Frente Parlamentar da Agropecuária fez é o contrário. É muito [item] de um lado e pouco do outro. Eu acho que, talvez, o sistema perfeito seja a união desses dois", sugere.
Confira os 15 itens da cesta básica livres de impostos, de acordo com o texto enviado pelo governoArroz
Leite
Manteiga
Margarina
Feijão
Raízes e tubérculos
Coco
Café
Óleo de soja
Farinha de mandioca
Farinha de milho
Farinha de trigo
Açúcar
Massas alimentícias
Pão
#Alimento#Economia#Impostos#Reforma Tributária

Ceará é o estado do Nordeste com maior proporção de diagnósticos tardios de câncer de mama


A cobertura da mamografia de rastreio para a população-alvo no Ceará é de 12,5%, enquanto a taxa recomendada pela OMS é de 70%
Escrito por Gabriela Custódio , gabriela.custodio@svm.com.br
Legenda: Com exceção dos tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres de todas as regiões do Brasil
Foto: Photoroyalty / Shutterstock




Aos 57 anos, em meio a exames de rotina, a doméstica Filoiza Monteiro, recebeu um alerta. Uma pequena alteração na mama direita chamou atenção do médico e em poucas semanas ela teve o diagnóstico de câncer de mama confirmado. No caso dela, a doença estava em estágio inicial, quando as chances de cura são maiores, mas nem todas as pacientes oncológicas no Ceará e no Brasil tiveram uma resposta precocemente.


Na realidade, mais da metade das mulheres que descobriram câncer de mama no Ceará entre 2015 e 2021 tiveram diagnóstico tardio, em estágios mais avançados. Isso ocorreu em 55% dos casos, deixando o Estado em 1º lugar no Nordeste em relação à proporção de diagnósticos tardios da doença. No País, o Ceará está atrás apenas do Acre, do Pará e de Roraima, cada um com 56%.

A informação é do estudo “Panorama da atenção ao câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS)”, fruto de parceria entre Instituto Avon e o Observatório de Oncologia. Para exame do estadiamento ao diagnóstico, foram utilizados os dados do Registro Hospitalar de Câncer, do Instituto Nacional de Câncer (INCA).



Há cinco graus de estadiamento do câncer mama, do mais leve (0) ao mais avançado (4), classificados conforme o tamanho do tumor, o acometimento ou não dos linfonodos e a presença de metástase à distância. Em estágio inicial, o tumor tem até 2 cm, sem acometimento de linfonodo, explica a oncologista clínica Geórgia Fiúza. No estágio 3, a doença já atingiu linfonodos; no 4, o câncer já chegou a outros órgãos ou tecidos.

“Quanto maior o tamanho do tumor e maior o número de linfonodos acometidos, maior a necessidade de tratamentos mais invasivos e menor a taxa de cura. No diagnóstico precoce, principalmente no estágio 1, cerca de 95 a 98% das pacientes estarão curadas com tratamento às vezes menos invasivo, com cirurgias mais conservadoras, de menor porte, e às vezes até sem indicação de tratamento de quimioterapia complementar”, afirma a médica.
PREVALÊNCIA E RASTREIO DO CÂNCER DE MAMA

Segundo o INCA, com exceção dos tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres de todas as regiões do Brasil. Para cada ano do triênio de 2023 a 2025, a estimativa é de 73,6 mil novos casos no País, representando uma taxa ajustada de 41,9 casos a cada 100 mil mulheres.

Segundo as Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a realização de mamografia para o rastreamento da doença a cada dois anos em mulheres de 50 a 69 anos.

A Pasta aponta que, para essa faixa etária, os possíveis benefícios são, provavelmente, semelhantes ou superiores aos possíveis danos da estratégia. A indicação para mulheres consideradas de alto risco para a doença e com menos de 50 anos é ter avaliação individualizada.

Já a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mamografia de rastreamento seja feita anualmente a partir dos 40 anos para mulheres de risco habitual para a doença e a partir dos 30 anos em caso de alto risco.
POSSÍVEIS MOTIVOS PARA O DIAGNÓSTICO TARDIO

Para a oncologista clínica Geórgia Fiúza, esse cenário está relacionado à dificuldade de acesso a profissionais que vão avaliar a necessidade de exame, além da falta de conscientização das pacientes.

“Temos uma proporção grande de pacientes, até mesmo com menos de 40 anos, com diagnóstico de câncer de mama. Como elas não estão incluídas no programa de rastreio, acabam tendo diagnóstico mais tardio. Não é um problema só do Ceará, isso envolve a maioria dos estados do País”, afirma.

A cobertura da mamografia para a população-alvo, porém, está muito abaixo da taxa de 70% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No biênio 2021–2022, segundo o levantamento do Observatório de Oncologia, a cobertura no Brasil foi de 20,5%, enquanto no Nordeste foi 19,9% e no Ceará, 12,5%.

“O Ceará tem 54% de casos com diagnóstico tardio. Mais da metade das mulheres são diagnosticadas tardiamente. Isso está bem acima da média do Brasil, de 38% dos casos, e do Nordeste, de 43%. Isso realmente é muito preocupante e vem, muito provavelmente, da baixa a cobertura”, afirma Nina Melo, coordenadora do Observatório de Oncologia.

Como entraves para o acesso à mamografia, a coordenadora das Redes de Atenção à Saúde da Sesa, Rianna Nobre, elenca pontos como a falta de conhecimento sobre a importância do exame, o medo da mulher em relação a dor e a dificuldade de transporte. Além disso, ela ponta que a solicitação de mamografia de rastreio é responsabilidade dos municípios, por meio da Atenção Primária.


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Em 2023, segundo a coordenadora, a cobertura da mamografia no Ceará foi de 17,59%. Rianna também destaca a importância de os equipamentos que realizam o exame — como o “caminhão da mamografia” — fazerem o registro no sistema do Ministério da Saúde corretamente. “Uma barreira também é a falha no registro. Tanto que temos trabalhado muito com treinamentos para as superintendências e para os municípios”, afirma.

A médica Geórgia Fiúza ainda aponta a concentração tanto de aparelhos de mamografia quanto de médicos e tratamentos oncológicos na Capital, dificultando o acesso ao diagnóstico. Em 2022, segundo o Panorama do Câncer de Mama, 38% das pacientes do Ceará precisaram se deslocar do município onde residem para realizar o exame. “Falta tanto uma organização maior do sistema quanto uma melhor educação das nossas pacientes na procura pelo rastreio”, defende.

Filoiza Monteiro, que está perto de completar 59 anos, realizou percursos de 347 km ao longo do tratamento. Regularmente, ela saía de Tauá, no Sertão de Inhamuns, para comparecer a consultas, cirurgia e sessões de quimioterapia na Capital, em deslocamentos de sete horas de duração.


“Na época que fiz a quimioterapia, eu saia daqui às 22h do domingo, chegava no Crio (Centro Regional Integrado de Oncologia) às 5 da manhã e tomava a quimioterapia (durante) 3h30. E você fica o resto do dia lá. Só sai de Fortaleza, às 18h, 19h”, relata. Para fazer a radioterapia, a estadia foi prolongada: foram 34 dias na casa de apoio da Associação Nossa Casa.



Segundo a gestora da Nossa Casa, Daniele Castelo Branco, os relatos sobre demora para fazer exames e fechar o diagnóstico, levando à descoberta da doença em estágios avançados, é comum entre as mulheres acolhidas pela Associação. “É muito triste ver o tamanho da dificuldade das mulheres em realizar um exame tão simples como a mamografia”, lamenta.

Ela também destaca que as pacientes “se perdem” no fluxo entre mamografias, ultrassons, biópsias e outros exames. Para Daniele, o ideal seria encaminhar uma paciente com resultado alterado para uma instituição onde todos os exames pudessem ser realizados.

“A paciente fica com uma mamografia alterada, não consegue marcar ultrassom, não consegue marcar biópsia e vai se perdendo no meio de tantas outras demandas que essa mulher tem no dia a dia. As próprias policlínicas deveriam garantir essa linha de cuidados completa da mulher no Interior. (…) Isso é o que deveria acontecer, mas não acontece”, afirma.

Rianna Nobre afirma que, após atendimento na Atenção Primária, pacientes elegíveis para o rastreamento que estão com mamografia atrasada são reguladas pela Secretaria da Saúde do Ceará para as policlínicas. Lá, ela faz o exame e tem acesso ao resultado, que é enviado para o município. Em caso de alteração, é solicitada um ultrassom de complementação.

“Ela é agendada internamente para a policlínica para acompanhamento até a biópsia, para ter o diagnóstico. A partir daí, se der tudo bem, ela retorna para o município de origem. Se der alguma alteração, ela fica em acompanhamento interno na policlínica até ter acesso ao diagnóstico e de fato ser encaminhada para tratamento por meio de um Unacon (Unidades de Alta Complexidade em Oncologia) ou Cacon (Centros de Alta Complexidade em Oncologia) no estado do Ceará”, complementa.

Outro aspecto criticado pela gestora da Associação é a condição dos mamógrafos. De acordo com ela, parte dos aparelhos não está em funcionamento. Na rede Sesa, Rianna Nobre afirma que os 26 equipamentos estão “em pelo funcionamento”.



Essa realidade de diagnósticos tardios de mulheres com câncer de mama só vai mudar se a gente melhorar esse acesso na ponta, se a gente realmente tirar o que está tão bonito no papel. A gente sabe o que precisa ser feito, sabe a população que precisa ser rastreada, os gestores falam que temos os mamógrafos suficientes para atender a população que precisa ser rastreada. Mas na vida real nada disso acontece.Daniele Castelo Branco
Gestora da Associação Nossa Casa



Além disso, Daniele aponta que é comum que pacientes que fazem o tratamento no SUS paguem pelas mamografia e outros exames, como foi feito por Filoiza. Esses e outros gastos dificultam ainda mais o processo. “Para a quimioterapia, você tem que ir com acompanhante. Daqui (de Tauá) para Fortaleza, para ir com acompanhante, você gasta R$ 500. É muito dinheiro”, lembra a doméstica.
DEMORA PARA COMEÇAR O TRATAMENTO

Além da cobertura do rastreio e do estadiamento da doença no momento do diagnóstico, o “Panorama da atenção ao câncer de mama no Sistema Único de Saúde” também traz informações sobre o tempo que as pacientes levam para iniciar o tratamento após a confirmação da doença.

No Brasil, a lei n.º 13.896, de 30 de outubro de 2019, determina que pacientes com suspeita de câncer têm o direito à realização de exames no prazo máximo de 30 dias. Já a lei n.º 12.732, de 22 de novembro de 2012, prevê o direito do paciente de receber o primeiro tratamento pelo SUS em até 60 dias — ou menos, conforme a necessidade terapêutica —, contados a partir do dia do diagnóstico em laudo.

Nina Melo, coordenadora do Observatório de Oncologia, destaca que as pacientes com câncer de mama demoram quase três vezes mais para começar o tratamento. Esse intervalo é de 179 dias no cenário nacional, de 158 dias no Nordeste e de 149 dias no Ceará.

“Se a gente for parar para pensar que essa mulher já foi diagnosticada no estadiamento muito avançado e ainda demora três vezes mais para iniciar o tratamento do que seria o recomendável, essa mulher, infelizmente, terá suas chances muito diminuídas. E não é isso que a gente quer”, afirma.

Ainda em relação às ações da Sesa para promover o diagnóstico da doença, Rianna Nobre destaca a regionalização da oncologia no Estado, a realização de busca ativa e o trabalho feito com as policlínicas regionais para criar um plano de ação junto aos municípios vinculados a elas. O objetivo é promover o acesso à mamografia não apenas durante o Outubro Rosa, mas ao longo de todo o ano.

Em nota enviada ao Diário do Nordeste, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza afirmou que atua de forma descentralizada para ampliar o diagnóstico precoce do câncer de mama. “Os postos de saúde do Município ofertam ações rotineiras de educação em saúde, exame clínico de mama, citopatológico e solicitação de mamografia”, aponta.

A Pasta também destaca o serviço de Opinião do Especialista. Com a iniciativa, o médico do posto de saúde pode enviar suas dúvidas sobre o quadro clínico do paciente para um médico especialista durante a consulta, com tempo de resposta de até 72h. Entre as especialidades está a mastologia, para auxiliar na detecção precoce de diversas doenças mamárias.

“Já para a realização da mamografia de rastreamento, a SMS conta com 13 estabelecimentos a disposição da população, entre a rede própria e contratualizada, onde é indicado pelo Ministério da Saúde que mulheres de idades entre 50 e 69 anos realizem a mamografia a cada dois anos. Em 2023, foram realizadas 38.419 mamografias”, finaliza a nota.

Como funciona a vacina ‘personalizada’ contra melanoma, que promete revolucionar tratamento de forma mais letal de câncer de pele



Pesquisadores estão trabalhando nos últimos testes de uma vacina contra o melanoma projetada "sob medida" para ajudar cada paciente.

Por BBC



Steve Young participou dos últimos testes de vacinas em Londres — Foto: PA MEDIA via BBC



É um ensaio importante e pioneiro que pode representar um avanço significativo na luta contra o câncer.


Pesquisadores em Londres estão testando a primeira vacina "personalizada" de RNA mensageiro (mRNA) projetada para combater o melanoma, a forma mais letal de câncer de pele.


A vacina, chamada tecnicamente de mRNA-4157 (V940), utiliza a mesma tecnologia das vacinas contra a covid-19 mais recentes e está sendo testada em ensaios de fase III, última fase de testes antes da avaliação final para aprovação e liberação do uso em larga escala.


Participam também do programa de testes os Estados Unidos e a Austrália, porém, o Reino Unido foi o primeiro dos três países a iniciarem a fase III, após apreciação positiva dos resultados nas duas fases anteriores.



Um dos primeiros pacientes a testar esta vacina na fase III é Steve Young, de 52 anos, que teve um melanoma removido do couro cabeludo em agosto do ano passado.


O objetivo é ajudar o sistema imunológico dele a reconhecer e eliminar qualquer célula cancerígena que possa ter permanecido em seu corpo. Se tudo correr bem, isso impedirá que o câncer retorne.


Os médicos do University College London Hospitals (UCLH) estão administrando a vacina em conjunto com outro medicamento, o pembrolizumab ou Keytruda, que também auxilia o sistema imunológico a destruir as células cancerígenas.


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Assinatura genética




O tratamento com a vacina e o medicamento, fabricados pelas empresas Moderna e Merck Sharp and Dohme (MSD), ainda não está disponível fora dos ensaios clínicos. Especialistas de outros países, incluindo a Austrália, também estão testando em pacientes para reunir mais evidências e determinar se deve ser generalizado.


É chamada de vacina personalizada porque sua composição é modificada para se adequar a cada paciente. É gerada especificamente para corresponder à assinatura genética única do próprio tumor do paciente e age instruindo o corpo a produzir proteínas ou anticorpos que atacam os marcadores ou antígenos encontrados apenas nessas células cancerígenas.




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A Dra. Heather Shaw faz parte dos testes realizados nos hospitais da University College London — Foto: PA MEDIA via BBC



A Dra. Heather Shaw, pesquisadora do UCLH, explicou que a vacina tem o potencial de curar pacientes com melanoma e está sendo testada em outros tipos de câncer, como pulmão, bexiga e rim. "


É uma das coisas mais emocionantes que vimos em muito tempo", afirmou. "Por ser personalizada, não poderia ser administrada a outro paciente, porque não se esperaria que funcionasse."



"É verdadeiramente personalizada. Essas coisas são muito técnicas e são pensadas para o paciente", acrescenta.






"Com as luvas postas"




O objetivo do ensaio internacional no Reino Unido é recrutar entre 60 e 70 pacientes em oito clínicas nas cidades de Londres, Manchester, Edimburgo e Leeds.


Os pacientes do experimento devem ter sido submetidos à remoção cirúrgica de melanoma de alto risco nas últimas 12 semanas para garantir o melhor resultado. Alguns deles receberão uma injeção simulada ou placebo em vez da vacina. No entanto, nenhum deles sabe qual irá receber.



"[O ensaio] me deu a oportunidade de sentir que realmente estava fazendo algo para lutar contra um possível inimigo invisível", disse Young à emissora Radio 4 da BBC.




"Os exames mostraram que eu estava radiologicamente limpo, mas obviamente ainda havia a possibilidade de células cancerígenas flutuando por aí sem serem detectadas. Então, em vez de ficar sentado esperando que não voltasse a aparecer, tive a oportunidade de vestir as luvas de boxe e enfrentá-lo".



Em janeiro de 2023, era assim o caroço no couro cabeludo que Young — Foto: PA MEDIA via BBC




Sintomas do melanoma




Young, que é músico de profissão, teve um caroço no couro cabeludo por muitos anos antes de perceber que se tratava de um câncer. Ele disse que o diagnóstico causou um "impacto enorme" nele.


"Passei literalmente duas semanas pensando 'é o fim'", explica. "Meu pai morreu de enfisema aos 57 anos e eu pensei 'vou morrer mais jovem que meu pai'".


Os sinais mais comuns de melanoma que as pessoas devem ficar atentas são:


Um novo sinal (como pinta, mancha ou verruga) anormal
Um sinal existente que parece estar crescendo ou mudando
Uma mudança (de cor ou textura, por exemplo) em uma área da pele que era normal.





É importante detectar a tempo a alterações suspeitas na pele no caso de melanoma — Foto: GETTY IMAGES via BBC




Qual o aspecto do melanoma?




A mudança de aparência de um sinal, como nessas quatro imagens, pode ser um sinal de melanoma. A lista de verificação ABCDE pode ajudar a identificar se um sinal é anormal:


A - assimétrico (o sinal tem uma forma irregular?)


B - borda (as bordas são irregulares ou desiguais?)


C - cor (o sinal tem uma cor irregular com diferentes tons ?)


D - diâmetro (o sinal é maior que os outros?)


E - evolução (está mudando? Começou, por exemplo, a coçar, sangrar ou formar crostas?)


Essas mudanças nem sempre são cancerígenas, mas é importante fazer uma revisão. Quanto mais cedo um melanoma for detectado, mais fácil será tratá-lo e maiores serão as chances de sucesso.




A luta das mulheres pelo diagnóstico e tratamento do câncer de mama e de colo do útero
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— Foto: NHS via BBC



Os dados do ensaio de fase II, publicados em dezembro, revelaram que as pessoas com melanomas graves de alto risco que receberam a injeção junto com a imunoterapia Keytruda tinham quase metade (49%) das chances de morrer ou de ter o câncer reaparecido após três anos em comparação com aquelas que apenas receberam o medicamento.



Shaw afirmou que havia uma esperança real de que a terapia pudesse "mudar as regras do jogo", especialmente porque parecia ter "efeitos colaterais relativamente toleráveis".




Estes incluem cansaço e dor no braço quando a injeção é administrada, e acrescenta que, para a maioria dos pacientes, não parece ser pior do que a vacina contra a gripe ou a covid-19.

13º do INSS: pagamento para quem recebe mais que 1 salário mínimo começa nesta quinta; veja datas



Abono será pago a pessoas que receberam benefícios como aposentadoria ou auxílio-acidente neste ano. Nos anos anteriores, pagamento foi antecipado para estimular a economia. Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1 ou 6.


Por g1

INSS começa a pagar 13º de aposentados e pensionistas nesta quarta (24)



Começa nesta quinta-feira (2) o pagamento do abono anual aos beneficiários da Previdência Social, também conhecido como "13º do INSS" para quem recebe mais que 1 salário mínimo. Para quem recebe menos, o pagamento já começou no dia 24 de abril.


Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1 ou 6. Em março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que antecipou o repasse.


Terão direito ao abono pessoas que, em 2024, tenham recebido auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão da Previdência Social. Mais de 33,7 milhões serão beneficiados.



Tradicionalmente, o abono seria pago no segundo semestre de cada ano. No entanto, nos últimos anos, o governo passou a antecipar o benefício com o objetivo de estimular a economia. Em 2022 e em 2023, por exemplo, o abono foi pago em maio e junho.


De acordo com o decreto, o abono será pago em duas parcelas. Veja abaixo.




Veja o calendário de pagamento do 13º do INSS




▶️ PARA QUEM RECEBE MAIS QUE 1 SALÁRIO MÍNIMO


Final do NIS: 1 e 6 - pagamentos em 2/5 e 3/6
Final do NIS: 2 e 7 - pagamentos em 3/5 e 4/6
Final do NIS: 3 e 8 - pagamentos em 6/5 e 5/6
Final do NIS: 4 e 9 - pagamentos em 7/5 e 6/6
Final do NIS: 5 e 0 - pagamentos em 8/5 e 7/6




▶️ PARA QUEM RECEBE ATÉ 1 SALÁRIO MÍNIMO


Final do NIS: 1 - pagamentos em 24/4 e 24/5
Final do NIS: 2 - pagamentos em 25/4 e 27/5
Final do NIS: 3 - pagamentos em 26/4 e 28/5
Final do NIS: 4 - pagamentos em 29/4 e 29/5
Final do NIS: 5 - pagamentos em 30/4 e 31/5
Final do NIS: 6 - pagamentos em 2/5 e 3/6
Final do NIS: 7 - pagamentos em 3/5 e 4/6
Final do NIS: 8 - pagamentos em 6/5 e 5/6
Final do NIS: 9 - pagamentos em 7/5 e 6/6
Final do NIS: 0 - pagamentos em 8/5 e 7/6

Depois do Dia do Trabalhador, veja quais são os próximos feriados de 2024



Após o Dia do Trabalhador, o próximo feriado nacional será somente daqui a quatro meses. Porém, os trabalhadores ainda podem ser beneficiados com uma folga extra no dia 30 de maio, data em que é celebrado Corpus Christi.


Por Rafaela Zem, g1




Feriados prolongados em 2024 estão escassos



O Dia do Trabalhador garantiu para muitas pessoas um tempinho de descanso nesta quarta-feira (1º). Quem foi beneficiado precisa aproveitar bastante a data, já que o próximo feriado nacional (Independência do Brasil) será somente daqui a quatro meses.


Mas ainda há esperança. Uma folga extra para o trabalhador pode acontecer no dia 30 de maio, uma quinta-feira, quando é celebrado o dia de Corpus Christi. A data não é feriado nacional, mas sim ponto facultativo.


O ano de 2024 está sendo marcado por poucos "feriadões" prolongados. Dos dez feriados nacionais, apenas será possível estender a folga em três deles, já incluindo o Dia de Confraternização Nacional (1º de janeiro) e a Paixão de Cristo (29 de março).



A próxima folga nacional que será vizinha a um final de semana, de acordo com o calendário do governo federal, será apenas em novembro: a Proclamação da República.


Além disso, ainda restam cinco feriados que cairão em fins de semana ( Independência do Brasil, Nossa Senhora Aparecida e Finados) ou em quartas-feiras (Consciência Negra e Natal).


Abaixo, você confere um calendário com os pontos facultativos e feriados em 2024.


2024 terá menos feriados nacionais em dias úteis — Foto: g1


Vale lembrar que, neste ano, o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) passou a ser um feriado nacional. A decisão foi aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente Lula.



Antes, a data não fazia parte do calendário nacional e nem era considerada ponto facultativo nacional. A folga dependia de lei municipal ou estadual.




Ponto facultativos e feriados locais




Além dos feriados nacionais, o calendário acima mostra os oito pontos facultativos, que serão cumpridos pelos órgãos e entidades da administração pública federal.


As autoridades municipais e estaduais também podem determinar em lei que pontos facultativos nacionais, como Corpus Christi, sejam feriados locais. Assim, quem tiver direito a descansar nesse período terá um feriado prolongados a mais em 2024.


Outras datas comemorativas em estados e municípios poderão ser incluídas localmente. Porém, a portaria estabelece que serviços essenciais não serão prejudicados pelas datas.

Temporais no RS: em quatro dias, estado tem o triplo de chuvas, 10 mortes e alerta para mais inundações



Previsão para os próximos dias alerta para chuvas e cheias na Região Central e vales dos rios Taquari, Caí e Pardo. Governador Eduardo Leite reconheceu dificuldade em resgatar pessoas isolada; há 21 desaparecidos.


Por Gustavo Chagas, g1 RS

Sobe para 10 número de mortos por enchentes no Rio Grande do Sul



O volume de chuva que caiu sobre o Rio Grande do Sul nos últimos quatro dias equivale a três vezes a média para esta época do ano, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os temporais deixaram 10 mortos e 21 desaparecidos, conforme a atualização mais recente da Defesa Civil, nesta quinta-feira (1º).


Santa Maria, na Região Central do estado, foi a cidade com o maior volume de chuva em todo o estado nos últimos dias. Foram 436,2 milímetros, o triplo do normal para um mês, que é de 140 milímetros, aproximadamente, explica Marcelo Schneider, meteorologista do Inmet. O município já registrou uma morte.



Inmet: 'Muita preocupação nas próximas 24h, 36h'




A Climatempo projeta mais chuva, nesta quinta (2), para a região de Santa Maria, além dos vales dos rios Taquari, Caí e Pardo, Região Metropolitana, Serra, Norte e Noroeste. A previsão de instabilidade vai até domingo (5).


VÍDEO: Casa é arrastada pela enchente em Putinga
Após 15h sobre carro, homem é resgatado
'Não é afogada que eu vou morrer', diz arrastada por rio




Candelária, no Vale do Rio Pardo — Foto: Reprodução/RBS TV


Em coletiva de imprensa, o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), relatou na noite dessa quarta (1º) dificuldade em resgatar quem esta isolado, principalmente na região de Santa Maria e nos vales (regiões em que os rios e os municípios são cercados por morros e elevações, dificultando o escoamento da água).



Além da chuva, que persiste, o alto volume dos rios dificulta o deslocamento das equipes de busca.



"Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates, porque está muito mais disperso nesse evento climático que a gente está vivenciando. E com dificuldades, porque ali as chuvas não cessam. O estado tem tido dificuldades para acessar as localidades", diz Leite.


'Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates', diz Leite sobre temporais no RS


Em mapas divulgados pela Defesa Civil, é possível ver os municípios que devem ser mais atingidos pelas cheias dos rios nos próximos dias (confira a lista abaixo) e os rios, em roxo e vermelho, com risco de enchente.

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apas mostram cidades e rios afetados pela cheia no RS — Foto 1: Defesa Civil/Divulgação — Foto 2: Defesa Civil/Divulgação



Um levantamento feito pelo Ogimet, um serviço meteorológico internacional com base em mais de 6,6 mil estações em vários países, colocou Santa Maria, Bento Gonçalves e Soledade como as cidades que mais registraram chuva no mundo nos últimos dias.


O Vale do Taquari, atingido pelos temporais desta semana, foi a mesma região afetada pelo ciclone seguido de enchentes em setembro de 2023. Ao todo, 54 pessoas morreram na época e quatro ainda seguem desaparecidas.


Cheia no Vale do Taquari — Foto: Reprodução/RBS TV






Lista de cidades sob risco de cheias:




Agudo
Alegrete
Arroio do Meio
Bom Princípio
Bom Retiro do Sul
Cachoeira do Sul
Campo Bom
Candelária
Canudos do Vale
Cerro Branco
Colinas
Cruzeiro do Sul
Encantado
Estrela
Feliz
Forquetinha
General Câmara
Harmonia
Jaguari
Lajeado
Marques de Souza
Montenegro
Muçum
Novo Cabrais
Novo Hamburgo
Paraíso do Sul
Pareci Novo
Parobé
Pouso Novo
Relvado
Restinga Sêca
Rio Pardo
Roca Sales
Santa Cruz do Sul
Santa Tereza
São Jerônimo
São Leopoldo
São Sebastião do Caí
São Sepé
Sinimbu
Taquara
Taquari
Travesseiro
Triunfo
Vale do Sol
Vale Real
Venâncio Aires
Vera Cruz






Temporais no RS




Os temporais, que atingem a região desde segunda-feira (29), deixaram 10 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos, segundo a Defesa Civil. Ao todo, foram registrados problemas em 114 municípios.


O último boletim informou que 4,4 mil pessoas precisaram deixar suas casas. São 1.072 pessoas em abrigos e 3.416 desalojados.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que visitará o Rio Grande do Sul nesta quinta. Ele disse que oito helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) estão preparados para atuar no estado e aguardam condições meteorológicas para voarem. Na terça (30), a Aeronáutica enviou helicópteros, mas a operação foi difícil em razão das condições climáticas.



Na noite de quarta, o governo anunciou a suspensão das aulas para 700 mil estudantes de toda a rede pública estadual. A medida vale na quinta (2) e na sexta-feira (3) em escolas de todo o Rio Grande do Sul.


Temporais provocam mortes e estragos no RS — Foto: Arte/g1

Ceará encerra mês de abril com 72 açudes sangrando; aporte hídrico é o maior desde 2009





A quadra chuvosa de 2024 registrou, até o momento, um aporte de 8,05 bilhões de metros cúbicos aos reservatórios cearenses monitorados pela Cogerh.


O montante já superou todo o ano de 2023, fato que ajudou a alcançar a marca de 72 açudes sangrando, melhor número desde 2009. Nesta segunda (30), foi a vez do açude Pau Preto atingir a sua capacidade máxima. O manancial fica no município de Potengi, na bacia do Alto Jaguaribe.

O volume total acumulado no estado é de 56,3% da capacidade total. Outros 10 açudes estão com mais de 90% da capacidade. Entretanto, 18 reservatórios ainda seguem com menos de 30% do volume total.


Ainda assim, o cenário é reflexo dos bons aportes nas bacias hidrográficas do Estado. As regiões do Acaraú, Coreaú, Litoral, Metropolitana, Serra da Ibiapaba, Salgado e Baixo Jaguaribe estão em situação “muito confortável”, com volumes acima de 70%, com destaque para o Baixo Jaguaribe e Litoral que registram 100% de seu armazenamento.
Em alerta

Apesar desses avanços, a realidade na bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús contrasta com menos de 25% de sua capacidade hídrica acumulada.

Outros 18 reservatórios do Ceará apresentam volumes abaixo de 30% de sua capacidade, destacando os desafios persistentes impostos pelo clima semiárido da região, com chuvas distribuídas de forma irregular no tempo e espaço”, enfatizou Tércio Tavares, diretor de Operações da Cogerh.

Febre Aftosa: Aiuaba e Quiterianópolis atingem a meta de vacinação nos Inhamuns




Parceira entre Sindicato dos Trabalhadores, Sec. de Agricultura, Ematerce e Adagri em Aiuaba garantiu o êxito da campanha




Os municípios de Aiuaba e Quiterianópolis foram os primeiros da Região dos Inhamuns a atingirem a meta da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa em 2024.

O Supervisor Regional da Adagri, Dr. Yussef Feitosa, encaminhou ao Blog do Wilrismar, uma nova parcial da campanha no início da tarde de hoje (01).

Aiuaba lidera a vacinação com 91,72% do rebanho bovino/bubalino imunizado, e em segundo lugar aparece Quiterianópolis com 90,41% de cobertura vacinal. Ainda não atingiram a meta, os municípios de Parambu, com 80,97%; Arneiroz com 63,42% e Tauá, com 61,88%.

A Adagri alerta que os criadores terão até o dia 15 de maio para a entrega da declaração de vacina.

Região dos Inhamuns é a primeira do Estado

Dr. Yussef Feitosa acrescentou ainda que das 14 Regionais da Adagri no Estado do Ceará, a dos Inhamuns está em primeiro lugar no Estado no percentual de vacinação, com 73,80%, seguido da Regional Centro Sul com 64,88%; Crateús, 64,41% e Baturité, com 64,32%.

Repórter Wilrismar Holanda

Ciclo Sesc acontece nesta quarta-feira em 11 municípios cearenses



Cerca de 20 mil pessoas devem participar do 27º CicloSesc que acontece nesta quarta-feira em Fortaleza e mais 10 municípios cearenses. O evento, que foi idealizado pelo Sesc Ceará há 26 anos e em seguida multiplicado para vários estados. Neste feriado do Dia do Trabalhador, ciclistas de Fortaleza, Crato, Juazeiro do Norte, Iguatu, Sobral, São Gonçalo do Amarante, Tabuleiro do Norte, Aracati, Crateús, Ibiapina e Quixeramobim cumprirão a primeira etapa do evento.




Segundo o gerente do programa Lazer do Sesc Ceará, Arquimedes Pinheiro, o evento chegará a todos os 184 municípios do Ceará, com uma segunda etapa contemplando as 173 cidades restantes e ocorrendo nos dias 26/05 e 02/06. Nesta quarta-feira, 1º, os ciclistas devem ficar atentos aos horários de concentração e largada de suas cidades, lembrando de levar suas próprias bicicletas. Todos receberão camisa e kit lanche e ainda poderão participar de atividades diversas, com sorteios de brindes e bicicletas.


Em Fortaleza a concentração tem início no Sesc Fortaleza, situado à Avenida Duque de Caxias, 1701, a partir das 6h. Às 7h, é dada a largada para o percurso de aproximadamente 17,5 quilômetros. Mais informações: Unidade Fortaleza do Sesc (Rua Clarindo de Queiroz, 1740 – Centro) / Telefone: (85) 3464-9321


Confira a programação nas demais cidades.


Aracati
A concentração acontece a partir das 6h, na Praça Dom Luiz (Praça da Coluna). Com saída às 7h, com percurso de 8,8 km.


Crateús


Com concentração a partir das 6h30, na unidade do Sesc Ler, na Rua Joao Soares, o CicloSesc em Crateús inicia às 7h30. O passeio será de 2 km.


Crato
A concentração será em frente à Areninha da Encosta do Seminário, a partir das 6h, com largada às 7h. Serão aproximadamente 5 km.


Ibiapina
A concentração será a partir das 7h, na Quadra Poliesportiva Sesc Ler Ibiapina, e a largada às 8h, com 2km de percurso.


Iguatu
O passeio vai iniciar na unidade do Sesc Iguatu, na rua 13 de maio. A concentração será a partir das 6h, e a largada, às 7h, com cerca de 5km de percurso.


Juazeiro do Norte


O local de concentração será no Largo da Matriz (Praça do Romeiro), a partir das 6h, com largada às 7h. O percurso total será de aproximadamente 6km.


Quixeramobim
A concentração inicia a partir das 6h30, na Praça da Estação, com largada às 07h30, tendo um percurso de 6km.


São Gonçalo do Amarante
A concentração terá início a partir das 6h, na quadra poliesportiva da unidade Sesc Ler de São Gonçalo, na Rua Filomena Martins. A largada terá início às 8h. Serão 2,8 km percorridos.


Sobral
A concentração será em frente ao Sesc Centro, na Boulevard João Barbosa, às 6h, com largada às 7h. Serão cerca de 9 km percorridos.


Tabuleiro do Norte
Os ciclistas se encontrarão em frente à sede da unidade Sesc do município a partir das 6h, precedendo a largada, às 7h. O passeio será de 6km.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Agropecuária: zerar desmatamento e recuperar pastagens são desafios para reduzir emissões


Paragominas (PA) é exemplo de que é possível ter uma pecuária ‘verde’, que ainda aumenta produtividade das fazendas


Por Luciana Dyniewicz

ENVIADA ESPECIAL A PARAGOMINAS (PA)


Com pouco mais de 100 mil habitantes, Paragominas, a 300 km ao sul de Belém, é um centro vibrante da produção agropecuária brasileira. Lojas de produtos voltados ao setor, que incluem estabelecimentos especializados em drones para uso nas lavouras, se enfileiram pelas ruas da cidade.

Durante o verão amazônico – de julho a outubro, quando as temperaturas se aproximam dos 40ºC e a chuva cessa –, o cenário não remete ao imaginário que se tem da floresta. É época de vazio sanitário, e a soja não pode ser cultivada, uma regra criada para evitar que o fungo causador da ferrugem-asiática se multiplique pelas lavouras. Terrenos secos e sem vida, apenas emoldurados pela vegetação verde da mata tropical ao fundo, compõem a vista que se tem nos arredores da cidade.



Ainda que a paisagem seja essa, Paragominas é conhecida como “município verde”, uma alcunha que, dependendo do período da história da cidade, pode ou não fazer sentido. Em 2008, após ter entrado na lista das cidades que mais desmatavam a Floresta Amazônica e seus produtores rurais, consequentemente, ficarem sem acesso a linhas de crédito, Paragominas criou o Projeto Município Verde.

A experiência de Paragominas é até hoje, 15 anos depois, o principal exemplo de que o Brasil pode reduzir suas emissões, aumentar a produtividade e alavancar a economia ao mesmo tempo. O que Paragominas fez no fim da década de 2010 deixou claro que, com vontade política e envolvimento da sociedade civil, o País tem como reverter seu maior problema ambiental – a emissão de gases decorrente do desmatamento.

A agropecuária é tida como a grande vilã do efeito estufa no Brasil, sendo responsável por 26,6% das emissões de gás carbônico equivalente (medida que expressa a quantidade de gases de efeito estufa em termos equivalentes à quantidade de dióxido de carbono). A atividade aparece depois das chamadas “mudanças do uso da terra”, que emitem 48,3% dos gases no País. O problema é que as mudanças do uso da terra estão quase sempre relacionadas também à pecuária, pois com frequência envolvem desmatamento para dar espaço à produção de gado. Em muitos casos, entretanto, o gado é usado apenas para dar uma aparência de produtividade a uma área que foi invadida e devastada por grileiros.


O plano de Paragominas, que revolucionou a reputação da cidade e provou ser possível conciliar a redução da emissão de gases com o desenvolvimento econômico, foi encabeçado pelo então prefeito, Adnan Demachki, com o apoio do presidente do sindicato rural da cidade à época, Mauro Lúcio Costa. O projeto previu campanhas ambientais, parcerias com ONGs, monitoramento por satélite do desmatamento, cadastro das propriedades rurais e a assinatura de um grande pacto contra o desmatamento em que mais de 30 entidades civis e o setor público se comprometiam a preservar a floresta da região.

“Peguei os formadores de opinião da cidade e pedi para todos trabalharem pelo projeto. Eles concordaram. Argumentamos que, se não parássemos o desmatamento, ia doer no bolso de todos, porque o pessoal ia ficar sem financiamento. Mas também falei que era uma vergonha o município estar nos jornais todo dia como exemplo negativo”, diz o ex-prefeito.
Arredores de Paragominas em período de vazio sanitário, quando a soja não pode ser cultivada • DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Um ano após o início do projeto, a cidade diminuiu a destruição da floresta em 44% e, em dois, deixou a lista das maiores desmatadoras. Em 2010, o município recebeu o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente.

O Projeto Município Verde se tornou conhecido globalmente. Por liderar esse trabalho, Demachki foi eleito uma das cem personalidades mais influentes do Brasil em 2011 pela revista Época, e Costa estampou reportagens de jornais do Brasil e do exterior, como o Wall Street Journal, sobre como é possível aliar pecuária à preservação da maior floresta tropical do mundo.
Parque em Paragominas criado durante o projeto Município Verde • DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

A experiência do Município Verde provou que é possível aumentar a produção de gado sem desmatar. Isso porque a produtividade da pecuária brasileira é baixa. A média no País é de 1,1 unidade animal (o equivalente a 450 kg de boi vivo) por hectare. Em Paragominas, na fazenda de Mauro Lúcio da Costa (o ex-presidente do sindicato rural), esse número chega a 5. Na de Vinicius Scaramussa, colega de Costa, a média alcança 3,8, com picos de 7,2 unidades por hectare.

Costa e Scaramussa participaram do projeto Pecuária Verde, criado pelo sindicato, concomitantemente ao Município Verde. Nele, seis fazendeiros tiveram o acompanhamento de professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) para aumentar produtividade e preservação ambiental ao mesmo tempo.

Quando o projeto começou, a propriedade de Scaramussa foi mapeada por satélites e verificou-se que havia Área de Preservação Permanente (APP) degradada. A APP foi, então, cercada para que o gado não entrasse mais, e a natureza fosse recuperada.

O produtor instalou bebedouros para os animais percorrem distâncias menores para se hidratar e restaurou a pastagem. Para isso, fez uma análise nutricional do solo e adubou parte do pasto. Também passou a rotacionar o gado para que o pasto não fosse pisoteado pelos animais. Com o pasto bem cuidado, o gado engorda mais rápido, e a vegetação passa a reter mais carbono através de suas raízes.

O resultado: a produção aumentou e a área de preservação ambiental também. Antes, ele tinha 2.200 hectares de área aberta na fazenda e 2.200 animais, ou seja, um por hectare. Hoje, são 3.000 animais em 1.550 hectares; no inverno, chegam a ser 4.500 cabeças. Os animais também estão engordando mais em períodos mais curtos. Pesado, um boi equivale a mais de uma “unidade animal” – daí a produtividade anual média de 3,8 unidades por hectare.







Fazenda da família Scaramussa, que chega a ter 7,2 unidades animais por hectare em períodos de pico





Vinicius Scaramussa diz não adubar o pasto de toda a fazenda por não conseguir comprar mais gado para colocar na propriedade





Bebedouros foram instalados em diversos pontos para animais se deslocarem menos; ao fundo, área de floresta preservada





Gado chega ao peso de abate mais rapidamente na fazenda da família e, assim, libera menos gases



Os bois de Scaramussa são abatidos mais rapidamente que a média brasileira. Em 32 meses, eles chegam ao tamanho adequado para serem encaminhados aos matadouros. No País, costumam ser 48 meses. Engordando em períodos mais curtos, os animais também emitem um menor volume de gases – a liberação de gases resultantes da digestão dos ruminantes, a chamada fermentação entérica, é responsável por 65% das emissões de gás carbônico equivalente da agropecuária





Scaramussa destaca, no entanto, que mesmo em Paragominas não há muitas propriedades que adotam técnicas de aumento de produtividade. “Você não pode pensar que a pecuária verde é o normal. O pessoal é resistente e, quando falo nossos números (de produtividade), me chamam de mentiroso.”
Pasto no Brasil: degradação chega a 60%

Não é só em Paragominas que as técnicas são pouco utilizadas, mas em todo o País. Prova disso é que o Brasil tem hoje 177 milhões de hectares de pastagem. Desse total, 60% têm algum grau de degradação, ou seja, precisam passar por um trabalho de recuperação.

Degradado, o pasto tem baixo nível de nutrientes e, portanto, de produtividade. Em pouco tempo, acaba sendo abandonado, e o produtor desmata novas áreas para colocar seu gado. O engenheiro agrônomo Moacyr Bernardino Dias-Filho, da Embrapa, calcula que, para cada hectare de pastagem recuperado, deixa-se de desmatar pelo menos dois hectares de floresta.

Entre 2010 e 2020, foram recuperados 26,8 milhões de hectares – o governo havia estabelecido uma meta de 15 milhões de hectares dentro do Plano ABC, um dos principais instrumentos de política agrária brasileira para a promoção da sustentabilidade. Até 2030, o objetivo é recuperar outros 30 milhões, de acordo com as metas estabelecidas no Plano ABC+.

Por ora, não é possível saber se o País está avançando na velocidade adequada. Não há um sistema de monitoramento público disponível. O diretor de Produção Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Bruno Brasil, no entanto, afirma que o governo vai lançar uma plataforma com os dados até 2022 ainda neste semestre.


“Você não pode pensar que a pecuária verde é normal. O pessoal é resistente para adotar medidas de aumento de produtividade”

Vinicius Scaramussa

Produtor rural

Professor da Esalq e técnico do projeto Pecuária Verde, Ricardo Ribeiro Rodrigues afirma, entretanto, que faltam políticas públicas no País para que as técnicas de aumento de produtividade se espalhem entre os pecuaristas brasileiros, reduzindo a degradação do pasto e, portanto, o desmatamento. “A produtividade nunca foi incentivada na pecuária. Mas mostramos, no projeto, que é possível triplica-la. Se houver adoção dessas técnicas em grande escala, vamos liberar área para outros cultivos e para regularização ambiental”.

Para Rodrigues, é essencial criar um projeto que faça as técnicas chegarem aos pequenos pecuaristas e ampliar o acesso a financiamento. “É caro adotar as técnicas, pagar adubo e comprar gado. Precisa dar carência no crédito, porque aí o produtor consegue pagar depois que tiver o aumento de produtividade.” Segundo ele, o rendimento da pecuária tecnificada chega a R$ 2 mil por hectare, enquanto a média fica ao redor de R$ 350.

Na visão do coordenador do Observatório do Clima e do Mapbiomas (iniciativa que mapeia o uso da terra no País), Tasso Azevedo, também é preciso retirar subsídios, como taxas de juros inferiores às de mercado, de atividades que desmatam legalmente. Hoje, bancos costumam não dar financiamentos apenas para projetos desenvolvidos em áreas onde houve desmatamento ilegal. “Não é do interesse do País desmatar novas áreas. Alguém pode até desmatar legalmente, mas sem subsídio”, diz.

Segundo Azevedo, se o crédito fosse proibido a propriedades rurais do País onde houve desmatamento legal entre 2019 e 2022, apenas 3% perderiam acesso aos recursos. “É uma medida importante que afetaria poucos.” O engenheiro florestal sugere ainda que haja, através do Plano Safra, uma concessão de crédito com taxas ainda mais baixas para quem preservar a floresta. “Se você tem um excedente de reserva legal, você pode ter um desconto a mais no financiamento agrícola.”






Mauro Lúcio Costa em área reflorestada em sua fazenda





Na propriedade, produtividade média anual é de 5 animais por hectare; média brasileira é de 1,1





O pecuarista foi um dos responsáveis pela implementação do projeto Município Verde



O próprio Scaramussa afirma que não investe em toda a fazenda como gostaria por falta de capital para comprar gado. “Não adubo o pasto de toda a fazenda, porque não conseguiria comprar mais gado para colocar.”

O ex-presidente do sindicato de Paragominas, Mauro Lúcio Costa, também diz que a produtividade de sua fazenda só não é maior por não ter condições de aumentar o rebanho. Com a estrutura que tem, ele poderia colocar até dez cabeças por hectare, mas hoje tem cinco.




Cultura agro na Amazônia



BEATRIZ BULLA
ENVIADA ESPECIAL A CANAÃ DOS CARAJÁS (PA)

De chapéu e cinto de boiadeiro, brincos de strass pendentes até a altura dos ombros e bota de salto alto, Michele Aparecida Santana Silva comemorava seu aniversário de 18 anos no rodeio de Canaã dos Carajás, em outubro de 2023. O show da noite era o da dupla Maiara e Maraísa. A grande expectativa da jovem, no entanto, era pelo dia seguinte, quando a atração seria Iguinho e Lulinha, uma dupla sergipana de forró piseiro.

A Expo Canaã, a festa que inclui rodeio, cavalgada e show de sertanejos em Canaã de Carajás chegou em sua oitava edição no ano passado. Uma fila de pessoas esperava pelo momento de tirar uma selfie com um touro de metal, pintado de dourado, que imitava o famoso Charging Bull de Wall Street, em Nova York.

Canaã fica entre dois dos municípios com maior rebanho de gado no País: São Félix do Xingu e Marabá. Xingu está também no ranking das dez cidades com maior desmatamento no País.


DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
Embora a região esteja dentro da área chamada de Amazônia Legal e margeando reservas indígenas, a cultura agro domina o ambiente e faz a região parecer com o interior do Texas ou do Centro-Oeste brasileiro. De helicóptero, é possível ver áreas desmatadas com gado na divisa de áreas florestais próximo a Canaã dos Carajás, no sudeste paraense. De carro, o gado em pequenas propriedades próximas às estradas. Lojas de produtos agropecuários são a maioria no comércio das ruas do centro da cidade.
Nas últimas duas décadas, Canaã dos Carajás cresceu devido à exploração de minerais e da chegada da Vale, uma das principais empregadoras do local. Mas não é com minério que Michele e sua amiga Carla, estudantes, pretendem trabalhar. Tampouco com bioeconomia ou profissões ligadas à floresta. A ambição das duas jovens é lidar com profissões ligadas à pecuária. No caso de Michele, o plano é cursar medicina veterinária e cuidar de grandes animais. Ela conta que metade da família tem fazendas. “A maioria aqui mexe com a questão do gado”, diz ela.


DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
“O Estado do Pará tem um agronegócio em franco crescimento, pujante e vem a cada ano se consolidando como um Estado agro. Nos últimos dez anos, nosso rebanho teve crescimento de 6 milhões de cabeças”, afirma Jamir Macedo, diretor geral da Adepará. “Na região do Carajás e sudeste paraense encontramos a cidade com maior rebanho nacional, São Félix do Xingu, também Marabá, e observamos o maior adensamento de frigoríficos que comercializam carne para o mercado nacional e internacional. É extremamente estratégica e importante para o Estado do Pará em pecuária”, afirma Macedo.
Escolhido para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP-30, no ano que vem, o Pará tem prometido reduzir os índices de desmatamento, muitas vezes ligado à expansão da pecuária. Dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal, o Pará é o que mais desmatou desde 1998, início da série histórica do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Entre 1998 e 2023 foram desmatados 170.046 km2 da Amazônia no Pará, o equivalente a mais de 20 campos de futebol e quase duas vezes a área de Portugal.





Agricultura brasileira é umas das mais avançadas no mundo

Bruno Brasil, do Ministério da Agricultura, afirma que a próxima edição do Plano Safra está em discussão com o Ministério da Fazenda e com o Banco Central. Mas, segundo ele, a premissa é facilitar crédito para práticas sustentáveis.

Se na pecuária faltam financiamento e técnicas avançadas, a agricultura brasileira é uma das mais avançadas em práticas de baixo carbono, como o plantio direto, de acordo com Azevedo. Já na pecuária, como são 7 milhões de propriedades, a maioria de pequena produção, disseminar o conhecimento acaba ficando mais difícil.

“Tem um espaço enorme para o Brasil melhorar nessa área. Mas, se tem um país que pode fazer isso é o Brasil. Para tornar a agropecuária net positiva (isto é, uma atividade que mais retira carbono do ar do que emite), não precisamos desenvolver nenhuma tecnologia.”

Além de não haver necessidade de novas tecnologias, adotar as técnicas conhecidas aumentam o rendimento do próprio produtor. Para cada US$ 1 investido na agropecuária, o produtor aumenta seus retornos em US$ 0,90, de acordo com o consultor Nelson Ferreira, sócio da McKinsey. “Mas esses US$ 0,90, ele ganha todo ano. O investimento se paga, porque a produtividade aumenta demais”, diz.
Queimada no município de Bujaru (a 85 km de Belém); devastamento da Amazônia está ligado principalmente à pecuária • DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Ferreira também aponta que o Brasil é mais avançado que os EUA e a Europa em técnicas agrícolas de aumento de produtividade e redução de emissões, apesar de ponderar que o perfil das produção do País ser bastante diverso. Segundo ele, porém, as fazendas brasileiras ainda precisam avançar no uso de combustíveis alternativos. “Mas é importante ressaltar que estamos no caminho certo, mesmo porque o setor está sendo pressionado a ser mais eficiente.”

Azevedo, do Observatório do Clima, acrescenta que a mudança no patamar de devastação das florestas no País também vai na direção correta. No ano passado, o desmatamento na Amazônia diminuiu 50%.

Se mantiver esse ritmo de redução de desmatamento e as emissões dos demais setores não crescerem, o País atingiria sua meta de emissões estabelecida para 2025 (queda de 48,4% em relação a 2005). “A meta não é muito ambiciosa, porque tivemos muita emissão em 2005 por mudança do uso da terra. Mas em 2022 estávamos muito longe dela e agora não estamos”, diz Azevedo. Ele acrescenta que a redução na devastação da Amazônia no ano passado também indica ser possível chegar a um desmatamento residual até 2030.
O risco da volta do desmatamento

Paragominas é o exemplo de que alterar – e rapidamente – a trajetória do desmatamento não é impossível. Após uma década de resultados exitosos em seu projeto Município Verde, a cidade voltou a registrar índices alarmantes de devastação da Amazônia. Entre julho de 2021 e agosto de 2022, a cidade perdeu 47 km2 de floresta, isto é, 7 km2 a mais do limite para que o desmatamento seja considerado sob controle pelo governo federal.




Segundo a secretária do Verde e do Meio Ambiente da cidade, Amanda Purger, o desmatamento ultrapassou o limite após o governo de Jair Bolsonaro autorizar a supressão de 11 km2 de floresta de um assentamento. O município, porém, teve, no mesmo período, outros 12,4 km2 de desmatamento legal no períodos e 22,6 km2 de ilegal.

Pesquisador do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e um dos técnicos do projeto Município Verde, Paulo Amaral afirma que a devastação recente da floresta na região acompanhou o ritmo de aumento do desmatamento no País. Ele pondera, porém, que o desafio agora é controlar o desmatamento em propriedade pequenas – na década passada, as atividades ilegais se concentravam nas grandes.

A secretária do Meio Ambiente destaca que a prefeitura vem adotando medidas para que esses números voltem a cair, como multar propriedades que desmatam. Entidades também voltaram a assinar um pacto, dessa vez para que o município zere as emissões líquidas e o desmatamento ilegal até 2030.

“Não nos assustamos com os números de 2022 porque vemos que eles já voltaram a cair e muito por causa do projeto Paragoclima, que é a continuação do Município Verde”, diz a secretária.
Secretária do Verde e do Meio Ambiente de Paragominas, Amanda Purger afirma que prefeitura vem adotando medidas para frear o desmatamento • DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Para Mauro Lúcio Costa, presidente do sindicato rural da cidade, quando o Município Verde foi criado, houve, nos últimos anos, um “emburrecimento” da sociedade, que passou a ver as pessoas como ruralistas ou como ambientalistas e deixou a preservação da floresta no meio dessa disputa política. De acordo com ele, a população de Paragominas também se “descuidou” após anos de sucesso do programa de preservação ambiental.

“As pessoas relaxaram. Mas o que Paragominas sabe fazer é reverter. Já revertemos uma vez começando de uma situação muito pior que a atual. Agora temos mais conhecimento e condição do que tínhamos em 2008. É só o pessoal acordar.”

Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o desmatamento na cidade foi de 31,6 km2, uma queda de 32,8% na comparação com os seis meses anteriores.


PRÓXIMO CAPÍTULO:

Agropecuária

Aquecimento global: litigância climática contra desmatadores ganha força

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