SISTEMA FECOMÉRCIO CEARÁ

SISTEMA FECOMÉRCIO CEARÁ
SISTEMA FECOMÉRCIO CEARÁ 75 ANOS

terça-feira, 30 de abril de 2024



Cientistas esperam usar bactérias e fungos presentes em cenas de crimes para resolver casos difíceis. Análise de insetos já acontece, mas não é tão precisa.

Por Fred Schwaller



Cientistas apostam na análise de micróbios na cena do crime para resolver casos complexos — Foto: picture-alliance/empic/P. Byrne/DW



Há cerca de 800 anos, o mistério tomou conta de uma aldeia chinesa quando um corpo foi descoberto com múltiplas facadas. Após a inspeção, o detetive local Song Ci determinou que os ferimentos foram causados ​​por uma foice.


👉 Para localizar o culpado, ele reuniu os moradores em uma tarde quente e disse-lhes que largassem as foices para inspeção. As moscas varejeiras começaram a pulular. Elas finalmente decidiram por uma única foice. Atraídas por vestígios de sangue da vítima, as moscas identificaram o agressor, que foi levado implorando por misericórdia. Caso encerrado.



Esse é o primeiro caso conhecido de um detetive que identificou um suspeito de assassinato por meio do estudo de insetos – um campo hoje conhecido como entomologia forense.





Mark Benecke, um cientista forense radicado na Alemanha, analisa rotineiramente os ciclos de vida de insetos como moscas, formigas e besouros em cadáveres em cenas de crimes. Por mais horrível que pareça, o seu trabalho tem sido fundamental em processos judiciais, ajudando a identificar quando, e muitas vezes como, alguém morreu.


🔎 Em 2017, por exemplo, Benecke determinou que um homem de 80 anos na Itália tinha morrido por negligência, ao estudar os ciclos de vida de moscas e formigas encontradas na casa do morto. "Não há muitos entomologistas forenses por aí", diz Benecke. Mas o seu trabalho pode fornecer o elo perdido em casos difíceis de resolver.


Insetos, como moscas, já são analisados por detetives forenses — Foto: Creative Touch Imaging Ltd/NurPhoto/IMAGO/DW



Mas embora os insetos possam ser úteis em circunstâncias muito específicas, Benecke afirma que muitas vezes é difícil coletar as informações corretas na cena do crime para fornecer uma análise útil para um processo judicial.



Os ciclos de vida dos insetos dependem dos níveis de temperatura, umidade e luz do ambiente. Eles são particularmente difíceis de determinar no inverno ou em climas mais frios, quando é menos provável que os insetos estejam por perto.




Além disso, "muitas vezes, não são coletados insetos suficientes [no local] ou eles são mal armazenados", conta Benecke. "Certa vez, me pediram para fazer um caso com a fotografia de um inseto esmagado."


Finalmente, estudar os ciclos de vida dos insetos geralmente não oferece precisão suficiente para determinar a hora exata da morte – informação crucial em casos de suspeita de homicídio.



Como baleias podem ensinar cientistas a falar com alienígenas
Saiba mais






Bactérias e fungos podem fornecer visão mais detalhada




Nos últimos anos, cientistas têm pesquisado se a análise de bactérias e fungos poderia oferecer um método preciso para identificar o momento e causas de morte.


É garantido que evidências microbianas estejam presentes na cena de um assassinato — Foto: Callista Images/imago images/DW


Em um estudo recente, os investigadores parecem ter encontrado algum apoio para essa hipótese. Eles identificaram um grupo de micróbios que parecem impulsionar a decomposição dos corpos, independentemente do clima ou da estação.


O estudo envolveu a análise de cadáveres em diferentes climas dos Estados Unidos durante as quatro estações. Os investigadores deixaram os corpos em locais diferentes durante 21 dias, depois analisaram o material genético de amostras de tecidos e criaram um mapa detalhado das populações de bactérias e fungos de cada corpo.




Depois, eles inseriram esses dados em um algoritmo de inteligência artificial (IA) que poderia identificar com precisão a hora da morte.




Os pesquisadores conseguiram então localizar 20 micróbios que, como um relógio, apareceram em todos os corpos analisados ​​durante o período de 21 dias.


😮 A alegria, pelo menos para os patologistas, era que as mesmas espécies microbianas colonizavam sempre os cadáveres com a mesma velocidade, independentemente da localização do corpo ou do clima em que se encontrava.


Os pesquisadores também conseguiram identificar comunidades microbianas distintas que colonizaram cadáveres em diferentes ambientes. Alguns dos micróbios que colonizaram os corpos no deserto, por exemplo, eram diferentes daqueles que colonizaram os corpos nas florestas.



Isto poderia permitir aos cientistas dizer onde um corpo provavelmente se decompôs com base em pequenas variações entre microbiomas.






Micróbios ainda não são analisados em cenas de crime




A análise de micróbios em cenas de crime poderia ajudar os patologistas forenses a determinar possíveis suspeitos e a confirmar ou refutar álibis em casos de suspeita de homicídio, especialmente quando a hora da morte não é clara.


É garantido que evidências microbianas estejam presentes na cena da morte, ao contrário de impressões digitais, manchas de sangue, testemunhas ou a coleta de varejeiras na arma do crime.



Mas os cientistas forenses ainda não estão usando micróbios como prova nas cenas dos crimes. Segundo Benecke, são necessários mais dados para compreender os muitos fatores que influenciam o seu crescimento. "No momento ainda está em fase de pesquisa. Mas sempre vale a pena usar todas as informações disponíveis [na cena do crime]", argumenta.

Dados em massa e estatísticas baseadas em inteligência artificial podem permitir uma boa estimativa do intervalo post-mortem [tempo decorrido desde a morte] e muito mais. Porém, dá muito trabalho. As pessoas precisam amar o tópico, e não muitos o fazem.

— Mark Benecke, cientista forense

Dois novos estudos mostram risco de medicamentos e relação entre problemas de visão e demência



Antipsicóticos podem ser perigosos para os pacientes e perda de sensibilidade visual indicaria declínio cognitivo 12 anos antes do diagnóstico.


Por Mariza Tavares — Rio de Janeiro


Os antipsicóticos são largamente utilizados em pacientes com demência para controlar sintomas como apatia, ansiedade, agressão, depressão, irritabilidade e delírio. A novidade (preocupante) é que eles podem estar relacionados a mais danos do que se supunha em trabalhos anteriores.


Idosa com demência: uso de antipsicóticos pode estar relacionado a mais danos do que se supunha em trabalhos anteriores — Foto: Claudia para Pixabay



Estudo mostra que crescem os riscos de uma série de resultados adversos, como o surgimento de coágulos, arritmia, infarto, acidente vascular cerebral, fraturas, pneumonia e problemas renais agudos. O pior: as chances de complicações aumentariam logo após o início do tratamento com as drogas. Os pesquisadores estimaram que, nos seis primeiros meses de uso da medicação, os antipsicóticos estavam associados a um caso a mais de pneumonia para cada nove pacientes; e a um caso adicional de infarto para cada 167.





Os avisos sobre efeitos adversos já alertavam para o risco de derrame, mas as evidências sobre os problemas eram inconclusivas. Para esclarecer tais incertezas, os pesquisadores ampliaram o leque de investigações de outros desfechos desfavoráveis. Foram utilizados dados de quase 174 mil pessoas que foram diagnosticadas com demência entre 1998 e 2018, sendo que 35 mil receberam prescrição para antipsicótico pela primeira vez. Os resultados indicam que é preciso avaliar com cuidado a necessidade de apelar para esse tipo de medicamento, que deveria se tornar uma opção somente quando opções não farmacológicas funcionassem. O trabalho foi publicado na revista científica “The British Medical Journal”.



Outro estudo, realizado por cientistas da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, apontou que problemas de visão podem ser os primeiros sinais de declínio cognitivo. A pesquisa, associando a perda de sensibilidade visual a um quadro demencial 12 anos antes do seu diagnóstico, se baseou no acompanhamento de 8.623 moradores saudáveis em Norfolk, na Inglaterra. No fim do monitoramento, 537 haviam desenvolvido demência, e foi possível mapear que fatores precederam o diagnóstico.




No começo, os participantes tinham se submetido a um teste para medir a sensibilidade visual: precisavam apertar um botão quando vissem o desenho de um triângulo num campo de pontos que se movimentavam. As pessoas que desenvolveram demência eram muito mais lentas para detectar a imagem.




O que o levantamento sugere é que as placas amiloides, que são emaranhados de fragmentos de proteínas beta-amiloides – tóxicas para os neurônios e suas sinapses – atacam, em primeiro lugar, áreas relacionadas à visão. As partes do cérebro ligadas à memória seriam afetadas posteriormente, o que só valoriza os check-ups oftalmológicos.




Há diversos aspectos do processamento visual que são prejudicados com a Doença de Alzheimer, como a habilidade de enxergar o contorno dos objetos e distinguir determinadas cores (o espectro de tons entre o azul e o verde é afetado precocemente). Mais um sinal é o déficit do controle inibitório dos movimentos oculares: pacientes apresentam maior dificuldade para ignorar estímulos de distração. Os pesquisadores ainda reuniram evidências de que, devido ao comprometimento visual, indivíduos com demência identificam os rostos de desconhecidos com menor eficiência. Portanto, não reconhecer as pessoas não seria apenas uma questão de comprometimento da memória.

Bater em crianças é crime? Entenda o que a lei prevê em casos de agressão


Qualquer tipo de castigo físico ou psicológico pode ser considerado crime. Penas podem variar de acordo com a gravidade da agressão.


Por Júlia Carvalho, g1



Menina de 11 anos apresentava hematomas nos braços e pernas após apanhar da mãe — Foto: Reprodução/WhatsApp



Qualquer tipo de agressão a crianças, seja física ou psicológica, pode ser considerada crime. De acordo com a Constituição Federal, crianças e adolescentes têm direito à dignidade e não podem ser expostos à violência, crueldade e opressão.


No fim de semana, uma mulher foi presa preventivamente após agredir sua filha de 11 anos em Pernambuco. Na abordagem, a policial militar que atendeu a ocorrência foi filmada dando um tapa no rosto da mulher após ver as marcas de espancamento no corpo da criança.


De acordo com Ariel de Castro Alves, advogado especialista em direto da infância e da juventude e ex-secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, em casos como esse, o responsável pode responder até por crime de tortura.




"A Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) asseguram a inviolabilidade da integridade física e psicológica das crianças e adolescentes. Eles não podem ser submetidos a nenhuma forma de violência", detalha o advogado.




👉 O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é o conjunto de leis que estabelece os direitos e deveres das crianças e adolescentes no Brasil. O estatuto tem como objetivo proteger a integridade física e psicológica desse grupo, garantindo seu desenvolvimento.


Além de proteger as crianças, o ECA também prevê medidas preventivas para casos de violência, além de orientação e penas para aqueles que praticam algum tipo de agressão contra crianças e adolescentes.




O que diz a lei




Iberê de Castro Dias, juiz da Vara da Infância e Juventude, explica que a Constituição sempre protegeu as crianças e adolescentes contra agressão. Mas uma legislação específica e a inclusão de leis sobre esse tema ajudaram a deixar mais claras as consequências para aqueles que protagonizam algum tipo de violência.



"No passado, se tinha muito uma visão que os filhos são propriedade dos pais e eles podem fazer o que bem entenderem na educação das crianças, mas isso vem se modificando", analisa o advogado.




Nesse contexto de mudança, a Lei Menino Bernardo, também conhecida como Lei da Palmada, é um marco importante.



Promulgada em 2014, a lei altera o ECA para "estabelecer o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante".


⚖️ A lei especifica o que é considerado castigo físico e tratamento cruel ou degradante:


Castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física aplicada sobre a criança ou o adolescente que resulte em sofrimento físico ou lesão;
Tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize.




Segundo Iberê, com essa lei houve pela primeira vez a explicitação da proibição desse tipo de violência, o que contribuiu para o maior debate do tema na sociedade, além de especificar as punições para esse tipo de situação.


Ariel de Castro Alves, que também é membro da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB-SP, ressalta que a lei traz alterações fundamentais no ECA, auxiliando na proteção desse grupo.



"Ela [a lei] foi criada para enfrentar a cultura e tradição de violência contra crianças e adolescentes sobre o pretexto 'educacional', entendendo que quem sofre violência pratica violência", afirma.





Casos de maus-tratos contra crianças e adolescentes crescem 21% no Brasil em 2021, mostra Anuário
Saiba mais






Educação positiva




Os especialistas explicam que um dos principais motivos pelos quais a proibição desse tipo de violência existe é porque qualquer castigo físico ou psicológico contra crianças e adolescentes tem consequências maléficas diretas em seu desenvolvimento.


🧸 Irene Gaeta, membro da Associação Internacional de Psicologia Analítica (IAAP), lista que entre as principais consequências das agressões estão:


Ansiedade
Transtornos depressivos
Baixo desempenho na escola
Comportamento agressivo e violento
Síndrome do pânico
Quadros depressivos




A psicóloga e professora Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Isabel Kahn, comenta que as agressões podem levar à reprodução desses comportamentos agressivos por parte dessas crianças e adolescentes em outras relações no futuro.



"Eles podem repetir essa forma de domínio diante daqueles que se sentem mais fortes, é um padrão de agressividade que se reproduz para alguns", explica.




As especialistas também lembram que os pais e cuidadores devem sempre estar cientes que suas experiências passadas influenciam suas atitudes frente à educação. Elas reforçam a necessidade dos pais e cuidadores serem firmes na educação, mas sempre tendo em mente a importância da escuta.



"A comunicação é a base para estabelecer limites na educação dos filhos. Ao se comunicar de forma clara e calma, os pais podem criar um ambiente de entendimento e respeito mútuo", aconselha Irene Gaeta.





Isabel ainda comenta que os limites vêm para proteger as crianças, e que escutar não significa fazer todas as suas vontades. "É preciso entender quais são seus princípios e seus valores e que não se pode fazer valer uma regra na base da força", afirma.




Consequências para os agressores




Além de explicitar a proibição do uso de violência na educação de crianças, o ECA também determina as punições que devem ser aplicadas nessas situações.



"A rigor, o limite para se definir o que é ou não agressão é zero. Nenhuma agressão verbal ou física é permitida. Mas a forma como isso ecoa na criança vai determinar as consequências para aquele que promoveu a agressão", analisa Iberê Dias.




👨🏻‍⚖️ A lei prevê que os responsáveis que utilizarem castigos físicos ou psicológicos estão sujeitos às seguintes medidas, que serão aplicados de acordo com a gravidade do caso:


Encaminhamento a programas oficiais ou comunitários de proteção à família;
Encaminhamento à tratamento psicológico ou psiquiátrico;
Encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
Advertência.




A depender do nível da agressão, pode ser configurada nos crimes de tortura e maus tratos. Ambos preveem pena de detenção e multa e têm a pena aumentada quando a vítima é criança ou adolescente.




"Só punir não resolve. É preciso educar mães, pais e responsáveis para que exerçam seu papel de educadores da maneira correta, com cuidado e sem violência", alerta Iberê Dias.




Os especialistas ainda ressaltam a importância da denúncia nos casos de violência contra crianças e adolescentes. Aqueles que presenciarem qualquer tipo de agressão contra esse grupo pode realizar uma denúncia anônima no Disque 100 (Disque Direitos Humanos).


Além disso, é possível acionar o Conselho Tutelar, o Ministério Público e a Polícia Militar.

Onda de calor se estende e deve durar até segunda semana de maio


País deve ter dois picos de calor ao longo dos próximos dias. Frentes frias seguem sem conseguir avançar para o continente por causa do bloqueio atmosférico.


Por Júlia Carvalho, g1





Quarta onda de calor deve se estender pelo menos até dia 10 de maio. — Foto: INMET



Inicialmente prevista para acabar nesta semana, a quarta onda de calor do ano deve durar até a próxima semana. De acordo com a Climatempo, as condições de temperaturas acima da média devem ser estender pelo menos até dia 10 de maio.


O Centro-Sul do país vem sendo o mais atingido pelas altas temperaturas. A previsão é que Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e sul do Mato Grosso registrem temperaturas superiores a 5°C acima da média nos próximos dias.


Quarta onda de calor do ano deve se estender até o dia 10 de maio e atingir de forma mais intensa Centro-Sul do país — Foto: Arte g1/Kayan Albertin



🥵🔥O fenômeno, resultado da atuação de uma área de alta pressão, está impedindo que frentes frias avancem para o Sudeste e para o Centro-Oeste (veja abaixo como se formam as ondas de calor). Atuando desde o dia 22 de abril, a onda de calor tem mantido o ar seco e quente e elevado as temperaturas nessas regiões.



"O calor deve continuar porque as frentes frias seguem não conseguindo avançar pelo continente. Elas até passam, mas são desviadas para o oceano", analisa a especialista em meteorologia, Maria Clara Sassaki.




🌡️No fim de semana, diversas capitais registraram máximas acima da média para a estação. No sábado (27), os termômetros bateram os 37,2°C. Já no Rio de Janeiro, a máxima liderou o ranking do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de temperaturas mais altas do país no domingo (28), superando os 38°C.



Onda de calor: como se forma o fenômeno que é cada vez mais comum no Brasil
Saiba mais






Dois picos de calor




Com a ampliação do número de dias que o fenômeno deve durar, o país pode ter dois picos de calor neste período. Nos dias de ápice, as temperaturas podem ficar até 7°C acima da média em algumas regiões.


É o caso de Porto Alegre, por exemplo. A média de temperatura máxima para o mês na capital é de 26°C. Nos próximos dias, os termômetros podem marcar até 33°C. O mesmo acontece no Rio de Janeiro, que tem média de 27,8°C e pode registrar até 35°C.



Segundo a meteorologista Maria Clara Sassaki, o primeiro pico deve acontecer nesta semana e atingir de forma mais intensa o Sul e o Sudeste.



Já o segundo pico está previsto para o fim da próxima semana e deve abranger boa parte dos estados do Centro-Oeste e do Sul.




Como se forma uma onda de calor?




As ondas de calor precisam de dois principais fatores climáticos para a sua formação:


Massas de ar quente e seco
Bloqueios atmosféricos




☁️ Maria Clara Sassaki, especialista em meteorologia, explica que esse fenômeno ocorre quando as massas de ar quente e seco ganham força ao encontrar um bloqueio atmosférico. Os bloqueios atmosféricos são um tipo de circulação de ventos no alto da atmosfera que impedem o avanço das frentes frias.


Nesse cenário, as frentes frias se formam, tentam avançar, mas encontram um bloqueio, o que as leva diretamente para o oceano. Assim, a massa de ar quente no continente vai ficando cada vez mais forte, gerando uma onda de calor.


O bloqueio atmosférico impede que as frentes frias avancem, contribuindo para a manutenção das altas temperaturas. — Foto: Arte/g1

Brasil passa de 4 milhões de casos de dengue; mortes chegam a 1.937



© Marcelo Camargo/Agência Brasil



O Brasil passou de 4 milhões de casos de dengue registrados neste ano, conforme atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (29). No total, 4.127.571 casos prováveis da doença foram notificados em todo o país nos quatro primeiros meses.

Quanto às mortes por dengue, 1.937 foram confirmadas e 2.345 estão sob investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é 2.032,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.



A faixa etária mais afetada é de 20 a 29 anos, que concentra a maior parte dos casos. Já a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.

As unidades da Federação com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina.

Projeções divulgadas no início do ano apontam que os casos de dengue no país podem chegar a 4.225.885.
Combate à dengue

O Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram nesta segunda-feira (29), em Belo Horizonte, a Biofábrica Wolbachia. A unidade, administrada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai permitir ao Brasil ampliar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.

A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente naturalmente no Aedes aegypti. O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados pela Wolbachia, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.





Arte/Agência Brasil


O Impacto do jiu-jitsu na vida de crianças e adolescentes com autismo


Ao praticar jiu-jitsu, eles aprendem a superar desafios, desenvolver habilidades de autorregulação e fortalecer suas habilidades sociais
Escrito por Daniel Machado
Legenda: Professor de jiu-jitsu na Machado Brazilian Jiu-Jitsu




A medida que abril chega ao fim, é fundamental refletir sobre a importância de compreender e apoiar as crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Este mês, marcado pelo movimento internacional de conscientização sobre o autismo, proporcionou uma oportunidade valiosa para destacar as necessidades e capacidades dessas pessoas. O autismo é uma condição complexa que afeta a comunicação, interação social e comportamento. No entanto, cada pessoa com autismo é única, com suas próprias habilidades e desafios. É essencial promover um ambiente inclusivo e empático que reconheça e valorize essas diferenças.


O jiu-jitsu surge como forma poderosa de proporcionar estímulo e apoio às crianças e adolescentes com autismo. Esta arte marcial não só oferece benefícios físicos, como coordenação motora e condicionamento físico, mas também promove o desenvolvimento emocional e social. O jiu-jitsu valoriza o respeito, disciplina e trabalho em equipe, proporcionando um ambiente acolhedor e inclusivo para todos os praticantes, independentemente de suas habilidades ou limitações. Para crianças e adolescentes com autismo, o jiu-jitsu oferece uma oportunidade única de se engajar em uma atividade que promove a autoconfiança.

Ao praticar jiu-jitsu, eles aprendem a superar desafios, desenvolver habilidades de autorregulação e fortalecer suas habilidades sociais. Além disso, o ambiente estruturado e previsível do treinamento pode ajudar a reduzir a ansiedade e promover um senso de segurança e estabilidade. No entanto, é importante lembrar que o jiu-jitsu não é apenas algo sobre técnicas de luta, mas também sobre valores e princípios. Ao participar de aulas de jiu-jitsu, os alunos têm a oportunidade de fazer parte de uma comunidade solidária e de aprender habilidades importantes para a vida.

O mês de abril se encerra mas continuamos nossa jornada azul ao longo do ano. Vamos continuar a apoiá-los e celebrar suas conquistas, reconhecendo o potencial único que cada um deles traz para o mundo. E que o jiu-jitsu possa continuar a ser uma ferramenta poderosa de inclusão, capacitando para desafios da vida com coragem, determinação e dignidade. Que possamos construir um mundo onde todos tenham a oportunidade de florescer e brilhar, independentemente de suas diferenças.

Grupo cearense investe R$ 80 milhões e entra no setor de energia solar


Escrito por Victor Ximenes.
Com atuação no mercado de shopping centers e setor imobiliário, Dasart agora mira energias renováveis com a criação da Nortis Energia
Legenda: Nova empresa já tem 10 usinas solares
Foto: Divulgação

Victor Ximenes



O Grupo Dasart - conglomerado cearense com atuação em diversos segmentos, como construção e incorporação imobiliária, mercado financeiro e shopping centers - anunciou incursão no mercado de energias renováveis com a criação da Nortis Energia.


Com um investimento de R$ 80 milhões, o novo braço da Dasart vai construir usinas solares com uma capacidade total de aproximadamente 20 megawatts-pico (MWp), o que seria suficiente para atender o consumo de 18 mil residências.


VEJA TAMBÉM

VICTOR XIMENES
Energia solar de graça: novo modelo dá desconto na conta de luz e renda para vendedores




Segundo a empresa, 10 usinas solares já estão em operação ou em obras, nos municípios de Missão Velha, Amontada e Mombaça.

"Acompanhamos o crescimento do setor há anos e o recente marco regulatório nos deu a segurança necessária para iniciar os investimentos", comenta Vitor Frota, CEO do Grupo Dasart.
Energia por assinatura

A Nortis Energia oferecerá o serviço de energia solar por assinatura, que vem crescendo. Por meio dele, unidades de consumo como residências, condomínios ou empresas podem usar energia solar compartilhada produzida por unidades geradoras, como fazendas solares.




"Os clientes poderão obter descontos representativos, equivalentes a até dois meses de energia por ano, ou cerca de 15%, sem os investimentos e limitações associados à instalação de sistemas solares individuais. Nesta modalidade, os clientes permanecem conectados à rede da ENEL, garantindo segurança no abastecimento enquanto recebem energia renovável", explica Frota.




Dados da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) apontam que, para atender à crescente demanda por energia, o número de usinas que funcionam neste modelo aumentou substancialmente nos últimos dois anos, passando de 1.900 em 2021 para 6.652 atualmente.

Saiba o que diz a lei sobre dirigir alcoolizado


Há 16 anos, Lei Seca se mostra eficaz na conscientização e redução de acidentes por uso de álcool
Escrito por Agência de Conteúdo DN
Legenda: Apesar de ainda negligenciada por alguns motoristas, a Lei Seca se mostra eficaz na redução de acidentes de trânsito por embriaguez
Foto: Divulgação




Dirigir alcoolizado é uma infração que alguns condutores ainda insistem em cometer. Entretanto, a Lei Seca, sancionada em território nacional em 2008, funciona como a garantia de que normas e iniciativas serão implementadas para inibir o consumo de bebida alcoólica pelos condutores de automóveis e garantir que a informação chegará de maneira mais acessível para todos.

De acordo com informações do dossiê “Panorama dos acidentes de trânsito por uso de álcool no Brasil”, elaborado pela ONG Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), a taxa de óbitos em acidentes de trânsito por uso de álcool caiu 32% desde que a Lei Seca foi sancionada.

Antônio Ferreira, Superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), explica que no Código de Trânsito Brasileiro, a tolerância de álcool é zero. O ato configura infração gravíssima, que gera multa, recolhimento e suspensão da carteira de habilitação por 12 meses. “Quando a concentração de álcool for igual ou superior a 0,30 miligramas por litro de ar alveolar ou o motorista indicar incapacidade psicomotora, ele poderá ser preso sob pena que varia de seis meses a três anos”, reforça ele.

O Brasil é um dos poucos países do mundo a implementar a tolerância zero para a mistura de álcool e direção. “Os números em queda indicam a importância de uma legislação que conscientize a população e penalize infratores que insistam em dirigir alcoolizado ou sob efeito de entorpecentes. As campanhas nacionais relacionadas à Lei Seca replicam a informação e reforçam a boa conduta. Cada vez mais essa conscientização passa a fazer parte da cultura das pessoas”, destaca o Superintendente.

Em alguns casos, os condutores acabam pecando pela empolgação em passeios, ou pela ideia de que um consumo moderado não causará impactos. Nesses casos, é primordial manter a disciplina e se organizar previamente. “Se vai beber, optar por voltar de transporte público ou aplicativos de viagens também são alternativas para manter a segurança no trajeto”, alerta o profissional.

FPM: municípios recebem quase R$ 500 milhões a mais nesta terça-feira (30) do que no mesmo período do ano passado





Imagem: Brasil 61

Prefeituras de todo o país partilham R$ 4,88 bilhões referentes à terceira parcela de abril. Veja quanto sua cidade vai receber

Nesta terça-feira (30) as prefeituras brasileiras recebem R$ 4,88 bilhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). São quase R$ 500 milhões a mais referentes ao terceiro repasse do mês de abril do que no mesmo período de 2023.

O repasse será suficiente não apenas para anular o impacto da inflação nos últimos 12 meses — que pelo IPCA foi de 3,93% —, como para dar aos cofres municipais aumento real de recursos: 7,4%.

O especialista em orçamento público Cesar Lima diz que os gestores têm mais um motivo para comemorar. Afinal, a alta interrompe uma sequência de duas quedas consecutivas do FPM em abril.

"É uma boa notícia a quebra dessa tendência de queda. Isso é muito bom para os municípios", avalia. "Nós vamos ter que observar um pouco mais adiante, para ver se [as quedas] realmente foram uma coisa de momento", pondera.
Imprescindível

De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o FPM é a principal fonte de receita de sete em cada dez cidades brasileiras.

No Paraná, não é diferente, diz Roberto Justus, prefeito de Guaratuba, município com cerca de 42 mil habitantes. O gestor diz que os repasses do fundo garantem a sobrevivência de boa parte das prefeituras

"A importância [para Guaratuba] é grande e eu posso dizer que, conhecendo a realidade dos demais municípios do Paraná, para eles também. A imensa maioria dos municípios do Paraná depende do repasse para pagar as suas folhas, por exemplo. E não estou dizendo em investimento, porque a minha capacidade de investimento é muito pequena. Se eu quiser gastar R$ 10 milhões, vou precisar fazer um financiamento. Para a manutenção dos serviços públicos, para que as prefeituras continuem de portas abertas, é fundamental que esse repasse se mantenha", afirma.

Após duas quedas consecutivas, FPM volta a crescer; prefeituras partilham R$ 4,8 bilhões na terça-feira(30)

FPM: saiba o que são municípios de interior e o critério de distribuição para essas cidades
Fundeb

O FPM repassa 20% dos recursos para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o que nesta terça-feira corresponde a pouco mais de R$ 1,2 milhão.
Prefeituras bloqueadas

De acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), até o último domingo (28), 13 municípios estavam impedidos de receber o FPM.
Verifique se a sua cidade está na listaLaje (BA)
Mansidão (BA)
Jordânia (MG)
Antônio João (MS)
Miranda (MS)
Alto Taquari (MT)
Campos de Júlio (MT)
Dom Aquino (MT)
Rio Branco (MT)
Rondonópolis (MT)
São José do Povo (MT)
Braganey (PR)
Carapebus (RJ)
#Economia#FPM#Municípios

Termina nesta terça-feira (30) prazo para regularizar exame toxicológico





Ainda é grande o número de motoristas de veículos pesados que não fizeram o exame toxicológico Foto: Gervásio Batista/Agência Brasil

Cerca de 3,4 milhões de motoristas das categorias C, D e E ainda não fizeram o exame

Os condutores de veículos das categorias C, D e E , que ainda não fizeram o exame toxicológico junto à Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), precisam se apressar. Termina nesta terça-feira (30) o prazo para regularizar a situação. Quem não fizer o exame dentro do prazo legal, corre o risco de pagar multa de R$ 1.467,35 — e ainda perder sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A não realização do exame dentro do período estabelecido é considerada infração gravíssima, conforme a Lei 14.599/2023.

Para o advogado especialista em trânsito Marcelo Araújo, a ingestão de substâncias que alterem a percepção psicomotora da pessoa pode ser determinante na ocorrência de sinistro.

“A partir do momento que você começa a usar métodos para minimizar esses riscos, logicamente você está preservando a segurança de trânsito. Então o objetivo principal — e aí logicamente nós devemos nos curvar a essas ações —, elas são justamente para isso, para assegurar, na medida do possível, a segurança do trânsito”, ressalta.

Fundeb: Quase ¼ dos municípios ainda precisam se habilitar para receber a completação do VAAT

A Secretaria Nacional de Trânsito tem enviado alertas via aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT). Cerca de 3,4 milhões de condutores das categorias para quem o teste é obrigatório ainda não o fizeram.

O advogado Armando de Souza, que também é especialista em direito do trânsito, explica que a regularização desse exame, além de manter em dia os compromissos com o que está previsto em lei, também é uma forma de preservação da vida.

“A importância desse exame toxicológico é a proteção da vida, maior patrimônio de um ser humano. Essa proteção da vida é um objetivo do Código de Trânsito Brasileiro — o CTB, hoje vigente”, reforça.
Como conferir a situação

Para saber se é necessário ou não fazer o exame toxicológico basta acessar a página do Portal de Serviços da Senatran e seguir os seguintes passos:Informar CPF, data de nascimento e data de validade da Carteira Nacional de Habilitação nos espaços informados;
Clicar no botão “Prosseguir”;
Imediatamente, o usuário será conduzido a uma das telas abaixo, com detalhamento de prazos, vencimentos e alertas.
#Trânsito

Dormir com ventilador ligado pode causar ou agravar doenças, diz especialista; veja como se proteger


Ressecamento das vias aéreas respiratórias e propagação de poeira e ácaros no ambiente estão entre as principais causas de problemas


Por Victória Ribeiro

Com as temperaturas atingindo altos índices, é muito comum recorrer ao ventilador durante a noite, para facilitar o sono. Contudo, essa prática tem sido apontada como uma possível causa de sintomas desconfortáveis ao acordar e, no pior dos casos, como agravante de problemas respiratórios pré-existentes.

Nadya Mambelli, coordenadora do curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera, destaca uma das principais preocupações relacionadas a esse hábito: o ressecamento da região nasal e da garganta causado pelo fluxo constante de ar.

Ventilador pode ressecar vias aéreas e garganta, favorecendo a ocorrência de problemas de saúde. Foto: Tatiana/Adobe Stock


Isso porque a remoção da umidade natural das vias respiratórias pode levar a irritações, coceiras e, em casos mais graves, facilitar a entrada de agentes infecciosos. “Para aqueles que já sofrem de condições respiratórias, como rinite ou asma, o uso contínuo do ventilador pode agravar ainda mais os sintomas”, apontou a especialista, em comunicado.

Outro ponto ressaltado por Nadya é a possível propagação de poeira e ácaros no ambiente. Afinal, ao mover o ar, o ventilador espalha partículas suspensas, o que pode desencadear alergias e problemas respiratórios, especialmente em pessoas mais sensíveis.

Leia também

Ventilador não ajuda a amenizar impactos do calor extremo à saúde, mostra estudo


Como evitar problemas?

Como possíveis alternativas para dispensar o uso do ventilador, a especialista recomenda o uso de umidificadores de ar, além da escolha de roupas de cama e pijamas adequados. A combinação pode contribuir para criar um ambiente propício ao sono sem depender exclusivamente do ventilador. “Ao adotar essas precauções, é possível desfrutar de noites mais tranquilas, equilibrando o conforto térmico com a preservação da saúde respiratória”, afirmou.

Agora, para aqueles que preferem continuar apostando no ventilador para aliviar o clima quente, o conselho é manter o aparelho sempre limpo, trocar regularmente os filtros e usar um umidificador no ambiente. É importante também sempre estar atento aos sintomas respiratórios e buscar orientação médica quando necessário.


A especialista também alerta que crianças podem ser sensíveis ao vento do ventilador, podendo experimentar dor de ouvido e câimbras musculares, sintomas que poucas pessoas relacionam ao vento. “Recomendo sempre umedecer uma toalha com água e algumas gotas de essência natural de lavanda, menta ou hortelã, pois proporcionam sensação de frescor e também auxiliam na imunidade”, orientou Nadya.

Mercado de hidrogênio verde deve aumentar demanda por engenheiros e advogados que ‘saiam da caixa’


Empresas dizem que novas carreiras não devem surgir por conta desse mercado, mas que oportunidades para profissionais especializados em energia podem crescer


Por João Scheller

Omercado de hidrogênio verde é uma das apostas promissoras para a transição energética. Apesar de ainda engatinhar no País, tem potencial para a geração de diferentes postos de trabalho e o impulsionamento de carreiras, em especial posições técnicas ligadas à área de engenharia.

Segundo empresas consultadas pelo Estadão, a produção de hidrogênio verde em larga escala não deve criar novas profissões, mas se espera que impulsione a demanda do mercado por profissionais que tenham conhecimento e experiência com as áreas de energia e descarbonização.

Engenheiros elétricos e químicos, por exemplo, serão necessários para comandar as unidades de produção de hidrogênio, extraído pelo processo de eletrólise, utilizando fontes de energia limpa. Mas, para além deles, profissionais que conheçam o mercado de energia renovável e tenham experiência com o tema, também podem sair na frente na busca por uma vaga no setor.

Profissionais do direito, por exemplo, com conhecimento em direito ambiental devem ter papel fundamental para lidar com tópicos de regulamentação desse novo mercado.
Luiz Antonio Mello, da Thyssenkrupp, prevê que mercado de hidrogênio verde deve demandar características cada vez mais multidisciplinares dos profissionais • WASHINGTON ALVES/ESTADÃO

“Acredito que o hidrogênio verde vá impactar o mercado de trabalho de uma forma bem mais abrangente. É muito mais do que falarmos que vamos precisar de técnicos e engenheiros para trabalhar com eletrólise”, afirma Luiz Antonio Mello, líder de vendas da Thyssenkrupp Uhde para o Brasil. A empresa alemã é uma das companhias que tem apostado no potencial do mercado brasileiro para a produção de hidrogênio de forma limpa.
Expansão do hidrogênio verde deve abrir novos mercados

Além de causar o aumento de demanda por profissionais especializados, o mercado de hidrogênio verde pode colaborar também para a criação de novos mercados no País. “O hidrogênio verde tem um potencial enorme para reindustrializar o Brasil, e também para exportação direta”, afirma o diretor da mineradora australiana Fortscue no Brasil, Luis Viga.

A mineradora trabalha no País com a produção de hidrogênio verde e tenta, junto ao governo federal, buscar incentivos fiscais para a produção em larga escala do produto.

“Podemos produzir (com o mercado de hidrogênio verde) aço e fertilizantes no Brasil, algo que não temos”, pontua Viga. Segundo a Fortscue, os incentivos são essenciais para a criação de um mercado funcional do produto, considerando que seu valor é consideravelmente mais alto do que o do hidrogênio “não verde”.

Tanto Viga quanto Mello afirmam que o conhecimento relacionado às áreas de energia é fundamental para quem deseja ingressar nesse novo mercado, assim como experiência no ramo de energia, em especial a limpa.


“Ainda não existe uma indústria de hidrogênio verde na mesma escala do que outras indústrias no Brasil. Por isso, vemos muitos profissionais que trabalhavam com petróleo ou energia eólica, por exemplo, vindo para essa nova indústria. A tecnologia não é necessariamente nova, o que precisamos é de pessoas para lidar com esses desafios e processos”

Luis Viga

Diretor da mineradora australiana Fortscue no Brasil

Segundo eles, cada vez mais o perfil buscado será o de profissionais que se mantêm atualizados e vão além da simples capacitação profissional. “Esse novo mercado vai demandar profissionais que não estão mais em ‘caixinhas’. A caixinha do engenheiro, do gestor, do advogado. Cada vez mais precisaremos de engenheiros fazendo cursos de direito ambiental ou advogados entendendo mais de tecnologia. Essa multidisciplinaridade será demandada dos profissionais que vão liderar”, afirma Mello.



Engenheiros serão os mais demandados


As empresas apontam que o mercado de hidrogênio verde deve demandar profissionais da engenharia das mais diferentes áreas, como:
● Engenheiros elétricos;
● Engenheiros químicos;
● Engenheiros civis;
● Engenheiros mecânicos;
● Engenheiros de processo.


Além disso, Mello aponta que deve haver demanda para profissionais especializados em:
● Redes de transmissão de energia;
● Controle e gestão de grid de transmissão elétrica;
● Planejamento elétrico.





Ele avalia, porém, que o mercado ainda está se formando no Brasil e esta demanda deve surgir somente a partir do momento em que a produção de hidrogênio verde no País se expandir. “Esse mercado ainda está nascendo, e acabamos tendo o know-how dentro de casa. Por isso, atualmente temos a capacidade de capacitar internamente nossos engenheiros”, afirma.

Mello afirma que, apesar do mercado ainda inicial, começam a surgir algumas especializações específicas, voltadas para a área de energia limpa, como o curso especializado em Hidrogênio Verde oferecido pelo Senai Cimatec, da Bahia.

Por fim, ele destaca que as especializações em nível técnico também devem ser valorizadas, e podem contribuir para uma expansão mais rápida desse mercado no Brasil.


“Cada vez mais precisaremos de engenheiros fazendo cursos de direito ambiental ou advogados entendendo mais de tecnologia. Essa multidisciplinaridade será demandada dos profissionais que vão liderar”

Luiz Antonio Mello

líder de vendas da Thyssenkrupp Uhde para o Brasil
Quais os salários na área de hidrogênio verde?

Questionadas pela reportagem, as empresas não quiseram compartilhar a média salarial que praticam para os cargos citados. Por conta do mercado de hidrogênio verde ainda ser embrionário, há dificuldade de mapeamento de salários para cargos que lidem diretamente com o mercado de hidrogênio limpo.

Segundo a consultoria Robert Half, que compila anualmente a média salarial de diferentes empresas, profissionais ligados à energia verde podem ter salários mensais que variam de R$ 6 mil a R$ 30 mil, dependendo do cargo e nível de senioridade.


“O que torna um profissional mais caro é se ele é raro e se existe demanda (para os serviços que ele pode ofertar)”

Erika Moraes

recrutadora da Robert Half

Ela menciona que ter bom conhecimento de base, com cursos sólidos, e bom domínio de inglês é essencial para atingir o sucesso na busca por uma vaga no mercado de trabalho.

A consultoria indica ainda que os salários praticados por grandes empresas multinacionais que atuam no setor tendem a ser maiores do que a média de mercado.


PRÓXIMO CAPÍTULO:

Link

Hidrogênio verde vira esperança de startups para ‘limpar’ transportes e indústria

LEIA →





EDITORES-EXECUTIVOS: LEONARDO CRUZ E RICARDO GRINBAUM; EDITOR DE ECONOMIA: ALEXANDRE CALAIS; EDITORA-ASSISTENTE DE ECONOMIA: RENÉE PEREIRA; DIRETOR DE ESTRATÉGIAS DIGITAIS: ANDRÉ FURLANETTO; PROJECT MANAGER: EDEGARD UTRERA; REPORTAGEM: JOÃO SCHELLER; EDITOR DE CARREIRAS E PME: ARMANDO PEREIRA; EDITORA DE INFOGRAFIA: REGINA ELISABETH SILVA; EDITORES-ASSISTENTES DE INFOGRAFIA: ADRIANO ARAUJO E WILLIAM MARIOTTO; DESIGNER MULTIMÍDIA: LUCAS ALMEIDA; INFOGRAFISTAS MULTIMÍDIA: MARCOS ANTONIO BRITO E MAURO GIRÃO; EDITOR DE FOTOGRAFIA: CLAYTON DE SOUZA; FOTOS: DANIEL TEIXEIRA E FELIPE RAU; EDITOR DO NÚCLEO DE VÍDEO: GABRIEL PINHEIRO; EDIÇÃO DE VÍDEO: CLÁUDIO DA LUZ.

Alta taxa de jovens nem-nem e fim do bônus demográfico agravam situação da Previdência


Especialistas dizem que última reforma encarou essas pessoas como ‘folgadas’ e relatam que grupo não confia no sistema previdenciário

Oproblema da alta taxa de jovens nem-nem aliado ao fim do bônus demográfico agrava o cenário desequilibrado da Previdência brasileira, que já aponta déficit perto de R$ 400 bilhões para este ano. O País apresenta, ainda, baixo nível de contribuição frente à necessidade de pagamento dos benefícios. Atualmente, há três contribuintes para cada aposentado ou pensionista e o equilíbrio das contas demandaria ao menos sete trabalhadores formais ativos para cada beneficiário, de acordo com projeção feita com exclusividade para o Estadão/Broadcast.

“A relação previdenciária entre nem-nem e aposentadoria é a necessidade, ao longo do tempo, de esses jovens entrarem firmemente no mercado de trabalho e contribuírem com a previdência, já com algum atraso”, esclarece Luís Eduardo Afonso, professor de Previdência Social da Universidade de São Paulo (USP). “Se não contribuem hoje, eles reduzem a receita significativamente, se aposentarão mais tarde, provavelmente com um benefício mais baixo, e estarão mais perto das condições de pobreza.”
ETHIENY KAREN PEREIRA FERREIRA/ESTADÃO

O grupo nem-nem representa 20% dos 49 milhões de brasileiros de 15 a 29 anos, totalizando 10,9 milhões de jovens. Essa parcela de inativos não só retarda o período para conseguir a própria aposentadoria no futuro como reduz a receita potencial para os que já estão aposentados no Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Para Jorge Boucinhas, professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a subocupação dos jovens agrava a queima do chamado bônus demográfico, fase de crescimento da população em idade ativa apta a trabalhar. “O maior potencial de arrecadação e contribuição está concentrado nessa faixa etária. O Brasil não soube capitalizar o bônus demográfico, e isso seria ideal para financiar um modelo atuarial como o nosso”, avalia.

Uma capitalização correta do recurso demográfico poderia trazer impactos positivos para essa geração, uma vez que jovens engajados no mercado de trabalho conseguiriam preparar uma gordura de caixa para o pagamento dos já aposentados e dos que ainda virão a se aposentar. Isso foi o que países como Japão e Coreia do Sul fizeram. “Os países asiáticos viveram o mesmo cenário de bônus demográfico entre as décadas de 1960 e 1980, e acabaram crescendo, projetando os coreanos, por exemplo, a atingirem uma renda per capita cinco vezes maior do que a brasileira”, argumenta Afonso, da USP.


“Durante a reforma, esses jovens foram tratados como folgados, pessoas que não querem trabalhar”

Diego Cherulli

especialista em direito previdenciário

Já na visão de Adriane Bramante, Presidente do Instituto de Direito Previdenciário (IBDP), a previdência no futuro deverá trabalhar com a educação financeira a fim de engajar o público jovem a contribuir. “Existem, hoje, diversas formas de contribuição”, explica a especialista. “O público jovem que não quer investir em previdência pode abrir um MEI e pagar 5% do salário mínimo. Há uma gama de possibilidades de proteção previdenciária.”


PREVIDÊNCIA E O 7 A 1

A relação de 7 a 1 como proporção ideal para equilibrar as contas previdenciárias foi feita com exclusividade para o Estadão/Broadcast pelo economista, diretor e fundador do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), Paulo Tafner. O cálculo leva em conta os benefícios concedidos e a base atual de contribuintes, além da taxa de informalidade. Nesse contexto, o meme “todo dia um 7 a 1 diferente”, criado após a goleada sofrida pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014 para definir situações negativas, pode definir bem o cenário.

Segundo Tafner, a estimativa é a de que no futuro se chegue à média de uma pessoa ativa por aposentadoria. “Daqui a alguns anos, vai ter um ativo e meio para financiar um inativo. Isso é pouca gente para manter a quantidade enorme de beneficiários. O sistema de repartição brasileiro está falido.”

No regime de repartição, os trabalhadores ativos pagam os benefícios dos que estão inativos, o chamado pacto geracional. O pagamento dos benefícios próprios vai depender da geração futura. “A questão de uma parcela que não está trabalhando pode onerar futuramente a Previdência”, ressalta Luciano Nakabashi, professor do departamento de Economia da USP de Ribeirão Preto. Segundo ele, se fosse um regime de capitalização, o próprio trabalhador, durante sua idade ativa, acumularia recursos para sustentar o seu benefício previdenciário. “Se acabar o fundo, fica sem aposentadoria.”


“Daqui a alguns anos, vai ter um ativo e meio para financiar um inativo”

Paulo Tafner

economista e diretor do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social

O resgate dessa população nem-nem é uma tarefa complexa até pela incompreensão do fenômeno na hora de elaborar a Reforma da Previdência. “Durante a reforma, esses jovens foram tratados como folgados, pessoas que não querem trabalhar, que não querem produzir e pretendem ficar na barra de saia dos pais, que são aposentados”, lembra Diego Cherulli, especialista em direito previdenciário. “O mecanismo usado foi reduzir o valor dos benefícios para atrasar as aposentadorias e diminuir drasticamente o valor das pensões por morte.”

A informalidade também prejudica esse cenário, já que segundo os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 39,1% da população ocupada (ou 39,2 milhões de trabalhadores) é de informais, que não contribuem regularmente para a Previdência Social. Na avaliação de Cherulli, o grande desafio, além da alta informalidade e de um mercado de trabalho com rotatividade elevada, é reconquistar a confiança do jovem numa aposentadoria social que funcione.

“A última reforma assustou especialmente o jovem, que já não confia na Previdência. Houve muita mentira em cima do sistema previdenciário”, diz Diego Cherulli. “Os jovens não confiam no sistema previdenciário, não confiam nas regras de trabalho. Acham que tudo é muito instável.”


Com reportagem de: Gabriel Rios, Marcos Furtado e Ylanna Pires

13º CURSO ESTADÃO DE JORNALISMO ECONÔMICO. REPORTAGEM: ANA LUIZA ANTUNES, BEATRIZ NOGUEIRA, DANIEL ALOISIO, DIANE BIKEL, ELANNY VLAXIO, FELLIPE GUALBERTO, GABRIEL RIOS, GABRIELA JUCÁ, GEOVANI BUCCI, GIOVANNA MARINHO, IRACI FALAVINA, JEAN ARAÚJO, JULIA CAMIM, JULIANO GALISI, LETÍCIA OZÓRIO, MA LERI, MARCOS FURTADO, MAYANE SANTOS, MICHELLE PÉRTILE, RAFAELA SOUZA, RAMANA RECH, ROGÉRIO JÚNIOR, VICTÓRIA RIBEIRO E YLANNA PIRES EDIÇÃO E COORDENAÇÃO: CARLA MIRANDA, SIMONE CAVALCANTI E LUIZ FERNANDO TEIXEIRA; EDITORA DE INFOGRAFIA: REGINA ELISABETH SILVA; EDITORES-ASSISTENTES DE INFOGRAFIA: ADRIANO ARAUJO E WILLIAM MARIOTTO; DESIGNER: BRUNO PONCEANO

Ronaldo acerta venda da SAF do Cruzeiro ao empresário Pedro Lourenço; veja detalhes


Ex-jogador adquiriu 90% do clube em 2021 por R$ 400 milhões e afirma que ‘cumpriu o objetivo’ após pouco mais de dois anos de gestão


Por Milena Tomaz

Ronaldo acertou a venda de 90% das ações da SAF do Cruzeiro ao empresário de 68 anos Pedro Lourenço, dono da rede Supermercados BH, o que torna o clube mineiro pioneiro na revenda de ações no Brasil. O acordo foi selado em reunião na tarde desta segunda-feira no centro de treinamento do time em Belo Horizonte, e ainda depende de aprovação de órgãos regulatórios e tramitações legais. O valor da negociação não foi divulgado.

“Estamos comprando a SAF do Ronaldo não comercialmente. É o amor que temos pelo Cruzeiro. Lógico que é um negócio, mas é pelo carinho e o respeito que tenho pelo torcedor. Essa compra do Cruzeiro é pelo amor que tenho pelo clube”, disse Lourenço em entrevista coletiva. A porcentagem adquirida pelo empresário foi a mesma fatia comprada por Ronaldo em dezembro de 2021. Na época, o ex-jogador desembolsou R$ 400 milhões na transação.

Ronaldo vende 90% da SAF do Cruzeiro ao empresário Pedro Lourenço. Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Lourenço também destacou o desejo de ter o executivo Alexandre Mattos como o “homem do futebol” do Cruzeiro. O dirigente estava no América-MG e já teve a saída comunicada pelo clube. “Ele (Mattos) está animado. O Pedro (filho de Lourenço) vai ser o assistente do Alexandre”, afirmou o novo dono da SAF cruzeirense à Rádio Itatiaia.

Recomendado para você


Quem é Pedro Lourenço, o empresário que está comprando a SAF do Cruzeiro de Ronaldo



Empresário que vai comprar SAF do Cruzeiro quer Luxemburgo e Alexandre Mattos



Ronaldo avança em venda da SAF do Cruzeiro a dono de rede de supermercados em Minas



Tarcísio e Caiado participam de ato com Bolsonaro em Ribeirão Preto e não vão à abertura da Agrishow



Mais tarde, o Cruzeiro comunicou que o diretor interino de futebol do time, Paulo André, anunciou a saída do posto, e agradeceu ao executivo nas redes sociais. “Paulo participará do processo de transição com o futuro gestor da área”, escreveu o clube.


Leia também

Quem é Pedro Lourenço, o empresário que está comprando a SAF do Cruzeiro de Ronaldo



Torcida do Cruzeiro queima bandeirão com imagem de Ronaldo Fenômeno; veja vídeo



Torcedor do Cruzeiro confunde saída do Mineirão e desce escada com carro; veja


Pedro Lourenço era conselheiro do Cruzeiro e já se envolveu na gestão do clube com patrocínio e investimentos para contratação de jogadores na década passada. Segundo dados da Associação Brasileira de Supermercadistas (Abras), a rede de supermercados do empresário registrou faturamento de mais de R$ 17.3 bilhões em 2023, o quinto maior do Brasil no período.

Ronaldo e Pedro Lourenço, novo dono da SAF do Cruzeiro. Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro


Ronaldo assumiu a SAF do Cruzeiro em 2021 e conduziu a equipe de volta à elite do futebol brasileiro no primeiro ano de gestão. O ex-jogador e ídolo cruzeirense dentro das quatro linhas falou sobre a venda. “Uma mistura de sentimentos bate em mim hoje, mas principalmente o sentimento de dever cumprido”, disse ele em entrevista coletiva.

“Inevitável não lembrar dois anos e quatro meses atrás quando eu irresponsavelmente assumi esse grande desafio que foi comprar a SAF do Cruzeiro. De lá para cá, muitos desafios enfrentamos. A grande maioria deles, vencemos. Entrego o Cruzeiro nas mãos do Pedrinho com a sensação de tranquilidade e de dever cumprido, uma vez que a situação do Cruzeiro era muito precária”, afirmou o ex-jogador. “Quero agradecer a todos os colaboradores do Cruzeiro, funcionários, jogadores, treinadores, diretores e o maior patrimônio do Cruzeiro, que é a torcida”, destacou ele.


Ronaldo também comentou que cumpriu o objetivo que tinha no clube mineiro. “Reerguer o Cruzeiro, colocar no seu devido lugar e, no momento certo, passar para a pessoa certa”, disse. “Estarei sempre na torcida para que possam fazer o Cruzeiro cada vez maior”, completou ele.

E o futuro do Valladolid?

Ronaldo é dono do Valladolid, da Espanha, e foi direto ao falar sobre os planos para o futuro da equipe. “Valladolid é o próximo (a ser vendido)”, disse ele. “Vou tirar o resto da vida de ano sabático”, brincou o brasileiro em seguida.

Mais da metade das ações do Valladolid foram adquiridas por Ronaldo em 2018, em negociação de cerca de 30 milhões de euros - aproximadamente R$ 160 milhões na cotação atual. O clube espanhol vive altos e baixos. Em 2021, foi rebaixado à segunda divisão e retornou à elite em 2022. No ano passado, no entanto, a equipe sofreu novo descenso. Atualmente, o técnico ex-Cruzeiro Paulo Pezzolano é o treinador do time.

Câmara já gastou mais de R$ 2,8 milhões com deputados presos desde 2013


Comando da Casa alega que a suspensão dos vencimentos e prerrogativas de um parlamentar detido “seria antecipar os efeitos de eventual condenação, o que seria incompatível com o princípio de presunção de inocência, da ampla defesa e do contraditório”


Por Juliano Galisi


A prisão de deputados federais já custou à Câmara mais de R$ 2,8 milhões em dinheiro público. Esta é a soma, em valores nominais, dos benefícios pagos pela Casa a parlamentares que não tiveram os pagamentos de salário, verbas de gabinete e cota parlamentar suspensos durante o período em que estiveram detidos em regime fechado ou prisão domiciliar desde 2013. Considerando os seis deputados federais presos na última década, a Câmara já pagou R$ 2.836.751 a deputados virtualmente impedidos de exercer a atividade parlamentar.

Os benefícios aos quais um deputado federal têm direito não são revogados tão logo o parlamentar seja preso. Só há a suspensão dos pagamentos em caso de cassação do mandato ou por determinação da Mesa Diretora. Os vencimentos são mantidos até que haja alguma disposição em contrário, mesmo que o deputado esteja virtualmente impedido de trabalhar. A única penalidade ao parlamentar preso, na prática, é o desconto de um trinta avos do salário a cada “ausência não justificada”.

Leia também

Chiquinho Brazão e assessores custaram R$ 169 mil aos cofres da Câmara em abril



Em nota, a Câmara alega que a suspensão das prerrogativas de um parlamentar detido “seria antecipar os efeitos de eventual condenação, o que seria incompatível com o princípio de presunção de inocência, da ampla defesa e do contraditório”. No entanto, há precedentes divergentes. Já houve casos como os de Natan Donadon (PMDB-RO), Celso Jacob (PMDB-RJ) e Paulo Maluf (PP-SP), que tiveram salários e benefícios suspensos assim que foram presos.

Por outro lado, em outras ocasiões, deputados federais passaram meses sem exercer o mandato, mas continuaram sendo pagos pela Casa. São os casos de João Rodrigues (PSD-SC), preso de fevereiro a junho de 2018 e que gerou um custo de mais de R$ 600 mil aos cofres públicos, e Daniel Silveira (PSL-RJ), detido entre fevereiro e novembro de 2021, ao custo de quase R$ 1,6 milhão. Também é o caso de Chiquinho Brazão, que permanece recebendo benefícios mesmo estando em prisão preventiva desde o dia 24 de março. Só em abril, o mandato de Brazão, apontado como um dos mandantes da execução da vereadora Marielle Franco, em 2018, custou R$ 169 mil.

Navegue neste conteúdo


Natan Donadon


Celso Jacob


Paulo Maluf


João Rodrigues


Daniel Silveira


Chiquinho Brazão

Natan Donadon

Natan Donadon, ex-deputado federal Foto: André Dusek/AE

A Constituição Federal de 1988 instituiu novas regras para a prisão de parlamentares no exercício do mandato. O primeiro caso com a vigência da atual Constituição aconteceu em 2013, com o ex-deputado federal Natan Donadon. Ele foi condenado em 2010 por peculato e formação de quadrilha, mas recorreu da decisão e postergou em três anos o início do cumprimento da pena. Em 28 de junho de 2013, o deputado foi preso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Dias depois, em 9 de julho, a Mesa Diretora suspendeu os benefícios a Donadon. Mesmo preso, o sistema da Câmara aponta que, em julho de 2013, houve o pagamento de R$ 20.942,58 ao deputado, a título de verba de gabinete. Além disso, de julho a agosto daquele ano, as despesas de cota parlamentar de Donadon somam R$ 944,66.

Uma representação contra Donadon foi instaurada no Conselho de Ética da Câmara e chegou à votação do plenário em 28 de agosto. Houve 233 votos a favor da cassação, ante 131 contrários e 41 abstenções. Como eram necessários ao menos 257 votos para que o parlamentar fosse cassado, o mandato foi mantido. Mesmo assim, Henrique Alves (PMDB-RN), então presidente da Casa, afastou Donadon e convocou o suplente. Meses depois, em fevereiro de 2014, o mandato de Natan Donadon foi cassado de forma definitiva. A pena do ex-deputado foi perdoada em 2017, com o indulto natalino do então presidente Michel Temer (MDB)


Celso Jacob

Preso na Papuda, Celso Jacob (PMDB-RJ) trabalhou normalmente no Congresso em 2017 e 2018 Foto: Dida Sampaio/Estadão

Um membro da Câmara só voltaria a ser preso durante o exercício do mandato em 2017. Celso Jacob foi condenado por fraude em uma licitação durante o período em que foi prefeito de Três Rios, no Rio de Janeiro. Em maio daquele ano, houve o esgotamento dos recursos na Justiça e o STF ordenou que o então deputado começasse a cumprir a pena imediatamente. Em 6 de junho, Jacob foi preso pela Polícia Federal (PF).

Ele permaneceu detido até o dia 27 daquele mês, quando obteve autorização da Justiça para cumprir a pena no semiaberto. Mesmo detido em regime fechado durante três semanas do mês, os benefícios de junho foram pagos normalmente pela Câmara: R$ 33 mil em salário bruto, R$ 97.463,82 em verba de gabinete e R$ 1.891,29 de cota parlamentar entre os dias 6 e 22 daquele mês - ou seja, já excluído do cálculo o período em que o deputado estava solto.

Jacob passou o segundo semestre daquele ano cumprindo a pena em regime semiaberto: de dia, ele comparecia à Câmara e exercia o mandato; à noite, dormia no Complexo da Papuda, em Brasília (DF). Essa rotina perdurou até novembro, quando o deputado foi flagrado tentando entrar na cadeia com biscoitos e queijos escondidos na roupa íntima. Ele acabou sendo punido, indo para a ala solitária do presídio. Em paralelo, no dia 24 de novembro, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) suspendeu a medida judicial que o autorizava a exercer o mandato enquanto cumpria a pena.

Paulo Maluf

Paulo Maluf durante campanha a prefeito de São Paulo em 2000 Foto: Monica Zarattini/Estadão

Em dezembro de 2017, a Câmara passaria a ter dois membros presos por determinação do STF. Em maio, Paulo Maluf foi condenado pelo Supremo por lavagem de dinheiro durante o período em que foi prefeito de São Paulo. Os recursos foram esgotados no último mês do ano e o ministro Edson Fachin determinou o início imediato do cumprimento da pena.


Após Maluf se entregar à Polícia Federal, a Diretoria Geral da Câmara suspendeu os vencimentos do ex-governador paulista e de Celso Jacob. Mesmo com os benefícios suspensos, o sistema da Casa aponta que houve pagamentos de verba de gabinete a Maluf e a Jacob enquanto eles estavam presos. Maluf recebeu em R$ 68.699,95 em fevereiro de 2018; Jacob, R$ 3.447,31 em maio daquele ano.

Em fevereiro, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afastou Maluf do mandato e convocou o suplente. Quatro meses depois, em junho, Celso Jacob conseguiu uma medida judicial para retornar à Câmara. Paulo Maluf, por outro lado, teve o mandato cassado em agosto.

João Rodrigues

Deputado João Rodrigues Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

João Rodrigues foi o primeiro deputado federal detido que continuou a receber os benefícios da Câmara sem disposições em contrário. Condenado por fraude em uma licitação quando foi prefeito de Pinhalzinho (SC), o STF ordenou o cumprimento imediato da pena de Rodrigues em 6 de fevereiro de 2018. Dois dias depois, ele foi detido pela PF. Mesmo preso em regime fechado durante quatro meses, não houve revogação dos benefícios.


Nesse período, o gabinete do deputado custou R$ 481.880,94. O salário bruto, de R$ 33 mil, continuou a ser pago, gerando um ônus de R$ 168.815,00 à Câmara. Deste montante, Rodrigues recebeu, em valores líquidos, R$ 64 mil. Nos meses em que ele esteve preso, também foram pagos ao gabinete R$ 8.564,31, a título de cota parlamentar.


Rodrigues retornou à Casa por meio de uma medida judicial em junho de 2018, quando passou a conciliar o cumprimento da pena, em regime semiaberto, com as atividades parlamentares. Em agosto, foi candidato à reeleição e obteve votos suficientes para se eleger, mas o registro da candidatura foi indeferido pela Lei da Ficha Limpa. Hoje, é prefeito de Chapecó, em Santa Catarina.

Daniel Silveira

Daniel Silveira (ex-PSL, hoje no PRD) Foto: Dida Sampaio/Estadão
Em altaPolítica

Extrema direita internacional avança e tem uma arma poderosa, a internet. Cadê a resistência?

Depois da festa do submarino de Janja, Macron e Lula, Marinha perde verba e 200 são demitidos

Lira diz que dificilmente Brazão estaria preso se não fosse ‘repercussão’ do caso Marielle Franco



Em 16 de fevereiro de 2021, Daniel Silveira foi preso preventivamente por determinação do STF, ao publicar um vídeo com ofensas aos ministros da Corte. Três dias depois, o plenário da Casa manteve a prisão do deputado. Ele permaneceu em regime fechado até março, quando obteve uma liberação para prisão domiciliar. Em junho, ele retornou ao regime fechado por descumprir medidas cautelares, permanecendo assim até novembro, quando pôde retomar o mandato.

De fevereiro a novembro, mesmo sem exercer as funções parlamentares, Silveira custou R$ 1.598.378,99 aos cofres da Câmara. O valor inclui as verbas pagas aos assessores do seu gabinete, seus salários (em valores brutos) e o ressarcimento de valores a título de cota parlamentar.


Mesmo preso, Silveira teve direito ao adiantamento de gratificação natalina, um benefício dos servidores da Câmara pago no mês de junho que, em 2021, rendeu R$ 9 mil ao deputado detido. Dos mais de R$ 300 mil em salários brutos pagos a Silveira no período, o deputado recebeu, em valores líquidos, R$ 179.938,52.

Chiquinho Brazão

Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) Foto: Wilton Junior/Estadão

Chiquinho Brazão é apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos mandantes da execução da vereadora Marielle Franco, em 2018. Mesmo sem comparecer presencialmente à Câmara desde 24 de março, quando foi decretada sua prisão preventiva, ele continua a ser pago pela Casa.

Em abril, por exemplo, o mandato de Brazão custou R$ 169.469,36 aos cofres públicos. Do salário bruto de mais de R$ 44 mil, o deputado recebeu, após descontos, R$ 24.099,58.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Jogos de hoje na TV: veja onde assistir e horário das partidas de segunda (29)


Escrito por Redação, jogada@svm.com.br
Confira os jogos desta segunda-feira, dia 29 de abril de 2024
Legenda: Palmeiras enfrenta o São Paulo em clássico pelo Brasileirão.
Foto: Cesar Greco/Palmeiras



A semana começa com um clássico paulista no Campeonato Brasileiro. São Paulo e Palmeiras se enfrentam no Morumbis, a partir das 20 horas (de Brasília). Pela Série B, é a vez do Ceará ir em busca da primeira vitória fora de casa após 13 jogos. Confira horário e onde acompanhar as partidas.



JOGOS DE HOJE, SEGUNDA (29)


Campeonato Italiano

15:45 - Genoa x Cagliari - Star+
Campeonato Espanhol

16:00 - Barcelona x Valencia - Star+
Série B

19:30 - Mirassol x Ceará - SporTV e Premiere
Campeonato Brasileiro

20h00 - São Paulo x Palmeiras - Premiere

© Marcelo Camargo/Agência Brasil



Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do Concurso 2.718 da Mega-Sena, sorteadas neste sábado (28). Os números são 06 - 30 - 34 - 41 - 46 - 59.

Com isso, o prêmio da faixa principal para o próximo sorteio, na terça-feira (30), está estimado em R$ 6,5 milhões.



A quina teve 21 apostas ganhadoras, e cada uma vai receber R$ 88.273,53. Já a quadra registrou 1.731 apostas vencedoras, e cada ganhador receberá prêmio de R$ 1.529,87.

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

MEC prorroga convocação de lista de espera do Fies





Foto: Marcelo Casal Jr./ Agência Brasil


O prazo para convocações da lista de espera do primeiro semestre de 2024 do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foi prorrogado até o dia 17 de maio. Essa etapa do processo seletivo começou no dia 28 março e se encerraria na terça-feira (30).



O edital que amplia o prazo para a convocação foi publicado nesta sexta-feira (26/4), no Diário Oficial da União (DOU).

“A prorrogação atende às solicitações dos estudantes que demandam oportunidades de ingressar na educação superior com um financiamento subsidiado pelo Governo Federal”, informa o Ministério da Educação (MEC).

Na quarta-feira (24), a pasta realizou mais uma convocação de estudantes que concorrem a vagas do Fies. Do dia 28 de março até agora, a pasta já promoveu cinco chamadas de candidatos em lista de espera do fundo.

Veja concursos e seleções com inscrições abertas no Ceará nesta segunda-feira (29)


Há oportunidades para candidatos com níveis médio, técnico e superior
Escrito por Redação 

Legenda: Há opções com salários de quase R$ 14 mil
Foto: Shutterstock




Diversos concursos e seleções públicas estão com inscrições abertas no Ceará nesta segunda-feira (29), com salários que chegam a quase R$ 14 mil. Há oportunidades para candidatos com níveis médio, técnico e superior.


Algumas seleções têm prazo para inscrições terminando neste mês. Confira a lista abaixo.


VEJA TAMBÉM

PAPO CARREIRA
Instituto Mão Amiga abre vagas gratuitas de curso profissionalizante para mães atípicas em Fortaleza


PAPO CARREIRA
Convocação da lista de espera do Fies é prorrogada pelo Ministério da Educação; veja nova data



PREFEITURA DE CAMOCIM

A Prefeitura de Camocim lançou edital de um novo concurso para diversas vagas, incluindo guarda municipal e agente de trânsito. As inscrições iniciam nesta segunda-feira (29) e seguem abertas até o dia 29 de maio, através do site da Consulpam.


É possível solicitar a isenção somente entre os dias 29 e 30 de abril. A data da prova objetiva será realizada em agosto e deve variar conforme a vaga. Já os resultados estão previstos para outubro.

Os salários variam de R$ 1.412 a R$ 8.029. O concurso terá validade de dois anos.

>> Confira os cargos
ESTÁGIO NA VIVO

O Programa de Estágio da Vivo está com cerca de 500 vagas abertas para 15 cidades do País, incluindo Fortaleza, no Ceará. Do total, 50% das oportunidades são dedicadas exclusivamente para candidatos negros.

Interessados precisam ser universitários, com formação entre julho de 2025 e julho de 2027. Para tecnólogos, é necessário estar cursando a partir do 2º semestre.


As inscrições já estão abertas e devem ser feitas até o dia 19 de maio, pelo site da 99 jobs. Os selecionados poderão atuar nas seguintes áreas: Auditoria, Comercial e Negócios, Engenharia, Experiência do Cliente, Finanças, Jurídico, Marketing e Produtos, Recursos Humanos, Sustentabilidade, além de Tecnologia e Digital.
ESTÁGIO NO TRE-CE

O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) abriu processo seletivo de estágio com vagas para estudantes de graduação e pós-graduação de diversos cursos. As vagas são para cadastro de reserva, no qual os candidatos serão convocados à medida que surgirem oportunidades no programa.

Os selecionados receberão bolsa mensal no valor de R$ 1.302,00, no caso da graduação, e R$ 2.343,25, no caso da pós-graduação. Há o acréscimo de auxílio-transporte, que será pago por dia efetivamente estagiado nas dependências físicas do TRE, além de seguro de acidentes pessoais.

A carga horária de estágio para os estudantes de graduação é de 20 horas semanais e de pós, 25 horas. O estágio tem duração mínima de seis meses, podendo ser prorrogado até o limite de dois anos. Os postos de atuação serão as unidades administrativas localizadas na sede do TRE, nos cartórios, nas diretorias e polos administrativos.


Os interessados devem estar regularmente matriculados em cursos presenciais ou à distância, que tenham cursado, no mínimo, 50% dos créditos obrigatórios do curso e mantenham uma média global não inferior a sete.

A primeira fase da seleção fica a cargo das instituições de ensino, que deverão realizar cadastro junto ao órgão até o dia 10 de maio.
ESTÁGIO NA ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO (AGU)

A Advocacia Geral da União (AGU), por meio do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), está com processo seletivo de estágio para estudantes do nível médio e superior em todo o Brasil. No Ceará, há vagas para as cidades de Fortaleza e Sobral.

As oportunidades são para os cursos de Design Gráfico, Direito, Economia, Engenharia Civil, Administração, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Contábeis, Informática, dentre outros.

Segundo o edital, o estágio oferece bolsa auxílio nos valores de R$ 787,98 por mês (20h semanais) e R$ 1.125,69 por mês (30h semanais) para o ensino superior, e R$ 486,05 por mês (20h semanais) e R$ 694,36 por mês (30h semanais) para ensino médio. Também é oferecido auxílio-transporte de R$ 10,00 por dia estagiado.


As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo Portal CIEE até as 12 horas do dia 10 de maio. O processo possui três fases, sendo elas: inscrição online, prova online e entrevista na AGU.
CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu concurso público com a oferta de 60 vagas para analistas e técnicos judiciários, além de cadastro reserva. Conforme o edital, os salários das vagas chegam a R$ 13.994,78. As inscrições devem ser feitas no site do Cebraspe até 2 de maio, com taxas de participação que vão de R$ 76, no caso de Técnico Judiciário, e R$ 126 para Analista Judiciário.

>> Veja o edital

O edital prevê 15 vagas para Analista Judiciário (Área Judiciária), 28 vagas para Técnico Judiciário (Área Administrativa), 12 vagas para Técnico Judiciário (Área Apoio Especializado – Especialidade Programação de Sistemas), além de 5 vagas para Analista Judiciário (Pedagogia, Análise de Sistemas, Arquitetura, Ciências Sociais e Engenharia Elétrica).

PROGRAMA CEARÁ ATLETA


O Programa Ceará Atleta irá disponibilizar 6 mil bolsas-esportivas para atletas e paratletas. Conforme edital, o benefício é destinado para pessoas entre 10 e 29 anos, com residência fixa no Ceará, possuindo renda mensal de até meio salário-mínimo.

Interessados também devem ser praticantes de uma atividade esportiva e estar regularmente matriculado em uma instituição de ensino. As inscrições estão abertas no site da Secretaria do Esporte e seguem até 30 de abril.

O programa contará com três divisões: 5 mil atletas com idades entre 10 e 17 anos receberão bolsa de R$ 200;
600 atletas e paratletas com classificação até a décima colocação em eventos municipais ou intermunicipais receberão R$ 400; e
400 atletas e paratletas com classificação até a décima colocação em eventos estaduais, interestaduais e regionais receberão R$ 600.
TRF-2

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que abrange os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, abriu edital para concurso público. As vagas de nível superior são para cadastro de reserva para os cargos de Analista e Técnico Judiciário, com salário inicial que varia de R$ 8.529,65 a R$ 13.994,78.


>> Veja edital completo

As inscrições devem ser feitas até 10 de maio, pelo site do Instituto AOCP, que é a banca organizadora do certame. A taxa de inscrição é de R$ 70 para Técnico Judiciário, e R$ 80 para Analista Judiciário.

Cidade do interior do CE quer implantar nova forma de ensinar matemática para ampliar nota de alunos

Abordagem foca em tornar a disciplina “mais visual e concreta” para atrair o interesse dos estudantes Escrito por Theyse Viana Legenda: Abor...