Eliomar Cardoso confessou aos investigadores que simulou o próprio sequestro. O caso era investigado, também, como possível "cárcere privado"
Escrito por Luana Severo
Legenda: Eliomar Cardoso deve responder por comunicação falsa de crime
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Federal descobriu ser falsa a informação de que Eliomar Cardoso, 35, candidato a vereador em Iguatu, foi vítima de um sequestro na noite dessa sexta-feira (30). "O candidato simulou o próprio sequestro", concluiu a investigação.
Eliomar, que é técnico em enfermagem, havia aparecido com mãos, pés e pescoços supostamente amarrados a arames farpados em um carro. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ele disse: "Meus adesivos, rasgaram tudo".
O candidato chegou a ser "resgatado" pela Polícia Militar dentro do próprio veículo e a Polícia Civil começou a investigar as circunstâncias de uma "ocorrência de sequestro e cárcere privado".
No entanto, de acordo com a PF, Eliomar mentiu para a Polícia quando comunicou o suposto crime. E a situação piorou quando a notícia começou a se espalhar e repercutir nas redes sociais e na imprensa local.
"Desde o início das investigações, as inconsistências foram notadas pela Polícia Federal", informou o órgão, em nota enviada à imprensa na noite deste sábado (31). O candidato a vereador chegou a confessar aos policiais que forjou o crime.
"Crimes dessa natureza serão rigorosamente apurados e os responsáveis responderão pelos seus atos. O candidato será indiciado por falsa comunicação de crime, conforme previsto no artigo 340 do Código Penal Brasileiro", disse a PF.
Candidato terá de responder por falsa comunicação de crime
Eliomar Cardoso, que se candidatou a vereador de Iguatu pelo PT, terá de responder por "comunicação falsa de crime".
De acordo com o Código Penal, a pena para quem comete o ato ilícito é de prisão de um a seis meses ou multa.
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PT Ceará havia se solidarizado com político
Quando circulou a informação de que Eliomar havia sido vítima de sequestro, o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores divulgou nota repudiando o episódio e se solidarizando com o candidato.
"Acreditamos no trabalho das autoridades de segurança do nosso estado para apurar e punir os responsáveis, ao mesmo tempo que rechaçamos eventual uso politiqueiro do episódio. A política de segurança pública é dever do estado, direito e responsabilidade de todos conforme assentado na nossa Constituição, a exigir a união de todos acima de quaisquer divergências ideológicas", havia dito o diretório.
O partido ainda não se manifestou novamente sobre o assunto.
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