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sábado, 13 de março de 2021

Nordeste adquire 37 milhões de doses da Sputnik V; Ceará negocia quantas virão para o Estado





Escrito por Redação, 04:30 / 13 de Março de 2021. Atualizado às 07:20 / 13 de Março de 2021
Previsão é que primeiros imunizantes sejam distribuídos em abril


Legenda: Vacina russa tem eficácia de 91,6%, segundo artigo publicado pela revista científica The Lancet
Foto: Alexander Nemeno/AFP






Os nove estados do Nordeste fecharam, na sexta-feira (12), a compra de 37 milhões de doses da vacina Sputnik V, que é feita pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. A quantidade de imunizantes que virão para o Ceará ainda está sendo negociada entre os governadores da região.

Ao Diário do Nordeste, o Governo do Estado informou que neste sábado (13) deverá acontecer outra reunião entre Camilo Santana e os demais gestores para tratar sobre o assunto.

Para o jornal O Globo, o presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Wellington Dias (PT), explicou que não há tempo viável para a entrega das doses neste mês.
Distribuição

Desta forma, a distribuição dos primeiros 2 milhões de imunobiológicos acontecerá em abril, seguida por 5 milhões em maio e assim por diante, até julho, data em que a transferência do lote comprado pelos nove estados é encerrada.

A Secretaria de Comunicação do governo do Piauí informou que há a previsão de que o contrato entre as partes seja assinado na próxima semana.

O presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias, disse que o se reuniu na sexta-feira (12) com o Fundo Soberano Russo e com as procuradorias jurídicas dos estados que compõem a região Nordeste.



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Vacina para o SUS

Logo após, em um vídeo publicado nas redes sociais, o também governador do Piauí afirmou que o objetivo do encontro era o de celebrar o contrato realizado e o fato de que as doses serão incluídas no Plano Nacional de Imunização (PNI), para distribuição em todo o Brasil.

"E a partir daí, como fazemos para que o Ministério da Saúde, com quem dialogamos desde ontem, possa encontrar uma forma de assumir e garantir as condições da vacina para o Sistema Único de Saúde, da mesma forma como estamos trabalhando com a AstraZeneca e com a CoronaVac. Ou seja, mais vacina a partir desse esforço do Nordeste, para todo o Brasil, integrado com o Fórum Nacional dos Governadores" disse Wellington Dias.
Preço menor

Em entrevista à CNN Brasil, o gestor pontuou que o Consórcio Nordeste pagará um preço menor pela Sputnik V do que o Ministério da Saúde.

Conforme Wellinton Dias, enquanto o grupo formado pelos governadores da região desembolsarão US$ 9,95 por cada dose, a pasta terá que investir US$ 13, adquirindo somente 10 milhões. A vantagem acontece porque as negociações foram realizadas desde 2020, o que barateou o custo.

"Em agosto do ano passado, o presidente do Consórcio na época, Rui Costa (PT), governador da Bahia, teve iniciativa de fazer um memorando de compra para 50 milhões de doses. Mas esbarramos na legislação, que não permitia compra que não fosse pelo Ministério da Saúde. Ficamos aguardando alterações. Agora tivemos a decisão do Lewandowski (ministro do STF) e foi sancionada lei que permite compra descentralizada", destacou.



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Sem autorização da Anvisa

A Sputnik V já está sendo aplicada em outros países da América do Sul, como na Argentina, mas ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada no Brasil. De acordo com a pasta, o pagamento só será feito depois que a instituição certificar a vacina.

Também na sexta-feira (12), a Anvisa informou que ainda aguarda dados de segurança e eficácia do imunizante, além do pedido da União Química, que fará a exportação, para começar a análise de uso da Sputnik V, que tem eficácia de 91,6%, segundo um artigo publicado pela revista científica The Lancet.

A União Química também planeja produzir doses da vacina no Brasil, mas ainda não há certificação de sua fábrica para isso. No total, a ideia da empresa é entregar 150 milhões de unidades no ano.

O Ministério da Saúde explicou que avaliará nas próximas semanas se fecha novo contrato com a farmacêutica para compra das doses que devem ser produzidas no Brasil.

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