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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Casa dos Ventos vai investir R$ 2 bilhões em energia eólica em Tianguá e projeta gerar mil empregos


Escrito por Ingrid Coelho
O empreendimento terá sete centrais geradoras e 56 aerogeradores, totalizando 252 MW de potência instalada
Legenda: Complexo Eólico Rio do Vento, no Rio Grande do Norte, está em implementação pela Casa dos Ventos
Foto: Divulgação/Casa dos Ventos


Entre o fim de 2026 e o início de 2027 deve entrar em operação mais um grande projeto de energia eólica no Estado, o Tianguá III. Idealizado pela Casa dos Ventos - maior desenvolvedora de energia eólica do País, o parque terá investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões e gerar mil empregos diretos e dois mil indiretos.


Serão sete centrais geradoras e 56 aerogeradores, sendo que cada aerogerador tem potência nominal de 4,5 MegaWatts, totalizando 252 MW de potência instalada em uma área de aproximadamente 460 hectares.



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Antes, a previsão era de 70 geradores, que somariam uma potência total de 315 MW, mas esse número foi revisto pela empresa. A previsão é de que o Tianguá III comece a gerar energia no início de 2027.


O empreendimento será construído pela empresa Ventos de Santa Rosália Energias Renováveis, uma sociedade de propósito específico (SPE) que faz parte do Complexo Eólico da Casa dos Ventos.
Potencial eólico em Tianguá

O diretor de Regulação do Sindienergia CE e sócio de BVS Energias do Sindienergia, Bernardo Santana, pontua que a região conta com umas das melhores médias de vento do Estado, conforme aponta o Atlas Eólico do Ceará. "A fonte eólica na região é robusta, com ventos estáveis e fortes, se comparando muitas vezes ao litoral", destaca Santana.


Santana destaca que o potencial da região é um dos pontos delicados na disputa territorial entre Ceará e Piauí. "Por essas e outras razões o Piauí está em litígio com o Ceará para que essa região específica seja incorporada ao estado vizinho", avalia.

Em fevereiro deste ano, o Diário do Nordeste noticiou que o Ceará pode perder até 45 empreendimentos eólicos instalados ou com autorização de construção em municípios envolvidos na disputa territorial com o Piauí. Até fevereiro, o Ceará tinha 11 empreendimentos eólicos em funcionamento na área do litígio, localizados nas cidades de Tianguá, Ibiapina e Ubajara.


O projeto Tianguá III da Casa dos Ventos foi aprovado nesta quinta-feira (2) durante a 316ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema), segundo informou a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Semace).

Criada pelo cearense Mário Araripe, a Casa dos Ventos possui 3,1 GW de projetos em operação e construção, segundo o site da companhia. Recentemente, a empresa anunciou que vai investir também em energia solar fotovoltaica.

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