CARLOS ALBERTO ALBUQUERQUERESPONSÁVEL PELO BLOG CONEXÃO REGIONAL

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sexta-feira, 31 de maio de 2024

Conheça as melhores escolas de educação executiva do mundo; brasileira Dom Cabral está no top 10


Fundação Dom Cabral foi eleita a 5ª melhor escola de educação executiva em Programas Abertos e 10ª em Programas Customizados

Por Jayanne Rodrigues


A brasileira Fundação Dom Cabral (FDC) está no top 10 das melhores escolas de educação executiva do mundo, segundo ranking do jornal inglês Financial Times. A instituição é a 5ª melhor escola de educação executiva em programas abertos e a 10ª em programas customizados.

Os programas abertos (de curta e média duração) são oferecidos a alunos individuais e cobrem diversos temas de gestão e negócios. Já os programas customizados são desenvolvidos especificamente para organizações. Estas são as duas categorias avaliadas pelo Financial Times.

Entre os parâmetros analisados pelo ranking, a FDC se destacou no desenho do programa, demonstrando flexibilidade no curso e adequação do tamanho da classe, estrutura e plano de estudos.



A instituição também teve um bom desempenho graças à qualidade do corpo docente e do ensino, além da preparação, destacando-se pela antecipação de informações sobre o conteúdo do programa e pela seleção criteriosa dos participantes


No quesito de programas customizados, a escola brasileira também apresentou um bom desempenho no desenho do programa e na qualidade do corpo docente.

Desde 2019, a FDC se mantém no top 10 das melhores escolas do mundo, segundo o Financial Times.


Campus da Fundação Dom Cabral (FDC), em Nova Lima, Minas Gerais. Foto: Fundação Dom Cabral/Divulgação

Confira a lista das 10 melhores escolas nas duas categorias da competição

A escola HEC Paris foi eleita a melhor do mundo pelo ranking na modalidade de programas abertos.


A escola Insead conquistou o 1º lugar no quesito programas customizados.


O ranking do Financial Times se baseia principalmente na percepção dos participantes e clientes (80%) em relação a critérios como preparação do programa, formato do curso, qualidade do corpo docente e métodos de ensino.

Os outros (20%) dos resultados são determinados por dados quantitativos fornecidos pelas escolas, incluindo crescimento em receita, número de participantes e programas internacionais, entregas de programas internacionais e diversidade do corpo docente.

Imposto de Renda 2024: hoje é o último dia para entregar declaração



O g1 separou reportagens que respondem às principais dúvidas. Especialistas recomendam que o contribuinte entregue a declaração dentro do prazo mesmo que ela esteja incompleta, para evitar a multa.


Por Isabela Bolzani, g1



Imposto de Renda 2023: prazo para declaração vai de 15 de março a 31 de maio. — Foto: Marcos Serra / g1



Termina nesta sexta-feira (31) o prazo para a declaração do Imposto de Renda 2024. A recomendação dos especialistas é que o contribuinte entregue a declaração dentro do prazo mesmo que ela esteja incompleta, e corrija depois para evitar a multa.


Mas atenção: depois da data limite, não é possível trocar o modelo da declaração, de simples para completa ou vice-versa. Quem deixa de fazer a declaração, ou entrega depois do prazo, fica sujeito a uma multa mínima de R$ 165,74, podendo chegar a 20% de todo o imposto devido.


A Receita Federal espera receber 43 milhões de declarações neste ano.



O programa gerador do Imposto de Renda 2024 está disponível para download desde 12 de março. Veja aqui como baixar.


Nos links abaixo, estão as dúvidas mais comuns respondidas pelas reportagens do g1, com tudo que você precisa saber para entregar sua declaração.


LEIA MAIS


Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024
Veja como fazer a declaração
Veja quem é obrigado a declarar
Veja como baixar o programa
Veja o calendário dos lotes de restituição


Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina




Como se preparar




Como baixar o programa do Imposto de Renda e fazer a declaração
Veja o passo a passo para declarar
Confira o passo a passo para declarar pela pré-preenchida
Entenda os principais termos
Não recebi informe de rendimentos, e agora?







Quem precisa declarar




Quem precisa declarar à Receita Federal?
Sou trabalhador informal. Devo declarar?
Sou MEI, como faço a minha declaração?







O que deve ser declarado?




Empréstimos e financiamentos


Como declarar empréstimos
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Como declarar investimentos em renda fixa e renda variável
Como declarar planos de previdência PGBL e VGBL






Imóveis e carros


Como declarar aluguel pago e recebido
Como declarar a venda de imóveis
Como declarar a venda de carros




Carnê-leão


O que é e como emitir o carnê-leão




Rendimentos isentos e deduções


Veja lista de rendimentos isentos
Quais gastos com educação e despesas médicas posso deduzir?






Tabela e restituição




Quando vou receber a restituição?
Como consultar os valores da restituição
Veja tabela de alíquotas e saiba como fazer o cálculo do IR
Declarações pré-preenchidas e restituições via PIX terão prioridade no recebimento






Cuidado com a malha fina




Dicas para evitar a malha fina
Entregue incompleta e evite pagar multa
O que acontece se eu não declarar?

Justiça suspende acordo sobre reajuste de professores federais e greve deve continuar


Apenas uma das entidades representativas dos docentes havia aceitado a proposta do governo federal
Escrito por Redação

Legenda: Justiça suspendeu acordo entre governo federal e Proifes, após Andes não aceitar proposta
Foto: Nah Jereissati/Adufc




O acordo entre o governo federal e a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) foi suspenso pela Justiça Federal. A decisão é da 3ª Vara Federal de Sergipe.


O motivo apontado pelo juiz Edmilson da Silva Pimenta foi que uma das entidades representativas dos professores e professor federais não havia aceitado a proposta - o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) havia rejeitado a oferta do Governo Lula. As informações são da Folha de S. Paulo.


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Na última segunda-feira (27), o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Público havia informado sobre o fim da greve dos professores federais após trato com a Proifes por reajuste de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026.


Segundo a decisão judicial, o acordo com apenas uma entidade representativa pode prejudicar os "direitos pleiteados pelo movimento paredista dos docentes que não são representados pela referida entidade".

Ainda segundo o magistrado, os docentes representados pela Andes podem sofrer "prejuízos em relação aos seus interesses e à busca pelos direitos reivindicados durante a greve, na medida em que o movimento poderá ser finalizado sem que tenham sido atendidos em suas demandas".
CONTINUIDADE DA GREVE

Apenas um dia depois do anúncio do Governo Lula sobre o fim da paralisação, as 63 instituições de ensino federal realizaram assembleias para deliberar sobre o retorno das atividades. No entanto, todas decidiram continuar em greve.

Uma nova reunião deve ser realizada entre o Ministério de Gestão e os sindicados que representam a categoria. No entanto, a proposta apresentada não deve ser alterada. O governo não pretende oferecer reajuste ainda em 2024 ou mudar os percentuais.


Por sua vez, a Andes pede aumento salarial de 7,06% ainda em 2024, de 9% em janeiro de 2025 e de 5,16% em 2026. Entre as demandas, também está a recomposição dos orçamentos das universidades e institutos federais.

A reunião deve acontecer na próxima segunda-feira (3), mesmo dia para o qual foi convocada uma manifestação de servidores e docentes federais em Brasília.




Como repórter que cobre sexo e intimidade, passo muito tempo ouvindo especialistas exaltarem as virtudes da comunicação aberta e honesta. Para ter um bom sexo (e continuar a fazê-lo ao longo do tempo), os casais devem estar dispostos a falar sobre isso, dizem eles.


“Mas algumas pessoas preferem abandonar seus relacionamentos a ter essas conversas”, diz Jeffrey Chernin, terapeuta matrimonial e familiar e autor de “Alcançando a intimidade: como ter um relacionamento amoroso que dure”, especialmente se as coisas no quarto não estiverem indo muito bem.

— Uma das coisas que costumo dizer aos casais que estão tendo problemas é: gostaria que houvesse outra maneira de superar isso. Mas a única maneira que conheço de ter uma vida sexual melhor, ou de retomar a vida sexual, é conversando sobre isso — diz.


Chernin reconhece o quão estressantes essas conversas podem ser, às vezes resultando em acusações, menosprezo ou evasão. Dito isto, estas sugestões podem ajudar:
Aceite o desconforto

É comum que os casais tenham dificuldade para falar sobre intimidade e desejo. Mesmo em relacionamentos de longo prazo, as pessoas sabem apenas cerca de 60% do que seu parceiro gosta sexualmente e apenas cerca de 25% do que não gostam.

Cyndi Darnell, terapeuta sexual e de relacionamento na cidade de Nova York, diz que seus pacientes costumam lhe dizer que falar sobre sexo é “desconfortável”, o que é especialmente verdadeiro “se você passou meses ou anos evitando isso”, ela reconhece.


— Fomos enganados ao acreditar que o sexo é natural. Mas, se fosse fácil e natural, as pessoas não teriam esse problema — acrescenta.

Ela menciona um casal com quem trabalhou, ambos na casa dos 50 anos, que não faziam sexo há anos. Cada vez que falavam sobre isso, eles brigavam. Então eles procuraram ajuda externa para superar a vergonha e a raiva.

Na terapia ela percebeu que eles estavam focados apenas na penetração, mas que o marido realmente ansiava por proximidade e ternura. E quando a esposa percebeu que o marido não iria “atacá-la” toda vez que ela o abraçasse, eles conseguiram ser mais sensuais um com o outro e conversar sobre o que gostam de fazer e por que, diz Darnell. Mas foi necessário um espírito de boa vontade, curiosidade e aceitação.

Morte ao ‘Precisamos conversar’

Pode ser possível aliviar o medo que muitas vezes acompanha estas conversas se forem abordadas com sensibilidade. A especialista sugere tentar:

1. Concentre-se em resolver problemas juntos

Isso significa dizer algo como: “Por um lado, sei como é difícil para nós falarmos sobre isso. Por outro lado, acho importante para o nosso casamento ou para o nosso relacionamento podermos ter algumas conversas sobre a nossa vida sexual”, aconselha. Em seguida, pergunte: “O que podemos fazer a respeito?”


2. Prepare as perguntas com antecedência

Um script fornece suporte, relata Darnell. Sugira mensagens como: “Nosso relacionamento é muito importante para mim e gostaria que o sexo fizesse parte dele (de novo). Eu estava curioso para saber se você também estaria interessado nisso?

3. Traga alguns pontos positivos


Maggie Bennett-Brown, pesquisadora do Instituto Kinsey e professora assistente da Texas Tech University, diz que “não precisa ser explícito”. Talvez seja útil dizer ao parceiro que você gosta quando ele o abraça ou planeja uma noite romântica na cidade.

Se já faz algum tempo que você não tem intimidade, pode ser benéfico relembrar e isso pode levar a uma questão mais profunda. “Se as pessoas nunca conversaram sobre ‘Do que você gosta?’ Esse é um bom primeiro passo”, diz o Bennett-Brown.

4. Esteja atento ao seu tempo


“Tenha cuidado ao iniciar uma conversa sobre sexo enquanto estiver na cama, especialmente se estiver sendo crítico. Você tem que pensar na conversa como uma série de discussões. Dessa forma, você não colocará muita pressão sobre você ou seu parceiro”, sugere Chernin.

5. Saiba quando falar com um profissional

Se o casal não estiver disposto a conversar ou se a conversa for dolorosa e não apenas desconfortável, um terapeuta sexual ou conselheiro de casais pode ajudar a mediar, revela Darnell.


Isso não diminui o quão importantes essas conversas podem ser. Mas ele acrescenta que o sexo nem sempre é um componente necessário de um relacionamento romântico satisfatório.

“Uma das perguntas que costumo fazer aos meus parceiros para quem o sexo é um tema delicado e difícil é: esta relação tem que ser sexual?” Ele trabalhou com um casal na faixa dos 30 e 40 anos que percebeu que gostava de se envolver em brincadeiras de flerte, mas não queria ir além disso. “A permissão para não terem relações sexuais nesta fase do relacionamento foi enorme e um alívio”, destaca.

“Sexo é muito mais do que aquilo que fazemos quando tiramos as calças”, conclui.




(*)com informação do Jornal Extra

Cortisol: o “hormônio do estresse” é mesmo o culpado por seus problemas de saúde?






Alguns minutos nas redes sociais e você pode acabar convencido de que seu corpo está inundado com altíssimos níveis de cortisol. Apelidado de “hormônio do estresse”, o cortisol desempenha um papel importante na maioria dos processos fisiológicos do corpo humano. No entanto, recentemente a substância tem ganhado fama de grande vilã, com dezenas de vídeos no Instagram e no TikTok culpando um suposto desequilíbrio hormonal por ganho de peso, exaustão, ansiedade, dores de cabeça e outros males. Afinal, o cortisol pode mesmo ser a causa desses sintomas comuns para tanta gente? A BBC News Brasil conversou com médicos endocrinologistas para entender quais podem ser as consequências das altas taxas desse hormônio, como combatê-las e quando é necessário procurar um médico.

O que é o cortisol?

O cortisol é um hormônio da família dos esteroides, produzido pela parte superior das glândulas suprarrenais, também conhecidas como adrenais.

Ele tem muitas funções no corpo humano, como mediar a resposta ao estresse, regular o metabolismo, a resposta inflamatória e a função imunológica.


Também funciona como um regulador de humor, da pressão arterial e da quantidade de açúcar no sangue.

Foi apelidado de “hormônio do estresse” porque é liberado na corrente sanguínea pelas glândulas suprarrenais em situações percebidas como de risco pelo nosso corpo.

Essa liberação aumenta a pressão arterial e a dispersão de glicose no sangue, resultando no aumento momentâneo da força muscular.


No passado, a estratégia era recurso recorrente de sobrevivência em situações de risco real de morte, mas com as mudanças de estilo de vida o hormônio também é liberado em momentos estressantes que não envolvem, por exemplo, fugir de um predador.

Nesses casos, pode elevar os níveis de glicose na corrente sanguínea, o uso da glicose pelo cérebro e a disponibilidade de substâncias que reparam os tecidos do corpo.

O cortisol também retarda funções que não seriam essenciais ou prejudiciais em uma situação de luta ou de fuga: altera as respostas do sistema imunológico e suprime o sistema digestivo, o sistema reprodutivo e os processos de crescimento.


O sistema de alarme natural também se comunica com as regiões do cérebro que controlam o humor, a motivação e o medo.

Como um dos reguladores dos níveis de açúcar no sangue e do metabolismo do nosso corpo, o cortisol também é responsável por manejar carboidratos, gorduras e proteínas.

Ele atua ainda no fortalecimento do sistema imunológico e possui atividade anti-inflamatória. Por isso, a cortisona (um corticoide sintético semelhante ao cortisol) pode ser receitada por médicos em situações de lesão ou inflamação.


No entanto, o fato de o cortisol ter capacidade de interferir no metabolismo, provocando cansaço, ganho de peso e ansiedade, em alguns casos, não significa que um desequilíbrio em seus níveis seja responsável pelas queixas frequentemente citadas pelos criadores de vídeos nas redes sociais.
Desequilíbrio hormonal?

Doenças que causam alterações graves nos níveis de cortisol no sangue são bastante raras, explica Alexandre Hohl, professor de Endocrinologia e Metabologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

As estimativas variam, mas segundo o serviço de saúde dos Estados Unidos, cerca de 40 a 70 pessoas em cada 1 milhão de indivíduos apresentam a chamada doença de Cushing, relacionada à alta concentração de cortisona ou cortisol no organismo do paciente por um longo período de tempo.


Para efeito de comparação, segundo a Federação Internacional de Diabetes, 10,5% da população adulta mundial (entre 20 e 79 anos) tem algum tipo de diabete. Isto é, mais de 100 mil pessoas a cada 1 milhão de habitantes.

O quadro da doença de Cushing é geralmente causado pelo uso prolongado de medicamentos à base de cortisona ou pela produção anormal de cortisol pelo organismo, muitas vezes devido a um tumor.

Mas Hohl explica que os sintomas manifestados por pacientes que possuem esse distúrbio costumam ser bastante intensos.


Eles incluem ganho de peso, perceptível principalmente na região abdominal e por meio de bolsas de gordura na cervical e outras regiões do tronco, estrias bastante vermelhas, acne, desgaste muscular, fraqueza e cansaço extremos, entre outros.

Os acometidos pela doença geralmente apresentam o que os médicos chamam de “face em lua”, ou um rosto bastante arredondado e grande. Taxas elevadas de glicose e pressão alta também são bastante comuns.

Já a insuficiência adrenal, quando as glândulas adrenais não produzem o hormônio cortisol em quantidade suficiente, pode provocar cansaço com mais frequência que o normal, fraqueza, vômito, diarreia, pressão baixa, tontura e outros sintomas.


Os dois extremos, portanto, podem levar os pacientes a sentir cansaço extremo, diz o professor da UFSC.

Mas isso não significa que pessoas que estão experimentando esse sintoma tenham qualquer um dos distúrbios acima.

“Existem milhões de causas para o cansaço e, na grande maioria das vezes, o cortisol não é o culpado”, diz.


O estresse crônico também pode manter os níveis de cortisol elevados. Mas segundo o médico e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Paulo Miranda, a interpretação de resultados de exames é extremamente complexa.

“Correlacionar níveis de cortisol pela manhã com o diagnóstico de estresse ou utilizá-lo como ferramenta de estresse é um grande equívoco”, diz o endocrinologista.

“Pessoas que têm estresse crônico podem apresentar cortisol alto, mas [pode] não existir uma correlação.”


Miranda afirma que é possível que algumas pessoas descubram alterações em seus níveis de cortisol por meio de exames de sangue, mas isso não necessariamente indica qualquer tipo de distúrbio.

A liberação de cortisol em nosso corpo segue o chamado ciclo circadiano: de forma resumida, os valores máximos são observados nas primeiras horas da manhã e os mínimos, à noite.

“Medir o cortisol basal, pela manhã, ou sem testes padronizados não vai nos ajudar a dar diagnóstico de nada”, diz o médico.


“A própria punção para coleta do sangue pode ser um mecanismo de elevação de cortisol, porque muitas pessoas têm medo ou ficam ansiosas, mas isso não quer dizer que tenham estresse crônico ou outra doença.”

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, quando há suspeita de alterações graves, os médicos devem receitar exames mais completos e fazer um diagnóstico individualizado, baseado em vários fatores.
Queixas comuns com causas diversas

Por isso mesmo, os especialistas recomendam cuidado ao consumir conteúdos postados nas redes sociais sobre o tema.


Alguns vídeos populares no aplicativo TikTok, por exemplo, apontam dores de cabeça, insônia, ansiedade, dificuldade de perder peso e baixa libido como sinais prováveis de níveis alterados de cortisol.

Outros são até mais enfáticos. “O cortisol é o hormônio do estresse e é ele que está fazendo você passar o dia todo se sentindo sobrecarregada, cansada, com a mente remoendo vários e vários pensamentos ansiosos”, diz um criador de conteúdo, que dá dicas sobre como evitar o consumo de açúcar, elevar o consumo de proteína e até “cantar no banho” para regularizar os níveis do hormônio.

Dormir e se alimentar de forma saudável e praticar exercícios são hábitos excelentes, mas não seriam suficientes, por exemplo, para tratar uma pessoa com um tumor adrenal, afirmam os médicos.


Ainda segundo Alexandre Hohl, algumas das queixas apresentadas nos vídeos, especialmente o cansaço, são bastante comuns para muitas pessoas atualmente e podem ter causas diversas.

Na maioria das vezes, estão relacionadas ao estilo de vida e não aos níveis de cortisol, de acordo com ele.

“Mais da metade das queixas inespecíficas de cansaço, fraqueza ou indisposição tem a ver com dormir mal”, diz. “Dormir mal gera um círculo vicioso de problemas na saúde. Então minha primeira pergunta para um paciente com essas queixas seria ‘você realmente já tentou melhorar a sua higiene do sono?'”


Paulo Miranda reforça a ideia de que os diagnósticos devem ser individualizados e que informações divulgadas de forma generalizada demais, de fontes muitas vezes pouco confiáveis, não devem ser motivo de preocupação extrema.

“Muitos dos vídeos nas redes sociais hoje são cheios de frases feitas que parecem saídas de uma campanha de marketing para convencer as pessoas daquilo que se está falando”, diz. “Mas a ciência não funciona dessa forma. A ciência tem as suas incertezas e esse tema é extremamente complexo, cheio de nuances.”
Quando procurar um médico?

Os médicos alertam, porém, que há casos em que um aconselhamento médico especializado deve ser procurado imediatamente.


Segundo Alexandre Hohl, o sinal de alerta deve ser sintomas combinados e persistentes, mesmo diante de mudança de hábitos.

Ou seja, um quadro completo de aumento abdominal, ganho de peso intenso, face arredondada característica, estrias avermelhadas, acne grave e pressão alta pode indicar hipercortisolismo e deve ser averiguado.

“E é o médico endocrinologista o mais qualificado para fazer a investigação, já que são necessários muitos exames de interpretação complexa.”


Em caso de diagnóstico, a solução para a doença de Cushing passa muitas vezes por cirurgia ou radioterapia para remover tumores. Em caso de insuficiência adrenal, o tratamento costuma ser por meio de medicamentos.



(*)com informação do Jornal CB

FPM: maio termina com saldo positivo para as prefeituras





Imagem: Brasil 61

Repasses para os municípios totalizaram R$ 13,8 bilhões, cerca de 7,5% a mais do que no mesmo mês do ano passado

Maio foi positivo para as prefeituras no que diz respeito aos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Levantamento do Brasil 61 aponta que as três transferências do mês totalizaram R$ 13,8 bilhões. Em maio do ano passado, a soma dos repasses chegou a R$ 12,4 bilhões. Mesmo com uma inflação acumulada de quase 3,7% nos últimos 12 meses, de acordo com o IBGE, o FPM cresceu 7,5% em termos reais.

Apesar de o primeiro repasse do mês ter crescido apenas 2,4% — e de o segundo ter recuado em quase 15% —, a terceira transferência da União para os municípios fez a diferença para o saldo positivo de maio, uma vez que foi cerca de 25% maior do que a realizada no mesmo período de 2023.

O especialista em orçamento público Cesar Lima diz que, ao fim de junho, será possível analisar com mais precisão como o FPM tem se comportado ao longo do ano, já que mesmo com os recordes de arrecadação anunciados pelo governo federal houve queda em alguns repasses, até aqui. "Vamos fazer um levantamento, fechando esse semestre, para poder saber, em relação ao ano passado, como está o resultado."
Último repasse de maio já está disponível

Por causa do feriado de Corpus Christi desta quinta-feira (30), o repasse da terceira parcela de maio do FPM foi antecipado para esta quarta-feira (29). Os municípios que não tiveram as contas bloqueadas no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) devido à alguma pendência já podem acessar os recursos.

Lima lembra que as gestões municipais podem usar os recursos para a melhoria de diversos serviços prestados à população. "Esses recursos são livres e podem ser utilizados em qualquer ação orçamentária dos municípios: pagamento de pessoal, custeio, contas de água e luz, investimentos em saúde, educação, infraestrutura", destaca.

As prefeituras de todo o país partilham, ao todo, cerca de R$ 4,7 bilhões. O montante já exclui o percentual de 20% a ser repassado para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb),

FPM: prefeituras partilham cerca de R$ 4,7 bi nesta 4ª
Prefeituras bloqueadas precisam se regularizar

Até terça-feira (28) — véspera do dia programado para o repasse —, 13 municípios constavam na lista de inadimplentes do Siafi. Campos Sales (CE)
Guarapari (ES)
Murici (ES)
Corumbaíba (GO)
Montividiu do Norte (GO)
São Miguel do Araguaia (GO)
Trombas (GO)
Uruana (GO)
Codó (MA)
Poços de Caldas (MG)
Antônio João (MS)
Eldorado (MS)
Pedro Gomes (MS)
#Economia#FPM#Municípios#Recursos

Desoneração da folha: governo deve apresentar nesta sexta medidas de compensação





Desoneração da folha: sexta-feira ser dia decisivo Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Compensação é exigida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como condição para a continuidade do benefício fiscal


O governo deve apresentar nesta sexta-feira (31) um conjunto de medidas para compensar a continuidade da desoneração da folha de pagamento das empresas de 17 setores da economia e das prefeituras.

Segundo a Receita Federal, a desoneração da folha para o setor produtivo e para os municípios resulta em uma perda de R$ 25,8 bilhões para o Executivo.

A compensação é exigida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como condição para a continuidade do benefício fiscal. Inicialmente, o ministro Cristiano Zanin concedeu uma liminar favorável ao governo que suspendia a desoneração — o que faria com que as empresas e os municípios tivessem que lidar com aumento de carga tributária desde o último dia 20.

Dias depois, o governo chegou a um acordo com o Congresso Nacional — que em sua maioria é favorável à desoneração — e com os setores da economia e prefeitos. Por meio da Advocacia Geral da União (AGU), pediu que a liminar fosse suspensa. O ministro Zanin concordou, mas deu um prazo de 60 dias para que o Executivo apresente fontes de recursos para neutralizar a perda de arrecadação.

Apesar do acordo para que a desoneração das empresas e das prefeituras seja garantida em 2024, com aumento gradual das alíquotas entre 2025 e 2028, a advogada Daniela Lopes Marcellino, sócia da Elebece Consultoria Tributária, diz que o cenário continua incerto.

"Segundo o ministro Fernando Haddad, as medidas de compensação serão apresentadas até o final deste mês. Estamos aguardando ansiosos para conhecer quais serão essas medidas. Após essas medidas aprovadas, aí teremos certeza de que acabou o impasse da desoneração, mas dentro desse período ainda teremos a pressão entre o Legislativo e o Executivo, a fim de que fique bom para ambos", avalia.
Novo projeto de lei já está em tramitação

Autor da lei que prorrogou a desoneração da folha para as empresas e instituiu o benefício para os municípios até o fim de 2027 — norma que foi alvo de liminar do ministro Zanin —, o senador Efraim Filho (União-PB) apresentou um novo projeto de lei para pacificar o tema.

A proposta estabelece que a desoneração para o setor produtivo continue de forma integral até o fim deste ano. No entanto, prevê que, em 2025, as empresas voltem a contribuir com 5% sobre a folha; alíquota que aumenta para 10%, em 2026; 15%, em 2027; até voltar ao patamar de 20%, em 2028.

Ainda está em discussão como será a retomada gradual da tributação sobre os municípios.

AGU pede suspensão do processo de desoneração da folha ao Supremo

Ministro Cristiano Zanin mantém desoneração da folha por 60 dias
Entenda

Em vigor desde 2012, a desoneração permite que empresas de 17 setores econômicos troquem a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de salários pelo pagamento de 1% a 4,5% sobre o faturamento. No caso dos municípios, o benefício é mais recente e consiste na diminuição da contribuição para o INSS de 20% para 8%.

Para as prefeituras e parte das empresas, é mais vantajoso financeiramente optar pela tributação sobre o faturamento. O setor produtivo alega que isso reduz os custos relacionados à contratação de mão de obra e ajuda a preservar os postos de trabalho.

O governo, por sua vez, argumenta que o benefício diminui a arrecadação, com a qual ele conta para cumprir suas despesas.

#Desoneração Folha Pagamento#Economia#Empresas#Municípios

Saúde lança campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos


© haiberliu/Pixabay



O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram nessa quarta-feira (29) campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos. “De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), novos produtos, como os cigarros eletrônicos, e informações enganosas da indústria do tabaco são uma ameaça, levando a uma iniciação ao tabagismo cada vez mais precoce”, destacou a pasta em nota.

Dados apresentados pelo ministério indicam que crianças e adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros mais tarde na vida. O mote da campanha é o Dia Mundial Sem Tabaco 2024, lembrado nesta sexta-feira (31) e que, este ano, tem como tema Proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco.



“Por meio de linguagem jovem, a campanha visa a promover uma mudança de comportamento, além de proteger as novas gerações dos perigos do uso do tabaco, alertando sobre as táticas da indústria para atrair crianças e adolescentes, com interesse em garantir e ampliar seu mercado consumidor.”
Números

Dados da última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) revelam que, em 2019, 16,8% dos estudantes no Brasil com idade entre 13 e 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico, sendo 13,6% com idade de 13 a 15 anos e 22,7% com 16 e 17 anos. Quanto ao sexo, a experimentação é maior entre os homens (18,1%) do que entre as mulheres (14,6%).

A variação regional foi significativa, com maior experimentação do cigarro eletrônico nas regiões Centro-Oeste (23,7%), Sul (21,0%) e Sudeste (18,4%), ficando menor do que a média nacional o Nordeste (10,8%) e o Norte (12,3%).

Houve ainda aumento dos estudantes de 13 a 17 anos que declararam consumo de cigarros nos 30 dias anteriores à data da pesquisa, com o percentual passando de 5,6% em 2013 para 6,8% em 2019.
Prejuízos

O ministério destaca que os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), que englobam os cigarros eletrônicos e outros produtos de tabaco aquecido, têm quantidades variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas, o que faz com que suas emissões sejam prejudiciais tanto para quem faz o uso direto quanto para quem é exposto aos aerossóis.



“Mesmo alguns produtos que alegam não conter nicotina podem apresentar a substância em sua composição e suas emissões são nocivas”, ressaltou a pasta. “A nicotina causa dependência e pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, impactando no aprendizado e na saúde mental.”

Ainda de acordo com o ministério, o consumo de tabaco é considerado importante fator de risco para doenças cardiovasculares e respiratórias e para mais de 20 tipos ou subtipos diferentes de câncer, além de outras condições de saúde classificadas como “debilitantes”.

“Alguns estudos recentes sugerem que o uso de DEFs pode aumentar o risco de doenças cardíacas e distúrbios pulmonares. Além disso, a exposição à nicotina em mulheres grávidas pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral do feto. Já a exposição acidental de crianças aos líquidos dos cigarros eletrônicos representa sérios riscos, pois os dispositivos podem vazar ou as crianças podem engolir o líquido ou as cápsulas.”
Anvisa

Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou resolução proibindo a comercialização, a fabricação e a publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil. Recentemente, em abril, a diretoria colegiada da agência revisou a legislação e proibiu a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar.

‘Não é só aparar a criança’: parteiras tradicionais do Ceará resistem e mantêm ofício ancestral


No início de maio, o ofício, os saberes e as práticas das parteiras tradicionais do Brasil foram reconhecidos como Patrimônio Cultural do País pelo Iphan
Escrito por Gabriela Custódio , gabriela.custodio@svm.com.br
Legenda: Parteiras tradicionais compartilham um sistema de cuidado que segue premissas como evitar procedimentos invasivos, envolvimento familiar e valorização da casa como espaço privilegiado de realização do parto e do cumprimento do resguardo
Foto: Hadna Alcântara/Divulgação




Na primeira de cinco gestações, Thatiane Terra, 44, permitiu-se ouvir a própria intuição e buscou uma parteira tradicional para acompanhá-la na chegada do primogênito. Ela havia decidido deixar a capital cearense para morar mais próximo à natureza, e foi no meio dessa viagem, em visita aos Tremembé de Almofala, em Itarema, que encontrou Dijé, a mulher que dali para frente iria guiá-la como uma mãe.


Nesse período, a vida de Thatiane seguiu por um novo rumo. Duas semanas antes de entrar em trabalho de parto, ela foi chamada por uma vizinha que estava prestes a dar à luz e aparou um bebê pela primeira vez. E assim ela percebeu a própria vocação. “A gente só vem descobrir depois, no momento certo, mas a gente já nasce parteira”, diz.

No dia 9 de maio, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu o ofício, os saberes e as práticas das parteiras tradicionais do Brasil como Patrimônio Cultural do País. Com a aprovação unânime na 104ª Reunião do Conselho Consultivo, o novo patrimônio será inscrito no Livro de Registro dos Saberes, que reúne bens culturais imateriais.

O Diário do Nordeste buscou parteiras tradicionais do Ceará que falaram sobre as próprias experiências e o exercício da parteria.
ALÉM DO PARTO

O dossiê do Iphan referente à pesquisa dos saberes e práticas dessas mulheres aponta que elas acompanham de perto o pré-natal, o parto, o resguardo e os primeiros dias após o nascimento e utilizam técnicas com funções práticas e simbólicas “fundamentais para a saúde e a qualidade de vida da gestante e da criança”.


Ervas para banhos, chás e garrafadas são utilizados junto a preces, rezas, orações e defumações, relata o Instituto. Apesar das variações segundo o local em que estão inseridas, as parteiras tradicionais compartilham um sistema de cuidado que segue as seguintes premissas principais:Evitação de procedimentos e tecnologias invasivas;
Uso prioritário de elementos da natureza para o atendimento;
Empatia e a solidariedade entre mulheres;
Envolvimento familiar no parto e depois dele;
Agenciamento de uma experiência extraordinária ou religiosa;
Valorização da casa como espaço privilegiado de realização do parto e do cumprimento do resguardo.

Parteira tradicional do Cariri cearense, Samara Simões, de 39 anos, afirma que esse título é mais do que um trabalho. É uma forma de viver e de olhar para o mundo, encarando a hora do nascimento como uma celebração da vida. “Tem uma responsabilidade muito profunda que é de receber os seres que estão reencarnando na Terra”, diz.


Mais do que acompanhar a chegada da criança ao mundo, as parteiras tradicionais tornam-se verdadeiras conselheiras das famílias e comadres das mulheres a quem prestam assistência. E normalmente, segundo Thatiane, é por meio do boca-a-boca que essa trama segue em expansão. “É uma grande família de pessoas que se conhecem, amigas. Hoje em dia, as mídias ampliam mais essa rede”, conta.


Legenda: Samara Simões, 39, é parteira tradicional há mais de uma década e já perdeu as contas de quantas crianças viu chegarem ao mundo
Foto: Suelaine Lucena / Divulgação


“ESTAMOS VIVAS”

Quando pequena, Samara era chamada de “Samarica Parteira” pelo dono da cantina do colégio onde estudava. Sem compreender o significado, achava “bonitinho e engraçado”. Hoje entende o apelido que vinha do nome de uma música de Luiz Gonzaga como uma profecia.


Foi após conhecer a parteira tradicional Marcely e criar uma forte conexão com ela que teve início a caminhada para assumir o chamado. “Minha vida começou a se transformar em algo diferente. Eram emoções muito fortes. Até que ela falou que percebia que eu tinha o dom de ser parteira. Aquilo foi uma surpresa para mim, mas ativou. Algo dentro de mim fazia muito sentido”, lembra. Foi um reencontro consigo.

De lá para cá, mais de 10 anos se passaram e Samara já perdeu as contas de quantas crianças viu chegarem ao mundo. Provavelmente mais de 100. E faz questão de lutar pela continuidade desse ofício.

Com a medicalização do parto, essa atuação ancestral e tradicional foi se perdendo na sociedade. Porém, Samara defende que essas mestras seguem resistindo e celebra o reconhecimento por parte do Iphan.



Se a sociedade inteira está viva até hoje, a gente certamente deve agradecimento e honraria às parteiras mais antigas. Com esse reconhecimento, a gente tem mais garantia de uma preservação e de uma continuidade do nosso saber, das nossas práticas, do nosso ofício. É algo muito celebrado entre todas nós.Samara Simões
Parteira tradicional e gestora e criadora do Roda Semear e do coletivo Luz de Candeia



Sem seguir estereótipos, elas não estão restritas à zona rural ou a locais onde a Medicina e o Sistema Único de Saúde (SUS) não chegam. “Tem parteiras de todas as idades e em vários lugares, com cor de pele diferente, mas tem algo que nos une, que é a parteria tradicional e encarar o parto como um rito de passagem, algo sagrado e profundo”, defende Samara.



Legenda: Thatiane Terra, 44, dedica-se ao ofício da parteria tradicional e aprofundou-se no xamanismo
Foto: Gabriela da Terra / Divulgação


“DEIXA ELE VIR”

A primeira atuação de Thatiane Terra foi “uma grande escola”. A mulher estava grávida de gêmeos e já era possível ver a cabeça de um dos bebês quando a família saiu de casa para o hospital. Ainda assim, a parteira relata que houve recusa por parte da equipe médica para realizar o procedimento, e quem aparou a criança foi ela.


“Olhei no olho dela e disse: ‘esqueça toda essa confusão. […] Na próxima contração, deixa ele vir’”, orientou a então iniciante, seguindo o próprio instinto. “Ela pediu para ficar de cócoras na cama e na próxima contração o bebê desceu. Eu aparei ele com as mãos e entreguei para ela. Um bebê super forte.”

Ao ouvir o choro, a equipe voltou para o quarto e procedeu com o segundo parto. Esse, porém, foi repleto de violência obstétrica. “[Foram] dois nascimentos completamente diferentes, e o segundo com muita intervenção. Não tinha um olhar para a mulher.”

Depois dessa vivência, Thatiane conta que acompanhou mulheres mais experientes no Ceará, na Bahia, na Paraíba e até no interior de São Paulo, durante o processo de aprendizado. Também trabalhou ainda mais a espiritualidade, com imersão no xamanismo.



Quando entendi que, na verdade, não era nenhuma religião, mas uma conexão espiritual que levava para algo maior, entendi que era o xamanismo mesmo, que era uma junção mais potente, que colaborava para a minha própria mediunidade e espiritualidade. E isso está completamente dentro do trabalho de uma parteira. A espiritualidade é base para a ampliação da intuição do que aquela mulher precisa de fato.Thatiane Terra
Parteira tradicional



Mas ela bebe de duas fontes: da tradição e dos conhecimentos biomédicos, caminhando “junto à medicina hospitalar”. “Em uma necessidade, a gente vai precisar enviar essa mulher para o hospital, e precisa saber o momento de enviar dentro dos limites”, afirma.

Ela explica que sempre orienta as mulheres a fazerem o pré-natal em uma unidade de saúde e acompanha os resultados dos exames. “A partir desse equilíbrio eu consigo atender uma mulher, uma família, o bebê, com segurança”, diz.

5 franquias para trabalhar de casa com investimento a partir de R$ 1,5 mil


Negócios podem ter custo atrativo, são flexíveis e dão mais comodidade; veja também os cuidados a tomar

Por Geovanna Hora

Quer abrir uma franquia sem precisar de ponto físico ou sair de casa? O Estadão conversou com especialista para entender quais são as vantagens e desafios desse negócio. Veja mais abaixo neste texto uma lista com cinco opções a partir de R$ 1,5 mil.


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Abrir uma franquia home based pode se tornar uma boa opção, já que esse modelo de negócio não exige que o franqueado tenha um ponto físico, como uma loja ou quiosque.

Ele pode trabalhar de dentro da sua própria casa, com poucas adaptações, em alguns casos, o que torna os custos mais baixos quando comparados a outros tipos de empreendimentos.

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A maior parte das empresas que funcionam de casa são microfranquias, que têm o valor do investimento inicial em até R$ 135 mil, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF).

É importante avaliar se vale a pena entrar numa microfranquia e pagar todas as taxas em vez de você mesmo criar um negócio próprio. Veja os cuidados em detalhes nesta reportagem.

O consultor de negócios do Sebrae Adelmo dos Santos afirma que o principal diferencial de uma empresa que funciona em home office é, justamente, o preço, além de ter uma operação mais simplificada.


Veja franquias em home office


1. Lukro - software


2. Mazze - joias


3. PremiaPão - sacos de pão


4. Limpeza com Zelo - faxina


5. Sofá Novo de Novo - estofados

“O empreendedor consegue dividir o tempo gasto no negócio com outras tarefas, não depende de uma estrutura física que cresça do zero e uma parte dos custos gerais é absorvida pelos gastos normais de uma residência”, aponta.


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Franquia em home office dá flexibilidade, mas também é preciso avaliar eventuais pontos negativos. Foto: cherryandbees - stock.adobe.com

Cuidado, pois nem tudo são flores

As franquias home based representavam 14,8% das operações em 2022, com uma tendência de crescimento em relação aos dois anos anteriores, de acordo com o relatório de desempenho da ABF. Contudo, é preciso ter atenção, já que o excesso de liberdade pode se tornar um problema.

“O franqueado precisa ter cuidado com a falta de planejamento. Um empreendimento home office exige tanta dedicação quanto um tradicional. A franqueadora vai fornecer informações e um plano de negócio, mas é preciso ir além, buscar por outros dados e montar o seu próprio planejamento”, comenta Santos.

O consultor do Sebrae explica que é importante conversar com outros franqueados para entender como a empresa funciona na prática, além de comparar as necessidades do seu negócio e as possibilidades da sua casa para considerar todos os custos.

“É preciso analisar se o imóvel tem estrutura ou se vai precisar de um novo mobiliário, de algum equipamento ou de uma internet mais rápida, por exemplo. É essencial prestar atenção aos custos informados, mas também aos gastos ocultos que vão surgir”, afirma.

Santos lembra ainda que adaptar a rotina de casa ao negócio pode ser um desafio. “Se houver outras pessoas no ambiente, é preciso saber como isso vai afetar o trabalho e se não vai atrapalhar o relacionamento com os clientes”.


O lucro não será o primeiro resultado

Por ter um custo baixo, as franquias home based atraem pessoas que querem começar a empreender, mas têm um valor menor para investir. Só que é preciso ter cuidado para não se enganar.

“Além do aporte inicial, é fundamental reservar uma quantia para o capital de giro, que é o mínimo necessário para uma empresa continuar funcionando. O empreendedor precisa estar preparado para não ter lucro nos primeiros meses. Se ele se demitir de uma empresa, por exemplo, é importante ter uma reserva financeira para suprir os seus gastos fixos por pelo menos quatro meses”, comenta Santos.

O especialista alerta que os erros no planejamento financeiro são preocupantes em qualquer negócio, mas podem ser ainda mais determinantes em uma franquia em home office.

“É importante ser otimista, mas também ver o lado pessimista e se preparar para possíveis problemas que possam surgir. Calcular quanto gasta para manter o empreendimento é essencial para evitar um fechamento precoce.”

Cinco opções de franquias home based

Confira a seguir cinco opções de franquias home based para investir e começar seu próprio negócio:

1. Lukro - software

É um software de gerenciamento para empreendimentos gastronômicos, varejo e atacado. Os franqueados recebem treinamento e são responsáveis por criar uma carteira de clientes, que paga uma mensalidade em torno de R$200.

Investimento inicial estimado: a partir de R$ 1,5 mil

Faturamento médio mensal: R$ 7 mil a R$ 10 mil

Lucro médio mensal: 40% do valor da mensalidade paga por cliente

Prazo de retorno: 1 a 6 meses


Prazo de contrato: não informado

Royalties/mês: R$ 500 + 1% sobre o faturamento bruto para publicidade

Número de unidades em operação: 12

2. Mazze - joias

Venda online de jóias contemporâneas. O franqueado recebe um site para realizar suas vendas, mas o franqueador se responsabiliza pela entrega dos produtos.

Investimento inicial estimado: a partir de R$ 9 mil

Faturamento médio mensal: a partir de R$ 5 mil

Lucro médio mensal: 30% a 50% do faturamento


Prazo de retorno: 12 a 24 meses

Prazo de contrato: 5 anos

Royalties/mês: 15% sob o valor das compras

Número de unidades em operação: 59

3. PremiaPão - sacos de pão

Comercialização de sacos de pão com anúncios de marcas variadas a baixo custo. O franqueado recebe as embalagens, que são biodegradáveis, em casa e é responsável por encontrar padarias parceiras na sua região.

Investimento inicial estimado: a partir de R$ 8 mil

Faturamento médio mensal: a partir de R$ 17 mil


Prazo de retorno: 2 a 6 meses

Prazo de contrato: 4 anos

Royalties/mês: a partir de R$ 594

Número de unidades em operação: 63

4. Limpeza com Zelo - faxina

Limpeza de residências, escritórios e condomínios. O franqueado tem acesso a produtos, treinamentos, ferramentas de gestão e sistema de recrutamento de diaristas.

Investimento inicial estimado: a partir de R$ 25 mil, incluindo a taxa de franquia e o capital de giro

Faturamento médio mensal: a partir de R$ 45 mil

Lucro médio mensal: não informado para o modelo home based

Prazo de retorno: 12 a 18 meses

Prazo de contrato: 10 anos

Royalties/mês: 7% sob o valor do faturamento

Número de unidades em operação: 89

5. Sofá Novo de Novo - estofados

A Sofá Novo de Novo é uma empresa de higienização, limpeza e impermeabilização de estofados e colchões. Todo o material necessário para o trabalho é fornecido pela franqueadora.

Investimento inicial estimado: R$ 29,9 mil, incluindo a taxa de franquia, os equipamentos e os produtos

Faturamento médio mensal: R$ 15 mil

Lucro médio mensal: 70% do faturamento

Prazo de retorno: 6 meses

Prazo de contrato: 2 anos

Royalties/mês: R$ 800

Número de unidades em operação: 144

Opinião |MEI, pejotização e bomba armada nas finanças da Previdência


Avanço dos microempreendedores individuais como como empregados assalariados de outras empresas via pejotização vem gerando impactos no mercado de trabalho e nas contas previdenciárias



Por Celso Ming


Para consternação do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que batalha pelo aumento da sindicalização, os microempreendedores individuais (MEIs), estão em rápida expansão. Eram 9,4 milhões no fim de 2019; fecharam 2022 com 14,8 milhões; e hoje são 15,7 milhões.

A consternação do ministro fica por conta não só da baixa propensão à sindicalização pelos MEIs, mas, também, porque ele e alguns analistas consideram precário e indesejado o trabalho pejotizado via microempreendedor individual.

Trabalho pejotizado é o exercido por trabalhador que opera como empresa, ou seja, por pessoa jurídica (PJ), daí a designação, e não como pessoa física, com carteira de trabalho assinada. Não dá direito nem a férias nem a 13º salário. Em compensação, permite prestação de serviços a mais de um contratador, flexibiliza a jornada e recolhe impostos como empresa.

O MEI foi criado em 2009 para formalizar e dar segurança jurídica a trabalhadores autônomos que não tinham amparo legal nem contavam com assistência previdenciária.

A pandemia e a recessão global contribuíram para esse salto, pois empurraram parte do segmento ao desenvolvimento do próprio negócio – e o programa foi criado justamente para estimular e facilitar o empreendedorismo. Mas os impactos no mercado de trabalho não têm se limitado aos gerados por quem abandona o emprego formal para se virar por conta própria.

Estudo da economista Bruna Alvarez, da Fundação Getulio Vargas, mostra que cerca de 53% dos MEIs até 2019 não atuavam como empreendedores, mas como empregados assalariados de outras empresas. Para escapar da paulada com encargos e passivos trabalhistas, as próprias empresas estimularam a pejotização. Estudos do especialista em Economia do Trabalho José Pastore apontam que os encargos trabalhistas das empresas superam em 100% a folha de salários.


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Embora contribua para redução da informalidade, a expansão dos MEIs vem produzindo enormes distorções nas finanças da Previdência Social. A contribuição da categoria é de R$ 70,60 por mês. Não cobre as despesas com a aposentadoria e outros benefícios e ajuda a armar a bomba que deverá estourar lá na frente.

Para Bruna Alvarez, alternativas para minimizar a onda de pejotização poderão ser a redução do custo da contratação via CLT e o aumento da fiscalização que possa inibir o que pode ser considerado emprego disfarçado.

“Sem o uso do MEI como ferramenta de pejotização, os resultados indicaram que as empresas elevariam a produção, as contratações e também pagariam mais impostos. Além disso, a redução da carga tributária sobre a folha de pagamentos geraria aumentos reais nos salários”, explica Alvarez.

O problema é que as discussões sobre redução dos encargos trabalhistas são antigas e nunca desembocaram em solução adequada. A atual celeuma sobre as desonerações é mais um episódio mal resolvido./COM PABLO SANTANA

Obesidade Infantil deve crescer nos próximos anos no Brasil



Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil


Na próxima segunda-feira é comemorado o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil, que tem como principal objetivo chamar a atenção para os cuidados da alimentação nesta fase da vida, alertando para os riscos da doença que é crônica e afeta milhões de crianças, em todo o mundo. As mudanças no estilo de vida, com a adoção de hábitos mais sedentários, muito tempo dedicado ao uso de telas – celulares e computadores – além do maior consumo de alimentos mais práticos, como os industrializados, têm interferido nas dietas das crianças e adolescentes. Estes fatores se refletem no aumento da obesidade infantil e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, a alteração na disponibilidade e tipo de alimento consumido, associada a um declínio na atividade física da criança, tem resultado neste desequilíbrio energético e, consequentemente, maior índice de obesidade.


Dados do Atlas Mundial da Obesidade 2024, lançado pela Federação Mundial de Obesidade, aponta que o Brasil pode ter até 50% das crianças e adolescentes, entre 5 e 19 anos, com obesidade ou sobrepeso em 2035. Segundo o documento, a taxa anual de crescimento da doença neste grupo, entre 2020 e 2035, será de 1,8%. Em 2020, a prevalência de crianças e adolescentes com Índice de Massa Corporal atingia 34%, com mais de 15 milhões de indivíduos. A previsão para 2035, é que chegue a 50%, o que representa mais de 20 milhões de obesos ou com sobrepeso. É importante destacar que os hábitos alimentares das crianças são formados ainda na gestação e precisam de atenção, principalmente, nos primeiros anos de vida. Este cuidado pode evitar que se tornem adultos obesos ou com sobrepeso.

Campanha CREF5-CE defende mais aulas de educação física para crianças e jovens


Prática regular de atividade física contribui para o desenvolvimento motor, cognitivo, social e emocional dos jovens.
Escrito por Agência de Conteúdo DN
 
Legenda: Aulas de educação física na escola podem garantir um desenvolvimento saudável para estudantes
Foto: Divulgação




A educação física escolar é um componente fundamental na formação integral de crianças e adolescentes, proporcionando diversos benefícios. A prática regular de atividade física contribui para o desenvolvimento motor, cognitivo, social e emocional dos jovens, prevenindo doenças como a obesidade.


“A gente tem visto que a obesidade infantil tem aumentado muito mais do que os índices de desnutrição infantil”, alerta Andréa Benevides, presidente do Conselho Regional de Educação Física (CREF5). “A criança tem que ser educada a apreciar as práticas disponíveis de atividade física para que ela se mantenha saudável”, analisa.

Para a presidente do Conselho, ampliar a carga horária semanal de exercícios físicos nas escolas pode trazer muitos benefícios para as próximas gerações. "Prevenir é mais vantajoso e econômico do que remediar. A OMS estima que investir um dólar por pessoa em saúde pode salvar 7 milhões de vidas até 2030. Por isso, é crucial que nossas crianças e adolescentes sejam ensinados a manter uma rotina saudável de atividades físicas. Quando o incentivo acontece desde cedo nas escolas, garantimos adultos mais familiarizados com os esportes", argumanta.
CAMPANHA CREF5

Neste ano, o Cref5 iniciou uma campanha para que haja mais aulas de educação física nas escolas. “Nós começamos a ser procurados por alguns professores que informaram redução no número de aulas de educação física em suas escolas. Nós notificamos esses municípios a manter as aulas no mínimo duas vezes na semana, porém houve uma recusa nesse sentido e aí o Cref5 se prontificou a iniciar uma campanha para sensibilizar primeiro a sociedade”, relata Andréa Benevides.


Com repercussão nacional, a campanha mira nas entidade públicas e nos professores de educação física. “Existe uma política de incentivo à prática de atividade física em todos os níveis federativos do nosso País. Não manter essa educação na escola é inaceitável”, defende a presidente do Conselho.

Andrea reforça que a educação física na escola ensina, por meio da disciplina, que a criança e o jovem podem aprender a manter um estilo de vida ativo. “Ali os jovens vão conhecer sobre o assunto e vão começar também a experimentar vários tipos de atividades como jogos, recreação, vários tipos de esportes, danças, um rol de atividades que contribuem para que sejam saudáveis e que se tornem adultos também saudável através da prática de educação física”, finaliza Andrea.

Parteiras tradicionais e sistema de saúde: desafios e diferenças entre elas e outros profissionais


Novo patrimônio imaterial do País, o “Ofício, Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil” será inscrito no Livro de Registro dos Saberes do Iphan
Escrito por Gabriela Custódio , gabriela.custodio@svm.com.br
Legenda: Mais do que prestar assistência a partos domiciliares, o ofício das parteiras tradicionais inclui “noções especiais de cuidado e de saúde”
Foto: Gabriela da Terra/Divulgação




Mais de 4 mil crianças nasceram pelas mãos de parteiras no Ceará entre 2013 e 2023, com média de 367 a cada ano. Tanto no Interior quanto na Capital, esses nascimentos ocorreram em todas as regiões do Estado, com destaque para o Cariri — responsável por aproximadamente 1 em cada 3 partos assistidos por essas mulheres.


A atuação delas, porém, tem reduzido ano após ano na última década. Em 2014 elas apararam 668 bebês, representando 0,52% de todos os partos realizados no Ceará. Esse número chegou a 136 em 2022 — ano mais recente com dados consolidados — e passou a representar 0,12% do total.

Em 2023, dados preliminares apontam 95 nascimentos acompanhados por parteiras em meio a mais de 111 mil partos (menos de 0,1%). As informações são do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), do Ministério da Saúde, mas esses números podem estar subnotificados.


No dia 9 de maio, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu o ofício, os saberes e as práticas das parteiras tradicionais do Brasil como Patrimônio Cultural do País. Com a aprovação unânime na 104ª Reunião do Conselho Consultivo, o novo patrimônio será inscrito no Livro de Registro dos Saberes, que reúne bens culturais imateriais.
IMPACTOS DA INSTITUCIONALIZAÇÃO

Essa redução mostrada pelos registros oficiais reflete o distanciamento que ocorreu entre as parteiras e as comunidades com a medicalização do parto. Segundo Thatiane Terra, parteira tradicional do Ceará, os efeitos foram diversos. Há locais em que essas mulheres deixaram o ofício. Em outros, elas foram incorporadas ao sistema de saúde.




Antes, a assistência de saúde da mulher nas comunidades era [feita por] mulheres mais velhas, que já conheciam o parto pela própria experiência, estavam a serviço da comunidade e de alguma forma tinham saberes da medicina natural a seu dispor, que já recebiam de herança de suas avós. Com o tempo, com o hospital chegando nas comunidades, essas parteiras em alguns lugares foram se distanciando desse serviço.Thatiane Terra
Parteira tradicional



Mais do que prestar assistência a partos domiciliares, o ofício das parteiras tradicionais inclui “noções especiais de cuidado e de saúde”, aponta o Iphan em dossiê referente à pesquisa dos saberes e práticas dessas mulheres.

“O atendimento integral, ofertado a gestantes e à comunidade, cobre quatro importantes dimensões: processos terapêuticos fitoterápicos, prescrições alimentares preventivas e curativas, mediação religiosas e regimes de conduta social”, explica o documento.


Muitas das mulheres mais experientes, porém, já não atuam mais — seja porque estão impossibilidades devido à idade ou a questões de saúde, seja porque não são mais chamadas para acompanhar trabalhos de parto. Mas elas ainda existem e são diversas, defende Samara Simões, parteira tradicional que atua no Cariri.



Nós, parteiras, seguimos resistindo e mostrando para o mundo que o parto é um evento da saúde, mas também é cultural, familiar, que demonstra como uma sociedade chega a esse planeta, como a gente recebe as pessoas que estão chegando.Samara Simões
Parteira tradicional e gestora e criadora do Roda Semear e do coletivo Luz de Candeia



A psicóloga e doula aprendiz Rebecca Pinheiro Sedrim, dedica-se, no mestrado, a estudar o trabalho dessas mulheres no Cariri. Com base na obra da filósofa Silvia Federici e em afirmação do Iphan de que parteiras são “agentes da decolonialidade ocupando um lugar contra-hegemônico na assistência ao parto”, ela relaciona a resistência dessas mestras às atualizações da “caça às bruxas”.


Ela destaca o comadrio como “reconhecimento intrínseco” na comunidade, desde o início da relação entre a parteira e a família. “Não necessariamente o bebê precisa nascer em casa, pode precisar de um desfecho hospitalar, mas é estabelecido ali que essa parteira ela se torna comadre. Isso demarca um laço, uma conexão”, afirma.

Mas Thatiane aponta a necessidade de esse trabalho também ser valorizado em outras esferas, como por meio de salários e aposentadoria. "Conheço parteiras do Interior que não têm dinheiro para comprar o gás do mês. Elas são as mulheres que serviram toda uma comunidades, quase todas as pessoas nasceram daquela comunidade pelas mãos dela", relata.


Legenda: Roda de Gestantes, evento gratuito realizado mensalmente no Roda Semear, em Juazeiro do Norte. O encontro é guiado pela Luz de Candeia, coletivo de parto em que a parteira tradicional Samara Simões trabalho
Foto: Malu Barleta/Divulgação


DIFERENTES ASSISTÊNCIAS AO PARTO

Durante a primeira gestação, Thatiane buscou inicialmente uma doula e outros profissionais ligados à humanização do parto antes de procurar uma parteira, mas não se identificou. Da mesma forma, outras mulheres podem não se conectar com a parteria tradicional.


“Muitas vezes, elas podem sentir que não se comunicam muito, porque não é esse tipo de assistência que elas queriam, era outro tipo, uma assistência mais medicalizada, dentro de uma linha mais médico-hospitalar”, diz.

Tanto para a mulher buscar o profissional adequado às próprias necessidades quanto para reconhecer a atuação de cada um deles, é importante demarcar as diferentes funções na assistência ao parto.

“O intuito de quem trabalha pesquisando a parteria tradicional e das parteiras é horizontalizar essas profissões, ter espaço para todo mundo. As parteiras não têm o intuito de trabalhar contra [outraos profissionais], elas só não querem que trabalhem contra elas também”, defende Rebecca, destacando que o objetivo não é forçar um parto domiciliar, mas que esse seja um momento para a família.

A cartilha “As doulas e o cenário obstétrico no Brasil” traz as seguintes definições:Doula: Dá apoio físico e emocional para a parturiente, sem fazer procedimentos técnicos, como exame de toque, ausculta do bebê ou prescrição de medicamentos. Estão presentes exclusivamente para cuidar do bem-estar da mulher que está parindo;
Parteira tradicional: São mulheres que aprenderam a acompanhar partos na prática cotidiana, auxiliando, por exemplo, parteiras mais experientes. Samara Simões ainda acrescenta a utilização de "ferramentas" naturais e de conhecimentos transmitidos por meio da oralidade entre gerações, além da influência da fé — independentemente da religião;
Enfermeira/o obstetra: Profissional da enfermagem com especialização em atender gestantes durante o pré-natal e parto. Podem atender partos normais de baixo risco, atuando em partos domiciliares e hospitalares, mas não podem realizar cesáreas;
Obstetriz: Responsável pelos partos de baixo risco, tanto domiciliares quanto em hospitais ou casas de parto. A Universidade de São Paulo (USP) é a única faculdade do Brasil que oferece essa formação;
Médica/o neonatologista: Pediatras que se especializam em Neonatologia atendem os bebês assim que eles nascem. São responsáveis por avaliar o recém-nascido, fazer os primeiros exames, medir, pesar e, quando necessário, aspirar o bebê;
Médica/o obstetra: Médico com especialização em Ginecologia e Obstetrícia. Atuam tanto em partos normais como em cesáreas e cuidam da gestante durante todo o pré-natal.
DESAFIOS E PROTOCOLOS

As mulheres ouvidas pelo Diário do Nordeste relataram a dificuldade para acesso à Declaração de Nascido Vivo (DNV) como um desafio à prática do ofício. Esse documento, necessário para o registro dos recém-nascidos, deve ser preenchido por profissionais de saúde ou parteiras tradicionais e recolhido regularmente pelas Secretarias Municipais de Saúde.


Esse empecilho também é citado no dossiê do Iphan. “[Com] o fato de não serem elas na grande maioria das vezes a preencherem o documento, o nascimento é registrado como ocorrido em outro local que não o domicílio, muitas vezes como se tivesse ocorrido em estabelecimento de saúde e realizado por outro profissional”, elenca o documento.


Com isso, pode haver uma distância entre os dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e a realidade.



A Portaria nº 116/2009 regulamenta a coleta de dados, fluxo e periodicidade de envio das informações sobre óbitos e nascidos vivos. Ela prevê o acesso de parteiras tradicionais reconhecidas e vinculadas a unidades de saúde ao formulário da declaração.


Legenda: Segundo documento o Iphan, o atendimento integral da parteira tradicional cobre quatro importantes dimensões: processos terapêuticos fitoterápicos, prescrições alimentares preventivas e curativas, mediação religiosas e regimes de conduta social
Foto: Hadna Alcântara/Divulgação



Lea Dias, assessora técnica da saúde da mulher da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS), explica que para receberem o documento, as parteiras tradicionais devem ser registradas no Conselho Regional de Enfermagem ou na unidade de saúde da cidade onde atuam, por meio do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).



“A partir do momento que eu dou acesso a essa declaração fora da maternidade, tenho que ter minimamente um controle e uma referência desse profissional”, afirma Lea Dias, destacando a importância dessa “formalidade”.



Thatiane pondera que muitas dessas mulheres, em todo o Brasil, atuam de forma itinerante para acompanhar as gestantes. "Em cada cidade [o acesso ao documento] funciona de um jeito diferente. [...] Ainda é muito bagunçado, nesse sentido. As parteiras ainda não têm um reconhecimento direto", argumenta.

Porém, ela reconhece que deve haver um cuidado por parte do sistema de saúde devido à responsabilidade demandada pelo ofício. "Não podemos ter pessoas sem prática verdadeira. Precisa mesmo de um certo cuidado para saber quem são essas parteiras que estão atuando. Nas comunidades menores ou nas aldeias é mais fácil identificar, porque são essas mulheres que já são conhecidas e reconhecidas."

Procurado pelo Diário do Nordeste, o Ministério da Saúde informou, por meio de assessoria de imprensa, que está em constante contato com os gestores estaduais e municípios para orientar sobre o correto preenchimento da declaração e diminuir as subnotificações.


A Pasta reforçou o compromisso em fortalecer, por meio de políticas e estratégias, o cuidado prestado por parteiras tradicionais no Brasil, “buscando a qualificação e integração das profissionais a todos os níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Entre programas e diretrizes voltados a essas mulheres, o Ministério elenca o Programa Nacional de Parteiras Tradicionais (PNPT), as Diretrizes Básicas de Assistência ao Parto Domiciliar, a Rede Cegonha, o Livro da Parteira e a Portaria nº 116/2009.

Além disso, considera o reconhecimento do Iphan “um marco fundamental” para o conjunto de ações que devem culminar na reparação histórica, valorização e promoção da atividade.

“Por fim, vale ressaltar que entre as ações em desenvolvimento para apoiar as parteiras tradicionais no SUS estão a qualificação adequada, integração ao Sistema e campanhas educativas para aumentar a conscientização da população sobre o serviço”, complementa.

Opinião |O que o escândalo do vazamento de dados de 37 milhões de casados infiéis ensina sobre a internet


Série documental da Netflix resgata história de site Ashley Madison, que prometia anonimato a pessoas interessadas em casos extraconjugais, mas teve todas as suas informações divulgadas por hackers, gerando ameaças, divórcios e suicídios


Por Luciana Garbin
19/05/2024 | 20h00


Imagine 37 milhões de pessoas casadas infiéis de diferentes países tendo seu nome, endereço, e-mail, número de cartão de crédito e fantasias sexuais divulgados na internet. Isso aconteceu em 2015, quando o site canadense Ashley Madison teve seus dados hackeados. Famoso pelo slogan Life is short. Have an affair (do inglês, A vida é curta. Tenha um caso), ele agora é tema da série documental da Netflix Ashley Madison: Sexo, mentiras e escândalo.

Série documental que resgata a história do site Ashley Madison acaba de estrear no streaming Foto: Netflix/Divulgação



Com três episódios, a série conta que em 13 de julho daquele ano os funcionários do site se depararam em seu computador de trabalho com uma mensagem assinada por um suposto grupo chamado Impact Team que dizia que, se o site não encerrasse as atividades, os dados de todos os seus clientes seriam divulgados. Dias depois, a ameaça foi vazada para a imprensa, com mais um ultimato: ou paravam o negócio milionário ou o sigilo iria para o espaço. Como o site continuou no ar, as identidades dos usuários infiéis foram divulgadas em massa na dark web. E geraram um frenesi tão grande que houve caso até de rádio na Austrália revelando ao vivo para as ouvintes se seu marido estava ou não na lista.

A divulgação não só levou a vários divórcios como a casos de execração pública, chantagem - bandidos passaram a pedir dinheiro a nomes da lista em troca de não contar às esposas - e até de suicídios. A série da Netflix conta a história, por exemplo, de um professor de um seminário em Nova Orleans, nos Estados Unidos, que se trancou na garagem, ligou o carro e morreu por monóxido de carbono horas depois de ser demitido.

Até hoje não se sabe quem hackeou o Ashley Madison. A investigação da polícia de Toronto - onde se localizava a sede do site - não deu em nada, ninguém conseguiu a recompensa de US$ 500 mil oferecida pela empresa e os dois suecos especialistas em cybersegurança contratados para evitar que os dados fossem vazados voltaram para Estocolmo sem nada descobrir. Alguns clientes lesados foram à Justiça e conseguiram US$ 11 milhões em indenização.

Mais do que tudo, a série levanta algumas reflexões sobre a internet. A primeira é que falar mal pode, no final, ser uma bela publicidade. Quando surgiu, o Ashley Madison causou indignação e revolta de boa parte da sociedade e teve seus anúncios rejeitados pela imprensa tradicional. Mas, como era polêmico e mexia com traição, também foi tema por exemplo de vários programas de auditório. E, quanto mais debate, mais usuários descobriam seus serviços, acreditavam na promessa de anonimato e gastavam seu dinheiro em créditos no site. Falem mal, mas falem de mim.

A série também mostra como as pessoas são ingênuas quando se trata de segurança na internet. O site que se dizia “100% seguro e discreto” inventou um monte de selos que supostamente atestariam o cuidado com que guardavam os dados dos clientes. Tudo mentira feita com Photoshop. Assim como eram fakes vários perfis de mulheres, usados para fisgar homens dispostos a gastar seus dólares em créditos para se comunicar com elas - ou melhor com os robôs que se passavam por elas. Muita gente também acreditou que pagando US$ 19 seu perfil seria deletado do site - mas o Ashley Madison recebia o dinheiro e nunca fez o serviço.

Um terceiro ponto suscitado pela série é que nem sempre se aprende com os erros do passado. Depois do escândalo - apontado por um entrevistado na série como o ataque hacker de maior impacto da história -, a chefia do site mudou, mas ele continuou ativo. Hoje diz ter mais de 65 milhões de usuários e continua com a mesma proposta de oferecer “casos extraconjugais com total sigilo”. Numa das páginas, dá dicas aos clientes de como se proteger na internet. Dois dos títulos são: Proteja-se contra fraudes e Compromisso contínuo com a segurança.

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Por que temos mais vontade de comer alimentos calóricos no frio?


De acordo com especialistas, a mudança nos hábitos alimentares é resultado de fatores fisiológicos, emocionais e sazonais

Por Victória Ribeiro

Com a chegada do frio, muitas pessoas percebem um maior desejo de consumir alimentos mais calóricos. Apesar de alguns pensarem que se trata de algo puramente psicológico e sem explicação clara, especialistas afirmam que essa mudança nos hábitos alimentares é resultado de uma combinação de fatores fisiológicos, emocionais e sazonais.

O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia de São Paulo (SBEM-SP), Felipe Henning, explica que, com a chegada do frio, nosso corpo precisa gerar mais calor para manter a temperatura adequada, o que acelera o metabolismo e aumenta a demanda por energia. Essa necessidade extra de energia, mesmo que discreta, leva nosso organismo a buscar alimentos que forneçam mais calorias.

Em dias frios, muita gente percebe um maior desejo por alimentos hipercalóricos, ricos em gorduras e açúcar. Foto: ehaurylik/Adobe Stock

Além disso, o nutrólogo da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Daniel Magnoni, afirma que, durante o frio, a queima de gordura e de reservas energéticas pode gerar a sensação de emagrecimento, levando à percepção de que precisamos repor a composição corpórea. “O nosso organismo é um sensor de necessidades constantes. Essa sensação de emagrecimento nos faz pensar que precisamos nos alimentar mais. Isso, aliado à busca pelo bem-estar proporcionado por alimentos quentes, que dão prazer, faz com que o consumo hipercalórico aumente nessa época”, ensina.

Apesar das explicações fisiológicas, Henning lembra que, no frio, as pessoas também costumam sair menos de casa e tendem a substituir atividades ao ar livre por momentos de lazer em ambientes fechados, como restaurantes. Esse cenário — ainda mais quando inclui os indivíduos mais ansiosos — se une à demanda fisiológica, contribuindo para o maior consumo calórico nos dias mais gelados. “A explicação é fisiológica, mas uma parte significativa também parte do contexto do próprio indivíduo”, afirma.

Como evitar o abuso calórico nos dias frios?

Segundo Magnoni, há várias estratégias para reduzir o consumo de alimentos hipercalóricos nos dias frios, a começar pela ingestão de fibras e proteínas, que são substâncias capazes de causar uma maior sensação de saciedade.

O nutrólogo também sugere fracionar mais a alimentação, mantendo a quantidade total habitual, mas dividindo-a em porções menores ao longo do dia – outra tática para prolongar a sensação de saciedade. De acordo com ele, a prática de atividade física merece atenção redobrada. Isso porque, à medida em que existe uma maior ingestão de alimentos, também há um aumento de gasto energético.


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Por sua vez, Henning acrescenta que evitar o acesso fácil a alimentos calóricos pode ajudar a reduzir o consumo excessivo nessa época do ano. “Isso significa evitar ter esse tipo de alimento em casa, pois quando estão ao alcance, especialmente em momentos de ansiedade e desejo por prazer alimentar, é mais provável ceder e consumi-los”, afirma.


Outra estratégia envolve aumentar o consumo de líquidos quentes, sendo uma boa opção optar por bebidas não calóricas, o que não inclui os famosos cappuccino ou chocolate quente açucarados. Segundo Henning, os chás são uma ótima pedida (especialmente o verde, porque estimula levemente o metabolismo). “Os líquidos quentes não apenas ajudam a manter a temperatura corporal, mas também promovem uma sensação de saciedade devido ao volume de líquido no estômago”, explica o especialista.

Polícia Rodoviária Federal reforça fiscalização nas estradas que cortam o Ceará; Operação Corpus Christi vai até domingo






A Polícia Rodoviária Federal (PRF) reforçará, a partir desta quarta-feira (29), as fiscalizações nas rodovias federais previstas para o feriado a partir desta quinta-feira (30). A Operação Corpus Christi seguirá até as 23h59 de domingo (2), focada principalmente nas situações de ultrapassagens proibidas, de forma a aumentar a segurança dos viajantes.


Para tanto, agentes estarão posicionados em pontos estratégicos das rodovias. Estão previstas, também, campanhas educativas de conscientização dos motoristas.

“A intensificação da fiscalização, aliada às orientações fornecidas aos motoristas, busca reduzir o número de acidentes e promover um trânsito mais seguro e consciente. O cumprimento das normas de trânsito e as recomendações destacadas são essenciais para a preservação da vida e tranquilidade nas estradas”, informou, por meio de nota, a PRF.


A fim de garantir a segurança daqueles que se deslocarão pelas rodovias, a PRF faz algumas recomendações e ressalta a importância do cumprimento das normas de trânsito.

– Ultrapasse outros veículos somente em locais permitidos e com condições adequadas para a manobra: ultrapassagens em locais proibidos representam um dos maiores riscos de acidentes graves. Respeite as sinalizações e só realize a manobra quando tiver total segurança.

– Respeite a sinalização de trânsito: placas e indicações são fundamentais para orientar os motoristas e garantir um tráfego seguro. Siga as orientações de velocidade, curvas perigosas e áreas de risco.


– Descanse antes de iniciar a viagem: fadiga é um inimigo perigoso na estrada. Certifique-se de estar bem descansado antes de iniciar seu trajeto para manter a atenção plena enquanto dirige.

– Não beba antes de dirigir: combinação de álcool e direção é extremamente perigosa e ilegal. Se for beber, não dirija. A PRF realizará testes de bafômetro durante a operação.

– Confira as condições do veículo antes da viagem: verifique itens como freios, pneus, faróis e níveis de óleo e água. Manter o veículo em boas condições é essencial para evitar imprevistos e acidentes.


– Respeite os limites de velocidade: velocidade excessiva aumenta a gravidade dos acidentes. Siga os limites estabelecidos para cada trecho da rodovia.

– Verifique as condições meteorológicas no trajeto: informar-se sobre o clima pode evitar surpresas como chuvas intensas ou neblina densa. Adapte sua condução às condições do tempo para maior segurança.




(*) Com informações da Agência Brasil

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